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[[File:PEGIDA LOGO.svg|thumb|Logo de PEGIDA]]
O '''''PEGIDA''''', sigla para '''''Patriotische Europäer gegen die Islamisierung des Abendlandes''''' {{de}}<ref>{{citar web |url=http://www.tagesspiegel.de/politik/historiker-wolfgang-benz-zu-pegida-das-abendland-ist-ein-mythos/11188888.html |título=Historiker Wolfgang Benz zu "Pegida": "Das Abendland ist ein Mythos" |acessodata=7 de janeiro de 2015 |data=5 de janeiro de 2015 |obra=Politik |publicado=DER TAGESSPIEGEL |língua=alemão}}</ref> ou '''Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente''' {{pt}}, é uma organização de [[extrema-direita|direita conservadora]]<ref>{{Citar web|url=http://www.theguardian.com/world/2018/aug/23/german-police-in-row-over-far-right-after-officer-blocked-tv-crew-at-pegida-rally|titulo=German police in row over far right after officer blocked TV crew at Pegida rally|data=2018-08-23|acessodata=2018-08-24|obra=the Guardian|ultimo=Connolly|primeiro=Kate|lingua=en}}</ref> que se opõe à imigração ilegal de [[muçulmano]]s na [[Alemanha]], com base na cidade de [[Dresden]]. Desde 20 de outubro de 2014, o PEGIDA organiza demonstrações públicas contra o [[Governo Merkel III|governo alemão]] e aquilo que considera ser a islamização do Ocidente, em defesa da [[civilização ocidental]].<ref name=folha>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/203061-campanha-mira-grupo-anti-isla-alemao.shtml |título=Campanha mira grupo anti-islã alemão: Maior jornal da Alemanha reúne personalidades rechaçando ideias de organização que atraiu extrema direita. Sete ministros do governo da chanceler Angela Merkel e ex-premiês participaram da ação contra o Pegida |acessodata=7 de janeiro de 2015 |data=quarta-feira, 7 de janeiro de 2015 |obra=mundo |publicado=[[Folha online]]}}</ref>
 
==História==
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O PEGIDA foi criado na cidade de [[Dresden]], no estado da [[Saxônia]], em meados de outubro de 2014<ref>{{citar web|url=http://expresso.sapo.pt/sentimento-anti-estrangeiro-une-manifestantes-na-alemanha=f902891|título=Sentimento anti-estrangeiro une manifestantes na Alemanha}}, Expresso Online (16 de dezembro de 2014). Visitado em 16 de dezembro de 2014</ref> por Lutz Bachmann, dono de uma agência de [[relações públicas]] na cidade.<ref name=guard1412>{{citar notícia|author1=Kate Connolly|title=Estimated 15,000 people join ‘pinstriped Nazis’ on march in Dresden|url=http://www.theguardian.com/world/2014/dec/15/dresden-police-pegida-germany-far-right|accessdate=4 de janeiro de 2015|work=The Guardian|date=15 de dezembro 2014}}</ref> O movimento surgiu inicialmente como um grupo no [[Facebook]] com algumas centenas de membros e atualmente já conta com milhares de simpatizantes em toda a Alemanha. O ímpeto para criar a página foi, segundo Bachmann, um comício em apoio ao [[Partido dos Trabalhadores do Curdistão]] (PKK) no distrito de Prager Straße, em Dresden; segundo ele, os simpatizantes do PKK estavam arrecadando fundos para que o partido separatista curdo comprasse armas.<ref name=spie12-21-14/><ref>http://www.bild.de/regional/dresden/demonstrationen/pegida-erfinder-im-interview-38780422.bild.html</ref> A credibilidade de Bachman enquanto líder do movimento tem sido criticada porque ele tem várias condenações criminais, incluindo "16 assaltos, direção embrigada ou sem licença e até mesmo tráfico de cocaína".<ref name=Smale7/> Apesar de o PEGIDA ser a favor da extradição de imigrantes que tenham cometido crimes em seus países de origem, em 1998 Bachmann fugiu para a [[África do Sul]] para escapar da justiça alemã, mas acabou sendo extraditado e cumpriu uma pena de dois anos na cadeia.<ref>{{citar notícia |title=German xenophobia: Peaceful, but menacing |newspaper=The Economist |date=20 de dezembro 2014 |url=http://www.economist.com/news/europe/21636765-new-movement-barely-hidden-message-hate-unsettles-germany-peaceful-menacing}}</ref><ref>{{citar notícia |first=Kate |last=Connolly |title=Pegida: what does the German far-right movement actually stand for? |newspaper=The Guardian |date=6 January 2015 |url=http://www.theguardian.com/world/shortcuts/2015/jan/06/pegida-what-does-german-far-right-movement-actually-stand-for}}</ref>
 
Desde outubro de 2014, estão ocorrendo marchas e protestos em nome da organização em várias cidades alemãs. As manifestações começaram em 20 de outubro, em Dresden. Segundo Frank Richter, diretor da Secretaria de Estado para Educação Política de Dresden, entre os apoiadores da organização estão figuras conhecidas do partido de extrema-direita [[Partido Nacional Democrata Alemão]], [[hooligans]] dos times de futebol e também uma quantidade significativa de cidadãos comuns.<ref name=Smale7/> Werner Schiffauer, diretor do Conselho de Migração, destacou que o movimento é mais forte entre pessoas que nunca conviveram com estrangeiros e entre "alemães orientais, que nunca aceitaram a República Federal e agora sentem que não são ouvidos".<ref name=econ115>{{citar notícia|title=The uprising of the decent|url=http://www.economist.com/news/europe/21638194-xenophobic-marches-continue-parts-germany-others-stand-up-uprising-decent|accessdate=16 de janeiro de 2015|work=Economist|date=10 de janeiro de 2015}}</ref> Em 22 de dezembro, o PEGIDA conseguiu levar mais de 17 mil pessoas às ruas em Dresden, o que causou revolta em diversos setores da sociedade alemã. Como resposta, grupos ditos [[Antifascismo|antifacistas]], membros do oposicionista [[Partido de Esquerda (Alemanha)|Partido de Esquerda]] e aliados do governo reuniram cerca de 30 mil pessoas em atos em nove cidades alemãs, como tentativa de ofuscar a investida do PEGIDA. Segundo dados do governo, 1/5 da população do país possui origens estrangeiras.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/203062-pegida-surgiu-como-pagina-no-facebook.shtml |título=Pegida surgiu como página no Facebook |acessodata=7 de janeiro de 2015 |autor=Kate Connolly (do "Guardian") |coautores=Paulo Migliacci (tradução para a "Folha") |data=quarta feira, 7 de janeiro de 2015 |obra=mundo |publicado=[[Folha online]]}}</ref> A demonstração de 29 de dezembro foi cancelada pelos organizadores, mas o PEGIDA continuou a atrair um grande número de manifestantes em janeiro.
 
Após o [[massacre do Charlie Hebdo|atentado do ''Charlie Hebdo'']] em [[Paris]], em 7 de janeiro de 2015, os ministros [[Thomas de Maizière]] e [[Heiko Maas]] alertaram ao PEGIDA para que não utilizassem os ataques em benefício político próprio. Em 10 de janeiro, cerca de 35.000 manifestantes antiPEGIDA se reuniram para lamentar as vítimas do atentado em Paris; eles fizeram um minuto de silêncio em frente à igreja de [[Frauenkirche Dresden|Frauenkirche]]. Os organizadores do movimento, no entanto, insistiram no seu direito em fazer o mesmo, o que ocorreu em 12 de janeiro e contou com um público recorde de 25.000 participantes. Enfrentando oposição crescente de manifestantes antiPEGIDA, tanto em Dresden quanto em [[Leipzig]], Bachmann declarou os pontos chave do movimento: imigração seletiva, política de [[lei e ordem]] mais estrita, [[euroceticismo|sentimento antiUE]] e reconciliação com a [[Rússia]].<ref>{{citar web|title=Record turnout at Dresden PEGIDA rally sees more than 25,000 march|url=http://www.dw.de/record-turnout-at-dresden-pegida-rally-sees-more-than-25000-march/a-18186820|first=Kate|last=Brady|work=[[Deutsche Welle]]|date=12 January 2015|accessdate=17 de janeiro de 2015}}</ref>