Terceira via: diferenças entre revisões

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Desde meados do século XIX, após o aparecimentos da [[Revolução Industrial]] surge a história de dois sistemas econômicos adversários o [[socialismo]] e o [[capitalismo]] fundado no [[liberalismo]] deixando espaço a outros. Durante a década de 1920 [[G. K. Chesterton]], juntamente com seu amigo [[Hilaire Belloc]], criam o que chamaram de [[Distributismo]]. Uma teoria econômica baseada nos princípios nos ensinamentos cristãos, referidos anteriormente na encíclica do [[Papa Leão XIII]], [[Rerum Novarum]], que este propõe o direito à propriedade privada para todos chamando a atenção que ambos os sistemas acima referidos não o permitiam. Será sob essa égide que, no dia 17 de setembro de 1926, eles criaram a Liga Distributista e à qual propunha divulgar àquilo que chamavam uma "terceira via".
 
Muito mais tarde, em 5 de fevereiro de 1998, será o então primeiro-ministro britânico [[Tony Blair]] anunciou, em [[Washington, D.C.]], junto com o presidente estadunidense [[Bill Clinton]], a decisão de convocar uma reunião internacional para discutir e atualizar a social-democracia, criando um movimento que foi denominado de "Terceira Via".<ref name="Fio">Fiori, José Luís. [http://www.outraspalavras.net/2010/08/28/requiescat-pace/ "Requiescat in pace"]. ''[[Valor Econômico]]''. 25 de agosto de 2010.</ref> Naquela época, o líder [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|trabalhista]] britânico despontava como uma liderança mundial, conseguindo reunir sucessivamente, em [[Florença]], Washington e [[Londres]], figuras como [[Bill Clinton]], [[Lionel Jospin]], [[Gerhard Schröder]], [[Massimo D'Alema]], [[Fernando Henrique Cardoso]], [[António Guterres]] e [[Ricardo Lagos]], entre outros governantes e intelectuais ligados de uma forma ou outra à social-democracia europeia, ou ao [[Partido Democrata (Estados Unidos)|Partido Democrata]] estadunidense.<ref name="Fio" /> O projeto comum das lideranças reunidas era construir um novo programa que adequasse a velha social-democracia às novas ideias e políticas [[neoliberalismo|neoliberais]], hegemônicas desde a ascensão de [[Margaret Thatcher]] e [[Ronald Reagan]].<ref name="Fio" />
 
O projeto comum das lideranças reunidas era construir um novo programa que adequasse a velha social-democracia às novas ideias e políticas [[neoliberalismo|neoliberais]], hegemônicas desde a ascensão de [[Margaret Thatcher]] e [[Ronald Reagan]].<ref name="Fio" /> De acordo com o economista José Luís Fiori, "o resultado foi uma geleia ideológica, com propostas extremamente vagas e imprecisas", voltado para a abertura, desregulação e desestatização das economias nacionais.<ref name="Fio" /> De acordo com a revista francesa ''Nouvelle Observateur'', se tratou de um "prolongamento vagamente social da revolução thatcherista".<ref name="Fio" />
 
A ideologia social-democrata deu uma contribuição decisiva à história do [[século XX]], em particular devido à criação do "[[estado do bem-estar social]]" após a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref name="Fio" /> Entretanto, a partir da década de 1980, tal ideologia começou a perder fôlego político, o que acabou resultando em uma reformulação ideológica a partir das práticas neoliberais dos governos Thatcher e Reagan.<ref name="Fio" /> Isso se deu na [[Espanha]], com [[Felipe González Márquez|Felipe González]], na [[França]], com [[François Mitterrand]], na [[Itália]], com [[Bettino Craxi]], e na [[Grécia]], com [[Andréas Papandréu]].<ref name="Fio" /> Na década de 1990, esta reformulação adquiriu outra densidade, com a vitória de Bill Clinton para a presidência dos Estados Unidos e de Tony Blair para o cargo de primeiro-ministro britânico.<ref name="Fio" />