Tristeza: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o bairro em [[Porto Alegre]]|Tristeza (Porto Alegre)}}
'''Tristeza''' é uma [[emoção]] e um sentimento muito '''típico dos seres humanos''', caracterizado pela '''falta da alegria, ânimo, disposição''' e outras emoções de insatisfação.[https://universoracionalista.org/emocoes/][[Ficheiro:Rodolfo Amoedo - Amuada, 1882.JPG|thumb|rightesquerda|225px180px|''Amuada'', pintura de [[Rodolfo Amoedo]], 1882 - [[Museu Nacional de Belas Artes ]](MNBA)]]
A tristeza pode se apresentar em diferentes graus de intensidade, variando desde a tristeza passageira, que normalmente dura alguns minutos ou horas, à tristeza profunda, que pode persistir por vários dias ou semanas, além de ser um sinal de problemas mais complexos, como a [[Depressão (humor)|depressão]].
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'''Tristeza''' (do termo [[latim|latino]] ''tristia'', tristeza, aflição), é um estado afectivo duradouro caracterizado por um sentimento de insatisfação e acompanhado de uma desvalorização da existência e do real.<ref name="Marcondes1993">Hilton Japiassú, Danilo Marcondes (1993). '[http://books.google.com/books?id=2K0bP_T6F_oC&pg=PA271 Dicionário básico de filosofia]'', Zahar. p. 271. ISBN 978-85-378-0341-7.''</ref>
[[File:Paolo Monti - Serie fotografica (Venezia, 1953) - BEIC 6363533.jpg|thumb|Mulheres tristes. Foto de [[Paolo Monti]], 1953]]
 
A tristeza é uma das "oito [https://universoracionalista.org/emocoes/ emoções básicas]" descritas por [[Paul Ekman]], junto com [[felicidade]], [[Raiva (sentimento)|raiva]], [[surpresa]], [[medo]], [[nojo]] e [[desprezo]]<ref>Daniel Goleman, [http://books.google.com/books?id=OgXxhmGiRB0C&pg=PT271 ''Emotional Intelligence''], (Londres1996) p. 271</ref>
 
Vários podem ser os '''motivos que desencadeiam sentimentos de tristeza''', como uma [[desilusão]] amorosa[[amor]]osa, a [[demissão|perda de um emprego]], a morte de um amigo ou familiar e outras situações que sejam encaradas de modo negativo pela pessoa, fazendo com que ela seja afetada psicologicamente.
 
Entre os principais sintomas da tristeza, está o desânimo, a falta de vontade de desempenhar tarefas rotineiras e de [[Interação social|conviver socialmente]].
 
Em '''[[Baruch Espinoza]]''', a tristeza é definida justamente como o ato no qual nossa potência de agir é diminuída ou contrariada.
 
==Na infância==
A tristeza é uma experiência comum na [[infância]] e reconhecer tais emoções podem tornar mais fácil para as famílias enfrentarem problemas emocionais mais graves,<ref>T. Berry Brazleton, [http://books.google.com/books?id=CDt6lwAB064C&pg=PA44 ''To Listen to a Child''], (1992) p. 46 e p. 48</ref> embora algumas famílias podem ter uma regra (consciente ou inconsciente) de que a tristeza não é "permitida".<ref>Karen Masman (1 March 2009). [http://books.google.com/books?id=aeyNVDGxqiAC&pg=PA8 ''Uses of Sadness: Why Feeling Sad Is No Reason Not to Be Happy'']. Allen & Unwin. pp. 8–. ISBN 978-1-74176-600-4.</ref> [[Robin Skynner]] sugeriu que isso pode causar problemas, porque com a tristeza "desativada" ficamos um pouco superficial e [[Mania | maníaco]]s.<ref name="SkynnerCleese1984"/>{{Rp|33, 36}}
 
A tristeza é parte do processo normal da criança de se separar de uma [[simbiose]] precoce com a mãe e se tornar mais independente. Toda vez que uma criança se separa um pouco mais, ele ou ela terá que lidar com uma pequena perda. Se a mãe não pode permitir o sofrimento menor envolvido, a criança nunca aprenderá a lidar com a tristeza por si mesma.<ref name="SkynnerCleese1984">A. C. Robin Skynner; John Cleese (1984). [http://books.google.com/books?id=3U_grAdfyUwC&pg=PA158 ''Families and how to Survive Them'']. Oxford University Press. pp. 158–159. ISBN 978-0-19-520466-7.</ref> O pediatra [[T. Berry Brazelton]] argumenta que estimular muito a criança para que supere uma tristeza, desvaloriza a emoção para elas;<ref>Brazleton, p. 52</ref> e [[Selma Fraiberg]] sugere que é importante respeitar o direito da criança em experimentar uma perda completa e profundamente.<ref name="Fraiberg1996">Selma H. Fraiberg (1996). [[http://books.google.com/books?id=CtukQhW2o0gC&pg=PA274 ''The Magic Years: Understanding and Handling the Problems of Early Childhood'']. Simon and Schuster. pp. 274. ISBN 978-0-684-82550-2.</ref>
 
[[Margaret Mahler]] viu a capacidade de sentir a tristeza como uma conquista emocional, ao contrário, por exemplo, de afastar-se através de [[hiperatividade]] inquieta.<ref>M. Mahler et al, ''The Psychological Birth of the Human Infant'' (London 1975) p. 92</ref>
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A tristeza pode vir de fora para dentro; quando é gerada por elementos que circundam o indivíduo; ou de dentro para fora; quando simplesmente surge por uma inadaptação do [[indivíduo]] ao meio.
Entretanto, apesar do estado de espírito "amargo" proposto pela tristeza, pesquisas demonstram que algumas decisões corriqueiras da vida do indivíduo, tais como àquelas relacionadas ao engradecimento pessoal e à mudança, em grande parte das vezes só podem ser tomadas em momentos de tristeza, quando o cérebro humano tende a agir de maneira mais arrazoada, com enfoque específico, visando um determinado fim.
Portanto, na medida em que o indivíduo triste se esforça para desempenhar suas atividades diárias, tentando manter seu equilíbrio psiquicopsíquico para tanto, ele está, ainda, a providenciar as condições neuropsiquicasneuropsíquicas para a tomada de decisões providenciais e salutares para sua vida. seja forte
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