Isabel II do Reino Unido: diferenças entre revisões

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O casamento não ocorreu sem controvérsias: Filipe não tinha nenhuma situação financeira, era estrangeiro (apesar de cidadão britânico que havia servido na [[Marinha Real Britânica|Marinha Real]] durante a Segunda Guerra Mundial) e tinha irmãs casadas com nobres alemães com ligações [[Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães|nazistas]].<ref>Edwards, Phil (31 de outubro de 2000). "The Real Prince Philip". Channel 4.</ref> Crawford escreveu que "Alguns dos conselheiros do rei não o achavam bom o bastante para ela. Ele era um príncipe sem casa ou reino. Alguns dos jornais tocaram músicas longas e altas sobre as origens estrangeiras de Filipe".<ref>{{harvnb|Crawford|1950|p=180}}</ref> Algumas biografias posteriores da mãe de Isabel relatam que ela inicialmente era contra a união, até chamando Filipe de "O Huno".<ref>{{citar web|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1400208/Philip-the-one-constant-through-her-life.html|título=Philip, the one constant through her life|obra=The Telegraph|acessodata=10 de junho de 2014|data=20 de abril de 2006|autor=Davies, Caroline }}</ref> Entretanto, ela mais tarde contou ao biógrafo Tim Heald que o príncipe era "um cavalheiro inglês".<ref>{{harvnb|Heald|2007|p=xviii}}</ref>
 
Antes do casamento, Filipe renunciou seus títulos gregos e dinamarqueses, converteu-se da [[Igreja Ortodoxa Grega|ortodoxia grega]] para o [[Igreja Anglicana|anglicanismo]] e adotou o estilo de "Tenente Filipe Mountbatten", tomando o sobrenome da família britânica de sua mãe.<ref>{{harvnb|Hoey|2002|pp=55–56}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=101, 137}}</ref> Pouco antes do casamento, ele foi criado [[Duque de Edimburgo]] e recebeu o estilo de "[[Sua Alteza Real]]".<ref>{{citar periódico|data=21 de novembro de 1947|url=https://www.thegazette.co.uk/London/issue/38128/page/5495|título=Whitehall, November 20, 1947|jornal=The London Gazette|acessodata=10 de junho de 2014|número=38128|páginas=pp. 5495–5496 }}</ref>
 
Isabel e Filipe se casaram na [[Abadia de Westminster]] em 20 de novembro de 1947. Eles receberam 2500 presentes vindos de todo mundo.<ref name=diamond >{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/LatestNewsandDiary/Factfiles/60diamondweddinganniversaryfacts.aspx|título=60 Diamond Wedding anniversary facts|obra=The British Monarchy|acessodata=10 de junho de 2014 }}</ref> Já que o Reino Unido ainda não havia se recuperado totalmente das devastações da guerra, Isabel pediu que cupons de racionamento comprassem o material para seu vestido de noiva, que foi desenhado por [[Norman Hartnell]].<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=58}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=133–134}}</ref> No pós-guerra, não era aceitável que os parentes alemães do duque, incluindo suas três irmãs ainda vivas, fossem convidados para o casamento.<ref>{{harvnb|Hoey|2002|p=59}}; {{harvnb|Petropoulos|2006|p=363}}</ref> O [[Duque de Windsor]], o antigo rei Eduardo VIII, também não foi convidado.<ref>{{harvnb|Bradford|2012|p=61}}</ref>
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[[imagem:ElizabethIItroopingcolour crop.jpg|left|thumb|235px|Isabel cavalgando Burmese na Trooping the Colour de 1986]]
O grande interesse da mídia nas opiniões e vida particular da família real durante a década de 1980 levou a uma série de histórias sensacionalistas na imprensa, das quais nem todas eram inteiramente verdade.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=488–490}}</ref> Como Kelvin MacKenzie, editor do ''[[The Sun]]'', disse a sua equipe: "Dê-me um respingo dos reais no domingo para segunda-feira. Não se preocupem se não for verdade – contanto que não haja muito alarde sobre isso depois".<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|p=521}}</ref> O editor Donald Trelford escreveu em 21 de setembro de 1986 no ''[[The Observer]]'' que "A novela real chegou em tal nível de interesse público que a fronteira entre fato e ficção perdeu-se de vista ... não é apenas que alguns jornais não checam seus fatos ou aceitam negativas: eles não ligam se as histórias são verdadeiras ou não". Foi relatado, mais notavelmente pelo ''[[The Sunday Times]]'' de 20 de julho, que Isabel estava preocupada que as políticas econômicas da primeira-ministra [[Margaret Thatcher]] fomentavam divisões sociais, além de estar alarmada com o elevado desemprego, uma série de tumultos, a violência da greve de mineiros e as recusas de Thatcher de aplicar sanções contra o regime [[apartheid]] da África do Sul. As fontes dos rumores incluíam o ajudante real Michael Shea e Shridath Ramphal, Secretário-Geral da Commonwealth, porém Shea afirmou que suas colocações foram tiradas de contexto e embelezadas pela especulação.<ref>{{harvnb|Neil|1996|pp=195–207}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=503–515}}; {{harvnb|Shawcross|2002|pp=129–132}}</ref> A primeira-ministra supostamente disse que a rainha votaria pelo Partido Social Democrático – seus oponentes políticos.<ref>{{harvnb|Neil|1996|p=207}}</ref> John Campbell, biógrafo de Thatcher, afirmou que "a reportagem era um pedaço de travessura jornalística".<ref>{{harvnb|Campbell|2003|p=467}}</ref> Desmentindo os relatos de animosidade entre elas, Thatcher mais tarde transmitiu sua admiração pessoal por Isabel e,<ref>{{harvnb|Thatcher|1993|p=309}}</ref> depois dela ter sido substituída como primeira-ministra por [[John Major]], a rainha entregou duas honras a Thatcher como presente pessoal: nomeações à [[Ordem de Mérito (Reino Unido)|Ordem de Mérito]] e à [[Ordem da Jarreteira]].<ref>{{harvnb|Roberts|2000|p=101}}; {{harvnb|Shawcross|2002|p=139}}</ref> O ex-primeiro-ministro canadense [[Brian Mulroney]] disse que Isabel foi a "força de bastidores" para encerrar o apartheid na África do Sul.<ref name=geddes >{{citar periódico|autor=Geddes, John|data=2012|título=The day she descended into the fray|jornal=Maclean's|página=72 }}</ref><ref name=macqueen >{{citar periódico|autor=MacQueen, Ken; Treble, Patricia|data=2012|título=The Jewel in the Crown|jornal=Maclean's|páginas=pp. 43–44 }}</ref>
 
No Canadá em 1987, Isabel pronunciou publicamente seu apoio ao controverso Acordo Meech Lake, provocando críticas de oponentes das emendas constitucionais, incluindo Pierre Trudeau.<ref name=geddes /> No mesmo ano, o governo eleito de [[Fiji]] foi deposto por um golpe militar. Como monarca de Fiji, Isabel apoiou as tentativas do governador-geral ratu sir [[Penaia Ganilau]] para afirmar o poder executivo e negociar um acordo. Sitiveni Rabuka, líder do golpe, depôs Ganilau e declarou o país como uma república.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=515–516}}</ref> O sentimento republicano cresceu no Reino Unido no início de 1991 por causa das estimativas da imprensa sobre a fortuna da rainha – que foram contrariadas pelo palácio – e relatos dos casos e problemas conjugais dentre os membros família real.<ref>{{harvnb|Pimlott|2011|pp=519–534}}</ref> O envolvimento de alguns reais na programa ''The Grand Knockout Tournament'' foi ridicularizado<ref>{{harvnb|Hardman|2011|p=81}}; {{harvnb|Lacey|2002|p=307}}; {{harvnb|Pimlott|2011|pp=522–526}}</ref> e Isabel virou alvo de sátiras.<ref>{{harvnb|Lacey|2002|pp=293–294}}; {{harvnb|Pimlott|2011|p=54}}</ref>