Dinis I de Portugal: diferenças entre revisões

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Favorito
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Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso [[trovador]], cultivou as ''[[trovadorismo|Cantigas de Amigo]]'', de ''[[trovadorismo|Amor]]'' e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da [[trovadorismo|poesia trovadoresca]] na Península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.<ref>{{citar web |url=http://web.archive.org/web/20040716113450/www.instituto-camoes.pt/cvc/bvc/bibbreve/019/bib19.pdf |publicado=[[Instituto Camões]] |formato=PDF |obra= |autor= |título=Para a história da literatura popular portuguesa |data= |acessodata= }}</ref> Foi o responsável pela criação da [[Universidade de Coimbra|primeira Universidade portuguesa]], inicialmente instalada em [[Lisboa]] e depois para [[Coimbra]].
 
Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a [[Afonso Sanches]]. Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com o apoio dos concelhos. Apesar dos motivos da revolta, esta guerra foi no fundo um conflito entre grandes e pequenos. Após a sua morte, em 1325 foi sucedido pelo seu filho legítimo, [[Afonso IV de Portugal]], apesar da oposição do seu filho favorito, filho naturalD. [[Afonso Sanches, o Favorito|Afonso Sanches]].
 
==Primeiros anos==
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Desta forma o rei consegue recuperar uma boa parte do património que, graças a estes levantamentos, descobriu estar nas mãos dos nobres de forma ilegal, uma vez mais pondo a nu os abusos por parte desta classe para com alguns proprietários.
Bens em [[Alvito]], [[Portel]], [[Arronches]] ou [[Portalegre]], entre muitos outros, regressaram nesta altura à Coroa. èÉ neste seguimento que favorece a já mencionada tentativa, lograda, de criar ramos independentes portugueses para as [[Ordem Militar|Ordens Militares]] de [[Ordem de Avis|Avis]] e [[Ordem de Santiago|Santiago]].
 
Mas a situação exigia um chefe político hábil, por forma a extorquir as classes privilegiadas sem a privar por completo de bens: se atende queixas de eclesiásticos relativas à usurpação continuada dos bens da Igreja por parte da nobreza, também acede aos pedidos desta quando esta reclama pelo aumento excessivo do património eclesiástico{{Sfn|Sottomayor-Pizarro|1992}}. E, desta forma, o que naturalmente traria bastante contestação por parte destas classes não parece ter acontecido nos primeiros anos de Dinis.
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=====Consequências=====
Ainda foram feitas novas inquirições em 1301, 1303-1304 e 1307-1311, todas com motivações semelhantes. A nobreza, escrutinada desta forma, começa a influenciar o herdeiro e a virá-lo contra o seu pai, e se este já parecia bastante incomodado com a atenção dada aos bastardosfilhos naturais, começa também a acreditar que o seu pai queria dar o trono ao seu bastardooutro favoritofilho, D. [[Afonso Sanches, o Favorito]]. Afonso aceitoufoi oapoiado apoiopor deboa todaparte ada nobreza que se lhe quis juntar, esperançosa de um tempo de mudança sob o reinado dode filhoD. deAfonso. DinisD. Afonso consegue ascender ao trono, mas para a nobreza nada se alterou, uma vez que Afonso acaba por seguir a política do pai e realiza as últimas inquirições medievais portuguesa que se conhecem, as Inquirições Gerais de 1343.
[[Ficheiro:Tratado de Alcanizes.png|thumb|right|225px|O diploma do [[Tratado de Alcanizes]], mantido no [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]], que definiu os limites fronteiriços entre [[Portugal]] e [[Coroa de Castela|Castela]].]]