Brasil Colônia: diferenças entre revisões

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Foram os [[Bandeirantes (história)|bandeirantes]] os responsáveis pela ampliação do atual território brasileiro além do [[tratado de Tordesilhas]]. Os bandeirantes penetravam além da linha fronteiriça imposta pelo tratado, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões dos atuais estados de [[Minas Gerais]], [[Goiás]] e [[Mato Grosso]].<ref>{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/historiab/entradas-bandeiras.htm |título=Entradas e Bandeiras |publicado=Brasil Escola}}</ref>
 
Ao final do século XVII, devido à concorrência colonial as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de [[ouro]] pelos [[bandeirantes]] na década de 1690, abriu um [[Ciclo do ouro|novo ciclo]] para a economia extrativista da colônia, promovendo uma [[febre do ouro]] no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos (como a [[Guerra dos Emboabas]]), entre os antigos colonos e os recém-chegados.{{HarvRef|Holanda|1963|p=}}
 
Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o [[quinto do ouro]], imposto equivalente a um [[Wikt:quinto|quinto]] (20%) de todo o ouro que fosse encontrado no Brasil. Esse imposto era cobrado nas [[Casa de fundição|casas de fundição]], responsáveis por fundir o ouro; dessa forma, a cobrança dos impostos era mais rigorosa.
 
A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do Império Português partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia. Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil: o [[Aleijadinho]]. Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Para acompanhar o desenvolvimento da [[Região Sudeste do Brasil|região sudeste]] da colônia, e impedir a evasão fiscal e o contrabando de ouro, Portugal transferiu a capital do [[Estado do Brasil]] para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].[[Imagem:Antônio Parreiras - Prisão de Tiradentes, 1914.jpg|thumb|''Prisão de [[Tiradentes]]'', o único condenado à morte pelo envolvimento com a [[Inconfidência Mineira]].]]Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou tanto em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do [[Quilombo dos Palmares]]);{{HarvRef|Donato|1987|p=82}} comoe em reprimir todo movimento por [[Autonomia#Autonomia em ci.C3.AAncia pol.C3.ADtica|autonomia]] ou [[independência]] política (como a [[Inconfidência Mineira]]).{{HarvRef|Mello|2009|p=51, 59, 85}}{{HarvRef|Pedroso|2005|p=67, 2º§ (final)}}
 
No final de 1807, forças espanholas e [[Primeiro Império Francês|francesas]] [[Guerra Peninsular|ameaçaram]] a segurança de [[Portugal Continental]], fazendo com que o Príncipe Regente [[João VI de Portugal|D. João]], em nome da rainha [[Maria I de Portugal|Maria I]], [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|transferisse a corte real]] de [[Lisboa]] para o Brasil.<ref name="Boxer, p.&nbsp;213">Boxer, p.&nbsp;213</ref> O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como [[bolsa de valores|bolsas de valores]] locais{{HarvRef|Barcellos|2011|p=xiv}} e um [[Banco do Brasil|banco nacional]], e acabou com o [[monopólio]] comercial que Portugal mantinha sob o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações, o que pôs fim ao período colonial brasileiro.{{HarvRef|Bueno|1999p=145}}