Egípcios: diferenças entre revisões

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O sentimento político árabe-islâmico foi alimentado pela solidariedade sentida entre os egípcios que lutam pela independência da Grã-Bretanha e aqueles em todo o mundo árabe envolvidos em lutas anti-imperialistas semelhantes. Em particular, o crescimento do [[sionismo]] na vizinha [[Palestina]] foi visto como uma ameaça por muitos egípcios e a causa da resistência foi adotada pelos crescentes movimentos islâmicos, como a [[Irmandade Muçulmana]], bem como a liderança política, incluindo o rei [[Faruque do Egito|Faruque I]].
 
Não foi antes da era de [[Nasser]], mais de uma década depois, que o [[nacionalismo árabe]] tornou-se uma política estatal e um meio para definir a posição do Egito no [[Oriente Médio]] e no mundo <ref>"Before Nasser, Egypt, which had been ruled by Britain since 1882, was more in favor of territorial, Egyptian nationalism and distant from the pan-Arab ideology. Egyptians generally did not identify themselves as Arabs, and it is revealing that when the Egyptian nationalist leader [Saad Zaghlul] met the Arab delegates at Versailles in 1918, he insisted that their struggles for statehood were not connected, claiming that the problem of Egypt was an Egyptian problem and not an Arab one." Makropoulou, Ifigenia. [http://www.ekem.gr/archives/2007/01/pan_arabism_wha.html Pan – Arabism: What Destroyed the Ideology of Arab Nationalism?]. Hellenic Center for European Studies. January 15, 2007.</ref>. em relação ao sionismo no novo estado vizinho de [[Israel]]. A política de Nasser foi moldada por sua convicção de que todos os estados árabes lutavam com lutas antiimperialistas e, portanto, a solidariedade entre eles era imperativa para a independência. No entanto, um ano após o estabelecimento da [[Liga Árabe|Liga dos Estados Árabes]] em 1945, com sede no Cairo, o historiador H. S. Deighton, da [[Universidade de Oxford]],ainda estava escrevendo:
 
{{quote|Os egípcios não são árabes, e eles e os árabes estão cientes desse fato. Eles falam árabe e são [predominantemente] muçulmanos [. Eu acho que a religião [muçulmana] desempenha um papel maior em suas vidas do que naqueles [muçulmanos] sírios ou iraquianos [muçulmanos]. Mas o egípcio, durante os primeiros trinta anos do século [XX], não tinha conhecimento de qualquer vínculo particular com o Oriente Árabe ... O Egito vê na causa árabe um objeto digno de simpatia real e ativa e, ao mesmo tempo, uma grande e apropriada oportunidade para o exercício da liderança, bem como para o gozo dos seus frutos. Mas [Egito], ele ainda é egípcio primeiro e árabe em consequência, e seus principais interesses ainda são domésticos. <ref> Deighton, H.S. "O Oriente Médio árabe e o mundo moderno", International Affairs, vol. xxii, não. 4 (outubro de 1946), p. 519. </ref>}}
 
O apego dos egípcios ao arabismo foi particularmente questionado após a Guerra dos Seis Dias de 1967. Milhares de egípcios perderam suas vidas e o país ficou desiludido com a política árabe. <ref>Dawisha, p. 237.</ref> Embora o arabismo instilado no país por Nasser não estivesse profundamente enraizado na sociedade, um certo parentesco com o resto do mundo árabe estava firmemente estabelecido e o Egito se considerava o líder dessa entidade cultural maior. A versão do pan-arabismo de Nasser enfatizou a soberania egípcia e a liderança da unidade árabe em vez dos estados árabes orientais.<ref name="Hinnesbusch94"/>