Fluxo gênico: diferenças entre revisões
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{{PBPE|Fluxo gênico|fluxo génico}} é uma [[migração]] de [[gene]]s entre populações. O efeito destas transferências de genes entre populações depende da diferença nas
O fluxo gênico tende a unificar as
Migração para ou de uma população pode resultar em importantes mudanças nas
Vários fatores afetam a taxa de fluxo gênico entre diferentes populações. Um dos mais significativos é a mobilidade, e animais tendem a ser mais móveis que plantas. A maior mobilidade de um indivíduo tende a lhe dar um maior potencial migratório.
O
=== Fluxo Gênico e Seleção Natural ===
A atuação da [[Seleção Natural|seleção natural]] pode manter duas populações distintas mesmo se entre elas houver contínuo fluxo gênico.
Se a seleção natural é fraca, o fluxo gênico através da migração, pode unificar rapidamente as
Um importante estudo sobre essa teoria foi o realizado por '''Bradshaw (1971)''' sobre genética ecológica de plantas, particularmente a gramínea ''Agrostis tenuis'', nos montes de rejeitos e nos arredores deles, no Reino Unido. Os montes de rejeitos eram caracterizados por conter altas concentrações de metais pesados tóxicos. A ''A. tenuis'' é uma das poucas plantas que têm sido capazes de colonizá-los e foi estudada de forma mais aprofundada. Ela tem colonizado essas áreas por meio de variantes genéticas que tornam possível o desenvolvimento dessas plantas onde a concentração de metais pesados é alta; em torno de uma região de rejeito, portanto, há uma classe de genótipos de crescimento nos montes de rejeito, e outra classe na área ao redor. A seleção natural trabalha fortemente contra as sementes das formas ao redor quando elas caem no monte de rejeito: as sementes são envenenadas.
A seleção também atua contra as formas de metal tolerante fora do monte de rejeito. A razão é menos clara, mas o mecanismo de desintoxicação pode ser custoso. Portanto onde o mecanismo não é necessário a grama tem melhor desenvolvimento sem ela. As populações de ''A. tenuis'' mostram divergência na
O conceito biológico de espécie prevê que o fluxo de genes será pequeno, caso contrário, a divergência não poderia ter ocorrido. Na verdade, o fluxo gênico é grande. Nuvens de pólen são lançadas para além dos limites do montes de rejeito e o cruzamento entre os genótipos é extenso.
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Esta diferença de ambientes para desenvolvimento (dentro e fora dos montes de rejeito) é um exemplo de situação onde o fluxo gênico permanece constante, porém a seleção tem sido mais forte para superar o fluxo gênico. No entanto, caso este impedimento seja retirado, ou seja, o monte de rejeitos seja limpo, as gramíneas tendem a ter suas características unificadas novamente em algumas poucas gerações, pois não mais necessitarão das adaptações adquiridas.
Neste caso, é a [[adaptação ecológica]], e não o fluxo gênico reduzido que explica a divergência entre a gramínea dentro e fora do monte de rejeito. Alternativamente, o fluxo gênico pode ser reduzido. Os tempos de floração dos tipos tolerantes e normal já diferem em ''A. tenuis'', o que irá reduzir o fluxo gênico entre elas. No futuro as duas formas poderiam evoluir para duas espécies separadas. De qualquer modo, o conflito entre fluxo gênico e
Há um caso de uma rã norte-americana ''Rana pipien'', em que a distribuição geográfica dessa espécie de animal ocorre do norte ao sul da [[América do Norte]]. As diferentes populações apresentam diferentes [[características morfológicas]]. No entanto, dificilmente uma rã do Norte se acasala com uma do Sul. Se isso for feito artificialmente, poderá ocorrer uma grande quantidade de descendentes defeituosos. Porém, se os cruzamentos acontecerem entre populações vizinhas, a porcentagem de indivíduos normais será de 100%. Esse fato mostra que em ''Rana pipiens'' ocorre o chamado fluxo gênico entre populações vizinhas, desde o Norte até o Sul, de forma que todas essas populações pertencem à mesma espécie. É provável que, se as populações intermediárias forem eliminadas, as que se encontram em extremos opostos venham a constituir duas novas espécies, incapazes de trocar genes.
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Aqui estão algumas das barreiras ao fluxo gênico. Elas resultam da seleção natural, seleção sexual ou deriva genética:
* A evolução de distintos locais, períodos ou ritos de acasalamento:
* Inviabilidade ou esterilidade da descendência:
Segundo Dobzhansky (1970), ainda temos as seguintes barreiras evolutivas:
* Isolamento sazonal ou temporal
* Isolamento sexual ou etológico
* Isolamento mecânico
* Isolamento por polinizadores diferentes
* Isolamento gamético
'''Segundo Futuyma:
Fluxo gênico:
A variação nas características dos organismos de uma população surge por meio de mutação aleatória de
A movimentação de indivíduos entre populações, seguida de cruzamentos (i.
Compreender a genética de populações da extinção. Comparativamente, sabe-se pouco a respeito dos papéis de fatores como a cessação do fluxo gênico e a depressão de endogamia em populações em processo de encolhimento e, no entanto, este conhecimento será essencial na preservação da biodiversidade e no planejamento de refúgios para espécies ameaçadas. (Douglas J. Futuyma, ''Evolução, Ciência e Sociedade
== Referências ==
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