Renda de bilros: diferenças entre revisões

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Devido ao elevado nível em arte e produção atingido em Lenha, toda e qualquer renda de bilros portuguesa é conhecida, simplesmente, por renda de Peniche. Em meados do século XIX, existiam em Peniche quase mil rendilheiras e, segundo Pedro Cervantes de Carvalho Figueira, eram oito as oficinas particulares onde crianças a partir dos quatro anos de idade se iniciavam na aventura desta arte. <br />
Em 1887, com a fundação da escola de Desenho Industrial Rainha D. Maria Pia (mais tarde Escola Industrial de Rendeiras Josefa de Óbidos), sob a direcção de D. Maria Augusta Bordalo Pinheiro, que as rendas de Bilros atingiriam um grau de perfeição e arte difíceis de igualar.<ref>HENRIQUES, Ana Carolina Santos. ''[https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/15508/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20mestrado_Ana%20Henriques.pdf No princípio estava o mar : Peniche : o património cultural, o turismo e o mar]''. Tese de mestrado em Lazer, Património e Desenvolvimento apresentada à Universidade de Coimbra em 2010</ref>
 
 
==Na Eslovénia==
{{Info/Património Cultural Imaterial da Humanidade
| Imagem = [[Ficheiro:Kolovrat_za_navijanje_klincev_za_klekljanje,_Otalež_1954_(3).jpg|200px]]
| Legenda = Fiadeira eslovena em 1954
| ICH = A renda de bilros da Eslovénia
| País = {{SVN}}
| Domínios = Técnicas artesanais tradicionais
| Critérios =
| ID = 01378
| Região = ENA
| Ano = 2018
| Sessão = 13.ª
| Lista = Lista Representativa
| Link = http://www.unesco.org/culture/ich/en/RL/01378
| Abaixo =
| Nota =
}}
Para fazer renda, na [[Eslovénia]] é utilizada uma técnica artesanal que consiste em tecer fios enrolados em pequenos fusos de madeira, os bilros. Os padrões para a execução dos laços, seja em tiras ou em formas acabadas, são característicos de cada região do país e têm denominações específicas. A renda de bilros é feita de acordo com um padrão desenhado em papelão que é fixado numa almofada cilíndrica colocada numa cesta de vime, ou numa almofada de lã de madeira. Fruto da criatividade de todas as pessoas que concebem os padrões e tricô, os vestidos de rendas e acessórios de moda são destinados, assim como tecidos e objetos usados ​​em casas, locais de culto religioso, à celebração de solenidades ou representações diversas. Também são fontes de inspiração para criações artísticas feitas em áreas tão diversas quanto design, arquitetura ou arte culinária. Além de ecológica e sustentável, a prática desse elemento do património cultural tem notáveis ​​qualidades terapêuticas. Atualmente, existem na Eslovénia cerca de 120 sociedades e grupos de pessoas praticando o elemento, tanto veteranos quanto novatos. As mulheres são as depositárias das técnicas e conhecimentos correspondentes, que, como regra geral, são transmitidos de avós para netas. As comunidades do bairro de fabricantes de rendas também desempenham um papel essencial na transmissão do elemento.<ref name="UNESCO">{{citar web|URL=https://ich.unesco.org/es/RL/el-encaje-de-bolillos-de-eslovenia-01378?RL=01378|título=El encaje de bolillos de Eslovenia|autor=UNESCO|data=|publicado=|acessodata=18-1-2019}}</ref>
 
A UNESCO integrou a renda de bilros da Eslovénia na lista representativa do [[Património Cultural Imaterial da Humanidade]] em 2018.<ref name="UNESCO"/>
 
==No Brasil==
[[Ficheiro:Rendeira2.jpg|thumb|180px|esquerda|Rendeira de bilros ([[Ceará]]).]]
No Brasil a renda está e esteve presente em quase todos os estados brasileiros com maior incidência nas regiões litorâneas.
 
{{referências}}
 
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[[Categoria:Artesanato de Portugal]]
[[Categoria:Artes do Brasil]]
[[Categoria:Património Cultural Imaterial da Humanidade na Eslovénia]]