George Bentham: diferenças entre revisões

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Depois de uma passagem pela [[Suécia]], durante a qual George Bentham aprendeu [[língua sueca|sueco]], e pela [[Inglaterra]], a família mudou-se para [[França]], permanecendo durante dois anos em [[Montauban]], cidade onde Bentham estudou [[língua hebraica|hebraico]] e [[matemática]] na escola [[protestante]] local. A família acabaria por se fixar nos arredores de [[Montpellier]], local onde Sir Samuel Bentham adquiriu uma extensa propriedade.
 
Em consequência, George Bentham viveria de [[1814]] a [[1826]] em [[Montpellier]], tendo iniciado naquela região o seu interesse pelos estudos de [[botânica]]. A sua iniciação naquela ciência fez-se pelo estudo da [[flora]] dos [[PirinéusPirenéus]], à qual pretendia aplicar os métodos lógicos desenvolvidos pelo seu tio [[Jeremy Bentham]]. Nesta fase, George Bentham parecia mais voltado para os estúdios filosóficos, usando o estudo da história natural apenas como um dos campos onde pretendia aplicar os novos métodos lógicos.
 
Contudo, quando estudava em [[Angoulême]], cidade onde realizava os estudos preparatórios necessários para prosseguir uma carreira na área jurídica, acabou por se interessar pela leitura da obra ''Flore française'' do botânico suiço [[Augustin Pyrame de Candolle]]. O seu principal interesse recaiu sobre as tabelas analíticas para identificação de plantas, cuja lógica decidiu testar. Tendo obtido sucesso na identificação de plantas, começou a utilizar largamente a obra, familiarizando-se com a flora local.
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Com essas heranças conquistou uma independência, embora modesta, que lhe permitiu dedicar-se a tempo inteiro aos seus estudos favoritos, abandonando qualquer ideia de prática profissional. Durante algum tempo dividiu o seu tempo entre os estudos de jurisprudência, lógica e botânica, para além de editar os escritos profissionais de seu pai. Face ao crescimento do interesse pelo estudo da botânica, que então envolvia toda a Europa, foi progressivamente dedicando mais tempo àquela ciência. Em consequência foi envolvendo nos meios científicos londrinos, passando da posição de secretário da Royal Horticultural Society (que mantinha desde 1830) para membro destacado da [http://www.linnean.org/ Linnean Society of London], da qual viria a ser presidente.
 
A primeira publicação de George Bentham foi o ''Catalogue des plantes indigènes des Pyrénées et du Bas Languedoc'' (Paris, [[1826]]), o resultado dos seus estudos e trabalhos de exploração realizados nos [[PirinéusPirenéus]], quando residia em [[Montpellier]], complementados com os resultados de uma cuidadosa exploração da flora daquela região empreendida em conjunto com [[George Arnott Walker Arnott]] (1799-1868), que mais tarde seria professor de Botânica na [[Universidade de Glasgow]].
 
É interessante notar-se que George Bentham adoptou desde a sua primeira obra o hábito de nunca citar nada sem acesso directo à fonte. Seguiu este princípio nos artigos que publicou nos diversos campos do saber pelos quais se interessou: na botânica; no direito, disciplina em que escreveu sobre a codificação das leis, em desacordo com o seu tio, sobre a legislação referente ao furto e sobre os direitos reais de propriedade; e sobre lógica, disciplina onde publicou obra notável.