Russell T Davies: diferenças entre revisões

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Durante o tempo que passou em ''Why Don't You?'', Davies supervisionou a produção de uma história que se passava no [[Lago Ness]]. A história foi a precursora de seu primeiro projeto infantil como autônomo: ''Dark Season''. O programa, originalmente chamado de ''The Adventuresome Three'', colocaria os personagens de ''Why Don't You'' em um cenário puramente dramático que foi influenciado por sua infância. Ele enviou um roteiro para Anna Home, chefe do departamento infantil da BBC, e outro para a Granada Television. Ambas as companhias se interessaram em produzir o programa com algumas pequenas mudanças: a Granada queria produzi-lo como um serial de seis partes, contrário ao desejo de Davies de dois seriais de três partes cada; e Home estava interessada em aceitar o programa com a condição de ter um elenco com personagens totalmente novos. Ele aceitou a oferta de Home, e o programa recebeu o orçamento e o horário de exibição de ''[[Maid Marian and Her Merry Men]]'', que havia sido colocado em hiato um ano antes.<ref>Aldridge & Murray, 2008, pp. 43-44</ref>
 
Os primeiros três episódios de ''Dark Season'' tinham três jovens adolescentes na escola, Reet ([[Kate Winslet]]), Marcie (Victoria Lambert) e Tom (Ben Chandler), que descobrem um plano do vilão Sr. Eldritch (Grant Parsons) para dominar o mundo usando computadores escolares. Eldritch é eventualmente derrotado por Marcie e a especialista em computação Professora Polzinsky (Rosalie Crutchley). Os três episódios seguintes se focaram em um novo vilão: a arqueologista Srta. Pendragon (Jacqueline Pearce), mais tarde descrita por Davies como uma "lésbica nazista que adora o demônio",<ref name=pierse >{{citar periódico|autor=Pierse, Alison|data=2010|título=A Broken Tradition: British Telefantasy and Children's Television in the 1980s and 1990s|jornal=Visual Culture in Britain|editora=Taylor & Francis Group|volume=11|número=1|páginas=pp. 109-124|doi=10.1080/14714780903509888|issn=1471-4787 }}</ref> que se torna parte do antigo supercomputador Behemoth. As duas histórias convergem no final do quinto episódio, quando Pendragon invade o palco da escola ao mesmo tempo que Eldritch entra no auditório.<ref name=aldridge4547 >Aldridge & Murray, 2008, pp. 45-47</ref>
 
''Dark Season'' usou conceitos que seriam vistos durante seu tempo em ''[[Doctor Who]]'': "School Reunion", escrito por Toby Whithouse, compartilha o conceito do antagonista usando computadores de escolas para dominar o mundo; "Army of Ghosts" inesperadamente reúne os dois principais vilões da série para o episódio final; e os personagens de Marcie, Reet e Tom são similares, apesar disso não ter sido intencional, com a estrutura do Doutor e seus companheiros.<ref name=aldridge4547 /> ''Dark Season'' foi a primeira série em que ele foi creditado como "Russell T Davies" – a inicial foi escolhida arbitrariamente para diferenciá-lo de um apresentador da [[BBC Radio 4]] – e a primeira série em que lhe foi pedido para escrever uma romantização: ela tem um final mais ambíguo e deixa um terreno para uma sequência que se passaria em um fliperama similar ao serial ''Warriors of Kudlak'', de ''The Sarah Jane Adventures''.<ref>Alrdidge & Murray, 2008, pp. 51-52</ref>
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Para simular a clássica história de amor, o enredo precisava de antagonistas, na forma de Holly Vance, melhor amiga e colega professora de Bob, e Andy Lewis (Daniel Ryan), ex-namorado de Rose. Apesar de Andy, nomeado em homenagem a Andrew Smith, namorado de Davies, ter saído da série no terceiro episódio, Holly permaneceu por todo o programa.<ref name=aldridge133136 /> ''Bob & Rose'' seguiu um formato similar a ''Queer as Folk'', em particular, o triunvirato composto por um casal e alguém de fora que viviam na Manchester contemporânea, e invertia a tradicional história do "sair do armário" ao se focar na atração de Bob por Rose; o personagem descreve sua vida sexual simplesmente dizendo "Eu gosto de homens. E ela".<ref name=aldridge133136 /> A série era similar ao filme ''[[Chasing Amy]]'', de [[Kevin Smith]], já que ambos mostravam um romance entre um personagem hétero e um homossexual e o ostracismo resultante vindo dos círculos sociais do casal, como ''The Second Coming'' compartilhava conceitos com ''[[Dogma (filme)|Dogma]]'', também de Smith.<ref name=aldridge138 >Aldridge & Murray, 2008, p. 138</ref>
 
Como ''Queer as Folk'', ''Bob & Rose'' contribuiu para a discussão política contemporânea sobre os direitos dos LGBT: um subenredo envolvia o grupo ficcional Pais Contra Homofobia, liderado pela mãe de Bob, Monica ([[Penelope Wilton]]), uma grande ativista dos direitos dos gays, em sua campanha para anular a Seção 28 do Ato Governamental Local de 1988, que proibia autoridades locais de "intencionalmente promover" a homossexualidade.<ref name=mckee >{{citar periódico|autor=McKee, Alan|data=2002|título=An Interview with Russell T Davies|jornal=Continuum|editora=Taylor & Francis Group|volume=16|número=2|páginas=pp. 235-255|doi=10.1080/10304310220138796|issn=1469-3666 }}</ref> O subenredo chega em seu clímax no quarto episódio, quando Monica e Bob lideram um protesto em que eles se algemam em um ônibus operado por uma companhia que havia doado milhões para manter a lei ativa;<ref name=mckee /><ref name=comentario >Davis, Alan; Davies, Russel T (2001). ''Bob & Rose'', comentário em áudio de "Episode 4" [DVD]. Reino Unido: ITV.</ref> a cena faz um paralelo direto com protestos realizados contra a companhia de transporte Stagecouch Group devido ao apoio financeiro e político que seu fundador, Brian Souter, fez pela Seção 28 – em um ponto, Davies pretendia explicitamente citar a Stagecouch no roteiro<ref name=comentario /> – e é inspirada por protestos anteriores feitos pelo grupo OutRage!.<ref name=mckee />
 
Depois de apresentar a série de forma bem sucedida para a [[Independent Television|ITV]], a Red Productions se juntou a Davies no processo de seleção de elenco, inicialmente oferecendo o pape de Bob para Alan Davies.<ref name=aldridge137138 >Aldridge & Murray, 2008, pp. 137-138</ref> Apesar de ser heterossexual, ele calorosamente aceitou a oferta e passou semanas no círculo gay de Manchester junto com [[Joe Wright]] para se preparar. Sua única objeção no papel foi o fato do personagem ser um torcedor do [[Manchester United F.C.]], a equipe que Shindler homenageou no nome da Red Productions Company, já que ele era um grande torcedor do [[Arsenal F.C.]].<ref name=aldridge137138 /> O papel de Rose foi entregue a Lesley Sharp, seu primeiro papel principal depois de interpretar várias personagens secundárias em séries como ''Playing the Field'' e ''Clocking Off'', e [[Jessica Hynes]] foi escolhida por Nick Elliott, chefe de drama da ITV, para viver Holly baseado em sua interpretação na comédia ''Spaced'', do Channel 4.<ref name=aldridge137138 />
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==''Doctor Who'' (2005–10) e além==
{{Principal|Doctor Who}}
Davies "se apaixonou" por ''[[Doctor Who]]'' no momento em que ele assistiu a regeneração do Primeiro Doutor (William Hartnell) no Segundo Doutor (Patrick Troughton) ao final do serial de 1966 ''The Tenth Planet''; na década de 1970, ele regularmente escrevia resenhas dos episódios em seu diário. Seu roteirista favorito na infância era Robert Holmes; durante sua carreira, ele elogiou o uso criativo dos estúdios da BBC para criar "terror e claustrofobia" em ''The Ark in Space'', escrito por Holmes – seu serial favorito da série original – e opinou que o primeiro episódio de ''The Talons of Weng-Chiang'' possui "o melhor diálogo já escrito".<ref name=aldridge179181 >Aldridge & Murray, 2008, pp. 179-181</ref> Sua carreira como roteirista começou quando ele submeteu uma história para ''Doctor Who''; em 1987, ele enviou um roteiro especulativo que se passava em uma emissora de notícias intergalácticas que foi rejeitado pelo editor de roteiros Andrew Cartmel, que sugeriu que Davies deveria escrever uma história mais prosaica sobre "um homem que está preocupado sobre sua hipoteca, seu casamento [e] seu cachorro".<ref name=aldridge179181 /> O roteiro foi reformulado e produzido como "The Long Game" em 2005.<ref>{{citar periódico|autor=Davies, Russell T|data=8 de dezembro de 2004|título=Production Notes #10|jornal=Doctor Who Magazine|editora=[[Panini Comics]]|número=350|páginas=p. 50 }}</ref>
 
Durante o final da década de 1990, Davies pressionou a BBC para que a emissora tirasse o programa do hiato, chegando aos estágios de discussão no final de 1998 e no início de 2002.<ref name=aldridge182183 >Aldridge & Murray, 2008, pp. 182-183</ref> Suas propostas atualizariam o programa para que ele se adequasse ao público do século XXI: a série seria gravada em filme ao invés de fita; a duração de cada episódio seria dobrada de vinte cinco minutos para cinquenta; os episódios se passariam principalmente na [[Terra]], ao estilo dos episódios UNIT do Terceiro Doutor (Jon Pertwee); e Davies removeria "bagagens excessivas" da mitologia como [[Gallifrey]] e os [[Lordes do tempo|Lordes do Tempo]].<ref name=aldridge182183 /> Sua proposta competiu contra outras três: uma releitura fantástica de Dan Freedman, uma abordagem gótica de Matthew Graham, e uma renovação de Mark Gatiss, que faria o Doutor ser o personagem substituto do público, ao invés de seus companheiros.<ref>Aldridge & Murray, 2008, pp. 183-185</ref> Davies também pegou elementos de séries fantásticas norte-americanas como ''[[Buffy the Vampire Slayer]]'' e ''[[Smallville (série)|Smallville]]'', mais notavelmente os conceitos de ''Buffy'' de arcos de história que duram uma temporada e o "Grande Mal".<ref>Aldridge & Murray, 2008, p. 208</ref>
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Davies planejava sair do programa em 2009 junto com Gardner e Collinson, e terminar seu período na série com quatro episódios especiais. Sua saída foi anunciada em maio de 2008, junto com um comunicado de imprensa nomeando Steven Moffat como seu sucessor.<ref>Aldridge & Murray, 2008, pp. 220-221</ref> Seu trabalho em 2008 foi dividido em escrever os especiais de 2009 e preparar a transição entre sua equipe de produção e a de Moffat; um dos capítulos de ''The Writer's Tale: The Final Chapter'' discute planos entre ele, Gardner e Tennant para anunciar a saída de Tennant durante o National Television Awards em outubro de 2008.<ref>Davies & Cook, 2010, pp. 482-504</ref> Seu último roteiro de ''Doctor Who'' foi finalizado na manhã de {{dtlink|4|3|2009}}, e a filmagem do episódio foi completada em 20 de maio de 2009.<ref>Davies & Cook, 2010, p. 649</ref><ref>Davies & Cook, 2010, 676</ref>
 
Davies se mudou junto com Gardner e Jane Tranter para os EUA em junho de 2009,<ref>Davies & Cook, 2010, p. 406</ref><ref name=davies685 >Davies & Cook, 2010, p. 685</ref> indo morar em [[Los Angeles]], [[Califórnia]].<ref name=davies685 /> Ele continuou a supervisionar a produção de ''Torchwood'' e ''The Sarah Jane Adventures''; ele escreveu em 2010 uma história para ''The Sarah Jane Adventures'', ''Death of the Doctor'', que tinha Matt Smith como o Doutor e Katy Manning como a antiga companheira Jo Grant,<ref>{{citar periódico|autor=Spilsbury, Tom|data=23 de junho de 2010|título=The Sarah Jane Adventures series four: titles revealed!|jornal=Doctor Who Magazine|número=423|páginas=p. 6|editora=Panini Comics }}</ref> e foi o produtor executivo e roteirista do primeiro ("The New World") e último episódio ("The Blood Line") de ''Torchwood: Miracle Day'', a quarta temporada de ''Torchwood''.<ref>{{citar periódico|autor=Spilsbury, Tom|data=23 de junho de 2010|título=Torchwood returns for a fourth series!|jornal=Doctor Who Magazine|número=423|páginas=p. 5|editora=Panini Comics }}</ref> Ele ainda prestou assistência informal, e mais tarde atuou como consultor criativo, no drama da BBC Cymru Wales ''Baker Boys'', criado pela antiga editora de roteiros de ''Doctor Who'' Helen Raynor e pelo dramaturgo Gary Owen.<ref>{{citar web|url=http://www.walesonline.co.uk/showbiz-and-lifestyle/showbiz/2011/01/22/creating-the-bbc-s-baker-boys-91466-28025567/|acessodata=23 de julho de 2012|título=Creating the BBC’s Baker Boys|primeiro=Karen|último=Price|data=22 de janeiro de 2011|obra=Wales Online }}</ref>
 
Na época em que ele se mudou para os EUA, Davies planejava escrever um [[romance gráfico]], e foi abordado sem sucesso pela [[Lucasfilm]] para escrever um roteiro para a proposta série de televisão de ''[[Star Wars]]''.<ref>Aldridge & Murray, 2008, p. 224</ref> O projeto seguinte de Davies era ''Cucumber'', uma série da [[BBC Worldwide]] sobre um homem homossexual.<ref>{{citar web|url=http://www.hollywoodreporter.com/live-feed/torchwood-creator-developing-new-showtime-208464|obra=[[The Hollywood Reporter]]|acessodata=23 de julho de 2012|título='Torchwood' Creator Developing New Showtime Drama Series|data=6 de junho de 2011|primeiro=Jethro|último=Nededog }}</ref> A pre-produção de ''Cucumber'' foi suspensa em 2011 depois que seu parceiro Andrew Smith foi diagnosticado com um tumor cerebral, que fez com que o casal se mudasse de volta para Manchester para que Smith passasse pela radioterapia e quimioterapia mais próximo de sua família.<ref>{{citar web|url=http://www.pinknews.co.uk/2011/12/05/interview-russell-t-davies-on-shelving-us-projects-his-partners-cancer-diagnosis-and-coming-home/|acessodata=23 de julho de 2012|título=Russell T Davies on shelving US projects, his partner’s cancer diagnosis and coming home|data=5 de dezembro de 2011|obra=Pinknews|primeiro=Laurence|último=Watts }}</ref> Sua volta para o [[Reino Unido]] permitiu que Davies desenvolvesse uma nova série com Phil Ford, roteirista de ''The Sarah Jane Adventures'', depois que esta foi cancelada com a morte súbita de [[Elisabeth Sladen]], a protagonista. O produto final, ''Wizards vs Aliens'', uma drama para a CBBC sobre um bruxo adolescente e seu amigo cientista, e o conflito dos dois com alienígenas chamados Nekross que querem destruir a Terra.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/uk-wales-16677583|obra=[[BBC]]|acessodata=23 de julho de 2012|data=23 de janeiro de 2012|título=Doctor Who's Russell T Davies creates new CBBC TV series Aliens Vs Wizards }}</ref> Davies criou a produção a partir de um "choque de gênero" entre a ficção científica e a fantasia sobrenatural, ao estilo e contrastando com os "choques culturais" de ''[[Cowboys vs. Aliens]]''.<ref>{{cita noticia|url=http://www.gamesradar.com/russell-t-davies-talks-wizards-vs-aliens/|título=Russell T Davies Talks Wizards Vs Aliens|editor=[[SFX (revista)|SFX]]|nombre=Nick|apellido=Setchfield|fecha=28 de outubro de 2012|fechaacceso=29 de janeiro de 2015}}</ref> Além disso, fez seu primeiro trabalho com o CBeebies, o canal da BBC para as crianças mais pequenas, com dois roteiros para ''Old Jack's Boat'', estrelada por dois antigos intérpretes de ''Doctor Who'', [[Bernard Cribbins]] e [[Freema Agyeman]].<ref name="oldjack">{{cita web|url=http://www.bbc.co.uk/mediacentre/latestnews/2012/new-commissions-cbeebies.html|título=Bernard Cribbins, Russell T Davies and Freema Agyeman come on board with CBeebies|fecha=3 de agosto de 2012|fechaacceso=28 de agosto de 2012|editor=BBC|obra=Media Centre}}</ref>
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{{cquote|É emocionante quando você faz com que crianças falem sobre sua história no parquinho, sobre quem vai viver ou morrer, assim eu considero o trabalho bem feito, porque isso é televisão interativa, é sobre isso: debate, diversão e conversa. É brincar com o país e achar isso maravilhoso.<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/7490639.stm|obra=BBC|acessodata=20 de agosto de 2012|título=Struggle to keep Who secret|data=4 de julho de 2008|primeiro=Lizo|último=Mzimba }}</ref> }}
 
Davies tenta criar uma imagem e fazer um comentário social ao mesmo tempo em seus roteiros; por exemplo, ele define mais as direções das câmeras nos ''scripts'' do que argumentistas com menos tempo de carreira, para garantir que qualquer outra pessoa que leia sua criação, incluindo o diretor, seja capaz de "sentir... o ritmo, a velocidade, a atmosfera, o clima, as piadas [e] o pavor". Suas didascálias também criam uma atmosfera através de sua formatação e a evitação da primeira pessoa.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 85–87}} Embora que a base de uma boa parte dos seus roteiros seja criada a partir de conceitos antigos, ele afirma que a maioria dos conceitos narrativos já foram utilizados, e, ao invés de inventar novos, tenta possuir uma trama relativamente nova e divertida; "Turn Left", um episódio de ''Doctor Who'', por exemplo, tem um enredo similar ao do filme ''[[Sliding Doors]]'', de 1998. Assim como na película, em que são analisadas duas linhas do tempo baseadas no momento em que Helen Quilley ([[Gwyneth Paltrow]]) pega um [[Metropolitano de Londres|metrô londrino]], Davies usa a escolha da companheira do Doutor em ir para a esquerda ou para a direita, numa interseção da estrada, para descrever tanto um mundo com o Doutor, visto durante o resto da quarta temporada, ou um universo paralelo sem o personagem, explorado durante todo o episódio.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=p 33}} O mundo sem o Doutor cria uma [[distopia]], que é usada pelo autor para opinar sobre o [[nazifascismo]].<ref name="TLcompanion">{{citar periódico|último =Pixley|primeiro =Andrew|data=14 de agosto de 2008|título=Turn Left|periódico=Doctor Who Magazine|publicado=Panini Comics|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|volume=The Doctor Who Companion: Series 4|número=Special Edition 20|páginas=pp 116–125}}</ref><ref name="tlscript">{{citar web|língua3-en|url=http://www.thewriterstale.com/pdfs/Doctor%20Who%204%20Ep.11-%20Shooting%20Script%20-%20Turn%20Left%20-%2030.01.08.pdf|arquivourl=http://web.archive.org/web/20130508100443/http://www.thewriterstale.com/pdfs/Doctor%20Who%204%20Ep.11-%20Shooting%20Script%20-%20Turn%20Left%20-%2030.01.08.pdf|arquivodata=8 de maio de 2013|título=Shooting Script for "Turn Left": Green script|último=Davies|primeiro=Russell T|data=20 de novembro de 2007|data-publicação=1 de outubro de 2008|publicado=[[BBC Books]]|pp=33–34|acessodata=2 de dezembro de 2007}}</ref> Geralmente, o galês tenta fazer roteiros "bastante detalhados, mas muito sucintos", e evita descrever o personagem e o cenário muito detalhadamente, limitando-se a três adjetivos para seus personagens e duas linhas para detalhar o cenário, deixando assim o diálogo esmiuçar toda a história.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/writersroom/insight/russell_t_davies_7.shtml|título=Russell T Davies|último =Davies|primeiro =Russell T|data=Outubro de 2008|obra=Writersroom|publicado=BBC|em=p 7|acessodata=13 de julho de 2009|arquivourl=http://web.archive.org/web/20090214054757/http://bbc.co.uk/writersroom/insight/russell_t_davies_7.shtml|arquivodata=14 de fevereiro de 2009}}</ref>
 
Outras características de seus trabalhos são a análise e o debate sobre várias questões, como sexualidade e religião, especialmente de uma perspectiva homossexual e [[Ateísmo|ateísta]]. Ele abstém-se de uma dependência em "linhas baratas e fáceis", que provêm pouco conhecimento mais aprofundado;{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}} seu mantra durante o início de sua carreira escrevendo dramas adultos era "não incluir questões chatas".{{sfn|Aldridge|Murray|2008|loc=pp 61–62}} ''Queer as Folk'' é seu principal veículo de seu comentário social sobre a homossexualidade e a vocação de maior aceitação. O britânico usou a série para desafiar o "princípio fundamental" da homofobia ao apresentar a imagem homossexual em contraste à "imagem fundamental da vida, da família, da infância [e] de sobrevivência" heterossexual.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}}{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 123–124}} Seu próximo projeto, ''Bob & Rose'', examina o dilema de um homem gay que se apaixona por uma mulher, e a reação dos respectivos ciclos sociais do casal.{{sfn|Aldridge|Murray|2008|loc=p 138}} ''Torchwood'', nas palavras do próprio, é um "programa muito bissexual", e demonstra uma abordagem fluida tanto para gênero quanto para sexualidade "quase que desde o início": por exemplo, o personagem principal, [[Jack Harkness|Capitão Jack Harkness]], despreocupadamente menciona que já engravidou; e, mais tarde, os outros protagonistas discutem a sexualidade de Harkness. O portal gay [[AfterEllen.com|AfterElton]] opinou que o maior destaque de ''Torchwood'' poderia ser uma "representação ''[[queer]]''" ao mostrar o Capitão Jack como um personagem cuja bissexualidade é explorada mas não é seu principal traço.<ref name="verybisexual">{{citar web|último=Hall|primeiro=Locksley|língua=en|data=24 de outubro de 2006|acessodata=19 de setembro de 2011|título=Torchwood: Captain Jack Gets His Own Show|url=http://www.afterelton.com/TV/2006/10/torchwood.html|publicado=[[AfterEllen.com|AfterElton]]}}</ref>
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Seus comentários em relação à religião e ao ateísmo são ''The Second Coming'' e o episódio "Gridlock" (2007), de ''Doctor Who''. A representação de uma contemporânea e realista [[segunda vinda de Cristo]] afasta-se do uso de iconografia religiosa em favor de uma história de amor sublinhada pelo "despertar como o Filho de Deus" do protagonista masculino.{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 85–87}} Em contraste, "Gridlock" tem um papel mais pró-ativo no debate religioso; o capítulo mostra a união do elenco de apoio cantando os hinos cristãos "[[Abide with me]]" e "The Old Rugged Cross" como um aspecto positivo da fé, mas apresenta o Doutor como um herói ateu que mostra a fé como equivocada pois "não há autoridade superior".{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}} Sua opinião também é incluída de maneira subjetiva em outras histórias; ele descreve o sub-enredo do conflito de fé entre o Doutor e a [[Vitória do Reino Unido|Rainha Vitória]] em "Tooth and Claw" como um conflito entre "um homem racional e a Cabeça da Igreja".{{sfn|Davies|Cook|2008|loc=pp 35–36}}
 
Assim como outros roteiristas fizeram na série clássica de ''Doctor Who'', vários dos roteiros de Davies são influenciados por sua visão pessoal de política. Marc Edward DiPaolo, da Universidade de Oklahoma City, observa que o escritor geralmente defende uma "visão de [[Esquerda política|esquerda]]" em suas obras.<ref name="whopolitics" /> Além de religião e sexualidade, outro ponto notável é a sátira dos Estados Unidos através de [[George W. Bush]] em ''Doctor Who'': os Slitheen em "Aliens of London" e "World War Three" e Henry van Statten em "Dalek" são retratados como capitalistas sociopatas; a representação dos [[Dalek]]s durante seu período como principal autor da série ecoava os conservadores estadunidenses contemporâneos, passando de fundamentalistas religiosos em "The Parting of the Ways" a imperialistas em "Daleks in Manhattan" e "Evolution of the Daleks"; e, em "The Sound of Drums", uma paródia de Bush é assassinada pelo [[Mestre (Doctor Who)|Mestre]] (John Simm), que é apresentado na história como [[Primeiro-ministro do Reino Unido|primeiro-ministro]] reminiscente a [[Tony Blair]].<ref name="whopolitics" /> Outros alvos de sátira em seus textos para a série incluem a [[Fox News]], a [[News Corporation]] e o ciclo de notícias de 24 horas em "The Long Game", cirurgias plásticas e a cultura consumista em "[[The End of the World (Doctor Who)|The End of the World]]", obesidade e [[medicina alternativa]] em "Partners in Crime" e racismo e paranoia em "Midnight".<ref name="whopolitics">{{citar periódico|título=Political Satire and British-American Relations in Five Decades of Doctor Who|primeiro =Marc Edward|último =DiPaolo|periódico=The Journal of Popular Culture|publicado=[[Wiley Periodicals]]|volume=43|número=5|data=Outubro de 2010|páginas=pp 964–987|doi=10.1111/j.1540-5931.2010.00782.x}}</ref>
 
== Reconhecimento ==
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Em 2007, o trabalho na [[Doctor Who (3ª temporada)|terceira série de ''Doctor Who'']] rendeu uma nomeação à categoria "Best Soap/Series" do Writers' Guild of Great Britain; foi indicado com [[Chris Chibnall]], [[Paul Cornell]], [[Stephen Greenhorn]], [[Steven Moffat]], [[Helen Raynor]] e [[Gareth Roberts (autor)|Gareth Roberts]].<ref>{{citar web|publicado=[[Writers' Guild of Great Britain]]|título=Guild Award winners 2007|acessodata=5 de julho de 2011|data=19 de novembro de 2007|url=http://www.writersguild.org.uk/public/003_WritersGuil/173_WGGBNewsGui.html|arquivourl=http://web.archive.org/web/20090206121743/http://www.writersguild.org.uk/public/003_WritersGuil/173_WGGBNewsGui.html|arquivodata=6 de fevereiro de 2009}}</ref> Outras indicações aos BAFTA Awards vieram em 2009: um Television Award por seu trabalho em ''Doctor Who'',<ref>{{citar web|url=http://awards.bafta.org/award/2009/television/drama-series|título=Television: Drama Series in 2009|publicado=British Academy of Film and Television Arts|obra=Award Database|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref> e um Television Craft Award for Best Writer pelo episódio "Midnight".<ref>{{citar web|url=http://awards.bafta.org/award/2009/tvcraft/writer|título=Television Craft: Writer in 2009|publicado=British Academy of Film and Television Arts|obra=Award Database|acessodata=30 de janeiro de 2015}}</ref> Sob seu comando, a série ganhou cinco [[National Television Awards]] consecutivos, entre 2005 e 2010.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/entertainment/4376854.stm|título=National TV Awards 2005 winners|publicado=BBC News|data=25 de outubro de 2005|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/entertainment/6104066.stm|título=National TV Awards 2006 winners|publicado=BBC News|data=31 de outubro de 2010|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.theguardian.com/media/2007/nov/01/television|título=National Television Awards 2007|jornal=The Guardian|data=1º de novembro de 2007|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1567981/National-Television-Awards-Winners-in-full.html|título=National Television Awards: Winners in full|jornal=[[The Daily Telegraph]]|data=12 de janeiro de 2008|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.telegraph.co.uk/culture/tvandradio/7038857/National-Television-Awards-2010-the-winners.html|título=National Television Awards: the winners|jornal=The Daily Telegraph|data=20 de janeiro de 2010|acessodata=31 de julho de 2010}}</ref> Davies também concorreu a três [[Prémio Hugo|Prêmios Hugo]], todos na categoria de [[Prêmio Hugo de melhor apresentação dramática#Forma Curta|Melhor Apresentação Dramática, Forma Curta]]: em 2007, a história compreendendo "Army of Ghosts" e "Doomsday" foi derrotada por "[[The Girl in the Fireplace]]", do compatriota Steven Moffat;<ref>{{citar web|url=http://www.locusmag.com/SFAwards/Db/Hugo2007.html|título=2007 Hugo Award for Best Dramatic Presentation, Short Form&nbsp;– 2007 Hugo Awards |obra=The Locus Index to Science Fiction Awards |acessodata=24 de julho de 2010 |primeiro =Mark |último =Kelly |publicado=[[Locus (magazine)|Locus]]}}</ref> em 2009, "Turn Left" perdeu para ''[[Dr. Horrible's Sing-Along Blog]]'', escrito por [[Joss Whedon]];<ref>{{citar web|url=http://www.locusmag.com/SFAwards/Db/Hugo2009.html|título=2009 Hugo Award for Best Dramatic Presentation, Short Form&nbsp;– 2009 Hugo Awards|obra=The Locus Index to Science Fiction Awards|acessodata=24 de julho de 2010|primeiro =Mark|último =Kelly|publicado=Locus}}</ref> e, em 2010, todos os seus três roteiros escritos no ano que eram elegíveis, "The Next Doctor", "Planet of the Dead", colaboração Davies–Roberts, e o dueto de Davies e Ford, "The Waters of Mars", foram nomeados. O prêmio foi vencido por "The Waters of Mars", e os outros episódios ficaram em segundo e terceiro lugar.<ref>{{citar web|url=http://www.thehugoawards.org/hugo-history/2010-hugo-awards/|título=2010 Hugo Awards|acessodata=19 de fevereiro de 2011|publicado=[[World Science Fiction Society]]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.thehugoawards.org/content/pdf/2010HugoVotingReport.pdf|título=2010 Hugo Awards: Awards and Nominations|acessodata=19 de fevereiro de 2011|publicado=Hugo Awards|em=p 9}}</ref>
 
Durante o período de Davies como produtor executivo do programa, somente "Silence in the Library", escrito por Moffat e colocado para disputar contra a final da segunda temporada do ''[[Britain's Got Talent]]'', não ficou em primeiro lugar na audiência. Os índices eram constantemente altos o suficiente para que, nos consolidados semanais da [[Broadcasters' Audience Research Board]], ''Doctor Who'' só batesse de frente com ''[[EastEnders]]'', ''[[Coronation Street]]'', ''Britain's Got Talent'' e partidas de [[futebol]] internacionais.<ref>{{citar periódico|último =Spilsbury|primeiro =Tom|data=21 de julho de 2010|título=Public Image|periódico=Doctor Who Magazine|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|publicado=Panini Comics|número=424|página=p 9}}</ref> Dois roteiros seus, "Voyage of the Damned" e "The Stolen Earth", quebraram recordes de audiência para o ''show'' ao serem declarados a segunda transmissão mais assistida da respectiva semana de exibição, e "Journey's End" tornou-se o primeiro a ser o programa mais assistido da semana.<ref>{{citar web|url=http://www.doctorwhonews.net/2008/07/journey-end-officially-number-one_16.html|título=Journey's End Officially Number One|primeiro =Matt|último =Hilton|data=16 de julho de 2008|acessodata=5 de julho de 2011|publicado=[[Gallifrey Base]]|obra=[[Doctor Who News Page]]}}</ref> Além disso, gozou várias vezes de grandes números no [[Appreciation Index]], que mede a apreciação do público em relação a uma produção televisiva. "Love & Monsters", considerado pelos admiradores da obra seu pior roteiro,<ref>{{citar periódico|último =Griffiths|primeiro =Peter|data=16 de setembro de 2009|título=The Mighty 200|periódico=Doctor Who Magazine|publicado=Panini Comics|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|número=413|páginas=pp 18–42|último2 =Darlington|primeiro2 =David|último3 =Arnopp|primeiro3 =Jason}}</ref> conseguiu um índice de 76,<ref>{{citar web|primeiro =Matt|último =Hilton|obra=The Doctor Who News Page|publicado=Gallifrey Base|acessodata=19 de setembro de 2011|título=Blink&nbsp;— AI Figure and Sunday Ratings|url=http://www.doctorwhonews.net/2007/06/blink-ai-figure-and-sunday-ratings_5247.html|data=11 de junho de 2007}}</ref> apenas um ponto abaixo da média de 2006,<ref>{{citar jornal|último =Hilton|primeiro =Matt|título="Runaway Bride" AI Figure|url=http://www.doctorwhonews.net/2006/12/bride-ai-figure_28.html|acessodata=5 de julho de 2011|data=28 de dezembro de 2006|publicado=Gallifrey Base|obra=The Doctor Who News Page}}</ref> e os capítulos "The Stolen Earth" e "Journey's End" partilham do maior número já conquistado por ''Doctor Who'': 91.<ref name="TSEcompanion">{{citar periódico|último =Pixley|primeiro =Andrew|data=14 de agosto de 2008|título=The Stolen Earth/Journey's End|periódico=Doctor Who Magazine|publicado=Panini Comics|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|volume=The Doctor Who Companion: Series 4|número=Special Edition 20|páginas=pp 126–145}}</ref>
 
Entre os fãs de ''Doctor Who'', a aprovação da contribuição do galês é tão alta quanto a da sua co-criadora, [[Verity Lambert]]. Em 2009, numa votação realizada com 6 700 leitores da ''[[Doctor Who Magazine]]'', ele ganhou o prêmio "Greatest Contribution", com 22.62% dos votos, contra o ''[[share]]'' de 22.49% de Lambert,<ref name="DWM414">{{citar periódico|último =Griffiths|primeiro =Peter|data=14 de outubro de 2009|título=The Mighty 200, Part Two|periódico=Doctor Who Magazine|publicado=Panini Comics|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|número=413|páginas=pp 20–24|último2 =Farrington|primeiro2 =Ian}}</ref> além de ter vencido o galardão da revista de melhor escritor da temporada em 2005, 2006 e 2008.<ref>{{citar periódico|último =Griffiths|primeiro =Peter|data=10 de dezembro de 2008|título=The Mighty 200|periódico=Doctor Who Magazine|publicado=Panini Comics|local=Royal Tunbridge Wells, Kent|número=403|páginas=pp 34–37|display-authors=etal}}</ref> Ian Farrington, que comentou a enquete, atribuiu a popularidade de Davies à sua gama de estilos de escrita, do épico "Doomsday" ao minimalista "Midnight", e sua habilidade em fazer com o que o programa apelasse para um público maior.<ref name="DWM414"/>
 
Outras acoladas, fora da indústria televisiva, foram recebidas por seu trabalho na produção. Entre 2005 e 2008, Russell esteve na lista "Media 100", do ''[[The Guardian]]''; em 2005, ele foi considerado o 14.º homem mais influente da mídia;<ref>{{citar jornal|título=14. Russell T Davies|jornal=The Guardian|data=18 de julho de 2005|url=http://www.theguardian.com/media/2005/jul/18/mediatop100200511|acessodata=24 de julho de 2010}}</ref> em 2006, o 28.º;<ref>{{citar jornal|título=28. Russell T Davies|jornal=The Guardian|data=17 de julho de 2006|url=http://www.theguardian.com/media/2006/jul/17/mediaguardiantop100200614|acessodata=24 de julho de 2010}}</ref> em 2007, o 15.º;<ref>{{citar jornal|título=15. Russell T Davies|jornal=The Guardian|data=9 de julho de 2007|url=http://www.theguardian.com/media/2007/jul/09/mediatop1002007.mondaymediasection14|acessodata=24 de julho de 2010}}</ref> e em 2008, o 31.º.<ref>{{citar jornal|título=31. Russell T Davies|jornal=The Guardian|data=14 de julho de 2008|url=http://www.theguardian.com/media/2008/jul/14/mediatop100200827|acessodata=24 de julho de 2010}}</ref> O ''[[The Independent|The Independent on Sunday]]'', edição dominical do periódico, reconheceu suas contribuições ao público incluindo-o em sete [[Pink List]]s consecutivas; a tabela considera as conquistas de personalidades gays e lésbicas: em 2005, ele foi considerado o 73.º gay mais influente;<ref name="pinklist06">{{citar jornal|título=Gay Power: The pink list|url=http://www.independent.co.uk/news/uk/this-britain/gay-power-the-pink-list-406297.html|jornal=[[The Independent|The Independent on Sunday]]|data=2 de julho de 2006|acessodata=24 de julho de 2010|primeiro =Andrew|último =Tuck}}</ref> em 2006, o 18.º;<ref name="pinklist06"/> em 2007, o mais influente;<ref>{{citar jornal|título=The pink list 2007: The IoS annual celebration of the great and the gay.|url=http://www.independent.co.uk/news/uk/this-britain/the-pink-list-2007-the-iiosi-annual-celebration-of-the-great-and-the-gay-447627.html|acessodata=24 de julho de 2010|jornal=The Independent on Sunday|data=6 de maio de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111006184222/http://www.independent.co.uk/news/uk/this-britain/the-pink-list-2007-the-iiosi-annual-celebration-of-the-great-and-the-gay-447627.html|arquivodata=6 de outubro de 2011}}</ref> em 2008, ficou na vice-liderança;<ref>{{citar jornal|título=The ''IoS'' pink list 2008|url=http://www.independent.co.uk/news/uk/home-news/the-iiosi-pink-list-2008-852032.html|acessodata=24 de julho de 2010|jornal=The Independent on Sunday|data=22 de junho de 2008}}</ref> em 2009, ficou em 14.º lugar;<ref>{{citar jornal|título=14 (2) Russell T Davies|url=http://www.independent.co.uk/news/people/news/the-iiosi-pink-list-2009-1721869.html?action=Gallery&ino=14|acessodata=24 de julho de 2010|data=28 de julho de 2009|jornal=The Independent on Sunday}}</ref> em 2010, na posição 64;<ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/news/people/news/the-iiosi-pink-list-2010-2040472.html|título=The IoS Pink List 2010|data=1 de agosto de 2010|acessodata=2 de abril de 2012|jornal=The Independent on Sunday}}</ref> em 2011, foi eleito o 47.º;<ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/news/people/news/the-ios-pink-list-2011-2374595.html|título=The IoS Pink List 2011|primeiro =Ian|último =Herbert|acessodata=2 de abril de 2012|data=23 de outubro de 2011|jornal=The Independent on Sunday}}</ref> em 2012, o 56.º;<ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/news/people/news/the-ios-pink-list-2012-8216187.html|título=The IoS Pink List 2012|data=4 de novembro de 2012|acessodata=25 de abril de 2013|jornal=The Independent on Sunday}}</ref> e, em 2013, foi nomeado um membro permanente dos "tesouros nacionais" da lista.<ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/news/people/news/pink-list-2013-national-treasures-8876339.html|título=Pink List 2013: National Treasures|acessodata=25 de novembro de 2013|data=13 de outubro de 2013|jornal=The Independent on Sunday}}</ref> O autor entrou para a [[Ordem do Império Britânico]] (OBE) na lista Birthday Honours, compilada pela Rainha, de 2008, por suas contribuições ao drama,<ref>{{citar web|url=http://www.direct.gov.uk/prod_consum_dg/groups/dg_digitalassets/@dg/@en/documents/digitalasset/dg_078749.pdf|título=Birthday Honours List 2008|publicado=[[Directgov]]|data=14 de junho de 2008|acessodata=9 de julho de 2011|arquivourl=http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20121015000000/http://www.direct.gov.uk/prod_consum_dg/groups/dg_digitalassets/@dg/@en/documents/digitalasset/dg_078749.pdf|arquivodata=15 de outubro de 2012|em=p 17}}</ref> e recebeu um título ''[[honoris causa]]'' da [[Universidade de Cardiff]] em julho do mesmo ano.<ref>{{citar web|título=Previous Recipients|obra=Honorary Fellows|url=http://www.cardiff.ac.uk/about/honorary-fellows/previous-recipients|publicado=[[Cardiff University]]|acessodata=5 de julho de 2011}}</ref>