Afonso Henriques: diferenças entre revisões

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Mas contrariamente ao que se costuma relatar, Afonso Henriques nunca foi pressionado para cumprir a palavra dada ao Imperador; aliás essa promessa dos nobres é imediatamente quebrada em 1130 com uma série de invasões da Galiza, que Afonso VII não pôde conter dadas as querelas com o padrasto em Aragão{{Sfn|GEPB|1935-57, vol.17|p=624-629}}.
 
===A corte conimbricense, 1131-1139==
[[File:Coimbra igr sta cruz 1.JPG|300px|thumb|Fachada do [[Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra]].]]
Por forma a afastar-se da grande influência que os magnates portucalenses (sobretudo das cinco linhagens fundamentais, [[Casa de Sousa|Sousa]], [[Casa da Maia|Maia]], [[Casa de Riba Douro|Ribadouro]], [[Casa de Baião|Baião]] e [[Bragançãos|Bragança]]), no momento seus apoiantes, pudessem exercer sobre ele<ref name="NG"/>, Afonso protagoniza, em 1131, uma medida radicalː resolve afastar-se da esfera de influência destes nobres, mais intensa a norte do [[rio Douro]], e estabelecer-se nas margens do [[rio Mondego]], trasladando a corte condal de [[Guimarães]] para [[Coimbra]]. A escolha desta cidade parece ter-se devido a uma maior proximidade com a fronteira com o [[Islão]], proximidade que o infante pretendia diminuir, pela conquista progressiva de território a sul desta cidade. O apoio que Afonso recebe, por esta mesma altura, de alguns aristocratas galegos mostra que o ambiente tenso que se fazia sentir antes de ascender ao poder não era totalmente anti-galego, apesar da luta que anos antes visava tão somente evitar a reintegração do Condado na Galiza<ref name="NG"/>. Outro importante braço militar, criado por esta mesma altura, constitui-se pelos célebres cavaleiros de Coimbra{{Sfn|Mattoso|1998}}.