Igreja Católica: diferenças entre revisões

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== Características doutrinais ==
{{ver artigo principal|[[Doutrina da Igreja Católica]]}}
[[Arquivo:Fractio-panis1.JPG|thumbnail|A Eucaristia (Rito Oriental).]]
A Igreja Católica acredita ser a única [[Igreja]] fundada por Cristo, e portanto, a única autêntica frente a demais igrejas e [[denominações cristãs]] que surgiram historicamente depois dela.{{Efn | A Igreja alega que esta é a vontade de Cristo, seu fundador, que deseja "''um só rebanho e um só Pastor''" (Jn 10, 16; 17, 11. 20-23). Segundo a [[doutrina católica]], Cristo é o "''Deus verdadeiro''" (Cf. [[Credo Niceno]]; Jn 1,1. 18; 5, 17-18; 10,33; 1Jn 5,20; Rm 9,5; Hch 20,28; Tit 2,13; Hb 1,5-9; Ap 1,18) que pode fundar validamente a sua Igreja (Sal 87). Assim, Jesus aparece como a "''pedra angular''" e "''fundamental''" sob a qual se funda a Igreja (Cf. 1Co 3,9-15; 1Ped 2,3-10) e cuja base é também constituída pelos apóstolos (Cf. Ef 2, 20-22) e especialmente por [[São Pedro]] (Cf. Mt 16, 16-19; Jn 1,42), que foi constituído Pastor universal da Igreja por vontade de Cristo (Cf. Jn 21,15-22; Lc 22, 28-32). Por [[sucessão apostólica]], os [[Papa]]s são os sucessores de São Pedro e merecem a obediência de todos os católicos, por ser o [[Vigário de Cristo]] na Terra. Isto somado à promessa de Cristo aos primeiros discípulos sobre uma constante assistência (Mt 28,20) e companhia do [[Espírito Santo]] (Cf. Jn 16, 7-15; 14,15-17. 26; 15,26; 1 Jn 2, 27) e à garantia que ele deu à Igreja de nunca ser vencida pelo mal (Mt 16,18), foi suficiente para que a Igreja Católica se proclame a si mesma como a "''coluna e fundamento da Verdade''" (1 Tm 3, 15), "''Esposa de Cristo''" (Ef 5, 24-30) e herdeira e depositária de toda a Verdade Evangélica [[Revelação divina|revelada por Deus]] e [[Tradição católica|legada pelos Apóstolos]] (Cf. 1 Co 11, 1-2; 1 Jn 2,24; 2 Ts 2,15; 1 Tm 6, 20-21; 2 Tm 1, 12-14; Flp 4, 8-9).}} Assim, a Igreja Católica considera que tem por missão elaborar, comunicar e propagar os ensinamentos de Cristo, assim como a de cuidar a unidade dos fiéis, com o objetivo de ajudar a humanidade a percorrer o caminho espiritual a Deus. Tem também o dever de administrar os [[sacramentos católicos|sacramentos]] aos seus fiéis, por meio do ministério de seus sacerdotes. A Igreja acredita que Deus outorga a sua [[graça divina|graça]] ao crente por meio dos sacramentos, daí a sua importância na vida eclesial. Ademais, a Igreja Católica manifesta-se como uma estrutura hierárquica e colegial, com Cristo como a sua cabeça espiritual e auxiliado pelo colégio dos apóstolos, cuja autoridade passou a ser exercida, após a sua morte, pelos seus sucessores: o Papa e os bispos.<ref>{{citar livro | língua = castelhano | título= El Derecho de la Iglesia | trans_title = O direito da igreja | prenome =Dominique | sobrenome = Le Tourneau |edição= 2ª |editora= Rialp |ano= 1997 |isbn= 978-843213136-3 |url= http://books.google.es/books?id=rDtrUeUEaAkC |páginas=36 ss}}</ref>
 
===Revelação divina, Tradição e desenvolvimento da doutrina===
[[Imagem:1642CNS-Fatima PopeWEB2.jpg|thumb|O [[Papa Francisco]] junto da imagem de [[Nossa Senhora de Fátima]]. O papel das revelações privadas é somente ajudar os fiéis católicos a viverem melhor a Revelação divina em uma determinada época da História.]]
{{ver artigos principais|[[Revelação divina]], [[Bíblia]], [[Tradição católica]], [[Desenvolvimento da doutrina]] e [[Magistério da Igreja Católica]]}}
 
A autoridade para ensinar, ou seja, o [[Magistério da Igreja Católica|Magistério da Igreja]], baseia-se na [[Revelação divina]], que está expressa tanto nas [[Bíblia|Sagradas Escrituras]] (ou [[Bíblia]]) como na [[Sagrada Tradição]] (oral). Segundo a fé católica, a Revelação divina engloba todas as verdades que a Igreja acredita e que foram sendo gradualmente [[Revelação divina|reveladas]] por [[Deus]] através dos tempos (desde o [[Antigo Testamento]]), atingindo a sua plenitude e perfeição em [[Jesus Cristo]], que anunciou definitivamente o [[Evangelho]] à humanidade <ref name="Revpleno">{{citar livro |título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|páginas= 8 e 9 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref>. Ou seja, já não há mais nada a acrescentar à Revelação divina depois de Jesus, apenas há [[Revelação privada |revelações privadas]] (ex.: as [[aparições marianas]]), que não pertencem à Revelação divina pública nem podem contradizê-la. O papel das aparições privadas é somente ajudar os fiéis católicos a viverem melhor a Revelação divina, numa determinada época da História.<ref>{{Citar livro| título= [[Catecismo da Igreja Católica]] |local= Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|página = 67}}</ref> Por isso, Jesus Cristo é considerado pelos [[católico]]s e outros [[cristão]]s como o [[Filho de Deus]], o [[Messias]] e o Salvador do mundo e da humanidade <ref name="SalvadorJesus1">{{citar livro| título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local= Coimbra |editora= Gráfica de Coimbra|ano= 2000|página = 87 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref><ref name= "Messias1">{{citar livro| título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local=Coimbra|editora= Gráfica de Coimbra|ano= 2000|página = 82 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref>. Este conjunto de verdades reveladas pode ser designado por [[doutrina católica]]. Segundo o [[Catecismo de São Pio X]], a doutrina católica "''é a [[doutrina]] que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o caminho da [[salvação]]''" e da [[vida eterna]] <ref>{{citar web | titulo= Catecismo de São Pio X| publicado = [[Diocese de Braga]] | url=http://www.diocese-braga.pt/catequese/sim/biblioteca/publicacoes_online/56/Catecismo_Sao_Pio_X.pdf | formato= PDF; '''n. 4''' | autor= [[Papa Pio X|SÃO PIO X]] |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>. "''As partes principais e mais necessárias da Doutrina [...] são quatro: o [[Credo]], o [[Pai-Nosso]], os [[Dez Mandamentos|Mandamentos]] e os [[Sacramentos católicos|Sacramentos]]''" <ref>''Ibidem'', n. 10</ref><ref name="DefDout2">{{citar web | titulo= Da Doutrina Cristã - Catecismo de São Pio X| publicado = Sociedade Católica | url=http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/xoopsfaq/index.php?cat_id=10 | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>.
 
Apesar da [[doutrina católica]] ter sido plenamente revelada por Jesus Cristo, a definição e compreensão desta mesma doutrina é progressiva, necessitando por isso do constante estudo e reflexão da [[Teologia católica|Teologia]], mas sempre fiel à Revelação e orientada pelo [[Magistério da Igreja Católica]]. A esta definição progressiva da doutrina dá-se o nome de [[desenvolvimento da doutrina]] <ref name="DesenDout">{{citar web | titulo= O Desenvolvimento da Doutrina | publicado = Veritatis Splendor | url=http://www.veritatis.com.br/article/4810/o-desenvolvimento-da-doutrina- | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>. Esta Revelação imutável e definitiva é transmitida pela Igreja sob a forma de [[Tradição católica|Tradição]] escrita (Bíblia) e oral.<ref>{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] |subtítulo=|edição=|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|volume=|isbn= 972-603-349-7|páginas='''N. 11-13'''}}</ref> A doutrina católica está resumida no [[Credo dos Apóstolos]], no [[Credo niceno-constantinopolitano]] e em variadíssimos documentos da Igreja, como por exemplo no [[Catecismo da Igreja Católica]] (CIC) e no [[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica|seu Compêndio]] (CCIC) <ref name="DefDout1">{{citar web | titulo= A Doutrina da Santa Igreja Católica | publicado = Veritatis Splendor | url=http://www.veritatis.com.br/area/4 | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>.
 
=== Dogmas e Santíssima Trindade ===
{{ver artigos principais|[[Dogmas da Igreja Católica]] e [[Santíssima Trindade]]}}
[[Imagem:Anastasis Pio Christiano Inv31525.jpg|thumb|O [[Cristograma]] com uma coroa de flores simbolizando a vitória da Ressurreição.]]
 
Com os seus estudos teológicos, a Igreja gradualmente proclama os seus [[Dogmas da Igreja Católica|dogmas]], que são a base imutável da sua doutrina, sendo o último dogma (o da [[Assunção da Virgem Maria]]) proclamado [[ex cathedra|solenemente]] apenas em [[1950]], pelo [[Papa Pio XII]]. Os dogmas são [[infalibilidade papal|definidos e proclamados solenemente]] pelo [[Magistério da Igreja Católica|Supremo Magistério]] ([[Papa]] ou [[Concílio Ecumênico]] com o Papa <ref>{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=Catecismo da Igreja Católica |local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|páginas='''N. 889 - 891'''}}</ref>) como sendo verdades definitivas, porque eles estão contidos na [[Revelação divina]] ou têm com ela uma conexão necessária. Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode ser alterado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar. Por isso, o católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável.<ref name="CICDogma1">{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=Catecismo da Igreja Católica|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|páginas='''N. 88'''}}</ref>
 
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes é o da [[Santíssima Trindade]], que, não violando o [[monoteísmo]], professa que Deus é simultaneamente uno (porque, em [[ousia|essência]], só existe um Deus) e trino (se apresenta em três [[pessoa (cristianismo)|pessoa]]: [[Deus, o Pai|o Pai]], [[Jesus|o Filho]] e o [[Espírito Santo]], que se estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Estas 3 Pessoas eternas, apesar de possuírem a mesma natureza, "''são realmente distintas''" <ref name="SST1">''[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]]'' (CCIC), n. 37, 41, 42, 44, 48, 49 e 50</ref>.
 
Logo, muitas vezes, certas actividades e [[atributos divinos]] são mais reconhecidas (mas não exclusivamente realizadas) em uma Pessoa do que em outra. Como por exemplo, a [[criação divina do mundo]] está mais associado a [[Deus Pai]]; a [[salvação]] do mundo a [[Jesus]], o [[Filho de Deus]]; e a protecção, guia, [[purificação]] e [[santificação]] da Igreja ao [[Espírito Santo]] <ref name="SST1" />.
 
=== Jesus, a salvação e o Reino de Deus ===
{{ver artigos principais|[[Doutrina da Igreja Católica#Deus Filho: Jesus Cristo, o Salvador|Jesus]], [[Doutrina da Igreja Católica#Salvação e Santidade|Salvação]] e [[Reino de Deus]]}}
[[Ficheiro:Cristo crucificado.jpg|thumbnail|esquerda|160px|A [[crucificação]] e morte redentora de Jesus faz parte da [[vontade]] de [[Deus Pai]] de salvar toda a Humanidade.]]
 
[[Jesus]] [[Cristo]] é a figura central do [[Cristianismo]], porque, por vontade de [[Deus Pai]] <ref>''[[CCIC]]'', n. 118</ref>, ele [[encarnação (religião)|encarnou-se]] (veio à Terra) para anunciar a [[salvação]] à [[humanidade]] inteira, "''ou seja: para nos reconciliar a nós [[pecador]]es com [[Deus]]; para nos fazer conhecer o seu [[amor]] infinito; para ser o nosso modelo de [[santidade]]; para nos tornar «participantes da natureza divina» (2 Ped 1, 4)''" <ref>''Ibidem'', n. 85</ref>; e para "''anunciar as boas novas do [[Reino de Deus]]''" <ref>{{citar bíblia|livro=Marcos|capítulo=10|verso=45}}, {{citar bíblia|livro=Lucas|capítulo=4|verso=43}} e {{citar bíblia|livro=João|capítulo=20|verso=31}}</ref>. [[Santo Atanásio]], um famoso [[Padres da Igreja|Padre]] e [[Doutor da Igreja]], afirmou que Jesus, "''o [[Filho de Deus]], Se fez homem, para nos fazer Deus''", ou seja, para nos tornarmos [[santo]]s como Deus <ref>{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=[[Catecismo da Igreja Católica]] |subtítulo=|edição=|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|volume=|isbn= 972-603-208-3|páginas='''N. 460'''}}</ref>.
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* «'''Templo do Espírito Santo'''» porque o [[Espírito Santo]] reside na Igreja, no Corpo Místico de Cristo, e estabelece entre os fiéis e Jesus Cristo uma comunhão íntima, tornando-os unidos num só Corpo. Para além disso, Ele guia, toma conta e "''edifica a Igreja na [[caridade]] com a [[Palavra de Deus]], os [[sacramento (cristianismo)|sacramento]]s, as [[virtude]]s e os [[carisma]]s''" <ref>''Ibidem'', n. 159</ref>.
 
===Revelação divina, Tradição e desenvolvimento da doutrina===
[[Imagem:1642CNS-Fatima PopeWEB2.jpg|thumb|O [[Papa Francisco]] junto da imagem de [[Nossa Senhora de Fátima]]. O papel das revelações privadas é somente ajudar os fiéis católicos a viverem melhor a Revelação divina em uma determinada época da História.]]
{{ver artigos principais|[[Revelação divina]], [[Bíblia]], [[Tradição católica]], [[Desenvolvimento da doutrina]] e [[Magistério da Igreja Católica]]}}
 
A autoridade para ensinar, ou seja, o [[Magistério da Igreja Católica|Magistério da Igreja]], baseia-se na [[Revelação divina]], que está expressa tanto nas [[Bíblia|Sagradas Escrituras]] (ou [[Bíblia]]) como na [[Sagrada Tradição]] (oral). Segundo a fé católica, a Revelação divina engloba todas as verdades que a Igreja acredita e que foram sendo gradualmente [[Revelação divina|reveladas]] por [[Deus]] através dos tempos (desde o [[Antigo Testamento]]), atingindo a sua plenitude e perfeição em [[Jesus Cristo]], que anunciou definitivamente o [[Evangelho]] à humanidade <ref name="Revpleno">{{citar livro |título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|páginas= 8 e 9 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref>. Ou seja, já não há mais nada a acrescentar à Revelação divina depois de Jesus, apenas há [[Revelação privada |revelações privadas]] (ex.: as [[aparições marianas]]), que não pertencem à Revelação divina pública nem podem contradizê-la. O papel das aparições privadas é somente ajudar os fiéis católicos a viverem melhor a Revelação divina, numa determinada época da História.<ref>{{Citar livro| título= [[Catecismo da Igreja Católica]] |local= Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|página = 67}}</ref> Por isso, Jesus Cristo é considerado pelos [[católico]]s e outros [[cristão]]s como o [[Filho de Deus]], o [[Messias]] e o Salvador do mundo e da humanidade <ref name="SalvadorJesus1">{{citar livro| título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local= Coimbra |editora= Gráfica de Coimbra|ano= 2000|página = 87 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref><ref name= "Messias1">{{citar livro| título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] | local=Coimbra|editora= Gráfica de Coimbra|ano= 2000|página = 82 | ISBN = 972-603-349-7}}</ref>. Este conjunto de verdades reveladas pode ser designado por [[doutrina católica]]. Segundo o [[Catecismo de São Pio X]], a doutrina católica "''é a [[doutrina]] que Jesus Cristo Nosso Senhor nos ensinou, para nos mostrar o caminho da [[salvação]]''" e da [[vida eterna]] <ref>{{citar web | titulo= Catecismo de São Pio X| publicado = [[Diocese de Braga]] | url=http://www.diocese-braga.pt/catequese/sim/biblioteca/publicacoes_online/56/Catecismo_Sao_Pio_X.pdf | formato= PDF; '''n. 4''' | autor= [[Papa Pio X|SÃO PIO X]] |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>. "''As partes principais e mais necessárias da Doutrina [...] são quatro: o [[Credo]], o [[Pai-Nosso]], os [[Dez Mandamentos|Mandamentos]] e os [[Sacramentos católicos|Sacramentos]]''" <ref>''Ibidem'', n. 10</ref><ref name="DefDout2">{{citar web | titulo= Da Doutrina Cristã - Catecismo de São Pio X| publicado = Sociedade Católica | url=http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/xoopsfaq/index.php?cat_id=10 | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>.
 
Apesar da [[doutrina católica]] ter sido plenamente revelada por Jesus Cristo, a definição e compreensão desta mesma doutrina é progressiva, necessitando por isso do constante estudo e reflexão da [[Teologia católica|Teologia]], mas sempre fiel à Revelação e orientada pelo [[Magistério da Igreja Católica]]. A esta definição progressiva da doutrina dá-se o nome de [[desenvolvimento da doutrina]] <ref name="DesenDout">{{citar web | titulo= O Desenvolvimento da Doutrina | publicado = Veritatis Splendor | url=http://www.veritatis.com.br/article/4810/o-desenvolvimento-da-doutrina- | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>. Esta Revelação imutável e definitiva é transmitida pela Igreja sob a forma de [[Tradição católica|Tradição]] escrita (Bíblia) e oral.<ref>{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]] |subtítulo=|edição=|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|volume=|isbn= 972-603-349-7|páginas='''N. 11-13'''}}</ref> A doutrina católica está resumida no [[Credo dos Apóstolos]], no [[Credo niceno-constantinopolitano]] e em variadíssimos documentos da Igreja, como por exemplo no [[Catecismo da Igreja Católica]] (CIC) e no [[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica|seu Compêndio]] (CCIC) <ref name="DefDout1">{{citar web | titulo= A Doutrina da Santa Igreja Católica | publicado = Veritatis Splendor | url=http://www.veritatis.com.br/area/4 | formato= |acessodata=3 de Junho de 2009}}</ref>.
 
=== Dogmas e Santíssima Trindade ===
{{ver artigos principais|[[Dogmas da Igreja Católica]] e [[Santíssima Trindade]]}}
[[Imagem:Anastasis Pio Christiano Inv31525.jpg|thumb|O [[Cristograma]] com uma coroa de flores simbolizando a vitória da Ressurreição.]]
 
Com os seus estudos teológicos, a Igreja gradualmente proclama os seus [[Dogmas da Igreja Católica|dogmas]], que são a base imutável da sua doutrina, sendo o último dogma (o da [[Assunção da Virgem Maria]]) proclamado [[ex cathedra|solenemente]] apenas em [[1950]], pelo [[Papa Pio XII]]. Os dogmas são [[infalibilidade papal|definidos e proclamados solenemente]] pelo [[Magistério da Igreja Católica|Supremo Magistério]] ([[Papa]] ou [[Concílio Ecumênico]] com o Papa <ref>{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=Catecismo da Igreja Católica |local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|páginas='''N. 889 - 891'''}}</ref>) como sendo verdades definitivas, porque eles estão contidos na [[Revelação divina]] ou têm com ela uma conexão necessária. Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode ser alterado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar. Por isso, o católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável.<ref name="CICDogma1">{{citar livro|autor=IGREJA CATÓLICA|título=Catecismo da Igreja Católica|local=Coimbra|editora=Gráfica de Coimbra|ano=2000|isbn= 972-603-208-3|páginas='''N. 88'''}}</ref>
 
Para os católicos, um dos dogmas mais importantes é o da [[Santíssima Trindade]], que, não violando o [[monoteísmo]], professa que Deus é simultaneamente uno (porque, em [[ousia|essência]], só existe um Deus) e trino (se apresenta em três [[pessoa (cristianismo)|pessoa]]: [[Deus, o Pai|o Pai]], [[Jesus|o Filho]] e o [[Espírito Santo]], que se estabelecem entre si uma comunhão perfeita). Estas 3 Pessoas eternas, apesar de possuírem a mesma natureza, "''são realmente distintas''" <ref name="SST1">''[[Compêndio do Catecismo da Igreja Católica]]'' (CCIC), n. 37, 41, 42, 44, 48, 49 e 50</ref>.
 
Logo, muitas vezes, certas actividades e [[atributos divinos]] são mais reconhecidas (mas não exclusivamente realizadas) em uma Pessoa do que em outra. Como por exemplo, a [[criação divina do mundo]] está mais associado a [[Deus Pai]]; a [[salvação]] do mundo a [[Jesus]], o [[Filho de Deus]]; e a protecção, guia, [[purificação]] e [[santificação]] da Igreja ao [[Espírito Santo]] <ref name="SST1" />.
 
=== Divergências com as outras Igrejas cristãs ===
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=== Dez Mandamentos e a Moral ===
{{verArtigos artigos principaisprincipal|[[Doutrina católica sobre os Dez Mandamentos]] e [[|Teologia moral católica]]}}
[[Ficheiro:João Zeferino da Costa - Moisés recebendo as tábuas da lei - 1868.jpg|thumb|[[Moisés]] recebendo as Tábuas da Lei (pintado por [[João Zeferino da Costa]], 1868)]]
 
Existem várias representações dos [[Dez Mandamentos]], que é a base e o mínimo fundamental da Lei moral (ou Lei de Deus), devido à diversidade de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada actualmente na [[catequese]] de língua portuguesa da Igreja Católica:
 
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=== Sacramentos ===
{{AP|[[Sacramentos católicos]]}}
[[Ficheiro:Batismo Davi Bergstedt.jpg|thumb|Um [[batismo]] infantil realizado em uma paróquia da [[Igreja Evangélica Luterana do Brasil]].]]
[[Arquivo:Fractio-panis1.JPG|thumbnail|A [[Eucaristia]] (Rito Oriental).]]
 
Dentro da fé católica, os sacramentos, que a Igreja acredita serem instituídas por Jesus, são gestos e palavras de Cristo que concedem e comunicam a [[graça]] santificadora sobre quem os recebe. Sobre os sacramentos, [[São Leão Magno]] diz: "''«o que era visível no [[Jesus|nosso Salvador]] passou para os seus sacramentos»''" <ref>''[[CCIC]]''; n. 224, 225 e 229</ref>.