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== Críticas ==
[[Ficheiro:Edouard_Manet_073_(Toter_Torero).jpg|thumb|200px|direita|upright=1.2|''Toureiro Morto'' – [[Édouard Manet]], ''c''. 1864–65.]]
Os grupos de defesa de [[direitos animais]] e de [[bem-estar animal]] criticam as touradas por considerarem que consistem num ato injustificável de crueldade, que não se insere de facto dentro das tradições humanistas.
 
Em Portugal, quatro autarquias defenderam a não realização de actividades tauromáquicas nos seus concelhos, [[Viana do Castelo]], [[Braga]], [[Cascais]] e [[Sintra]].<ref>{{Citar web |url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377028&idCanal=62 |título=Sintra proíbe touradas e espectáculos de circo com animais |publicado= |data= |acessodata= }}</ref> Em [[Faro]], no ano de 2012, o Presidente da Câmara Municipal cancelou uma garraiada agendada no âmbito da semana de receção ao caloiro da Universidade do Algarve, declarando que os espetáculos tauromáquicos não eram bem-vindos no concelho.<ref>{{Citar web |url= http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2790588 |título=Touradas não são bem-vindas a Faro |publicado=Diário de Notícias |data=|acessodata=29 de setembro de 2012}}</ref> Contudo, em Portugal é legal a realização de espectáculos tauromáquicos em todo o território nacional, tendo recentemente sido realizadas corridas de toiros em Viana do Castelo mesmo contra a vontade da Câmara Municipal <ref>{{citar web | url=http://www.ionline.pt/artigos/portugal/tribunal-confirma-corrida-touros-agosto-viana-castelo | título= Título ainda não informado (favor adicionar) | publicado=www.ionline.pt }}</ref>, pois é crime um presidente de câmara impedir a realização de touradas.
 
Em 2010, o Presidente da Câmara Municipal de [[Santarém]], Francisco Moita Flores, lançou uma petição em defesa das touradas<ref>{{citar web | url=http://www.publico.pt/local/noticia/moita-flores-quer-reunir-100-mil-assinaturas-em-defesa-da-tourada-1454638 | título=Petição em Defesa da Festa Brava | publicado=www.publico.pt }}</ref> que já ultrapassou as 100 mil assinaturas<ref>{{citar web | url=http://www.publico.pt/portugal/jornal/peticao-em-defesa-das-touradas-ja-tem-mais-de-100-mil-assinaturas-22268413 | título=Petição em defesa das touradas já tem mais de 100 mil assinaturas | publicado=www.publico.pt }}</ref>, sendo uma das petições mais participadas de sempre em Portugal, em prol de uma causa, ao invés das típicas petições contra algo.
 
Em [[Espanha]], existem regiões onde os espectáculos tauromáquicos estão proibidos. Primeiro foram as [[Ilhas Canárias]], com a aprovação em 1991 da Lei de Proteção de Animais. Duas décadas depois, em Julho do 2010, o Parlamento de [[Catalunha]] aprovou uma [[Iniciativa popular|Iniciativa Legislativa Popular]] - que contou com 180 000 cidadãos subscritores - levando à proibição de espectáculos tauromáquicos, com a exceção dos ''[[bous al carrer]]'' (bois na rua).
 
Um estudo de opinião sobre touradas<ref>{{Citar web |url= http://issuu.com/protoiro/docs/estopiniao_protoiro_marco11 |título=Estudo de Opinião Sobre Touradas da Eurosondagem }}</ref> foi levado a cabo pela Eurosondagem, em 2011, em todo o país, e mostrou que 32,7% dos entrevistados são aficionados, gostam ou apreciam actividades com touros, 20,6% são indiferentes às touradas, 32,8% não são aficionados mas não são contra as touradas e 11% são contra as actividades com touros. Ainda 59,3% dos portugueses acham que as touradas contribuem para uma boa imagem do país no estrangeiro e 75% dos portugueses acham que as touradas são importantes ou têm alguma importância para a economia e turismo e 65,3% acha que seria muito grave o desaparecimento da tradição taurina.
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[[Ficheiro:Concelhos de Portugal - Tauromaquia como Patrimonio Cultural.png|300px|thumb|
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Apesar do estatuto de Património Cultural e Imaterial em alguns municípios portugueses, um estudo académico realizado em [[2007]] no [[ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa|Instituto Universitário de Lisboa]], a pedido de uma associação de defesa dos direitos dos animais, mostra que 56,1% das pessoas inquiridas num inquérito de abrangência nacional responderam ser a favor de uma proibição legal das touradas.<ref>{{Citar web |url=http://www.animal.org.pt/pdf/Valores_e_Atitudes_face_a_Proteccao_dos_Animais_em_Portugal.pdf |título=Valores e Atitudes face à Protecção dos Animais em Portugal |autor=CIES (ISCTE) |publicado=2007|data= |acessodata=}}</ref>
 
O número de espectáculos tauromáquicos, bem como de espectadores, diminuíram em Portugal, no ano de 2013, de acordo com os dados estatísticos publicados pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC)<ref>{{citar web | url=http://www.igac.pt?cr=9915 | título=Relatório da atividade tauromáquica 2013 | publicado=www.igac.pt? }}</ref>, o que tem acontecido com todos os setores culturais e económicos em Portugal que sofrem o forte impacto da crise económica. Por exemplo, os cinemas em 2013 perderam um milhão de espectadores enquanto as touradas perderam somente 27 mil espectadores, uma ligeira descida pouco significativa.<ref>Cinema perde 1 milhão de espectadores em 2013</ref>
 
Em 2012, o Governo de Portugal lançou a iniciativa "Meu Movimento", com o objectivo de eleger a causa online mais popular no país com vista a ser apresentada ao Primeiro-Ministro. O Movimento pela Abolição das Corridas de Touros, venceu com grande maioria dos votos, entre mais de 1 000 causas diferentes, e foi recebido em audiência pelo Primeiro-Ministro e o Secretário de Estado da Cultura, no dia 8 de Maio de 2012.<ref>{{citar web | url=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2506060 | título= Título ainda não informado (favor adicionar) | publicado=www.jn.pt }}</ref> Estes movimentos venceram no meio de várias fraudes que foram publicamente denunciadas e reconhecidas pela própria gestão do "Meu Movimento" tendo sido retirados 10.000 votos fraudulentos dos movimentos antitaurinos <ref>{{citar web | url=http://www.publico.pt/sociedade/noticia/batota-obriga-a-eliminacao-de-10-676-votos-no-portal-do-governo-1561098 | título= Notícia Jornal Público "Fraude no Meu Movimento" | publicado=www.publico.pt }}</ref>. Os movimentos antitaurinos vencedores receberam somente 3 mil votos, na votação final, revelando a fraca adesão que a iniciativa do governo suscitou entre os portugueses. Na sequência desta iniciativa foi criada a Plataforma Cívica Basta,<ref>Plataforma [[www.basta.pt|Basta]]</ref> que conta com o apoio de um número alargado de instituições a associações de protecção animal.
 
O Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas recomendou, a Portugal, em fevereiro de 2014, a elevação da idade a partir da qual é permitido assistir ou atuar em espetáculos tauromáquicos, com vista a garantir o seu bem-estar físico e mental.<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3702462|título=Participação de crianças em touradas exige estudo sério|data=|publicado=|acessodata=}}</ref> Tal recomendação foi contestada pela sua falta de fundamento científico,<ref>{{citar web | url=http://www.publico.pt/sociedade/noticia/alertas-da-onu-sobre-criancas-em-touradas-sao-infundados-diz-federacao-de-tauromaquia-1623225 | título=Notícia Jornal Público "Alertas da ONU são infundados" | publicado=www.publico.pt }}</ref> tendo sido resultado do ''[[lobby]]'' da fundação suíça antitaurina Franz Weber junto do Comité da [[Organização das Nações Unidas]], onde não existiu qualquer contraditório ou estudo científico que fundamentasse as recomendações. O único estudo científico até hoje realizado sobre o possível impacto das touradas nas crianças contou com reputados especialistas de diversas universidades espanholas, tendo sido feito pela Protecção de Menores da Comunidade de Madrid,<ref>{{citar web | url=http://www.antitauromaquia.es/pdfs/repercucionespsicologicas.pdf | título= Estudo da Comissão de Protecção de Menores de Madrid sobre o possível impacto das touradas nas crianças | publicado=www.antitauromaquia.es }} []</ref> que concluiu que "não se pode considerar perigosa a assistência de espectáculos taurinos por menores de 14 anos..."<ref>{{citar web | url=http://www.antitauromaquia.es/pdfs/repercucionespsicologicas.pdf | título= Conclusões do Estudo da Comissão de Protecção de Menores de Madrid sobre o possível impacto das touradas nas crianças | publicado=www.antitauromaquia.es }} [ver final do documento]</ref> Actualmente, em Portugal, Espanha, França, Equador, México, Venezuela, Peru e Colômbia, as crianças podem assistir a ou participar em espetáculos tauromáquicos.<ref>{{citar web | url=http://www.omirante.pt/?idEdicao=54&id=69443&idSeccao=556&Action=noticia | título= Título ainda não informado (favor adicionar) | publicado=www.omirante.pt }}</ref>
O Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas recomendou, a Portugal, em fevereiro de 2014, a elevação da idade a partir da qual é permitido assistir ou atuar em espetáculos tauromáquicos, com vista a garantir o seu bem-estar físico e mental.<ref>{{citar web|url=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3702462|título=Participação de crianças em touradas exige estudo sério|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
 
Em 2018 a Academia de Coimbra realizou um referendo com a questão: "Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?". A resposta 70,7% dos estudantes que participaram no referendo foi um rotundo "não". Uma esmagadora maioria entre os 5638 estudantes que participaram do ato eleitoral.