Marinha do Brasil: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Luiz265 (discussão | contribs)
Linha 82:
Na falta de militares experientes que tivessem nascido no Brasil, a comissão composta por Luís Cunha Moreira e vários oficiais buscou contatar os militares portugueses servindo no Brasil para que se unissem ao recém-criado Império brasileiro. Centenas aceitaram, e os que recusaram receberam, em conjunto com as suas famílias, transporte para retornarem a Portugal. Contudo, temerosos das possíveis consequências de enviar para combate navios tripulados em sua maior parte por portugueses contra as forças lusitanas, a comissão recrutou diversos mercenários, [[indígena]]s e [[escravatura|escravos]]. Para comandar a Armada brasileira foi escolhido o experiente Lorde [[Thomas Alexander Cochrane]], britânico de nascimento, que recebeu o cargo de "Primeiro Almirante".{{nota de rodapé|MAIA, págs. 58 a 61.<ref name=maia/>}}{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 261.<ref name=holanda/>}} A frota era composta por apenas uma [[nau]], quatro [[fragata]]s, duas [[corveta]]s, cinco [[brigue]]s, seis [[escuna]]s e vinte pequenas embarcações, num total de trinta e oito navios de guerra. O Ministro da Fazenda [[Martim Francisco Ribeiro de Andrada]] criou uma subscrição nacional para reunir fundos e assim reequipar a frota, e de todo o Brasil foram enviadas contribuições. Até mesmo o Imperador [[Pedro I do Brasil]] adquiriu às próprias expensas um brigue mercante que foi renomeado [[Brigue Caboclo|''Caboclo'']] e doado ao Estado.<ref>{{citar web|url = http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/C/C003/C003.htm|título=Brigue Caboclo| publicado=Navios de Guerra Brasileiros|acessodata=1 de maio de 2012}}</ref>{{nota de rodapé|MAIA, págs. 54 a 57.<ref name=maia/>}}{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 261.<ref name=holanda/>}}
 
A Armada Nacional rumou em seguida para a [[Bahia]], onde atacou um comboio da esquadra portuguesa formada por mais de setenta navios que se dirigia ao [[Maranhão]]. Apenas treze conseguiram alcançar [[Lisboa]] após se verem impossibilitados de atingirem o litoral norte brasileiro. Os demais navios ou foram afundados ou aprisionados e incorporados à Armada brasileira. O britânico [[John Pascoe Grenfell]], que comandava o [[Brigue Maranhão|brigue ''Dom Miguel'']],<ref>{{citar web|url = http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/M/M018/M018.htm|título=Brigue Maranhão| publicado=Navios de Guerra Brasileiros|acessodata= 1 de maio de 2012}}</ref> obteve a rendição da cidade de [[Belém do Pará]]. Tendo vencido a oposição lusitana nas províncias da Bahia, Maranhão e [[Pará]], a frota brasileira partiu para a [[Cisplatina (província)|Cisplatina]], onde alcançou mais sucessos em sua empreitada. O Almirante Cochrane, após ter libertado um terço do território brasileiro, recebeu do Imperador Dom Pedro I em pessoa a condecoração da [[Ordem do Cruzeiro do Sul]] e o título nobiliárquico de [[marquês do Maranhão]].{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 262 e 263.<ref name=holanda/>}} A participação no conflito contra Portugal foi vital:
{{quote1|Com a Independência, a Marinha tornou-se ainda mais importante, pois apesar de termos tido a sorte de possuir um Pedro I como monarca, o Brasil se teria esfacelado numa série de republicas – como aconteceu na América espanhola – se não fosse a sua ação integradora. É certo que existem outros fatores, mas foi ela que bloqueou, venceu e perseguiu a Esquadra portuguesa, possibilitando a união com o Rio de Janeiro.''{{nota de rodapé|HOLANDA, pág. 272.<ref name=holanda/>}}}}