Reino de Múrcia: diferenças entre revisões

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==História==
===O período muçulmano===
No ano de [[713]], apenas dois anos após a [[invasão muçulmana da Península Ibérica]], o emir [[Abd al Aziz]]Abdalazize ocupou a província Cartaginense. O conde [[Teodomiro (conde)|Teodomiro]], governador da província, negociou uma capitulação favorável, pela qual a região obtinha um certo grau de autonomia em troca do pagamento de tributo pela população local. Este acordo abrangia sete cidades: [[Orihuela]], [[Alicante]], [[Begastro]], [[Mula]], [[Lorca]], [[Elche]] e [[Eio]].
 
A instabilidade no [[emirado de Córdova]] (entre 754 e 929) e os numerosos conflitos sociais entre muçulmanos e [[visigodos]] levaram à destruição de Eio, mas também à obrigação, por parte do emir do Alandalus {{Lknb|Abderramão|II}}, de levar os antigos habitantes de Eio para ''Mursiya'' (atual [[Múrcia]]), em Abril de 825, constituindo-se assim na última das grandes cidades da [[região de Múrcia]] a ser fundada.
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====As segundas taifas====
Neste momento, a Múrcia conhece um período de hegemonia graças a [[Maomé ibne Mardanis]], o "Rei Lobo", que mantém relações amistosas com o [[reino de Castela]] e organiza a resistência contra os [[AlmoádasAlmóadas]], entre 1147 e 1172. Durante o emirado do Rei Lobo, Múrcia obteve grande esplendor, de tal modo que a sua [[moeda]] tornou-se uma referência na [[Europa]]. A prosperidade da cidade baseava-se na [[agricultura]], e graças ao aproveitamento das águas do [[rio Segura]], desenvolveram uma complexa rede de [[irrigação]] composta por valas, canos, [[açude]]s, rodas de água e [[aqueduto]]s, sendo o antecessor do atual sistema de irrigação do Segura. O [[artesanato]] também adquiriu importância e prestígio, sendo a [[cerâmica]] de Múrcia exportada para a [[península Itálica]]. A esses atrativos, somam-se a abundância de locais de lazer e de cultura, possibilitados por este desenvolvimento, que tornaram esta etapa do emirado de Múrcia na capital do Alandalus.{{esclarecer|a etapa tornou o emirado a capital???}}
 
Neste período, surge em Múrcia a produção da [[seda]], o fabrico de [[papel]], e até mesmo a produção de uma espécie de [[macarrão]], a [[aletria]].