Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia: diferenças entre revisões

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'''Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia — Exército do Povo'''<ref>{{Citar web|url=https://brasilescola.uol.com.br/historia/farc.htm|titulo=Farc. Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Farc|data=|acessodata=|obra=Brasil Escola|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-BR}}</ref> ({{lang-es|''Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo''}}), também conhecidas pelo acrônimo '''FARC''' ou '''FARC-EP''', foi uma organização paramilitar de inspiração [[comunismo|comunista]], autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que operava mediante táticas de [[guerrilha]]. Lutaram pela implantação do [[socialismo]] na [[Colômbia]]<ref>{{citar web|url=http://www.inverta.com.br/site/semefeito/farc.html|titulo=Entrevista com Hernán Ramírez|data=|acessodata=|publicado=www.inverta.com.br|ultimo=Jesus|primeiro=Bianka de|ultimo2=Silva|primeiro2=Fernando|wayb=20070627085808}}</ref> e defendiam o direito dos presos colombianos.<ref>{{citar web|url=http://www.telesurtv.net:80/articulos/2013/02/08/farc-aboga-por-veeduria-publica-en-carceles-colombianas-2725.html|titulo=FARC pide al Gobierno de Colombia permitir veeduría pública en cárceles|data=8/2/2013|acessodata=|publicado=Telesur|ultimo=|primeiro=|lingua=es|wayb=20130209195523}}</ref> Existia uma intensa cooperação entre a [[Exército de Libertação Nacional (Colômbia)|ELN]] e as FARC.<ref>{{Citar web|url=http://www.rebelion.org/noticia.php?id=113150|titulo=FARC y ELN alcanzan acuerdo para finalizar confrontaciones entre sí|data=17 de setembro de 2010|acessodata=|obra=www.rebelion.org|publicado=Rebelión|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref>
 
As FARC eram consideradas uma [[terrorismo|organização terrorista]] pelo governo da Colômbia, pelo governo dos [[Estados Unidos]],<ref name=":0">{{Citar web|url=https://2001-2009.state.gov/s/ct/rls/fs/2001/6531.htm|titulo=E.O. 13224: Identified Terrorists and Groups|data=|acessodata=2019-01-18|obra=The Office of Electronic Information|publicado=Departamento de Estado dos EUA|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> [[Canadá]]<ref name=":1">{{citar web|url=http://www.presidencia.gov.co/cne/2003/abril/03/03032003.htm|titulo=FARC, ELN y AUC, en lista canadiense de grupos terroristas|data=3/4/2003|acessodata=|publicado=Presidência da Colômbia|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref> e pela [[União Europeia]].<ref name=":2">{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=18.10.2005|titulo=FARC, ELN and AUC in the list of terrorist groups of E.U.|url=https://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/es/oj/2005/l_272/l_27220051018es00150017.pdf|jornal=Diario Oficial de la Unión Europea|lingua=Es|arquivourl=https://web.archive.org/web/20061210012602/https://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/es/oj/2005/l_272/l_27220051018es00150017.pdf|arquivodata=10/12/2006|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:32004D0306:EN:HTML|titulo=EUR-Lex - 32004D0306 - EN|data=3/04/2004|acessodata=2019-01-18|obra=Official Journal L 099|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=EN}}</ref> Os governos de [[Equador]],<ref name="aporrea.org">{{Citar web|url=https://www.aporrea.org/actualidad/n66816.html|titulo=Ecuador ratifica FARC no son terroristas|data=3/10/2005|acessodata=2019-01-18|publicado=Aporrea|primeiro=|lingua=es}}</ref> [[Bolívia]]{{Carece de fontes|data=janeiro de 2013}}, [[Brasil]],<ref name="news.bbc.co.uk">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2003-02-20|titulo=FARC: Colombia y Brasil en desacuerdo|url=http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/latin_america/newsid_2782000/2782299.stm|jornal=BBC Mundo|lingua=es|acessodata=}}</ref> [[Argentina]]<ref name="cumbre">{{Citar web|url=https://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-100330-2008-03-08.html|titulo=Titanes en la Cumbre después de la batalla|data=|acessodata=2019-01-18|obra=www.pagina12.com.ar|publicado=Página/12|ultimo=Piqué|primeiro=Martín|lingua=es}}</ref> e [[Chile]]<ref name=cumbre/> não lhes aplicaram esta classificação e o governo da Bolívia não chegou a dar nenhuma posição oficial, porém o ministro das relações exteriores da Bolívia, [[David Choquehuanca]], chegou a dizer que o mais importante era trabalhar para ajudar a garantir a paz na Colômbia e na região.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL264073-5602,00-BOLIVIA+EVITA+COMENTAR+PROPOSTA+DE+RETIRAR+FARC+DE+LISTA+DE+TERRORISTAS.html|titulo=Bolívia evita comentar proposta de retirar Farc de lista de terroristas|data=17/1/2008|acessodata=2019-01-18|obra=g1.globo.com|publicado=G1|ultimo=|primeiro=}}</ref> O presidente [[Hugo Chávez]] rejeitou publicamente esta classificação em janeiro de [[2008]], e apelou à Colômbia, como outros governos, a um reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto "força beligerante", argumentando que elas estariam assim obrigadas a renunciarem a sequestro e atos de terror a fim de respeitarem as [[Convenções de Genebra]].<ref>{{Citar web|url=https://www.voltairenet.org/article154330.html|titulo=Chávez: Beligerancia a las FARC sólo bajo convenios de Ginebra|data=13/01/2008|acessodata=2019-01-18|obra=Red Voltaire|publicado=Voltaire|ultimo=|primeiro=|lingua=ES}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.abn.info.ve/go_news5.php?articulo=117198&lee=17|titulo=Chávez proposal about the FARC creates deep analysis in Mexican press|data=18/1/2008|acessodata=|publicado=Agencia Bolivariana de Noticias|ultimo=|primeiro=|lingua=en|wayb=20081211180802}}</ref> [[Cuba]] e [[Venezuela]] adotam o termo "insurgentes" para as FARC.<ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/mundo/farc-eln-sao-insurgentes-nao-terroristas-diz-chavez-3852908|titulo=Farc e ELN são insurgentes, não terroristas, diz Chávez|data=2008-01-11|acessodata=|publicado=O Globo|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
A origem das FARC remonta as disputas entre [[liberalismo|liberais]] e [[conservadores]] na Colômbia, retratadas pela obra de [[Gabriel García Márquez]], "Cem Anos de Solidão", marcada por massacres, como o período da [[La Violencia]]. Em 1948, os liberais, com apoio dos comunistas, iniciam uma guerra civil contra o governo conservador. Após 16 anos de luta guerrilheira e a conquista de algumas reivindicações políticas, os liberais passaram a temer que a experiência cubana de 1959 se repetisse na Colômbia. Rompem com a esquerda e passam para o lado conservador.
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Ao longo da história do grupo guerrilheiro, o [[Partido Comunista Colombiano]] teve relações mais próximas ou mais distantes com as FARC. Enquanto originaram-se como um puro movimento de [[guerrilha]], a organização já na década de 1980 foi acusada de se envolver no [[tráfico]] ilícito de [[droga|entorpecentes]],<ref name="drugrelation">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2003-09-19|titulo=Colombia's most powerful rebels|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/1746777.stm|jornal=BBC News|lingua=en-GB|acessodata=7 de abril de 2007}}</ref> o que provocou a separação formal do Partido Comunista e a formação de uma estrutura política chamada [[Partido Comunista Colombiano Clandestino]].<ref>{{Citar web|url=https://www.broadleft.org/co.htm|titulo=Leftist Parties of Colombia|data=|acessodata=2019-01-18|obra=www.broadleft.org|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
 
As FARC-EP se definiam como um movimento guerrilheiro paramilitar. Segundo estimativas do governo colombiano, as FARC, no seu auge, chegaram a possuir entre 6 000 e 16 000 membros, perto de [[2001]]<ref name="BBC estimate">{{Citar periódico|ultimo=McDermott|primeiro=Jeremy|data=2008-02-01|titulo=Colombia's rebels: A fading force?|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/7217817.stm|jornal=BBC News|lingua=en-GB|acessodata=4 de Fevereiro de 2008}}</ref> (aproximadamente 20% a 30% deles são recrutas com menos de 18 anos de idade<ref name=":4">{{citar web|url=http://hrw.org/english/docs/2005/02/22/colomb10202.htm|titulo=Colombia: Armed groups send children to war|data=22 de fevereiro de 2005|acessodata=|publicado=[[Human Rights Watch]]|ultimo=|primeiro=|lingua=inglês|wayb=20050222222900}}</ref>). Outras estimativas disponíveis avaliavam em mais de 18 000 guerrilheiros, números que as próprias FARC afirmaram em [[2007]] numa entrevista com [[Raul Reyes]].<ref name=":5">{{citar web|url=http://www.colombiajournal.org/colombia259.htm|titulo=Interview with FARC Commander Raul Reyes|data=12 de julho de 2007|acessodata=|publicado=Colombia Journal Online|ultimo=Leech|primeiro=Garry|lingua=en|wayb=20070716141051}}</ref>
 
As FARC-EP tinham presença armada em 15-20% do território colombiano, principalmente nas selvas do sudeste e nas planícies localizadas na base da [[Cordilheira dos Andes]].<ref>{{citar livro|último =Leonard|primeiro =Thomas M.|título=Encyclopedia Of The Developing World|publicado=[[Routledge]]|ano=2005|month=October|isbn=1-57958388-1|página=1362}}</ref> Segundo informações do Departamento de Estado dos Estados Unidos, as FARC controlam a maior parte do refino e distribuição de [[cocaína]] dentro da Colômbia, sendo responsável por boa parte do suprimento mundial de cocaína e pelo tráfico dessa droga para os Estados Unidos.<ref>{{Citar web|url=https://www.state.gov/p/inl/narc/rewards/63844.htm|titulo=Manuel Munoz-Ortiz|data=|acessodata=|obra=Bureau for International Narcotics and Law Enforcement Affairs|publicado=U.S. Departament of State|ultimo=|primeiro=|wayb=20060417193912}}</ref>
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== Os Paramilitares ==
Em 2007, o governo Colombiano foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo assassinato de 12 investigadores de direitos humanos, mortos por paramilitares de direita na localidade de La Rochela (norte) em 1989. Segundo Michael Camilleri, que trabalhou nesse processo para o Centro de Justiça e Direito Internacional "a sentença mostra que o Estado não só carecia da vontade de confrontar os paramilitares, mas que alguns oficiais se mancomunaram com eles contra os investigadores do próprio governo".<ref>[http{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1206200705.htm |titulo=Colômbia: OEA condena Estado por ligação com paramilitares em massacre] |data=12/6/2007|acessodata=2019-01-18|obra=www1.folha.uol.com.br|publicado=Folha de S.Paulo. 12 de junho de 2007.|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Visão geral ==
As FARC-EP, o maior grupo paramilitar na América do Sul, eram dirigidas por um secretariado liderado desde março de 2008 por [[Alfonso Cano]] (morto em 2011),<ref>{{citar web|url=http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1892687.xml&template=3898.dwt&edition=9937&section=68|titulo=Morte de líder enfraquece as Farc|data=26 de maio de 2008|acessodata=|publicado=Zero Hora|ultimo=|primeiro=|wayb=20080529181004}}</ref> e seis outros membros, incluindo o comandante militar [[Jorge Briceño]], também conhecido por "[[Mono Jojoy]]". A "face internacional" da organização era representada por um outro membro do secretariado, "[[Raúl Reyes]]", morto durante o ataque do exército colombiano contra um campo das FARC no [[Equador]] em março de [[2008]].<ref name="estadao.com.br">[{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/internacional/not_int133207,0.htm |titulo=Exército colombiano mata número dois das Farc]|data=1 Visitadode emmarço de 2008|acessodata=6 de março de 2008|obra=www.estadao.com.br|publicado=Estadão|ultimo=|primeiro=|wayb=20080304194517}}</ref> Depois da morte de Cano, [[Timoleón Jiménez]] o substituiu na liderençaliderança das FARC em 5 de novembro de 2011.
 
As FARC estão organizadas segundo as linhas militares e incluem diversas frentes urbanas ou células de milícia. A organização adicionou o "-EP" (Ejército del Pueblo) ao seu nome oficial durante a sua sétima conferência em 1982 como expressão da expectativa de evolução de uma guerra de guerrilha a uma acãoação militar convencional, esboçada nessa ocasião.
 
As FARC-EP proclamam-se uma organização marxista-leninista de inspiração [[Bolivarianismo|bolivariana]].<ref>[{{Citar web|url=http://www.rebelion.org/plancolombia/040407urbano.htm Miguel Urbano Rodrigues - "|titulo=Las FARC reafirman la opción comunista y responden a campañas difamatorias.]|data=7/4/2004|acessodata=2019-01-18|publicado=Rebelión|ultimo=Rodrigues|primeiro=Miguel Urbano|lingua=es|wayb=20040409013109}}</ref> Elas defendem o pobre agricultor na luta contra as classes favorecidas colombianas e se opõem à influência [[Estados Unidos|americana]] na Colômbia, particularmente o [[Plano Colômbia]]. Outros interesses das FARC incluem a luta contra a [[privatização]] dos recursos naturais, as [[multinacional|corporações multinacionais]], e as forças paramilitares. As FARC-EP dizem que estes objectivos motivam os esforços do grupo a tomar o poder na Colômbia por uma revolução armada.<ref name="drugrelation" /><ref>[http{{Citar web|url=https://www.crisisgroup.org/homelatin-america-caribbean/index.cfm?idandes/colombia/war-and-drugs-colombia|titulo=3238&l=1 ''International Crisis Group''. "War and Drugs in Colombia." |data=2005-01-27|acessodata=2019-01-18|obra=International de janeiroCrisis de 2005.]Group|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref>
[[Imagem:Dinotirofijo.png|thumb|250px|<div style="text-align: center;">Manuel Marulanda</div>]]
 
As FARC-EP afirmam estarem abertas a uma solução negociada do conflito via um diálogo com um governo flexível, que aceitasse certas condições como a desmilitarização de territórios e a liberação de todos os rebeldes prisioneiros (e extraditados) do movimento.<ref name="xinhua20080116">{{Citar web|url=http://news.xinhuanet.com/english/2008-01/16/content_7430938.htm|título=FARC repeats demand for hostage-prisoner exchange|data=16-01-2008|acessodata=2008-02-13|publicado=[[Xinhua News Agency]]|dataúltimo=16-01-2008Guodong|primeiro=Du|últimolingua= Guodongen|wayb=20080209153215}}</ref> Atualmente negocia a paz com o governo em Cuba.<ref>{{Citar web|url=http://www.resumenlatinoamericano.org/?p=1214|título=Las FARC-EP y el Gobierno llegaron a un nuevo acuerdo en La Habana|data=6-11-2008|acessodata=2008-02-13|publicado=Resumen Latinoamericano|dataúltimo=6-11-2008Guodong|primeiro=Du|últimolingua= Guodonges}}</ref>
 
Críticas nacionais e internacionais caracterizam as FARC-EP como terrorista. Críticos ao movimento dizem que os métodos da organização desacreditam seus objetivos primeiros e sua ideologia. As FARC frequentemente atacam civis não envolvidos no conflito,<ref>[{{Citar web|url=http://hrw.org/english/docs/2005/04/15/colomb10496.htm|titulo=Colombia: Human Rights Watch. "More FARC Killings with Gas Cylinder Bombs: Atrocities Target Indigenous Group" 25 de abril de |data=15-4-2005.] Visitado em |acessodata=1 de setembro de [[2006]].|publicado=Human Rights Watch|ultimo=|primeiro=|lingua=en|wayb=20050416071915}}</ref> instalam minas antipessoais,<ref name="wp20070726">{{citar periódico|último=Forero|primeiro =Juan|último data=Forero[[26-07-2007]]|título=Report Cites Rebels' Wide Use of Mines In Colombia|periódico=[[Washington Post]]|data=[[26-07-2007]]|página=A16| url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/07/25/AR2007072501093.html?nav=rss_world/southamerica|periódico=[[Washington Post]]|lingua=en|página=A16|acessodata=2008-02-13}}</ref> mantém reféns para trocá-los contra sanções e por razões políticas, alguns com mais de 10 anos de cativeiro, e são responsáveis pelo deslocamento de milhares de civis atingidos pelo conflito.<ref>[http{{Citar web|url=https://www.hrw.org/legacy/spanish/informes/2001/farc7.html#P391_68311 |titulo=Más allá de la negociación: El derecho internacional humanitario y su aplicación a la conducta de las FARC-EP]|data=|acessodata=2019-01-18|obra=www.hrw.org|publicado=Human Rights Watch|ultimo=|primeiro=|ano=2001|lingua=es}}</ref> O porta-voz das FARC Raul Reyes afirmou que elas sempre evitaram as casualidades civis, a não conscrição de civis e de soldados com menos de 15 anos, todavia ele reconhece que o uso de minas e morteiros são inerentemente perigosos à população civil.<ref name = "Interview:5">[[3 de Agosto]] de 2007. Garry Leech intervies Raul Reyes. [http://naxalrevolution.wordpress.com/2007/08/03/latest-interview-with-farc-ep-commander-raul-reyes/ Available online.] Visitado em 30 de março de 2008.</ref>
 
A [[Human Rights Watch]] estima que as FARC possuem a maioria das crianças-soldados na Colômbia, aproximadamente 20% a 30% dos guerrilheiros possuem menos de 18 anos.<ref name="Children">[[Human Rights Watch]]. "Colombia: Armed Groups Send Children to War.4" [[22 de Fevereiro]] de 2005. [http://hrw.org/english/docs/2005/02/22/colomb10202.htm Available online]. Visitado 1 de setembro de 2006.</ref> Crianças que tentam escapar às fileiras podem ser punidas com tortura e morte por um pelotão de fuzilamento.<ref name="hrw2003:6">Human{{Citar Rights Watchlivro|url=https://books. google.com.br/books?id=CcNDy_IY12MC&printsec=frontcover&dq=isbn:1564322882&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjpm-rlsPjfAhWdGrkGHbpxBJwQ6AEIKTAA#v=onepage&q&f=false|título="'You'll Learn Not to Cry": Child Combatants in Colombia."|ultimo=Brett|primeiro=Sebastian|editora=Human SeptemberRights Watch|ano=2003. ISBN 1-56432-288-2. [http://www.hrw.org/reports/2003/colombia0903/colombia0903.pdf Available online]. Visitado em |local=|páginas=|lingua=en|isbn=9781564322883|acessodata=1 de setembro de [[2006]].}}</ref> Quanto às mulheres membros, a Human Rights Watch constata que uma das razões pela qual elas integram a organização é a fim de escapar do abuso sexual. Mulheres guerrilheiras possuem as mesmas prerrogativas e chances de serem promovidas como os homens. Contudo, meninas na guerrilha ainda estão submissas às pressões sexuais. Mesmo que o violo e o molestamento sexual não seja tolerado, vários comandantes homens usam seu poder para ter relações sexuais com garotas de baixa idade. Meninas como de 12 anos são obrigadas a usar contraceptivos, e devem abortar caso fiquem grávidas".<ref name="hrw2003:6" />
 
O [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]] inclui as FARC-EP em sua ''Lista de Organizações Terroristas Estrangeiras'', bem como a [[União Europeia]]. Ao todo, 31 países as classificam como grupo terrorista ([[Colômbia]], [[Peru]],<ref>[http name="://es.noticias.yahoo.com/ap/20080117/twl-ams-gen-venezuela-colombia-peru-3fb9d3b_1.html0" Comprehensive List of Terrorists and Groups Identified Under Executive Order 13224]</ref> [[Estados Unidos]],<ref name=":0" /> [[Canadá]]<ref>[http name="://www.presidencia.gov.co/cne/2003/abril/03/03032003.htm1" FARC, ELN Y AUC, en la lista canadiense de grupos terroristas]</ref> e a [[União Europeia]]<ref>[http name="://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/es/oj/2005/l_272/l_27220051018es00150017.pdf Decisión del Consejo de la Unión Europea relativa a la aplicación del apartado 3 del artículo 2" del Reglamento (CE) no 2580/2001 sobre medidas restrictivas específicas dirigidas a determinadas personas y entidades con el fin de luchar contra el terrorismo.]</ref>). Os governos de outros países latino-americanos como [[Equador]],<ref name="aporrea.org"/> [[Bolívia]]{{Carece de fontes|data=janeiro de 2013}}, [[Brasil]],<ref name="news.bbc.co.uk"/> [[Argentina]],<ref name="cumbre"/> Uruguay[[Uruguai]] e [[Chile]]<ref name=cumbre/> não lhes aplicam esta classificação e o governo da Bolívia não deu nenhuma posição oficial.<ref name=":3" /> O governo da [[Venezuela]] solicitou que lhes outorgue o status de força beligerante e não lhes considerem um grupo terrorista.<ref>[http{{Citar web|url=https://www.clarin.com/diarioultimo-momento/2008/01/11/um/mchavez-01582986pidio-sacar-farc-lista-organizaciones-terroristas_0_ryJZNvAA6te.htm html|titulo=Chávez pidió sacar a las FARC de la lista de organizaciones terroristas]|data=11/1/2008|acessodata=2019-01-18|obra=www.clarin.com|publicado=Clarín.com|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref>
 
Presentes em 24 dos 32 departamentos da Colômbia<ref>[http://www.elpais.com.co/historico/mar032007/NAL/elecciones.html El País: Grupos ilegales tienen en riesgo las elecciones]</ref> concentradas ao sul e leste do país, sobretudo nos departamentos e regiões do [[Putumayo (departamento)|Putumayo]], [[Huila]], [[Nariño (departamento)|Nariño]], [[Cauca (departamento)|Cauca]] e [[Valle del Cauca]].<ref>[{{Citar web|url=http://www.fco.gov.uk/servlet/Front?pagename=OpenMarket/Xcelerate/ShowPage&c=Page&cid=1007029390518&a=KCountryAdvice&aid=1013618385774 |titulo=Acciones armadas]|data=2007-09-27|acessodata=2019-01-18|publicado=Commonwealth|ultimo=|primeiro=|wayb=20070927195026}}</ref> Foi reportada a existência de operações militares e acampamentos nos países que fazem fronteira com a Colômbia como a [[Venezuela]],<ref>[http{{Citar web|url=https://www.clarin.com/diario/2005/01ediciones-anteriores/17/um/mcolombia-905822.htm Clarin reitera- aportara-pruebas-presencia-lideres-farc-venezuela_0_B1L-d8qk0Yl.html|titulo=Colombia reitera que aportará pruebas sobre la presencia de líderes de las FARC en Venezuela]|data=17/01/2005|acessodata=2019-01-19|obra=www.clarin.com|publicado=Clarín.com|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref><ref>[{{Citar web|url=http://actualidad.terra.es/nacional/articulo/uribe_chavez_farc_venezuela_2045475.htm Noticias Terra - |titulo=Uribe entregó a Chávez datos sobre campamento FARC en Venezuela según radio]|data=22-11-2007|acessodata=|publicado=Terra|ultimo=|primeiro=|wayb=20071124095802}}</ref> [[Equador]],<ref>[{{Citar periódico|ultimo=Moposita|primeiro=Wilson|data=2002-03-16|titulo=Campamento de las FARC en Ecuador|url=http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/latin_america/newsid_1875000/1875832.stm |jornal=BBC Mundo - Campamento de las FARC en Ecuador]News|lingua=es|acessodata=}}</ref> [[Panamá]]<ref name="Paises">[http{{Citar web|url=https://www.clarin.com/diariopolitica/1997/06/18/tguerrilla-03001d.htm colombiana- extiende-paises_0_HJWdPZbCFe.html|titulo=La guerrilla colombiana se extiende a 5 países]|data=18/06/1997|acessodata=|obra=www.clarin.com|publicado=Clarín.com|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref> e [[Brasil]].<ref name=Paises/>
 
== Estrutura ==
Linha 103:
| || [[Timoleón Jiménez]], "Timochenko" || Rodrigo Londoño Echeverri || Considerado o chefe da inteligência e da contra-inteligência da organização.
|-
| [[Imagem:Cano.jpg|100px]] || '''[[Alfonso Cano]] (morto em novembro de 2011)<ref>[{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1002057-exercito-colombiano-mata-lider-maximo-das-farc.shtml |titulo=Exército colombiano mata líder máximo das Farc] Folha|data=5/11/2011|acessodata=|obra=www1.folha.uol.com (ed.br|publicado=Folha de 5 de novembro de 2011)S.Paulo|ultimo=|primeiro=}}</ref> '''|| Guillermo León Sáenz Vargas'''||Figura ideológica tradicional
|-
| [[Imagem:IvanMarquez.jpg|100px]] || [[Iván Márquez]] || Luciano Marín Arango ||Líder do Bloco Noroeste, substituiu Efraín Guzman, líder histórico falecido de causas naturais no ano de [[2003]].
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== Sequestros ==
Pesquisas de opinião pública indicam que as FARC possuem alta taxa de rejeição na zonas urbanas de Colombia. O motivo de tal antipatia, supõe-se, é devido, além da defesa do fim da propriedade privada, ao fato de as FARC terem sequestrado seis mil pessoas nos últimos dez anos, mantendo-os na selva. No final de 2007 o grupo tinha perto de oitocentos reféns em cativeiro.<ref>[http{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u360439.shtml |titulo=Entenda a situação dos reféns na Colômbia]|data=5/1/2008|acessodata=|obra=www1.folha.uol.com.br|publicado=Folha de S. Paulo|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
== Soldados adolescentes ==
As FARC foram acusadas de recrutar adolescentes como soldados. A [[Human Rights Watch]] estima em 2005 que as FARC possuem uma parte dos combatentes menores de idade na Colômbia. Estima-se que entre 10% a 20% dos combatentes da FARC têm menos de 18 anos, num total de aproximadamente 1500 combatentes adolescentes.<ref name="Crianças:4">[http://hrw.org/english/docs/2005/02/22/colomb10202.htm]< /ref> As FARC recrutavam boa parte de seus novos membros entre garotos de 14 a 18 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens eram isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um "nome de guerra".
 
== As FARC e o governo de Álvaro Uribe ==
Parte considerável dos colombianos temem as Farc, muitos destes por considerá-las como grupo terrorista. Esse fato proporcionava alta popularidade ao então presidente da Colômbia, [[Álvaro Uribe]]. Desde o primeiro dia na presidência da Colômbia, Uribe investiu com firmeza – e tropas especiais treinadas com a ajuda dos [[Estados Unidos]] – na tarefa de recuperar o controle de seu país não apenas dos [[Comunismo|comunistas]], mas também de outros narcotraficantes.
 
Quando assumiu o cargo, em 2002, estimava-se que a guerrilha comunista circulasse à vontade ou tivesse o controle efetivo de 40% do território colombiano. Essa área era basicamente de florestas e montanhas de difícil acesso. Seu governo empurrou os guerrilheiros aos grotões e conseguiu diminuir o número de sequestros aumentando o contingente policial e criando unidades especializadas em combater especificamente esse tipo de crime. Ao término de seu mandato, perdeu apoio, principalmente entre as minorias como indígenas e afrodescendentes.<ref>[{{Citar web|url=http://anistiapolitica.org.br/abap/index.php?option=com_content&view=article&id=1605:la-bofetada-de-las-farc-a-santos-en-toribio |titulo=La bofetada de las FARC a Santos en Toribío].|data=25 Páginade visitadaJulho emde [[2012|acessodata=9 de julho]] de 2013|obra=anistiapolitica.org.br|publicado=ABAP|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref>
 
Com isso os índices de criminalidade colombianos atingiram em 2005 os níveis mais baixos em 20 anos.
 
Álvaro Uribe alcançou em agosto de 2008 uma popularidade de 91%.<ref>{{Citar web|url=https://www.heraldo.es/noticias/internacional/los_partidarios_uribe_dan_primer_paso_para_reeleccion_como_presidente.html|titulo=Los partidarios de Uribe dan el primer paso para su reelección como presidente|data=2008-08-13|acessodata=14 de Agosto de 2008|obra=heraldo.es|publicado=Heraldo|ultimo=|primeiro=|lingua=es}}</ref>
Álvaro Uribe alcançou em agosto de 2008 uma popularidade de 91%.<ref>{{citar jornal
| titulo = Los partidarios de Uribe dan el primer paso para su reelección como presidente
| jornal = Heraldo de Aragón
| local = Espanha
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| acessadoem = 14 de Agosto de 2008
}}</ref>
 
Há nele uma motivação pessoal nesta luta: seu pai foi assassinado pelas Farc em 1983..<ref name="Veja">[{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20080308202410/http://veja.abril.com.br:80/idade/exclusivo/perguntas_respostas/farc/index.shtml Veja.com - |titulo=Perguntas e respostas - FARC]|data=2008-03-08|acessodata=|publicado=VEJA.com|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Enquanto isso, as FARC têm baixíssima popularidade. Segundo o [[Gallup]], sua rejeição é de 93% e seu apoio é de 1%. Protestos mundiais para a libertação dos reféns reuniram mais de quatro milhões de pessoas (número estimado) e o próprio irmão do atual líder das FARC apelou para que os reféns fossem libertados.<ref>{{citar jornalweb|url=http://www.news.com.au/heraldsun/story/0,21985,24059520-5005961,00.html|titulo=Give it up, brother tells FARC leader|data=22/7/2008|acessodata=14 de Agosto de 2009|publicado=Herald Sun|ultimo=|primeiro=|lingua=en|wayb=20080926033319}}</ref>
| data = 22 de Julho de 2008
| titulo = Give it up, brother tells FARC leader
| jornal = Herald Sun
| local = Austrália
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| idioma = Inglês
| acessadoem = 14 de Agosto de 2009
}}</ref>
 
== Raúl Reyes ==
[[Raúl Reyes]], considerado o segundo membro mais importante da FARC,<ref>[{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/internacional/not_int133276,0.htm |titulo=Perfil de Raúl Reyes, o 'número dois' das Farc] Visitado em 6 de março de |data=1/3/2008|acessodata=2019-01-19|obra=Estadao.com.br|publicado=Estadão|ultimo=|primeiro=|wayb=20080305004946}}</ref> foi morto em [[1 de março]] de 2008 por um ataque das forças armadas da Colômbia/[[Morto em Combate]].<ref name="estadao.com.br"/>
 
Era considerado o líder mais moderado na organização<ref>[{{Citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG82250-5855,00-A+AMERICA+DO+SUL+EM+GUERRA.html Revista Época - |titulo=A América do Sul em guerra]|data=10/3/2008|acessodata=2019-01-19|obra=revistaepoca.globo.com|publicado=Época|ultimo=Rangel|primeiro=Rodrigo}}</ref> e interlocutor da guerrilha com os Governos francês e equatoriano para a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das FARC desde 2002. Para alguns analistas e oposicionistas colombianos, entre eles o marido de [[Ingrid Betancourt]], o assassinato de Reyes demonstrou o pouco interesse do Governo em viabilizar a libertação da ex-senadora, a única política de oposição à Uribe que teria viabilidade eleitoral contra um terceiro mandato consecutivo de Uribe.<ref>[{{Citar web|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG82864-6013-515,00-URIBE+QUER+UM+TERCEIRO+MANDATO+E+A+UNICA+QUE+PODE+CONCORRER+COM+ELE+E+INGRI.html |titulo="Uribe desejariaquer um terceiro mandato] e a única que pode concorrer com ele é Ingrid "|data=3/4/2008|acessodata=2019-01-19|obra=revistaepoca.globo.com|publicado=Época|ultimo=Mendonça|primeiro=Ricardo}}</ref> Tal hipótese se mostrou fantasiosa quando o próprio governo, através das Forças Armadas, logrou a libertação de Ingrid Betancourt e mais 14 reféns em 2 de julho de 2008, numa operação que foi classificada por Betancourt como "perfeita".<ref name=Betancourt_freed_bbc>{{citar jornalCitar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2008-07-03|titulo= Colombia hostage Betancourt freed |url=http://news.bbc.co.uk/12/hi/world/americas/7486552.stm|editorajornal=BBC |datalingua=2008en-07-03 GB|acessadoemacessodata=3 de julho de 2008-07-03|idioma=inglês}}</ref> Reyes afirmou em entrevista a [[Folha de S.Paulo]] que se encontrou com o ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] em um dos Foros de São Paulo, realizado em [[San Salvador]]. Afirmou também que durante o governo [[FHC]] as Farc possuíam uma delegação no [[Brasil]].<ref>[http{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u62119.shtml|titulo=''As EntrevistaFarc detêm Raultodo Reyero àtempo do mundo'', diz comandante|data=24/08/2003|acessodata=2019-01-19|obra=www1.folha.uol.com.br|publicado=Folha de S. Paulo]|ultimo=Maisonnave|primeiro=Fabiano}}</ref>
 
A morte de Reyes aconteceu em território equatoriano e esta ação desencadeou uma [[Crise diplomática da Colômbia com Equador e Venezuela de 2008|crise diplomática entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela]].
 
== Iván Ríos ==
[[Iván Ríos]], cujo verdadeiro nome era Manuel Jesús Muñoz Ortiz, o mais jovem dos integrantes do Secretariado das FARC-EP foi morto por seus próprios soldados em [[5 de março]] de [[2008]] na zona rural de Albânia, no departamento de Caldas, localizado no Noroeste do país.<ref>[{{Citar web|url=http://noticias.terra.com.br/mundo/internanoticias/0,,OI2663321-EI8140,00-Ministro+confirma+que+chefe+das+Farc+foi+morto+por+seus+guardas.html |titulo=Ministro confirma que chefe das Farc foi morto por seus guardas]|data=7 de março de 2008|acessodata=2019-01-19|obra=noticias.terra.com.br|publicado=Terra|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Os rebeldes desertores apresentaram ao Exército uma mão decepada do líder guerrilheiro, além de sua identidade, passaporte e computador pessoal.
 
== Ataques no Brasil ==
Em [[1991]], um grupo de 40 elementos que se declararam membros das FARC invadiu o [[Brasil]] e atacou de surpresa um destacamento militar brasileiro de 17 homens, às margens do [[rio Traíra]]. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e outros nove ficaram feridos. Todo o armamento, munições e equipamentos do posto foram apropriadas pelo grupo, do qual Vanderlei Vendrame era líder.<ref>[{{Citar web|url=http://www.defesanet.com.br/toa/toa_guerrilha_3.htm |titulo=Guerrilha na Amazônia]|data=2005-11-05|acessodata=2019-01-19|publicado=Defesa@Net|ultimo=Pinheiro|primeiro=Alvaro de Souza|wayb=20051105083522}}</ref>
 
Dias depois o [[Exército do Brasil|exército brasileiro]] deflagrou a [[Operação Traíra]] com a finalidade de desencorajar novos ataques, a operação foi um sucesso, capturando mais de 100 guerrilheiros e recuperando todo o armamento perdido.
 
== Proposta das FARC de governo ==
As FARC propõe 4 reformas nas negociações de paz das quais:<ref>[{{citar web|url=http://www.telesurtv.net/articulos/2013/04/24/farc-presenta-cuatro-propuestas-para-reformar-estado-colombiano-7537.html |titulo=FARC presenta cuatro propuestas para reformar Estado colombiano] |data=24 de abril de 2013. |acessodata=|publicado=Telesur.|ultimo=|primeiro=|lingua=es|wayb=20130512131227}}</ref>
 
# criação da assembleia nacional constituinte na Colômbia aprovada por referendo.