Gilda Abreu: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
[[File:Gilda de Abreu, 1955.tif|thumb|left|Em 1955.]]
Gilda de Abreu nasceu na França em 23 de setembro de 1904, sua mãe era uma cantora lírica portuguesa e seu pai um médico e diplomata. Filha de família burguesa e católica, foi batizada aos 4 anos de idade aqui no Brasil, prapara onde só retornou com o início da primeira guerra mundial, dez anos depois. No Brasil, morava na Tijuca bairro do Rio de Janeiro com seus avôs, sendo educada nos moldes europeus e passando por colégios de elite.
 
Em 1922, já com dezoito anos ingressou no [[Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro|Instituto Nacional de Música no Rio de Janeiro]], formando-se em 1927 em canto lírico com medalha de ouro. Gilda iniciou então sua carreira  como cantora lírica, nesse período, mesmo sendo apaixonada por teatro não protagonizou nenhuma peça até o falecimento de seu pai e avô. A carreira teatral na época era muito mal vista, devido a parte das atrizes serem também acompanhantes. Logo, para uma família burguesa da época era um absurdo Gilda ingressar nesse ramo.
 
Em 1933 estréiaestreia a primeira opereta protagonizada por ela, “A canção brasileira”, para essa mesma opereta escreveu um ato “A princesa esfarrapada ou A princesa maltrapilha”  acrescentado no dia 25 de abril de 1933. Após “A canção brasileira”, nesse mesmo ano protagonizou “Maria” de [[Viriato Correia|Viriato Corêa]], “A Casa Branca” de Freire Júnior, “A Cantora do rádio” e “Jurity” também de Viriato Corêa.
 
Casou-se aos 29 anos no dia 25 de setembro de 1933, segunda-feira com [[Vicente Celestino]], com quem contracenou em "A canção Brasileira". A escolha da data se deu, principalmente, pelo fato de que durante o final de semana eles tinham apresentações em muitos horários o que tornava quase impossível a realização do casamento, e mesmo a cerimônia ocorrendo na segunda feira, ao seu término o casal foi trabalhar. Gilda permanece casada com Vicente até 1968 quando ele morre.
 
Em 1936, Gilda estréiaestreia no cinema com o filme "[[Bonequinha de Seda]]", dirigido por Oduvaldo Vianna. O filme foi de grande impacto na vida da atriz, devido ao fato de ter sido inspirado e pensado para que Gilda o interpretasse, existem, inclusive, cenas quase biográficas de sua vida no filme. Bonequinha de seda foi de extrema significação para o cinema brasileiro sendo visto como um ponto de retomada dos filmes de qualidades feitos no Brasil, além da exibição no [[Cine Palácio]] foi exibido em alguns outros países como Argentina, Chile, Portugal e Uruguai.
 
No início da década de 40, com o sucesso das radionovelas, Gilda passa a escrevê-las. Para a [[Rádio Nacional]] escreve "Mestiça", "Aleluia", "A Cigana", "Pinguinho de gente", e outras, além de escrever "Alma de palhaço" para a [[Rádio Tamoio]]. Ainda na década de 40, mais especificamente em 1945 começou a trabalhar no filme, do qual seria diretora, [[O Ébrio (filme)|"O Ébrio"]] obtendo um enorme sucesso de bilheteria.
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Também surgia nessa época a Brasil Vox Film, que em 1935 mudou de nome para Brasil Vita Filme, e realizou o longa-metragem de ficção "Favela dos Meus Amores", de [[Humberto Mauro]] e [[Carmen Santos (atriz e cineasta)|Carmen Santos]], os estúdios da Sonofilms, que dedicaram sua produção para chanchadas.
 
=== Estreia no cinema ===
 
Oduvaldo, diretor responsável pela estreia de Gilda no cinema, também começou a carreira cinematográfica na década de 30, quando recebeu em 1935 uma proposta de [[Wallace Downey]] de dirigir “Na Batucada da Vida” . Mas a produção, sob comando dos estúdios da [[Cinédia]], foi interrompida. Assim, Oduvaldo escreveu o roteiro com um novo nome, “[[Bonequinha de Seda]]”, pensando na estrela, a própria Gilda.<ref name=":0">{{citar web|url=http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/284770/1/Pizoquero_LucileneMargarete_M.pdf|titulo=Cinema e gênero: a trajetória de Gilda de Abreu (1904 - 1979)|data=|acessodata=|publicado=Universidade Estadual de Campinas|ultimo=Pizoquero|primeiro=Lucilene}}</ref>
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Gilda também escreveu  “O anfitrião ou Júpiter e Alemena” (1947), a peça infantil “A bonequinha de piche” (s/d), o drama “Mestiça” (1944), e a opereta “A patativa” (1950), em parceria com Ercole Varetto e Vicente Celestino.
 
=== Primeiro filme como diretora: O Ébrio <ref name=":0" /><ref>{{Citar web|url=http://bases.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=ID=005556&format=detailed.pft|titulo=FILMOGRAFIA - O ÉBRIO|acessodata=2018-07-04|obra=bases.cinemateca.gov.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cinedia.com.br/O%20Ebrio.html|titulo=O Ebrio|acessodata=2018-07-04|obra=www.cinedia.com.br}}</ref><ref name=":0" />===
 
Entre junho de 1941 e maio de 1943, Gilda se dedicou as [[Radionovela|radionovelasradionovela]]s, escrevendo para a [[Rádio Nacional]] e para [[Rádio Tamoio]]. Para a primeira, escreveu "Mestiça" (s/d), "Aleluia", "A Cigana" (s/d), "Sorri e o mundo será teu" (s/d), "Pinguinho de Gente" (s/d) e "Coração Materno" (s/d). Para a segunda estação, "Alma de Palhaço" (s/d).
 
O retorno ao cinema de Gilda veio com o desejo em dirigir um curta. Sua intenção inicial era de fazer a película realizada por ela e tendo como produtor e protagonista seu marido, o cantor [[Vicente Celestino]]. Entretanto [[Adhemar Gonzaga]] não pareceu animado com o projeto e o rejeitou, contrariando a promessa feita a atriz anos antes. Gilda de Abreu não desiste e propõe um novo projeto: adaptação do livro de [[José de Alencar]], "[[A Viuvinha]]" (1857). A película estava em processo de produção, porém Gongaza, novamente, recusa, dessa vez alegando o alto custo visto que seria um filme de época. O dono da [[Cinédia]], então, sugeriu a filmagem da peça [[O Ébrio (filme)|"O Ébrio]]", que agradou os dois lados visto que era rentável e com apelo popular, além de realizar a vontade da atriz de ver seu marido estrear nas telas.
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No longa-metragem, Gilda e Vicente entraram como co-produtores e a [[Cinédia]] com os recursos técnicos. A atriz ficou com a direção e o roteiro da película, sendo este último um desafio para ela que estava acostumada a escrever adaptações teatrais, radionovelas e peças. As gravações duraram oito meses, começando em 26 de agosto de 1945 e finalizando em 18 de março de 1946. Os principais problemas foram relacionados aos horários de gravação e falta de filme virgem.
 
A estreia do filme foi no dia 28 de Agosto de 1946 no Rio de Janeiro e foi um grande sucesso, com 530 cópias tiradas e com apenas duas semanas de exibição foi possível reaver o investimento e pagar o déficit financeiro, material e pessoal. Além de ter sido um sucesso de críticas nas principais revistas sobre cinema da época, como a [[Cinearte|CineArte]] e a [[Fon-Fon (revista)|Fon Fon]]. O lucro da película foi financeiramente positivo para a [[Cinédia]], que prometeu um segundo filme para Gilda, iniciando assim a pré-produção de Pinguinho de Gente.
 
=== Pinguinho de Gente ===
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[[Bonequinha de Seda]] (1936) - Marilda
 
[[Coração Materno]] (1951)
 
=== Direção ===
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== Referências ==
 
[[Categoria:Atores do Brasil]]
[[Categoria:Cineastas do Brasil]]