Procambarus clarkii: diferenças entre revisões

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Inserida fonte para a origem do lagostim-vermelho em Portugal e Espanha.
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[[Ficheiro:Procambarus clarkii top.jpg|thumb|253px|''Procambarus clarkii'' (lagostim-vermelho), vista dorsal.]]
'''''Procambarus clarkii''''' é um [[crustáceo]] [[decápode]] de água doce pertencente à [[família (biologia)|família]] [[Cambaridae]], nativo dos riosda doregião suestecentro-sul dados [[AméricaEstados do Norte]] ([[Louisiana]]Unidos e regiõesNordeste vizinhas),do México<ref name="girard">{{citar periódico |autor=Girard C. |ano=1852 |título=A Revision of the North American Astaci, with Observations on Their Habits and Geographic Distribution |publicação=Proc. Acad. Nat. Sci. Philad. |volume=6 |páginas=87–91}}.</ref> mas<ref>{{Citar queperiódico|ultimo=Loureiro|primeiro=Tainã seGonçalves|ultimo2=Anastácio|primeiro2=Pedro encontraManuel [[NaturalizaçãoSilva (biologia)Gentil|naturalizado]]ultimo3=Araujo|primeiro3=Paula emBeatriz|ultimo4=Souty-Grosset|primeiro4=Catherine|ultimo5=Almerão|primeiro5=Mauricio vastasPereira|ultimo6=Loureiro|primeiro6=Tainã áreasGonçalves|ultimo7=Anastácio|primeiro7=Pedro deManuel outrosSilva continentesGentil|ultimo8=Araujo|primeiro8=Paula Beatriz|ultimo9=Souty-Grosset|primeiro9=Catherine|data=2015-6|titulo=Red swamp crayfish: biology, incluindoecology aand [[Penínsulainvasion - an overview|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-64972015000100002&lng=en&nrm=iso&tlng=en|jornal=Nauplius|volume=23|numero=1|paginas=1–19|doi=10.1590/S0104-64972014002214|issn=0104-6497}}</ref>mas cuja distribuição não-nativa é enorme, compreendendo todos os continentes à exceção da Antártica e da Ibérica]]Oceania, onde com frequência é considerado uma [[espécie invasora]]. A espécie é conhecida pelos nomes comuns de ''lagostim-vermelho'' e ''lagostim-americano''.<ref>{{citar web|url=http://www.accessdata.fda.gov/scripts/SEARCH_SEAFOOD/index.cfm?other=complete |título=''Seafood List Search Returns'' |ano=2008 |obra=FDA Acceptable Seafood Name Database |acessodata=17 de julho de 2010}}</ref>
==Descrição==
A espécie foi descrita por [[Charles Frédéric Girard]] que lhe atribuiu o [[epíteto específico]] em honra de [[John H. Clark]], explorador da região de fronteira entre os [[Estados Unidos da América]] e o [[México]] em 1851.<ref name="girard"/>
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É uma [[espécie invasora]] quer no [[Brasil]] quer em [[Portugal]]. No caso português, a espécie foi transportada para a [[Península Ibérica]] em [[1973]] por empresários da zona de [[Badajoz]] para serem criados para fins alimentares. Fugiram de cultura e passaram para a bacia do [[Rio Caia|Caia]], afluente do [[Guadiana]], onde foram vistos pela primeira vez em 1979. em consequência da sua capacidade de reprodução e de sobrevivência, em particular a grande capacidade de construção de túneis, facilmente se espalharam por toda a Península Ibérica.<ref>{{Citar periódico|ultimo=PÚBLICO|primeiro=Lusa,|titulo=Biologia. Calor é determinante na invasão de lagostins-vermelhos em Portugal|url=https://www.publico.pt/2017/09/06/ciencia/noticia/calor-e-determinante-na-invasao-de-lagostinsvermelhos-em-portugal-1784601|jornal=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
 
Na [[Península Ibérica]] provocou em muitos cursos de água o desaparecimento das espécies nativas de lagostins, nomeadamente de ''[[Austropotamobius pallipes lusitanicus]]''. EmNa Espanha, ''P. clarkii'' eliminou as populações de lagostins autóctones em quase todos os cursos de água, ficando este restritos aos cursos mais altos, onde a água é mais fria, de alguns rios de [[Castilla y León]], [[País Basco]], [[La Rioja]] e outras regiões do norte, razão pela qual é considerada um perigos espécie invasora. Devido ao seu potencial colonizador e constituir uma ameaça grave para as espécies autóctones, os [[habitats]] ou os [[ecossistemas]], esta espécie foi incluída no ''Catálogo Español de Especies Exóticas Invasoras'', aprovado pelo Real Decreto 630/2013, de 2 de Agosto, estando proibida em [[Espanha]] a sus introdução no [[meio natural]], posse, transporte, tráfico e comércio.
 
Em estudos realizados no sudoeste da Península comprovou-se que alguns indivíduos são capazes de atravessar vários quilómetros de terreno relativamente seco, especialmente nas épocas húmidas do ano, pese embora que o comércio para aquários e os pescadores possam ter acelerado a expansão em algumas zonas. Embora num contexto territorial distinto, acredita-se que os pescadores ao usar ''P. clarkii'' como isco tenham inadvertidamente introduzido a espécie no estado norte-americano de [[Washington (estado)|Washington]].