Prestes Maia: diferenças entre revisões
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'''Francisco Prestes Maia''' ([[Amparo (São Paulo)|Amparo]], [[19 de março]] de [[1896]] — [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[26 de abril]] de [[1965]]) foi um [[engenharia civil|engenheiro civil]], [[arquitectura|arquiteto]] e [[política|político]] [[brasil]]eiro.
==Biografia==Francisco Prestes Maia, filho de Manuel Azevedo Maia e de Carolina Prestes, nasceu no dia [[19 de março]] de [[1896]] na cidade de [[Amparo (São Paulo)|Amparo]] (SP). Mudou-se para [[São Paulo]] com a família aos 11 anos, onde estudou no Colégio São Bento durante o primeiro e o segundo grau. Aos 15 anos, ingressou na [[Escola Politécnica da Universidade de São Paulo|Escola Politécnica da USP]], onde se formou no curso de Engenharia e Arquitetura; anos mais tarde, voltou à instituição como professor, onde atuou por 10 anos. <ref name=":0">CARPINTÉRO, Marisa Varanda Teixeira. ''Arte, técnica e política na trajetória de Francisco Prestes Maia''. Campinas, 2013. </ref> Foi um dos urbanistas responsáveis pela consolidação da profissão no país e prefeito da cidade de São Paulo por dois períodos (1938-1945 e 1961-1965), além de Chefe de Secretaria de Viação e Obras da capital paulista na gestão de [[José Pires do Rio]] (1926-1930). <ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.fgv.br/CPDOC/BUSCA/dicionarios/verbete-biografico/francisco-prestes-maia|titulo=FRANCISCO PRESTES MAIA {{!}} CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|acessodata=2018-11-21|obra=CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|ultimo=Brasil|primeiro=CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do|lingua=pt-br}}</ref>
É autor do [[Plano de Avenidas de São Paulo]], em parceria com o engenheiro Ulhôa Cintra, que foi divulgado em 1930. Considerado um dos documentos cruciais do urbanismo brasileiro, o Plano definiu os padrões de expansão que prevaleceram até os anos 1990 na capital paulista. <ref name=":2">{{Citar periódico|ultimo=Cultural|primeiro=Instituto Itaú|titulo=Prestes Maia {{!}} Enciclopédia Itaú Cultural|url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa4511/prestes-maia|jornal=Enciclopédia Itaú Cultural|lingua=pt-br}}</ref>
== Formação, carreira acadêmica e início da carreira política ==
Em 1917, formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP e iniciou suas atividades profissionais em um escritório de construção e negócios imobiliários. <ref name=":1" /> No ano seguinte, foi nomeado Diretor de Obras Públicas na Secretaria de Viação e Obras Públicas do governo estadual, onde projetou e coordenou obras comemorativas do centenário da independência do Brasil, como a Avenida da Independência - atual Dom Pedro I -, o paisagismo do entorno do [[Museu do Ipiranga]], a construção do [[Monumento à Independência do Brasil|monumento à Independência]] e a retificação do córrego do Ipiranga. <ref name=":3">{{citar web|url=https://www.sescsp.org.br/online/artigo/compartilhar/1930_O+PREFEITO+QUE+MUDOU+SAO+PAULO|titulo=O prefeito que mudou São Paulo|data=01/05/1997|acessodata=21/11/2018|publicado=SESC-SP|ultimo=|primeiro=}}</ref> Em 1922, montou um novo escritório de engenharia ao lado de Mário Whately, Modesto Costa Ferreira e Antônio Smith Bayma, que realizou alguns projetos, como o [[Viaduto do Chá]] e reformas de residências na capital. <ref name=":0" />
Em 1924, foi contratado como professor interino da POLI-USP, onde lecionou desenho geométrico e à mão livre, desenho arquitetônico e esboço do natural e desenho de perspectiva. Em 1927, foi efetivado como docente e permaneceu dando aulas na [[Universidade de São Paulo|USP]] até 1937, quando tornou-se proibida a acumulação de cargos públicos e ele resolveu dedicar-se à vida política. <ref name=":2" />
Durante a gestão de José Pires do Rio (1926-1930), Maia foi chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo. No cargo, foi encarregado pelo engenheiro João Florêncio de Ulhoa Cintra, sob a autorização do atual prefeito, de elaborar um novo plano urbanístico para a cidade. Assim surgiu, em 1930, o “Estudo de um Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo”, conhecido como Plano de Avenidas, que foi apresentado e premiado no 4º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, realizado no [[Rio de Janeiro]]. Ainda nesse ano, fundou com alguns colegas o Instituto Paulista de Arquitetos, do qual foi vice-presidente até o ano seguinte. <ref name=":3" /> Em 1931, participou do 1º Congresso de Habitação do Instituto de Engenharia e, em 1932, foi convidado para escrever um parecer sobre o “Plano de Remodelação e Extensão da cidade de Recife”, elaborado pelo engenheiro Nestor de Figueiredo, propondo um sistema viário semelhante ao paulista, além da criação de uma Comissão da Cidade, formada por civis, e uma Comissão do Plano, composta por especialistas, para auxiliar na criação do novo sistema viário da capital de [[Pernambuco]]. Em 1934, foi convidado pela Secretaria de Estado da Viação e Obras Públicas de São Paulo para auxiliar na remodelação urbana de [[Campinas]], onde também propôs um sistema viário parecido com o de São Paulo, apesar do forte impacto da ferrovia na região, que ainda era mais rural do que industrial. <ref name=":4">LEME, Maria Cristina da Silva. ''Francisco Prestes Maia e o urbanismo como campo de conhecimento e de atuação profissional.'' pp. 20-26; 35-44. Rio de Janeiro, 2010. </ref>
Ainda em 1934, com a finalidade de elaborar o Plano Geral da Cidade e apontar soluções para os problemas da capital, Maia ajudou na fundação da Sociedade Amigos da Cidade, da qual foi o primeiro presidente. Era uma sociedade fechada, formada a partir de indicações de membros que precisavam ser aprovados por todos os participantes. Composta basicamente pela elite paulista, tanto política, quanto econômica e intelectual, a Sociedade atuou na intermediação entre moradores da cidade e a Prefeitura, levando suas reivindicações, como a melhoria de uma praça, por exemplo, para os governantes. Ela foi a responsável pela instauração, junto à prefeitura, da Comissão do Plano Geral da Cidade, que abriu caminho para a implantação do Plano de Avenidas criado por Prestes Maia. <ref name=":4" /> Também foi na Sociedade Amigos da Cidade que ele conheceu políticos, profissionais liberais, empresários, artistas e pessoas influentes que foram importantes para sua carreira política nas décadas seguintes. <ref name=":0" />
== O Plano de Avenidas ==
O Plano, criado por Prestes Maia e Ulhôa Cintra, é um projeto urbanístico para a cidade de São Paulo, que estruturou o crescimento do município nas década seguintes. Publicado pela editora [[Editora Melhoramentos|Melhoramentos]], foi divulgado em um livro de 365 páginas, com fotos e desenhos. Foi a principal proposta urbanística para a capital paulista até aquele momento, sendo a primeira vez que a cidade foi pensada como um todo, incluindo as áreas periféricas, e não apenas uma visão que se restringia à área central. <ref name=":2" /> O projeto ainda afirma que os recursos financeiros para a realização das obras devem ser provenientes de fundos públicos, ignorando uma possível participação da iniciativa privada, e defende a intervenção do Estado para gerir o uso comum e o uso privado da cidade, como no caso das desapropriações necessárias às reformas. <ref name=":4" />
O Plano estabeleceu uma completa remodelação do centro urbano, com aberturas de avenidas de 35 a 50 metros de largura, como as avenidas Mercúrio, Senador Queirós, [[Avenida Ipiranga|Ipiranga]] e [[Avenida São Luís (São Paulo)|São Luis]], além das ruas Maria Paula e Rangel Pestana e as praças [[Praça Clóvis Beviláqua (São Paulo)|Clóvis Bevilacqua]] e João Mendes. Havia também uma parte do projeto dedicada às marginais dos rios [[Rio Tietê|Tietê]] e [[Rio Pinheiros|Pinheiros]] e outra que previa o remanejamento das linhas [[São Paulo Railway]], a Santos-Jundiaí e a Sorocabana-Fepasa para a margem direita do rio Tietê, onde hoje está localizado o [[Terminal Rodoviário Tietê|Terminal Rodoviário do Tietê]], e a construção de uma grande estação ferroviária no local. mas esse último objetivo não foi executado na época. <ref name=":3" />
Para o urbanista, o objetivo do Plano de Avenidas era orientar e garantir o bom funcionamento da cidade. Assim, os dez capítulos do livro se dividem entre "legislação", "soluções viárias", "transportes" e "complementos" diversos, buscando dar conta dessa missão. Um importante ponto do Plano é o “perímetro de irradiação”, conceito criado por Cintra: um circuito de novas e amplas avenidas e viadutos na região da [[Praça da República (São Paulo)|Praça da República]], pretendendo ao mesmo tempo embelezar o bairro e ser uma solução viária, já que receberia o fluxo das “vias radiais” antes que ele chegue ao centro, impedindo o congestionamento da região. <ref name=":2" />
Outro importante ponto do sistema viário desenvolvido por Prestes Maia é o chamado “Sistema Y”, com a construção de avenidas radiais que interligassem a cidade, atravessando o centro na direção norte-sul - as avenidas [[Avenida Tiradentes|Tiradentes]] e [[Avenida Prestes Maia|Prestes Maia]] - e bifurcando-se em duas avenidas de fundo de vale na vertente sul - as avenidas [[Avenida 9 de Julho|9 de Julho]] e [[Avenida 23 de Maio|23 de Maio]]. O plano também incluía um segundo perímetro de irradiação, que hoje são as ruas Amaral Gurgel e Mauá e a avenida Duque de Caxias. <ref name=":2" />
As ideias de Maia para a expansão da metrópole opõe-se a outro importante urbanista paulista, [[Anhaia Melo|Luis Inácio de Anhaia Mello]] (1891-1974), que defende a ideia de um controle do crescimento urbano por meio de um anel verde em torno da cidade, e ao padre dominicano francês Joseph-Louis Lebret, também um importante nome do urbanismo local, que criou uma linha de planejamento urbana atrelada à questão social. <ref name=":2" />
A [[Revolução de 1930]] mudou a conjuntura política da época e o projeto, que tinha sido apresentado à [[Câmara Municipal de São Paulo|Câmara]], precisou esperar alguns anos para ser colocado em prática. <ref name=":2" /> Apesar de algumas das ideias de Maia terem sido aplicadas no governo do prefeito Fábio Prado, entre 1934 e 1938, foi somente quando Prestes Maia assumiu a prefeitura de São Paulo, em 1938, que o plano começou a ser realmente executado. Durante seu mandato, ele conseguiu realizar diversas obras que constavam no Plano, como urbanizar o [[Vale do Anhangabaú]], construir o [[Estádio do Pacaembu]], o [[Viaduto Jacareí]], a [[Ponte das Bandeiras]] e o túnel da avenida 9 de Julho, além de alargar a rua Xavier de Toledo e as avenidas [[Avenida da Liberdade (São Paulo)|Liberdade]], Vieira de Carvalho e Pacaembu. <ref name=":4" />
== Primeira gestão na prefeitura de São Paulo ==
Em 1938, durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], regime instaurado por [[Getúlio Vargas]] através de um golpe de Estado, foi nomeado prefeito da capital paulista pelo interventor federal [[Ademar de Barros]]. Permaneceu no cargo até [[27 de outubro]] de [[1945]], dois dias antes da queda do regime. Com as finanças da cidade estabilizadas e um governo forte que permitiu a realização das obras necessárias, Prestes Maia conseguiu promover uma transformação profunda na estrutura da capital paulista, que vivia uma fase de intensa industrialização, e na comunicação entre os bairros e o centro da cidade, graças as avenidas largas, pontes e viadutos construídas durante seu governo, que interligaram essas regiões e propiciaram um salto de desenvolvimento econômico na década seguinte. <ref name=":4" /> Nesse período, conseguiu iniciar a implantação de seu Plano de Avenidas; continuou a construção do Estádio Municipal do Pacaembu; construiu a Ponte das Bandeiras, a [[Galeria Prestes Maia]] e vários viadutos pela cidade; construiu as importantes avenidas 9 de Julho, 23 de Maio e Radial Norte, atual [[Avenida Prestes Maia|Prestes Maia]], eixos viários que estruturaram o crescimento da cidade; criou a Divisão de Rios e Águas Pluviais e iniciou a retificação do rio Tietê, o que possibilitou que 17km² de terras da várzea do rio pudessem ser utilizadas para a construção da [[Marginal Tietê]]. Como prefeito, ainda criou a Comissão de Estudos de Transportes Coletivos, em 1939, que se transformaria anos mais tarde na Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Também propôs alterações no Código de Obras do Município em relação às edificações da zona central e participou do júri de ideias para a Cidade Universitária. Após deixar a prefeitura, retornou à Secretaria de Viação e Obras Públicas como Diretor de Obras Públicas e continuou com seu escritório <ref name=":1" />, elaborando planos urbanísticos para várias cidades, como [[Santos]], [[Belo Horizonte]], [[Campos do Jordão]], [[Curitiba]], [[Votuporanga]], [[Ribeirão Preto]], [[Campinas]], [[Poços de Caldas]], [[Recife]], [[Londrina]] e [[Santo André]], além de esboçar planos para cidades inteiras como Cristo Rei (RJ), Jardim Umuarama (Go) e [[Panorama (São Paulo)|Panorama]] (SP). <ref name=":0" />
== Tentativas de voltar ao poder ==
Anos mais tarde, disputou duas eleições ao governo de São Paulo, em 1950 e em 1954, mas não conseguiu se eleger em nenhuma delas. Na primeira, foi o candidato da [[União Democrática Nacional]] (UDN) e enfrentou Lucas Garcez, lançado pelo [[Partido Social Progressista (1946)|Partido Social Progressista]] (PSP) e apoiado pelo [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB), e [[Hugo Borghi]], do [[Partido Trabalhista Nacional]] (PTN). Ficou em último lugar com 350.732 votos, contra 404.736 de Borghi e 472.863 de Garcez, que saiu vitorioso. Na segunda tentativa, foi o candidato de uma união interpartidária articulada pelo próprio governador Garcez, do qual faziam parte a maioria do PTB e os partidos [[Partido Social Democrático|Social Democrático]] (PSD), [[Partido Republicano (Brasil)|Republicano]] (PR), [[Partido Democrata Cristão (1945)|Democrata Cristão]] (PDC) e de [[Partido de Representação Popular|Representação Popular]] (PRP), e, embora não integrasse o esquema de Garcez, a UDN também apoiou Maia. Ele disputou as eleições com [[Wladimir de Toledo Piza]], do PTB, [[Ademar de Barros]], do PSP, e [[Jânio Quadros]], lançado pelo PTN e pelo [[Partido Socialista Brasileiro|Socialista Brasileiro]] (PSB). Jânio venceu com 660.264 votos, contra 641.960 de Ademar, 492.518 de Prestes Maia e 79.783 de Toledo Piza. <ref name=":1" /> Na gestão de Jânio Quadros, Maia foi membro da Comissão do Plano do Município e participou da comissão criada pela prefeitura da capital para estudar um sistema metropolitano de transportes coletivos e da elaboração do “Anteprojeto para um Sistema de Transporte Rápido para a Cidade de São Paulo”, cuja implantação foi vetada pela [[Câmara Municipal de São Paulo|Câmara Municipal]]. <ref name=":2" />
Em 1957, disputou a prefeitura da capital, com o apoio de Jânio Quadros, da UDN e do PTB. Seus adversários foram Ademar de Barros, do PSP, que saiu vitorioso com 408.766 votos, e [[Oscar Pedroso Horta]], do [[Partido Republicano Trabalhista]] (PRT), que recebeu 11.342 votos. Prestes Maia recebeu 376.310 votos e foi derrotado mais uma vez. <ref name=":1" />
== Segunda gestão na prefeitura de São Paulo ==
Somente em 1961, Prestes Maia conseguiu sair vitorioso das eleições: com o apoio de [[Carvalho Pinto]], governador do estado, foi eleito prefeito de São Paulo, derrotando Emílio Carlos, candidato do PTN, e Cantídio Sampaio, do PSP. Durante seu mandato, empenhou-se em normalizar as finanças do município, conseguindo aumentar a arrecadação e terminar seu governo com um superávit de cerca de quinhentos milhões de cruzeiros. Além disso, conseguiu mobilizar o país em uma campanha que resultou na alteração do artigo 20 da [[Constituição brasileira de 1824|Constituição]], que excluía as capitais da restituição de 30% sobre os impostos arrecadados nela, diferente dos demais municípios; para Maia, essa distribuição prejudicava todas as capitais do país, inclusive a paulista, e impossibilitava a implementação de obras necessárias à elas. <ref name=":1" /> Sua segunda gestão deixou ainda um importante acervo de obras, como a [[Ponte do Piqueri]], o Viaduto Pacheco Chaves e a [[Ponte Eusébio Matoso]]; Maia também iniciou as obras no Paço Municipal, no Museu de Arte localizado no Trianon e no novo pavilhão do Hospital Municipal, além de ter dado prosseguimento à retificação do rio Tietê e implementado um programa de pavimentação e drenagem em bairros periféricos. <ref name=":3" /> Ele foi mantido em seu cargo após o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|golpe militar]] de 1964, graças ao apoio do governador paulista Ademar de Barros, mas faleceu no dia [[26 de abril]] de [[1965]] e foi substituído no cargo por [[José Vicente Faria Lima]]. <ref name=":1" />
== Biblioteca Municipal Francisco Prestes Maia ==
Além do Plano de Avenidas, Prestes Maia deixou outro legado para a capital paulista: um acervo de mais de 12 mil livros que hoje pertencem a Biblioteca Municipal Francisco Prestes Maia, em [[Santo Amaro (distrito de São Paulo)|Santo Amaro]]. No acervo, existem livros sobre literatura, história, arquitetura, filosofia, estética, finanças, teatro e política e edições raras de revistas francesas e italianas sobre construção, serralheria, decoração e tapeçaria<ref name=":0" />, além de relatórios, plantas e projetos que ele criou para São Paulo e outras cidades brasileiras, medalhas, prêmios e objetos pessoais do engenheiro-arquiteto. <ref>{{Citar web|url=https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/prefeitoprestesmaia/index.php?p=3869|titulo=ACERVOS {{!}} Secretaria Municipal de Cultura {{!}} Prefeitura da Cidade de São Paulo|acessodata=2018-11-21|obra=www.prefeitura.sp.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>
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