Batalha de Pelúsio (525 a.C.): diferenças entre revisões

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== Preparativos ==
[[File:MarchofCamybsesII.png|thumb|right|O caminho possível de Cambises, PhanesFanes de Halicarnasso e as forças de Amásis enviadas depois de PhanesFanes. Forças persas - linha preta, PhanesFanes de Halicarnasso - linha azul, egípcios - linha vermelha. <small>Nota: Os caminhos do itinerário descritos são supostos.</small>]]
Durante a [[XXVI dinastia egípcia]], o faraó [[Amásis II]] morreu depois de um longo e próspero reinado e foi sucedido por seu filho [[Psamético III]], que reinou por pouco mais de seis meses. O jovem faraó, ainda inexperiente nas estratégias de guerra, permitiu que Cambises levasse a cabo a conquista daquele estado - independente naquela parte do mundo - tendo para isso preparado uma marcha através do deserto de [[Gaza]], contando com o apoio do rei árabe (inimigo de Amásis) que disponibilizou uma grande oferta de água para as estações e garantiu passagem segura com o envio de tropas.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=YLZjAAAAMAAJ&pg=PA195&dq=death+of+Amasis+Herodotus&hl=en&ei=Z040TaXbCIW0lQe077S2Cg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10&ved=0CFMQ6AEwCQ#v=onepage&q=death%20of%20Amasis%20Herodotus&f=false|título=Manners and Customs of the Ancient Egyptians: Including Their Private Life, Government, Laws, Art, Manufactures, Religions, and Early History; Derived from a Comparison of the Paintings, Sculptures, and Monuments Still Existng, with the Accounts of Ancient Authors. Illustrated by Drawings of Those Subjects|ultimo=Wilkinson|primeiro=Sir John Gardner|data=1837|editora=J. Murray|lingua=en}}</ref> De acordo com [[Políbio]], mesmo com todas as precauções tomadas ao entrar na fronteira do Egito, apenas a cidade de Gaza resistiu aos persas, que caiu após um longo cerco. Quando as notícias da batalha iminente chegaram ao Egito, Psamético III reuniu o exército egípcio, posicionando-o ao longo da bifurcação do [[Mar Vermelho]] e do [[Rio Nilo]]. O próprio Amásis morreu seis meses antes de Cambises chegar ao Egito. <ref name="Hero">{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=1uQaAAAAMAAJ&pg=PA245&dq=Herodotus+Amasis&hl=en&ei=a0o0Tb-HMdDegQfu64niCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&sqi=2&ved=0CCwQ6AEwAg#v=onepage&q=Herodotus%20Amasis&f=false|title=The History of Herodotus Volume I, Book II|author=Herodotus|first=|publisher=|year=|isbn=|location=|pages=246–250}}</ref> <ref name="sir">{{cite book|title=Manners and customs of the ancient Egyptians: including their private life, government, laws, art, manufactures, religions, and early history; derived from a comparison of the paintings, sculptures, and monuments still existing, with the accounts of ancient authors. Illustrated by drawings of those subjects, Volume 1|author=Sir John Gardner Wilkinson|publisher=J. Murray|year=1837|pages=195|url=https://books.google.com/books?id=YLZjAAAAMAAJ&pg=PA195&dq=death+of+Amasis+Herodotus&hl=en&ei=Z040TaXbCIW0lQe077S2Cg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=10&ved=0CFMQ6AEwCQ#v=onepage&q=death%20of%20Amasis%20Herodotus&f=false}}</ref>
 
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A melhor recontagem dos eventos que levaram à batalha de Pelúsio é de historiadores gregos, particularmente [[Heródoto]]. Segundo ele, o conflito entre o faraó Amásis II do Egito e Cambises II da Pérsia foi um processo gradual envolvendo múltiplas personalidades, a maioria egípcios. De acordo com Heródoto, um médico egípcio foi solicitado de Amásis por Cambises, em bons termos, os quais Amásis aceitou. O médico (provavelmente um oftalmologista antigo) ressentia-se do trabalho forçado que Amásis lhe impusera e, em retaliação, aconselhou Cambises para que pedisse a Amásis uma filha em casamento, já sabendo que Amásis não gostaria de perder sua filha para um persa. Cambises aprovou e em pouco tempo solicitou a mão da filha de Amásis em casamento.
 
Amásis, incapaz de deixar sua prole e não querendo começar um conflito com os persas, preferiu enviar outra garota no lugar de sua filha, uma egípcia chamada [[Nitetis]], filha de um cidadão egípcio de nome [[Apriés|Apries]]. De acordo com Heródoto, Apries era o faraó anterior a quem Amásis havia derrotado e matado; sua filha seria agora enviada no lugar da própria descendência de Amásis. Uma vez saudado por Cambises como "a filha de Amásis", Nitetis explicou o truque empregado por Amásis para evitar entregar sua própria filha ao rei. Isso enfureceu Cambises, que prometeu vingar o insulto.<ref name="Hero" /> De acordo com Heródoto, outra motivação que solidificou a expedição de Cambises no Egito foi [[PhanesFanes de Halicarnasso]].<ref name="sir" /> Originalmente conselheiro de Amásis, uma sucessão de eventos desconhecidos levou a tamanho desentendimento entre eles que Amásis chegou ao ponto de enviar um eunuco egípcio para capturá-lo, perseguindo-o até [[Lídia]]. PhanesFanes foi capturado na [[Lícia]], mas enganou seus guardas, deixando-os bêbados e fugindo para a Pérsia, onde ajudou o rei persa em todas as formas de estratégia e foi fundamental na determinação da conquista do Egito.<ref name="Hero" />
 
== A Batalha ==
 
Psamético esperava que o Egito fosse capaz de resistir à ameaça do ataque persa por uma aliança com os gregos, o que não se confirmou, pois as cidades cipriotas e o tirano Polícrates de Samos, que possuíam uma grande frota, agora preferiam juntar-se à Persas. O fato de um dos conselheiros táticos mais proeminentes do Egito, PhanesFanes de Halicarnasso, já ter passado para o lado persa, significava que Psamético dependia inteiramente de sua própria experiência militar limitada. Psamético, em um ato violento de vingança antes do confronto com o exército persa, prendeu todos os filhos de PhanesFanes e os colocou entre duas tigelas. Ele então os cortou um por um, drenando seu sangue e misturando-o com vinho. Psamético então bebeu e fez todos os outros conselheiros beberem seu sangue antes das batalhas.
 
De acordo com [[Ctésias de Cnido|Ctesias]], cinquenta mil egípcios caíram, visto que a perda inteira no lado persa era somente sete mil. Após este esforço curto, as tropas de Psamético recuaram, e logo o recuo transformou-se uma fuga completa. As tropas restantes tentaram esconder-se na fortaleza de Pelúsio, mas enquanto se escondiam, Cambises, já montando um cerco, liberou uma onda de gatos nos inimigos. Para os Egípcios, o gato tem um símbolo sagrado da proteção e ver sua deusa protetora [[Bastet]] permitir uma multidão de gatos atacá-los os desmoralizou. Após ter interpretado isso como um mau presságio, retiraram-se da fortaleza e continuaram sua fuga até alcançar [[Mênfis]], onde se fecharam dentro das paredes.
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Cambises então fez as pazes com os líbios, aceitando sua oferta de trégua. O Egito tornou-se possessão da Pérsia e Cambises, seu faraó. Por terem derrotado os faraós da [[XXVI dinastia egípcia]], os monarcas persas foram reconhecidos como faraós e passaram a ser conhecidos como a [[XXVII dinastia egípcia]] (dando início ao 1º Período Persa).
 
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==Referências==
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==Fontes==