Jornalismo cívico: diferenças entre revisões

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Colaboração de um novo tópico "Regulamentação da Mídia e Qualidade de Programação" e novas referências sobre o tema
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Ainda segundo o autor, ao invés do jornalismo apenas retratar os fatos da comunidade, ele deveria se envolver efetivamente na busca por soluções aos problemas comunitários, propondo um diferente relacionamento entre a prática do jornalismo e a atividade [[Democracia|democrática]] dos cidadãos em uma [[república]] autogovernada. Enquanto o Jornalismo convencional, típico das redações, em muitos países exige que os jornalistas se distanciem da vida cívica das comunidades em busca da imparcialidade, o jornalismo cívico incentiva os profissionais a se inserir nela em busca de guias sobre quais tópicos e assuntos são importantes para a comunidade. Isso de forma que o jornalista esteja integrado diretamente com a comunidade.<ref>{{citar livro|título=Jornalismo público: informação, cidadania e televisão|ultimo=Rothberg|primeiro=Danilo|editora=Editora UNESP|ano=2011|local=São Paulo|páginas=153-169|acessodata=10 de maio de 2017}}</ref>
 
Para Danilo Rothberg, o Jornalismo Cívico recebe críticas e ressalvas. Os jornalistas poderiam não perceber a existência de interesses escondidos sob a face idealizada das discussões "democráticas" em um fórum comunitário e acabar servindo de instrumento para busca de propósitos particulares. Outra crítica apontada por Rothberg é a existência de pouca transparência da metodologia utilizada para obtenção de sugestões de pautas. No Brasil, o Jornalismo Público ainda é recente, mas espera-se que ao longo do tempo ele seja aprimorado, tanto pelos profissionais da Comunicação, como o público, além da interrelação entre esses dois atores sociais.<ref>{{citar livro|título=Jornalismo Público: informação, cidadania e televisão|ultimo=Rothberg|primeiro=Danilo|editora=Ed. Unesp|ano=2011|local=São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref>
 
== Regulamentação da Mídia e Qualidade de Programação ==
A Comunicação, a exemplo do acesso ao [[Saneamento|saneamento básico]], [[energia elétrica]] e [[transporte público]], pode ser considerado um [[serviço público]]. Como consequência, sua prestação deve ser oferecida à população com uma [[qualidade]] mínima. Essa qualidade, por sua vez, é garantida através de diversos mecanismos, tais como [[Lei|leis]], canais de [[comunicação pública]] e [[Agência reguladora|agências de regulação]].<ref>Matos, C. (2013). ''Mídia e política na América Latina: globalização, democracia e identidade''. Civilização Brasileira</ref><ref>MacBride, S. (2004). ''Many voices, one world: Towards a new, more just, and more efficient world information and communication order''. Rowman & Littlefield</ref>
 
No entanto,  tal qualidade pode ser não alcançada quando  os meios de [[radiodifusão]] são utilizados para fins estritamente [[Comércio|comerciais]] ou [[Política|políticos]]. Esse fenômeno normalmente acontece quando mercado da comunicação é mantido por formas eminentemente [[Setor privado|privadas]] ou [[Clientelismo|clientelistas]] de financiamento. Exemplos de [[Grade de programação|programação]] de baixa qualidade surgidas em tal contexto podem ser encontrados em programas de caráter [[Sensacionalismo|sensacionalista]].<ref>Rothberg, D. (2011). ''Jornalismo público: informação, cidadania e televisão''. Editora Unesp</ref>
 
Para evitar isso, a regulação se faz oportuna tanto para a manutenção de canais públicos, de forma que eles procurem atender a demanda coletiva por programação de qualidade, quanto para a regulamentação dos canais comerciais, impondo guias de conduta e mecanismos de fiscalização. .  Entre as instituições mais conhecidas desse tipo estão a [https://www.ofcom.org.uk/ Office Communications (Ofcom)] e a British Broadcasting Corporation (BBC)[[British Broadcasting Corporation]] do [[Reino Unido]]. Já nos [[Estados Unidos]], sobressaem-se a [[Comissão Federal de Comunicações|Comissão Federal de Comunicações (FCC)]] e a [[Public Broadcasting Service|Public Broadcasting Service (PBS)]].<ref>Rothberg, D. (2011). ''Jornalismo público: informação, cidadania e televisão''. Editora Unesp</ref><ref>Matos, C. (2013). ''Mídia e política na América Latina: globalização, democracia e identidade''. Civilização Brasileira</ref>
 
==Ver também==