Maílson da Nóbrega: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
link pessoa
Resgatando 8 fontes e marcando 0 como inativas. #IABot (v2.0beta10)
Linha 12:
|profissão =[[economista]]
}}
'''Maílson Ferreira da Nóbrega''' é um [[economista]] [[brasil]]eiro. Foi [[ministro da Fazenda]] no governo de [[José Sarney]], durante o período de [[hiperinflação]] em fins dos anos 1980.<ref>{{citar web|url=http://www.sjsu.edu/faculty/watkins/brazilinfl.htm|título=The Hyperinflation in Brazil, 1980-1994|língua=inglês|autor=Thayer Watkins|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://america.infobae.com/notas/57464-Qu-pas-tiene-el-rcord-de-hiperinflacin|título=¿Qué país tiene el récord de hiperinflación?|editor=infobae.com|língua=castelhano|data=04-09-2012|acessodata=30-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/03/o-passado-de-hiperinflacao-no-brasil.html|título=O passado de hiperinflação no Brasil|editor=[[Rede Globo]]|língua=português|data=23-03-2012|acessodata=10-11-2013|citação= Essa era a realidade de hiperinflação pela qual o Brasil passou durante anos, freada apenas com o Plano Real, durante mandato do presidente Itamar Franco, em 1994}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.econ.puc-rio.br/gfranco/How%20Brazil%20Beat%20Hyperinflation.htm|título=How Brazil Beat Hyperinflation|autor=[[Gustavo Franco]]|editor=UCLA International|língua=inglês|data=22-02-2002|acessodata=16-11-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091106160333/http://www.econ.puc-rio.br/gfranco/How%20Brazil%20Beat%20Hyperinflation.htm#|arquivodata=06-11-2009|urlmorta=yes}}</ref> É casado com Rosa Dalcin e tem cinco filhos.<ref name="Personal">{{citar web|url=http://www.mailsondanobrega.com.br/linha_do_tempo.php|título=Linha do Tempo|língua=português|ano=2010|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131110202618/http://www.mailsondanobrega.com.br/linha_do_tempo.php#|arquivodata=10-11-2013|urlmorta=yes}}</ref>
 
== Vida profissional ==
Linha 20:
Ao assumir, Nóbrega afirmou que não descuidaria "em nenhum momento, do controle da [[inflação]]", que não haveria nenhum pacote econômico ou "medidas heroicas", e que tentaria renegociar a [[dívida externa]] brasileira com os credores internacionais em condições tão favoráveis quanto às obtidas pelo [[México]]. Rapidamente, contudo, tornou-se claro que não seria capaz de cumprir nenhuma destas promessas.<ref name="Veja">{{Citar periódico|editora=[[Veja (revista)]]|autor=Odail Figueiredo Jr.|data=13-01-1988|título=Chega de medidas heróicas|local=[[São Paulo (estado)|São Paulo]]|paginas=3-6|issn=0100-7122}}</ref> Já em 2 de fevereiro de 1988, o então [[Senado Federal do Brasil|senador]] [[Fernando Henrique Cardoso]] questionava no [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] a retomada dos pagamentos da dívida externa (após a [[moratória]] de 1987) sem que houvesse um acordo definitivo firmado com os credores.<ref>{{citar web|url=http://www.senado.gov.br/publicacoes/anais/pdf/Anais_Republica/1988/1988%20Livro%202.pdf|título=Diário do Congresso Nacional - Fevereiro de 1988 - Livro 2|língua=português|autor=[[Fernando Henrique Cardoso]]|editor=[[Congresso Nacional do Brasil]]|formato=pdf|citação=O que é grave é que, efetivamente, houve uma declaração formal do próprio Ministro Mailson da Nóbrega, dizendo que não haveria mudança de política, e a mudança foi drástica. Fico-me perguntando: para que fizemos essa moratória? Essa moratória foi feita para, finalmente, pagarmos tudo, sem nenhuma vantagem para o Brasil.|data=03-02-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref> Finalmente, em 23 de agosto de 1988 o Brasil fechou um acordo com o [[Fundo Monetário Internacional|FMI]] pelo qual teria à disposição [[US$]] 1,4 bilhão (do qual recebeu efetivamente US$ 477 milhões).<ref name="Cronologia"/><ref>{{citar web|url=http://www.imf.org/external/pubs/ft/history/2001/ch11.pdf|título=Silent Revolution - The International Monetary Fund 1979–1989|autor=James M. Boughton|editor=[[Fundo Monetário Internacional]]|formato=pdf|língua=inglês|data=01-10-2001|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
Nóbrega havia declarado que faria uma [[política econômica]] "[[feijão com arroz]]", sem "soluções miraculosas", realizando somente ajustes pontuais para evitar uma [[hiperinflação]].<ref name="Veja"/> Todavia, o ano de 1987 que havia terminado com uma inflação acumulada em 415,87%, foi amplamente superado pelo índice de 1.037,53% ao final de 1988.<ref name="Banco">{{citar web|url=http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/ingl/focus/faq2-price%20indices.pdf|título=Price Indices|língua=inglês|formato=pdf|editor=[[Banco Central do Brasil]]|ano=2005|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131110202631/http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/ingl/focus/faq2-price%20indices.pdf#|arquivodata=10-11-2013|urlmorta=yes}}</ref> Tornou-se claro que, mais uma vez, o governo Sarney teria que lançar mão de outro "pacote econômico heterodoxo". Este efetivamente surgiu em 15 de janeiro de 1989 e recebeu o nome de "[[Plano Verão]]".<ref name="Verano">{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1989/01/16/economia/600908403_850215.html|título=Brasil anuncia un 'plan verano' para combatir la inflación y cambia su moneda|editor=[[El País]]|autor=Eric Nepomuceno|língua=castelhano|data=16-01-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
==== O Plano Verão ====
O pacote econômico conhecido como "Plano Verão" foi o quarto e último do governo Sarney, e tinha como objetivo principal controlar a escalada inflacionária num ano eleitoral.<ref>{{citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1736.html|título=Brazil: The 1985-89 Period|língua=inglês|editor=Country Listing|data=abril de 1997|acessodata=26-05-2013}}</ref> Para isso, foi criada uma nova moeda, o ''[[cruzado novo]]'' (que valia 1.000 [[Cruzado (BRC)|cruzados velhos]]), houve uma [[Desvalorização interna da moeda|desvalorização]] de 14% da moeda nacional perante o dólar, e preços e salários foram [[Congelamento de preços|congelados]].<ref name="Verano"/><ref>{{citar web|url=http://ich.ufpel.edu.br/economia/professores/mpassos/planoscruzadobressereverao.pdf|título=Planos Cruzado, Bresser e Verão|editor=[[Universidade Federal de Pelotas]]|formato=pdf|autor=Marcelo de Oliveira Passos|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref> Como os seus antecessores, o Plano Verão revelou-se um quase completo fracasso. Maílson da Nóbrega admite que seus objetivos não foram atingidos, mas que outras medidas que deveriam ter sido adotadas para que o plano obtivesse êxito, não foram aprovadas pelo [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso brasileiro]]. Entre elas, a demissão de funcionários públicos sem estabilidade, extinção de órgãos públicos e um amplo programa de privatizações.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u490114.shtml|título=Mailson admite fracasso do Plano Verão, mas questiona correção na poupança|língua=português|autor=Ygor Salles|editor=[[Folha de S. Paulo]]|data=15-01-2009|acessodata=26-05-2013}}</ref> Estas medidas foram posteriormente adotadas nos governos [[Neoliberalismo|neoliberais]] de [[Fernando Collor de Mello]] e [[Fernando Henrique Cardoso]], embora não tenham se revelado particularmente eficazes na redução do [[Deficit público|déficit público]].<ref>{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1989/03/30/economia/607212011_850215.html|título=El 'plan verano' contra la inflación en Brasil fracasa tras dos meses de vigencia|editor=[[El País]]|autor=[[William Waack]]|língua=castelhano|data=30-03-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.teoriaedebate.org.br/materias/economia/plano-verao-e-neoliberalismo?page=full|título=Plano Verão e neoliberalismo|editor=Teoria e Debate|autor=[[Guido Mantega]]|língua=português|data=01-04-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/1990/01/07/business/bad-times-bold-plans-for-brazil.html?pagewanted=all&src=pm|título=Bad Times, Bold Plans for Brazil|língua=português|autor=James Brooke|editor=[[The New York Times]]|data=07-01-1990|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
Além de sua inocuidade como instrumento de controle da inflação, alega-se que o Plano Verão e similares ([[Plano Bresser]] de 1987 e os [[Plano Collor|Planos Collor 1]], de 1990, e Collor 2, de 1991),<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/planejado-contra-hiperinflacao-plano-collor-deu-inicio-abertura-comercial.html|título=Planejado contra hiperinflação, plano Collor deu início à abertura comercial|autor=Anay Cury|coautores=Gabriela Gasparin|editor=g1.com|língua=português|data=10-11-2012|acessodata=26-05-2013}}</ref> teriam causado prejuízos às pessoas que na época possuíam [[Caderneta de poupança|cadernetas de poupança]], pois os índices de correção monetária foram alterados. No caso do Plano Verão, as perdas foram estimadas em cerca de 20,37% sobre os rendimentos em fevereiro de 1989.<ref>{{citar web|url=http://www.abradec.com.br/planoverao89.html|título=O que foi o Plano Verão '89?|editor=ABRADEC|língua=português|ano=2010|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130202013024/http://www.abradec.com.br/planoverao89.html#|arquivodata=02-02-2013|urlmorta=yes}}</ref> Todavia, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro brasileiro não somente contesta a ideia de que os poupadores teriam sido prejudicados, como afirma que as instituições financeiras não se apropriaram do dinheiro expurgado das contas dos clientes, já que qualquer excesso de liquidez é recolhido compulsoriamente ao [[Banco Central do Brasil|Banco Central]].<ref>{{citar web|url=http://www.consif.org.br/index.asp|título=Planos Econômicos|editor=Confederação Nacional do Sistema Financeiro|língua=português|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130725171532/http://www.consif.org.br/index.asp#|arquivodata=25-07-2013|urlmorta=yes}}</ref> Em 2013, o [[Supremo Tribunal Federal]] (STF) começou a avaliar o caso, para definir se houve prejuízos - e quem pagará por eles.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130315_brasil_poupancas_confisco_pai.shtml|título=Após 23 anos do Plano Collor, 'trauma de confisco' sobrevive|língua=português|editor=BBC Brasil|autor=Paula Adamo Idoeta|data=20-03-2013|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
=== Consultorias ===
O ano de 1989 veria a [[hiperinflação]] atingir a marca histórica de 1.782,85%.<ref name="Banco"/> Em março de 1990, o presidente eleito, [[Fernando Collor de Mello]], deu posse à nova ministra da Fazenda, [[Zélia Cardoso de Mello]]. Logo após a posse, Maílson da Nóbrega mudou-se para [[São Paulo (estado)|São Paulo]] onde começaria quase imediatamente a trabalhar como consultor financeiro (não havia um período de "[[quarentena]]" para autoridades recém-saídas de cargos ministeriais). Com um de seus ex-subordinados, Cláudio Adilson Gonçalez, e Celso Luiz Martone, montou a ''MCM Consultores Associados'', da qual faria parte até 1995.<ref name="Personal"/>
 
Em 1997, Maílson da Nóbrega começaria a estruturar a ''Tendências Consultoria Integrada'', juntamente com Nathan Blanche e [[Gustavo Jorge Laboissière Loyola|Gustavo (Jorge Laboissière) Loyola]], ex-presidente do Banco Central (e ex-sócio da MCM).<ref name="Personal"/> A expertise de ambos na área pública fez com que a Tendências (ao lado da MCM) se tornasse uma das principais consultorias econômicas brasileiras, tendo como clientes grandes "players" do [[mercado financeiro]] e instituições que movimentavam aplicações especulativas de alto risco, conhecidas informalmente como "fundos tarja preta".<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0635/noticias/so-para-quem-tem-nervos-de-aco-m0047089|título=Só para quem tem nervos de aço|língua=português|editor=[[Exame (Brasil)]]|autor=Laura Somoggi|data=07-04-1997|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131208202525/http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0635/noticias/so-para-quem-tem-nervos-de-aco-m0047089#|arquivodata=08-12-2013|urlmorta=yes}}</ref> Em janeiro de 1999, baseados nos relatórios do MCM e do Tendências, que previam uma [[Desvalorização interna da moeda|desvalorização]] do [[Real (moeda)|real]] apenas em fevereiro, os "tarja preta" [[Banco Marka|Marka]] e FonteCindam foram à [[bancarrota]] - mesmo tendo recebido um polpudo pacote de ajuda do [[Banco Central do Brasil|Banco Central]], presidido por [[Francisco Lafaiete de Pádua Lopes|Francisco (Lafaiete de Pádua) Lopes]].<ref>{{citar web|url=http://epoca.globo.com/edic/19990426/brasil1.htm|título=A vida dupla de Chico Lopes|língua=português|editor=[[Época (revista)]]|autor=Guilherme Barros|coautores=Luís Costa Pinto|data=26-04-1999|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080830045008/http://epoca.globo.com/edic/19990426/brasil1.htm#|arquivodata=30-08-2008|urlmorta=yes}}</ref> Naquele que se transformaria num dos grandes escândalos financeiros do governo [[Fernando Henrique Cardoso]], evidenciou-se que a simples presença de ex-autoridades financeiras numa consultoria não era garantia de lucro certo.<ref>{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1999/04/24/economia/924904808_850215.html|título=Una comisión parlamentaria encuentra graves irregularidades en el Banco Central de Brasil|autor=Eric Nepomuceno|editor=[[El País]]|língua=castelhano|data=24-04-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/economia/juiz-federal-condena-envolvidos-no-escandalo-marka-fontecindam-4441289|título=Juiz federal condena envolvidos no escândalo Marka e FonteCindam|autor=Lino Rodrigues|coautores=Ronaldo D'Ercole e Liana Melo|editor=[[O Globo]]|língua=português|data=29-03-2012|acessodata=10-11-2013}}</ref>
 
Todavia, o caso Marka/FonteCindam não arranhou o prestígio de Maílson da Nóbrega ou de sua consultoria. Articulista da "[[Folha de S. Paulo]]" desde 1998, em 2000 ele se mudaria para o "[[Estado de S. Paulo]]", e a partir de 2005 começaria a escrever quinzenalmente para a revista semanal "[[Veja (revista)|Veja]]".<ref name="Personal"/> Em 2012, além de continuar a ser sócio da Tendências e um dos palestrantes mais requisitados no Brasil (cerca de 90 apresentações por ano, quase sempre sobre análise da conjuntura político-econômica), Maílson da Nóbrega era ainda membro do [[conselho de administração]] de sete empresas no Brasil e no exterior (entre elas, [[Grendene]], [[TIM]], [[Rodobens]] e [[Cosan]]).<ref>{{citar web|url=http://economia.estadao.com.br/especiais/rede-de-contatos,178121.htm|título=Rede de contatos|língua=português|editor=[[O Estado de S. Paulo]]|autor=William Mariotto|coautores=Pedro Bottino|data=06-08-2012|acessodata=26-05-2013}}</ref>
Linha 41:
== Controvérsias ==
=== Nóbrega e o "Cidadão Kane" ===
Em sua autobiografia, "Além do Feijão com Arroz", Maílson da Nóbrega confirma que sua efetivação no cargo de [[ministro da Fazenda]] teve o aval do poderoso empresário das telecomunicações [[Roberto Marinho]] (o qual, segundo Nóbrega, lembraria [[William Randolph Hearst]], ou, mais precisamente, o "[[Cidadão Kane]]"). O presidente Sarney orientou Nóbrega a conversar primeiro com o "Dr. Roberto" no escritório deste, em [[Brasília]]. A conversa, que Nóbrega descreve como uma "sabatina", ocorreu na tarde de 5 de janeiro de 1988. Marinho aparentemente ficou satisfeito com o que ouviu, pois ao voltar ao ministério, por volta das 18h (10 minutos após ter deixado o escritório da [[Rede Globo]]), Nóbrega foi cumprimentado pela secretária, que acabara de ouvir no plantão do [[Jornal Nacional]] a confirmação da efetivação dele como ministro da Fazenda. Em seguida, recebeu um telefonema de Sarney, convocando-o ao [[Palácio do Planalto]] para tomar posse do cargo.<ref name="Brasileiros">{{citar web|url=http://www.revistabrasileiros.com.br/2010/11/24/ex-ministro-mostra-o-poder-de-roberto-marinho-no-governo-sarney/|título=Ex-Ministro mostra o poder de Roberto Marinho no governo Sarney|língua=português|autor=Alex Solnik|editor=[[Brasileiros (revista)]]|data=24-11-2010|acessodata=26-05-2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131105100814/http://www.revistabrasileiros.com.br/2010/11/24/ex-ministro-mostra-o-poder-de-roberto-marinho-no-governo-sarney/#|arquivodata=05-11-2013|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/showNews/jd051199.htm|título=Mídia & Mercado|autor=Guilherme Canela de Souza Godoi|editor=[[Observatório da Imprensa]]|língua=português|data=05-11-1999|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/sai-em-e-book-autobiografia-de-mailson-em-que-conta-entre-outros-episodios-como-sarney-so-o-nomeeou-para-a-fazenda-depois-da-aprovacao-de-roberto-marinho/|título = Sai em e-book autobiografia de Mailson em que conta, entre outros episódios, como Sarney só o nomeou para a Fazenda depois da aprovação de Roberto Marinho|autor=[[Ricardo Setti]]|editor=[[Veja (revista)]]|língua=português|data=21-11-2011|acessodata=10-11-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://super.abril.com.br/cultura/voz-brasil-445717.shtml|título=A voz do Brasil|autor=[[Leandro Narloch]]|editor=[[Superinteressante]]|língua=português|data=junho de 2005|acessodata=10-11-2013|citação=Antes de assumir o Ministério da Fazenda, em 1988, Maílson da Nóbrega conversou por 2 horas com Roberto Marinho. “Era como se eu estivesse sendo sabatinado”, contou Maílson para a revista Playboy. 10 minutos após a conversa, o Jornal da Globo dava o furo: ele era o novo ministro da Fazenda.}}</ref>
 
Depois da posse, Nóbrega e o "Cidadão Kane" encontraram-se para um almoço, desta vez no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], na sede da [[TV Globo]]. Marinho teria confidenciado a Nóbrega que indicara dois outros ministros de Sarney: [[Antônio Carlos Magalhães]], das [[Ministério das Comunicações (Brasil)|Comunicações]], e [[Leônidas Pires Gonçalves|Leônidas Pires]], do [[Exército Brasileiro|Exército]]. Segundo Nóbrega, "não sei se era verdade, nem se ele exibia que era poderoso".<ref name="Brasileiros"/>