Processo de Sacco e Vanzetti: diferenças entre revisões

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== O crime ==
No dia 15 de abril de 1920, em [[Massachusetts]], Sorbein, ocorreu um assalto a uma sapataria, seguido por dois homicidios. Os suspeitos principais eram Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, que foram inicialmente acusados apenas de porte ilegal de armar, apesar de ser uma pratica comum entre os americanos, e posteriormente do duplo assassinato.[[Imagem:Sacco&Vanzetti3.jpg|thumb|left|300px|Detalhe da pintura ''The Passion of Sacco and Vanzetti'', Ben Shahn, 1931-32, retratando o funeral de Sacco e Vanzetti
 
== O Julgamento ==
O julgamento do processo de Sacco e Vanzetti foi marcado por contradições, incoerências e xenofobismo. A grande quantidade de testemunhas e seus depoimentos as vezes maçante foi uma das causas da fadiga do júri. As testemunhas de defesa, grande parte imigrantes que não falavam bem a língua inglesa, não tinham tanta credibilidade por parte do júri. A dificuldade da tradução, a má interpretação e a própria intensão de provocar confusão nas testemunhas de defesa por parte da acusação tornava seus depoimentos conflituosos e pouco críveis.
 
Uma das testemunhas principais, Dominick Ricci, que provava que Sacco não estava na cidade no dia do crime deste, perdeu sua credibilidade quando o procurador o fez entrar em contradição ao citar várias datas consecutivamente com o objetivo de confundir a testemunha. O procurador realiza a mesma tática com outras testemunhas. Outra testemunha da defesa, Giuseppe Adrower, em seu testamento dizia se lembrar de Sacco no consulado no dia do crime, que este o chamou atenção pois queria tirar passaporte seu, de sua mulher e filho, mas foto que levou era grande demais, que este detalhe da foto o chamou atenção o suficiente para lembrar de Sacco. Porém, o procurador novamente faz seu jogo pedindo para Giuseppe falar sobre as pessoas que viu em determinadas datas aleatórias, provando assim que não era possível que o funcionário lembrasse exatamente de Sacco.
 
Depois de 27 dias de audiência são ouvidas as testemunhas de acusação. Uma serie de acontecimentos leva a adiamentos da retomada as audiências, o que deixa o juri impaciente, pois assim teriam que permanecer mais tempo isolados e sem poder voltar para casa e família. No depoimento de Vanzetti, este já mostrava os efeitos da prisão, parecia muito mais velho e permanecia sem emoção. Ao longo depoimento menciona seu posicionamento anarquista, e fala também de como fugiu para o [[México]] para não ir á guerra, o que desagrada muito o júri. A partir desse momento o interrogatório começa a desandar, Vanzetti começa a ficar agitado e nervosa, não entende bem as perguntas do procurador que continua inquirindo fortemente contra o italiano. A confusão que abate sobre Vanzetti, além de não conseguir se expressar bem em inglês e o caminho que percorria o procurador prejudicou muito seu depoimento.
 
O depoimento das testemunhas de acusação também são cheias de furos e contradições, o advogado de defesa censura uma das testemunhas, uma mulher chamada Splaine, trazendo a tona as contradições de seu depoimento. Outra mulher chamada Devlin parece ter sido muito influenciada pelos procuradores.<ref>{{citar livro|título=Os Grandes Julgamentos da História|ultimo=OTTO|primeiro=Pierre|editora=São Paulo: LTDA|ano=|local=|páginas=177|acessodata=}}</ref>[[Imagem:Sacco&Vanzetti3.jpg|thumb|left|300px|Detalhe da pintura ''The Passion of Sacco and Vanzetti'', Ben Shahn, 1931-32, retratando o funeral de Sacco e Vanzetti
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