Método dedutivo: diferenças entre revisões

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'''Método dedutivo''' é a modalidade de [[raciocínio]] [[lógica|lógico]] que faz uso da [[dedução]] para obter uma conclusão a respeito de determinadas [[premissa|premissas]]s. O método dedutivo normalmente se contrasta com o [[Método indutivo]]
 
Essencialmente, os raciocínios dedutivos se caracterizam por apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras e se o raciocínio respeitar uma forma lógica válida.
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Portanto Q."
 
Modus tollens:
 
"Se P, então Q.
 
Q é falso.
 
Logo, P é falso." <ref>http://jerzy.cfh.prof.ufsc.br/files/falacias-form.pdf</ref>
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Exemplo de modus ponens que não parte de premissas gerais:
"Premissa 1: Se o Ricardo é judoca.
Premissa 2: E os judocas são imbatíveis.
Conclusão: Logo, o Ricardo é imbatível."
 
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O raciocínio dedutivo liga afirmações (ou premissas) com conclusões. Se todas as premissas são verdadeiras, com termos claros (não ambíguos), e as regras da lógica dedutiva são seguidas corretamente, então a conclusão é necessariamente verdade.
 
 
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== Exemplo simples ==
Um exemplo de um argumento dedutivo:
# Todos os homens são mortais.
# Sócrates é um homem.
# Portanto, Sócrates é mortal.
A primeira premissa afirma que todos os objetos classificados como "homens" têm o atributo "mortal". A segunda premissa afirma que "Sócrates" é classificado como um "homem" - um membro do conjunto de "homens". A conclusão afirma então que "Sócrates" tem de ser "mortal" porque ele herda esse atributo de sua classificação como um "homem".
 
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== Lei do desapego ==
A lei do desapego (também conhecida como Modus Ponens) é a primeira forma de raciocínio dedutivo. Uma única instrução condicional é feita, e uma hipótese (P) é indicado. A conclusão (Q) é então deduzida da premissa. A forma mais básica é listada abaixo:
# P → Q (instrução condicional)
# P (hipótese prevista)
# Q (conclusão deduzida)
No raciocínio dedutivo, podemos concluir Q a partir de P usando a lei do desapego. No entanto, se a conclusão (Q) é dada em vez de a hipótese de (P), então não há nenhuma conclusão definitiva.
 
 
O seguinte é um exemplo de um argumento usando a lei do desapego na forma de uma premissa “se”:
# Se um ângulo satisfaz 90 °< A <180 °, então A é um ângulo obtuso.
# A = 120 °.
# A é um ângulo obtuso.
Uma vez que a medida do ângulo A é maior do que 90 ° e menor que 180 °, pode-se deduzir que A é um ângulo obtuso.(obtuso: adj. 1. Não agudo. 2. Não penetrante. 3. Diz-se do ângulo maior ou mais aberto que o reto, compreendido entre os 90 e 180 graus; ângulo cuja medida está entre 90° e 180°).
 
== Lei do silogismo ==
A lei do silogismo leva duas premissas condicionais e forma uma conclusão, combinando a hipótese (premissas) com a conclusão. Assim:
# P → Q
# Q → R
# Por isso, P→ R.
Por exemplo:
# Se Larry está doente, então ele vai estar ausente.
# Se Larry está ausente, então ele vai perder a sua escola.
# Portanto, se Larry está doente, então ele vai perder a sua escola.
Deduzimos a conclusão, combinando a hipótese da primeira premissa com a segunda premissa. Este é um exemplo da propriedade transitiva na matemática. A propriedade transitiva às vezes é formulada da seguinte forma:
# A = B.
# B = C.
# Portanto A = C.
 
== Lei da contrapositiva ==
A lei da contrapositiva que, em uma condicional, se a conclusão é falsa, então a hipótese deve ser falsa também. A forma geral é a seguinte:
# P → Q.
# ~ Q.
# Portanto, podemos concluir ~ P (~Q→~P).
Por exemplo:
# Se estiver chovendo, então há nuvens no céu.
# Não há nuvens no céu.
# Assim, não está chovendo.
 
== Validade ==
Argumentos dedutivos são avaliados em termos de sua validade e solidez.
 
Um argumento é válido se for impossível para as suas premissas serem verdadeiras, enquanto a sua conclusão é falsa. Em outras palavras, a conclusão deve ser verdadeira se as premissas são verdadeiras.
 
 
Um argumento é sólido se ele é válido e as premissas são verdadeiras.
É possível ter um argumento dedutivo que é logicamente válido, mesmo que não pareça ser ao ouvir. Argumentos falaciosos muitas vezes tomam esta forma.
 
 
O seguinte é um exemplo de um argumento que é válido, mesmo que não soe:
# Todo mundo que come cenouras é um zagueiro.
# João come cenouras.
# Portanto, João é um zagueiro.
No exemplo acima a primeira premissa é falsa - há pessoas que comem cenouras e não são zagueiros - mas a conclusão deve ser verdadeira, desde que as premissas sejam verdadeiras (ou seja, é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa). Portanto, o argumento é válido, mas não parece. Generalizações são muitas vezes utilizados para fazer argumentos inválidos, como "Todo mundo que come cenouras é um zagueiro." Nem todo mundo que come cenouras é um zagueiro, provando assim a falha de tais argumentos.
 
 
Neste exemplo, a primeira declaração usa o raciocínio categórico, dizendo que todos os comedores de cenoura são definitivamente quarterbacks. Esta teoria do raciocínio dedutivo - também conhecida como lógica de termos - foi desenvolvida por Aristóteles, mas foi substituída pela lógica proposicional (sentencial) e lógica de predicados.