Moacy Cirne: diferenças entre revisões

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Considerando a história em quadrinhos a literatura por excelência do século XX, Moacy Cirne considerava, em 1968, que "A poesia não poderia ficar presa ao jogo fácil das palavras, que puxam palavras – associações paranomásticas que não mais funcionam" numa referência direta à teoria da [[Poesia concreta]], "nem a falsa engenharia estrutural / que termina na mais pura esterilidade", acrescentando que "A crise da poesia é simplesmente a crise da palavra (no poema)".
 
Intencionando criar uma arte radical e revolucionária marxista-leninista, voltada para a ação, Moacy pretendia criar uma poesia próxima das artes plásticas, porém de alta "voltagem semântica". De teoria bastante complexa, o poema/processo, na visão de Moacy, deseja criar um poema dialógico, [[Obra Aberta|obra aberta]] permitindo "várias leituras, a partir de um ponto dado, inicial ou não".<ref>[http://www.poemaprocesso.com/textos.php?texto=89 Cirne, Moacy. Duas ou três coisas sobre o Poema/processo. Revista Ponto 2, Rio de Janeiro, 1968.]{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Assim, o poema de processo permite ao "leitor" decifrar relações semióticas entre signos não necessariamente verbais, ou criar novas.
 
Por outro lado, conforme o manifesto do poema/processo, de 1967, assinado por Moacy Cirne, entre outros, "nem todo poema de processo, embora sempre concrecionando a linguagem, é concreto, no sentido empregado pelo grupo [[noigandres]] ([[São Paulo (estado)|são paulo]]). mas todo poema concreto, para ser realmente válido, precisa encerrar um processo".<ref>[{{Citar web |url=http://www.poemaprocesso.com/textos.php?texto=96# |titulo=Grupo Poema Processo. Poesia nova, processo novo: 8 pontos. Catálogo da Explo 02. Natal, Rio Grande do Norte. 1967.] |acessodata=4 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140301084801/http://www.poemaprocesso.com/textos.php?texto=96# |arquivodata=1 de março de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> Dessa forma, mantendo-se fiel ao projeto inicial do poema/processo, quando este faz uso da palavra, nem sempre é possível distinguir um poema/processo de um poema concreto na obra de Moacy Cirne.
 
Ainda assim, podemos considerar, ao vislumbrar poemas como "Correnteza em noite de lua vermelha" e "Dadá pra cá, Dadá pra lá", o quanto a melhor poesia de Moacy Cirne pode ser devedora do [[Dadaísmo]] e [[Surrealismo]],<ref>[http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/moacy_cirne.html Alguns Poemas Inaugurais de Moacy Cirne — Natal, Rio Grande do Norte, Sebo Vermelho Edições, 2007.]</ref> divergindo, por sua essência mais expressiva do que comunicativa do projeto dos concretistas paulistas.
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==Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos==
Em 2009 o governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da [[Fundação José Augusto]], lançou o Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos, que objetiva selecionar 10 quadrinistas potiguares para integrarem uma coletânea de quadrinhos. O prêmio tem como objetivo revelar e premiar o talento dos artistas profissionais ou amadores do Rio Grande do Norte, além de impulsionar a produção artística nessa área.<ref>Fundação José Augusto - Página de download do edital do Prêmio Moacy Cirne de Quadrinhos - http://www.fja.rn.gov.br/fja_site/navegacao/download.asp{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
 
{{Referências}}