Ernesto Geisel: diferenças entre revisões

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====Memorando da CIA====
 
Um memorando da [[CIA]] afirma que o general conhecia e autorizou a execução de opositores durante a ditaduraregime militar. Esse documento, de 11 de abril de 1974, foi elaborado pelo então diretor da CIA, William Egan Colby, e endereçado ao secretário de Estado dos EUA, [[Henry Kissinger]], tendo sido revelado no Brasil em maio de 2018, pelo pesquisador Matias Spektor, da [[Fundação Getúlio Vargas]], quando foi tornado público pelo governo americano. O texto se refere a um suposto encontro, em 30 de março de 1974, entre Geisel, [[João Batista Figueiredo]], então chefe do [[Serviço Nacional de Informações]], e os generais Milton Tavares de Souza e Confúcio Danton de Paula Avelino, que trabalhavam no Centro de Inteligência do Exército (CIE). O general Milton, segundo o documento, disse que o Brasil não poderia ignorar a "ameaça terrorista e subversiva", e que "os métodos extra-legais deveriam continuar a ser empregados contra subversivos perigosos". Além disso, Geisel teria dito ao general Figueiredo que a política deveria continuar, mas que se deveria tomar "muito cuidado para assegurar que apenas subversivos perigosos fossem executados". Ainda conforme o memorando, todas as execuções deveriam ser aprovadas por Figueiredo, sucessor de Geisel até 1985. Partes do documento permanecem em sigilo.<ref>{{citar web |url=https://g1.globo.com/politica/noticia/em-memorando-diretor-da-cia-diz-que-geisel-autorizou-execucao-de-opositores-durante-ditadura.ghtml |título=Em memorando, diretor da CIA diz que Geisel autorizou execução de opositores durante ditadura|data=10 de maio de 2018|publicado=G1|acessodata=11 de maio de 2018}}</ref>
 
Segundo os dados da [[Comissão Nacional da Verdade]] (CNV), 89 pessoas morreram ou desapareceram no Brasil por motivos políticos, a partir de 1º de abril de 1974, a data posterior àquela em que o encontro dos generais teria ocorrido, isto é, desde que Geisel teria autorizado a execução de opositores. Além disso, houve onze pessoas que podem ter morrido ou desaparecido e possivelmente muitos casos que não foram registrados. Conforme o relato divulgado, Geisel pediu para pensar durante o fim de semana de 1974. Então, no dia 1º de abril, ele e Figueiredo decidiram implantar as ações propostas, mas destacaram que apenas "subversivos perigosos" deveriam ser executados. Figueiredo concordou com a consulta ao presidente quando o CIE apreendesse uma pessoa. As informações sobre as vítimas do regime militar estão nos relatórios da CNV, que foi criada para apurar violações de diretos humanos entre 1946 e 1988. A informação agora disponível muda a imagem de Geisel, antes tido como moderado, visto que se pensava que as execuções ocorriam contra a sua vontade.<ref>{{citar web |url=https://g1.globo.com/politica/noticia/mais-de-80-morreram-ou-desapareceram-na-ditadura-apos-geisel-autorizar-a-execucao-de-subversivos-perigosos-veja-lista.ghtml|título=89 morreram ou desapareceram após reunião relatada pela CIA em que Geisel autoriza mortes; veja lista|data=12 de maio de 2018|publicado=G1|acessodata=12 de maio de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://g1.globo.com/politica/noticia/memorando-da-cia-reforca-que-imagem-de-moderado-de-geisel-era-falsa-dizem-historiadores.ghtml|título=Memorando da CIA reforça que imagem de 'moderado' de Geisel era falsa, dizem historiadores|autor=Marília Marques|data=11 de maio de 2018|publicado=G1|acessodata=12 de maio de 2018}}</ref>