Indústria cultural: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
Desfeita a edição 53766761 de 2804:D41:1F0E:F200:A1B7:49F6:2A3C:2369
Etiqueta: Desfazer
Linha 3:
O termo '''Indústria Cultural''' (em [[Língua alemã|alemão]] ''Kulturindustrie'') foi criado pelos [[filósofos]] e [[sociólogos]] alemães [[Theodor Adorno]] (1903-1969) e [[Max Horkheimer]] (1895-1973), a fim de designar a situação da [[arte]] na sociedade [[Capitalismo|capitalista industrial]]<ref name="ADORNO e HORKHEIMER, 2002">[[Theodor Adorno]] e [[Max Horkheimer]]. ''A indústria cultural – o iluminismo como mistificação das massas''. In: Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002;</ref>.
 
Membros da [[Escola de Frankfurt]], os dois filósofos alemães empregaram o termo pela primeira vez no capítulo: ''O iluminismo como mistificação das massas'' no ensaio [[Dialética do Esclarecimento]], escrita em 1942, mas publicada somente em 1947<ref>Márcio Seligman-Silva. ''Adorno''. São Paulo: Publifolha, 2003;</ref>.
 
Para os dois pensadores, a autonomia e poder crítico das obras artísticas derivariam de sua oposição à sociedade. No entanto, o valor contestatório dessas obras poderia não mais ser possível, já que provou ser facilmente assimilável pelo mundo comercial<ref name="THOMSON, 2010">Alex Thomson. ''Compreender Adorno''. Petrópolis: Vozes, 2010;</ref>. Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de reprodução e distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a [[arte erudita]] quanto a [[Cultura popular|arte popular]]. Isso estaria acontecendo porque o valor crítico dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação intelectual dos seus espectadores<ref>"Em nossos esboços tratava-se do problema da cultura de massa. Abandonamos essa última expressão para substituí-la por ‘Indústria Cultural’ a fim de excluir de antemão a interpretação que agrada aos advogados da coisa; esses pretendem, com efeito, que se trate de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das próprias massas, em suma, de forma contemporânea da arte popular". [[Theodor Adorno|Adorno]]. ''Indústria cultural'', p. 286;</ref>.