Liberdade: diferenças entre revisões

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O tema da liberdade é o núcleo central do pensamento do filósofo francês e resume toda a sua doutrina.
 
Sua tese é: a liberdade é absoluta ou não existe. Sartre recusa todo [[determinismo]] e mesmo qualquer forma de [[condicionamento]]. Assim, ele recusa [[Deus]] e inverte a tese de [[Lutero]]; para este, a liberdade não existe justamente porque Deus tudo sabe e tudo prevê. Mas como, para Sartre, Deus não existe, a liberdade é absoluta. E recusa também o determinismo [[Materialismo|materialista]]: se tudo se reduzisse à [[matéria]], não haveria [[consciência]] e não haveria liberdade. Qual é, então, o fundamento da liberdade? É o nada, o indeterminismo absoluto. Agora entende-se melhor a má-fé: a tendência a ser termina sendo a negação da liberdade. Se o fundamento da consciência é o nada, nenhum ser consegue ser princípio de explicação do comportamento humano. Não há nenhum tipo de essência - divina, biológica, psicológica ou social - que anteceda e possa justificar o ato livre. É o próprio ato que tudo justifica. Por exemplo: de certo modo, eu escolho inclusive o meu nascimento. Por quê? Se eu me explicasse a partir de meu nascimento, de uma certa constituição psicossomática, eu seria apenas uma sucessão de objetos. Mas o homem não é objeto, ele é sujeito. Isso significa que, aqui e agora, a cada instante, é a minha consciência que está "escolhendo", para mim, aquilo que meu nascimento foi. O modo como sou meu nascimento é eternamente mediado pela consciência, ou seja, pelo nada. A falsificação da liberdade, ou a má-fé, reside precisamente na invenção dos determinismos de toda espécie, que põem no lugar do nada o ser. Entretanto, com que vai se sustentar?
 
A liberdade humana revela-se na [[angústia]]. O homem angustia-se diante de sua condenação à liberdade. O homem só não é livre para não ser livre,: está condenado a fazer escolhas, e a responsabilidade de suas escolhas é tão opressiva que surgem escapatórias através das atitudes e [[paradigma]]s de má-fé, onde o homem aliena-se de sua própria liberdade, mentindo para si mesmo através de condutas e [[ideologia]]s que o isentem da responsabilidade sobre as próprias decisões.