Terrorismo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Não há espaço para imagens adicionais! Leia o WP:LE
Adicionei a seção "Terrorismo de Estado" (traduzida da seção "State terrorism" do artigo "Terrorism" da wiki-en) e, novamente, a informação referenciada e as duas imagens removidas.
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 1:
{{Terrorismo}}
'''Terrorismo''' é o uso de [[violência]], física ou psicológica,<ref>[http://www.merriam-webster.com/dictionary/terrorism Terrorism], no Dicionário Merriam-Webster OnLine</ref> através de ataques localizados a elementos ou instalações de um [[governo]] ou da população governada, de modo a incutir [[medo]], [[pânico]] e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das [[vítima]]s, incluindo, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas[[separatista]]s e até por governos no poder.<ref name="britannica">{{Citar web|url= http://www.britannica.com/eb/article-9071797 |título=Terrorism |acessodata= 26-12-2008 |editora= Encyclopædia Britannica|páginas=3}}</ref>
 
Segundo especialistas da área, existem centenas de definições da palavra ''terrorismo''.<ref>[http://www.au.af.mil/au/awc/awcgate/dtra/terrorism_concepts.pdf Terrorism Definitions and Typologies], por William G. Cunningham, Jr. In ''Terrorism: Concepts, causes, and conflict resolution'']. [[Defense Threat Reduction Agency]]. Fort Belvoir, Virginia. Janeiro de 2003, pp 7, 18.</ref><ref>[http://www.erta-tcrg.org/analyses/definitions.htm Définitions du terrorisme], por
Geneviève Ouellet, 2006.</ref><ref>[http://www.cbsnews.com/news/terror-in-the-name-of-god/ 'Terror In The Name Of God']. CBS, 19 de agosto de 2003.</ref> <ref>HOFFMAN, Bruce. [http://www.nytimes.com/books/first/h/hoffman-terrorism.html ''Inside Terrorism''. Chapter one.] Columbia University Press.</ref> A inexistência de um [[conceito]] amplamente aceito pela [[comunidade internacional]] e pelos estudiosos do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos os indivíduos, independentemente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo [[Walter Laqueur]].<ref name="LAQUEUR">{{Citar livro
|nome = Walter
|sobrenome = LAQUEUR
Linha 23:
|isbn= 0-7658-0799-8
|notas =
|acessodata = }}</ref>
|acessodata = }}</ref>{{cquote|''Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da [[história]].<ref name=LAQUEUR/><ref>RABELLO, Aline L. [http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=91027 ''O conceito de terrorismo nos jornais americanos. Uma análise de textos do New York Times e do Washington Post logo após os atentados de 11 de setembro'', p.11. Rio de Janeiro. [[PUC-RJ]], 2007.]</ref><ref>CORLETT, J. Angelo[http://books.google.com.br/books?id=sWmRpYQfZEIC&pg=PA113&lpg=PA113&dq=Laqueur+2002+terrorism&source=bl&ots=NU63nZr3Kx&sig=nKu4Y5KHsflm4nOypEFzMqO1JB8&hl=pt-BR&ei=abKrSuzpEIqEtgfD6oWcCA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=7#v=onepage&q=Laqueur%202002%20terrorism&f=falseTerrorism: a philosophical analysis. Chapter 5. Can Terrorism ever be morally justified? p.112.]</ref>}}
 
<div style="border:5px solid #D3D3D3; {{}}; margin: 10px;">
|acessodata = }}</ref>{{cquote|:"''Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da'' [[história]]."<ref name=LAQUEUR/><ref>RABELLO, Aline L. [http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=91027 ''O conceito de terrorismo nos jornais americanos. Uma análise de textos do New York Times e do Washington Post logo após os atentados de 11 de setembro'', p.11. Rio de Janeiro. [[PUC-RJ]], 2007.]</ref><ref>CORLETT, J. Angelo[http://books.google.com.br/books?id=sWmRpYQfZEIC&pg=PA113&lpg=PA113&dq=Laqueur+2002+terrorism&source=bl&ots=NU63nZr3Kx&sig=nKu4Y5KHsflm4nOypEFzMqO1JB8&hl=pt-BR&ei=abKrSuzpEIqEtgfD6oWcCA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=7#v=onepage&q=Laqueur%202002%20terrorism&f=falseTerrorism: a philosophical analysis. Chapter 5. Can Terrorism ever be morally justified? p.112.]</ref>}}
</div>
 
== Definição ==
 
{{Anexo|Lista de organizações classificadas como terroristas}}
{{Principal|Definições de terrorismo}}
[[Imagem:Stragedibologna-2.jpg|thumb|O [[Massacre de Bolonha]], perpetrado pelo grupo [[neofascista]] [[Nuclei Armati Rivoluzionari]], foi o pior atentado terrorista da história da [[Itália]]]]
{{AnexoAP|vt=s|Lista de organizações classificadas como terroristas}}
[[Imagem:BombenanschlagUS-BotschaftBeirut.jpg|thumb|[[Atentado contra a embaixada dos Estados Unidos no Líbano em 1983]]]]
 
[[Imagem:Oklahomacitybombing-DF-ST-98-01356.jpg|thumb|[[Atentado de Oklahoma City]], em 1995]]
{{Imagem múltipla
[[Ficheiro:KD 1946.JPG|thumb|[[Atentado do Hotel King David|atentado terrorista ao Hotel King David]], perpetrado pelo [[Irgun]] em 1945]]
| align = right
| direction = vertical
| width = 218
| image1 = Visit of the Ku-Klux 1872.jpg
| caption1 = ''Visit of the Ku-Klux'' (desenho de 1872). Neste mesmo ano, a [[Ku Klux Klan]] foi classificada como uma entidade terrorista.<ref>[[History]] - [https://www.history.com/this-day-in-history/ku-klux-act-passed-by-congress ''Ku Klux Act passed by Congress.''] 9 de Fevereiro de 2010. Acessado em 02/12/2018.</ref>
| image2 = Gavrilo Princip, cell, headshot.jpg
| caption2 = [[Gavrilo Princip]] (1894-1918) integrante da organização [[Mão Negra]] e responsável pelo [[assassinato de Sarajevo]], vitimando o [[Arquiducado da Áustria|arquiduque]] [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria|Francisco Fernando]] e sua esposa [[Sofia, duquesa de Hohenberg|duquesa Sofia]] e, que foi uma das [[causas da Primeira Guerra Mundial]].
| image3 = WallStexplosion1920.jpg
[[Imagem:WallStexplosion1920.jpg|thumb| caption3 = [[Atentado de Wall Street]], em 1920]].
| image4 = KD 1946.JPG
[[Ficheiro:KD| caption4 = 1946.JPG|thumb|[[Atentado do Hotel King David|atentado terrorista ao Hotel King David]], perpetrado pelo [[Irgun]] em 1945]].
| image5 = Stragedibologna-2.jpg
[[Imagem:Stragedibologna-2.jpg|thumb| caption5 = O [[Massacre de Bolonha]] (1980), perpetrado pelo grupo [[neofascista]] [[Nuclei Armati Rivoluzionari]], foi o pior atentado terrorista da história da [[Itália]]]].
| image6 = BombenanschlagUS-BotschaftBeirut.jpg
[[Imagem:BombenanschlagUS-BotschaftBeirut.jpg|thumb| caption6 = [[Atentado contra a embaixada dos Estados Unidos no Líbano em 1983]]]].
| image7 = Oklahomacitybombing-DF-ST-98-01356.jpg
| caption7 = [[Atentado de Oklahoma City]], em 1995.
| image8 = UA_Flight_175_hits_WTC_south_tower_9-11_edit.jpeg
| caption8 = [[Ataques de 11 de setembro de 2001]].
| image9 = Oslo view of city.jpg
[[Imagem:Oslo| viewcaption9 of city.jpg|thumb|= [[Atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega]]]].
|}}
 
Conforme definição do [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]], terrorismo é um tipo muito específico de violência, bastante sutil, apesar de o termo ser usado para definir outros tipos de violência considerados inaceitáveis.
Linha 48 ⟶ 74:
Atos terroristas clássicos incluem os [[ataques de 11 de setembro de 2001]] quando foram destruídas as [[torres gêmeas]] em [[Nova Iorque]], assim como ataques a bomba na [[Irlanda do Norte]], [[Atentado de Oklahoma City|Oklahoma]], [[Líbano]] e [[Estado da Palestina|Palestina]].
 
*=== [[Terrorismo de Estado]] ===
===Perspectiva filosófica e legal===
 
Segundo [[Jean Baudrillard|Baudrillard]], os [[atentados de 11 de setembro de 2001]] foram "um ato fundador do novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma consagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo funda o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em filosofia. O terrorismo está alterando a realidade e a [[visão de mundo]]. Para lidar com um fato de tamanha envergadura, precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.<ref> Entrevista: Jean Baudrillard. [http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT550009-1666,00.html A verdade oblíqua]. Por Luís Antônio Giron.
Alternativamente, respondendo aos desenvolvimentos na guerra moderna, [[Paul James]] e [[Jonathan Friedman]] fazem distinção entre [[terrorismo de Estado]] praticado contra combatentes e não-combatentes, incluindo táticas de "[[choque e pavor]]":
[[Revista Época|''Época'']], 8 de junho de 2003.</ref>
 
<div style="border:5px solid #D3D3D3; {{}}; margin: 10px;">
:"''Choque e pavor como uma subcategoria de "domínio rápido" é o nome dado à intervenção maciça destinada a incutir o terror nas mentes dos inimigos. É uma forma de terrorismo de Estado. O conceito foi, no entanto, desenvolvido muito antes da ''[[Guerra do Iraque|Segunda Guerra do Golfo]]'' por Harlan Ullman quando presidente de um fórum de militares reformados.''"<ref>{{Cite book |year=2006 |last1=James |first1=Paul |authorlink=Paul James (academic) |last2=Friedman |first2=Jonathan |title=Globalization and Violence, Vol. 3: Globalizing War and Intervention |url=https://www.academia.edu/3587732 |publisher=Sage Publications |location=London |page=xxx}}; and {{Cite book |last1=Nairn |first1=Tom |last2=James |first2=Paul |authorlink=Paul James (academic) |title=Global Matrix: Nationalism, Globalism and State-Terrorism |url=https://www.academia.edu/1642325 |year=2005 |publisher=Pluto Press |location=London and New York}}</ref>
</div>
 
=== Perspectiva filosófica e legal ===
 
Segundo [[Jean Baudrillard|Baudrillard]], os [[atentados de 11 de setembro de 2001]] foram "um ato fundador do novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma consagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo funda o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em [[filosofia]]. O terrorismo está alterando a realidade e a [[visão de mundo]]. Para lidar com um fato de tamanha envergadura, precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.<ref> Entrevista: Jean Baudrillard. [http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT550009-1666,00.html A verdade oblíqua]. Por Luís Antônio Giron. [[Revista Época|''Época'']], 8 de junho de 2003.</ref>
 
Entretanto o uso sistemático de terror como recurso de controle social e político tem acompanhado a humanidade por milênios.
O historiador [[Xenofonte]] (430-349 a.C.) conta que o terrorismo era praticado pelos governos das ''[[Pólis]]'' (cidades-Estado gregas) como forma de [[guerra psicológica]] contra populações inimigas. Também semearam o terror os [[imperadores romanos]] [[Tibério]] e [[Calígula]], os membros da [[Santa Inquisição]], [[Robespierre]] e seus adeptos, os integrantes da [[Ku Klux Klan]], as milícias[[milícia]]s [[nazista]]s e muitos outros.<ref>[[Pedro Scuro Neto|SCURO NETO, Pedro]] (2010). "Sistemas de comportamento criminoso. Crime político (terrorismo)". ''Manual de Sociologia Geral e Jurídica. Introdução ao estudo do Direito, instituições jurídicas, evolução e controle social'', Saraiva (7ª edição), pp. 116-117.</ref>
 
Segundo a advogada Luciana Worms, os conceitos de terrorismo usados no Brasil são pautados pela [[Organização dos Estados Americanos]] (OEA). A partir desse viés, no passado, durante a [[Guerra Fria]], o terrorista podia ser um comunista ([[Luta armada de esquerda no Brasil|luta armada]]); atualmente, é um [[jihadista]] ([[Terrorismo islâmico|terrorista islâmico]]) ou membro de uma organização de [[narcotráfico]] ([[Narcoterrorismo|narcoterrorista]]). Segundo Worms, ações bárbaras, que resultem em mortes[[assassinato em massa]], nem sempre são consideradas como atos de terrorismo: a [[União Nacional para a Independência Total de Angola]] (UNITA), organização aliada dos Estados Unidos, apesar de ter plantado [[minas terrestres]] no país, nunca foi qualificada como terrorista. Do mesmo modo, segundo a professora, [[Baruch Goldstein]] - um fanático [[judeu]] que, nos anos 1990, invadiu uma [[mesquita]] e matou 27 [[muçulmanos]] que estavam rezando - não foi classificado como terrorista mas como louco, pelo [[governo de Israel]].<ref name=jus />
 
==== Brasil ====
 
{{Mais informações|Lei Antiterrorismo (Brasil)}}
 
Terrorismo não é um [[tipo penal]] definido no [[direito brasileiro]] nem no [[Direito Internacional]]. A expressão "terrorismo" é imprecisa, politicamente condicionada e frequentemente impregnada de passionalismo, em particular depois dos [[atentados de 11 de setembro|atentados]] que destruíram o [[World Trade Center]].
 
Linha 64 ⟶ 101:
Em 2013 foi apresentado o [[Projeto de Lei]] do [[Senado do Brasil|Senado]] nº 499 que define crimes de terrorismo, estabelecendo a competência da [[Justiça Federal]] para o seu processamento e julgamento.<ref name=PLS>Senado Federal. [http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=141938&tp=1 Projeto de Lei do Senado nº 499, de 2013.</ref>
 
O projeto suscitou críticas por parte da [[Anistia Internacional]] que considerou o projeto vago, "com um claro e imediato risco de promover a criminalização de manifestantes pacíficos e de seus direitos à [[liberdade de expressão]] e à reunião pacífica". Segundo a Anistia, leis que restringem os direitos de liberdade de expressão e de manifestação pacífica devem ser formuladas com suficiente precisão de modo a não permitir irrestrita discrição por parte dos responsáveis por sua aplicação. <ref>[http://congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/forum/ong-adverte-novas-leis-podem-criminalizar-a-liberdade-de-expressao-no-brasil/ ONG adverte: novas leis podem criminalizar a liberdade de expressão no Brasil]</ref> Há quem ligue essa iniciativa de tipificar o terrorismo na legislação brasileira à pretensão do Brasil de fazer parte do [[Conselho de Segurança da ONU]].<ref name=jus>[http://caldeirao-politico.jusbrasil.com.br/politica/112359918/os-dilemas-para-se-tipificar-o-terrorismo Os dilemas para se tipificar o terrorismo]. ''JusBrasil'', fevereiro de 2014.</ref>
 
== História ==
[[Imagem:WallStexplosion1920.jpg|thumb|[[Atentado de Wall Street]], em 1920]]
[[Ficheiro:UA_Flight_175_hits_WTC_south_tower_9-11_edit.jpeg|thumb|[[Ataques de 11 de setembro de 2001]]]]
[[Imagem:Oslo view of city.jpg|thumb|[[Atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega]]]]
 
O terrorismo tem sido registrado na História pelo menos desde a [[Grécia Antiga]].{{Carece de fontes|sociedade=sim|data=janeiro de 2013}}. Antes do [[século XIX]] os terroristas poupavam os inocentes não envolvidos no conflito. Por exemplo, no [[Império Russo]] quando os radicais tentaram depor o [[czar]] [[Alexandre II da Rússia|Alexandre II]], cancelaram várias ações para evitar ferir mulheres, crianças, idosos ou outros inocentes.{{carece de fontes|data=novembro de 2015}}
 
Nos últimos dois séculos, no entanto, enquanto os estados foram ficando cada vez mais burocratizados, a morte de apenas um líder político não causava as mudanças políticas desejadas, de modo que os terroristas passaram a usar métodos mais indiretos de causar ansiedade e perda de confiança no governo.{{carece de fontes|data=novembro de 2015}}
Linha 79 ⟶ 113:
Em 1985, houve a primeira [[condenação]] do terrorismo por consenso: resolução 40/61 da Assembleia Geral das Nações Unidas. O enfoque jurídico passou a prevalecer. O terrorismo deixou de ser legitimado por motivações políticas quaisquer.
 
Na [[década de 1990]], o [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] adota a prática de apenas condenar o terrorismo em casos concretos, a exemplo da resolução 1054 contra o [[Sudão]] ou da resolução 883 contra a [[Líbia]]. Em 1994, a resolução 49/60 repudia o terrorismo e convoca os Estados à cooperação internacional. As causas políticas não são sequer mencionadas, um abandono total do enfoque político dos [[anos 1970]].{{carece de fontes|data=novembro de 2015}}
 
Os [[ataques de 11 de setembro de 2001]], nos [[Estados Unidos]], levou a uma grande transformação no tratamento internacional do terrorismo, que tendeu a institucionalizar-se em um [[regime internacional]]. O [[Conselho de Segurança]], por meio da resolução 1368 de 2001, admitiu a aplicação de medidas de força individual ou coletiva, em nome da [[legítima defesa]], contra os responsáveis pelos atentados. Como estes não são nomeados, houve grande celeuma jurídica e política em torno das medidas. A [[Invasão americana do Afeganistão|invasão do Afeganistão]] foi lastreada nessa resolução.
Linha 88 ⟶ 122:
 
O terrorismo contemporâneo é caracterizado pela descentralização de suas atividades. Depende fortemente da surpresa e é frequente que ocorra quando e onde é menos esperado. Ataques terroristas podem desencadear transições súbitas para conflito ou [[guerra]]. Não é raro que depois de um ataque terrorista vários grupos não relacionados reivindiquem a responsabilidade pela ação; isto pode ser visto como "publicidade grátis" para os objetivos ou planos da organização. Devido à sua natureza anônima e, frequentemente, autossacrificial, não é incomum que as razões para o atentado permaneçam desconhecidas por um período considerável de tempo.
{{clr}}
 
|[[Imagem:The number of terrorist attacks 2000-2014 (Top 10 Countries).png|530px|thumb|esquerda|10 países que mais sofreram ataques entre 2000 e 2014 {{en}}.]]
{|align="center"
{{clr}}
|-valign="top"
|
|[[Imagem:The number of terrorist attacks 2000-2014 (Top 10 Countries).png|530px|thumb|10 países que mais sofreram ataques entre 2000 e 2014 {{en}}]]
|}
 
== Ver também ==
Linha 103 ⟶ 134:
* [[Guerrilha urbana]]
* [[Lista de ataques terroristas em eventos esportivos]]
* [[Lobo solitário (terrorismo)]]
* [[Narcoterrorismo]]
* [[Terrorismo de Estado]]
* [[Terrorismo cristão]]
* [[Terrorismo Islâmicode direita]]
* [[Terrorismo de esquerda]]
* [[Terrorismo de Estado]]
* [[Terrorismo doméstico]]
* [[Terrorismo Islâmico]]
{{Dividir em colunas fim}}