Arte degenerada: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Ausstellung entartete kunst 1937.jpg|miniaturadaimagem|[[Joseph Goebbels]] na exposição itinerante “Arte degenerada”, 1938 em Berlim. À esquerda, duas pinturas de [[Emil Nolde]]: ''Christus und die Sünderin'' e ''Die klugen und die törichten Jungfrauen''; à direita, uma escultura de [[Gerhard Marcks]]: São Jorge|esquerda]]
[[Ficheiro:Entartete Kunst poster, Berlin, 1938.jpg|miniaturadaimagem|Folheto para a exposição em 1938, em Berlim]]
Em 1907, Adolf Hitler foi rejeitado pela primeira vez na Academia de Belas-Artes de Viena. Segundo a instituição, ele não tinha talento para ser um novo gênio da artee por isso não foi aceito. Trinta anos depois, já como líder da Alemanha Nazista, Hitler ordenou a maior ação contra a arte — no caso, a modernista —, anunciando a exposição "Arte Degenerada".
O nome da exibição faz referência a um conceito que surgiu durante manifestações racistas que aconteceram no país, no fim do século 19, antes mesmo da criação do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
A [[:de:Entartete_Kunst_(Ausstellung)|exposição “Arte degenerada”]] foi inaugurada em 19 de julho de 1937 no ''[[:de:Hofgarten_(München)|Hofgarten]]'' em [[Munique]] e exibiu 650 obras confiscadas de 32 museus alemães. Ela também foi “exibida” em escolas e associações afiliadas ao partido em todo o país. Mais de dois milhões de pessoas visitaram a exposição, muito mais do que a [[:de:Große_Deutsche_Kunstausstellung|exposição de arte nazista]] que ocorreu no mesmo período na ''[[:de:Haus_der_Kunst|Haus der Deutschen Kunst]]'', visitada por apenas 420 mil pessoas. O interesse (difundido) na arte ridicularizada foi muito maior do que o oficialmente divulgado. A exposição foi iniciada por [[Joseph Goebbels]] e dirigida por [[:de:Adolf_Ziegler_(Maler)|Adolf Ziegler]]. Ao mesmo tempo em que confiscaram cerca de 16 mil obras de arte moderna, algumas das quais foram vendidas no exterior ou destruídas, os nazistas deram início a uma “limpeza” nas coleções de arte alemã, que afetou até mesmo obras antigas de museus pertencentes a colecionadores judeus.<ref>Este fato torna o processamento do [https://de.wikipedia.org/wiki/Schwabinger_Kunstfund Schwabinger Kunstfund], conhecido em novembro de 2013, muito difícil, pois as reivindicações de propriedade estatais e não estatais, judaicas e não-judaicas muitas vezes se chocam.</ref>[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 146-1974-020-13A, Salzburg, Ausstellung "Entartete Kunst", Werbung.jpg|miniaturadaimagem|Propaganda para a exposição em Salzburg, em agosto de 1938]]A exposição ocorreu como uma [[Exposição em tour|exposição itinerante]] pelas principais cidades do ''Reich''. Depois de Berlim, a exposição foi exibida na ''[[:de:Künstlerhaus_Wien|Künstlerhaus]]'' ([[Viena]]) de 7 de maio a 18 de junho (após a [[Anschluss|anexação da Áustria]] ao ''Reich'' alemão em 13 de março de 1938), na ''Festspielhaus'' ([[Salzburgo|Salzburg]]) de 4 a 25 de agosto e em Hamburgo de 11 de novembro a 31 de dezembro de 1938. De fevereiro de 1938 a abril de 1941, foi exibida nas seguintes cidades (conhecidas até então): [[Berlim]], [[Leipzig]], [[Düsseldorf]], [[Hamburgo]], [[Frankfurt am Main]], [[Viena]], [[Salzburgo|Salzburg]], [[Estetino]] e [[Halle (Saale)|Halle]].
No contexto artístico, as obras degeneradas fugiam do padrão do naturalismo — que representa as figuras em ambientes naturais, buscando o equlíbrio, harmonia e perfeição. Em contrapartida, a arte modernista tinha como doutrina a liberdade, e os nazistas a consideravam "coisa de judeus"
A exposição “Arte degenerada” relacionou as obras de arte com desenhos feitos por deficientes mentais e as dispôs junto a fotos de pessoas aleijadas, para que despertasse repugnância e inquietação nos visitantes. Desse modo, o conceito de arte do modernismo de vanguarda seria então reduzido ao absurdo e a arte moderna entendida como “degenerada” e decadente. Esta apresentação de uma arte “doente”, “[[:de:Jüdischer_Bolschewismus|judaica-bolchevique]]” também serviu para legitimar a perseguição a “adversários políticos” e “racialmente inferiores”.
Hitler tomou várias atitudes contra manifestações artísticas que ele considerava impróprias, fechando mostras de arte moderna e realizando outras exposições difamatórias, além de perseguir e prender professores, artistas e curadores que se identificavam com formas de arte não aprovadas pelo governo.
 
=== Apreensões de obras de arte ===