Museu Nacional de Machado de Castro: diferenças entre revisões
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==Histórial==
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O decreto que determinou a criação do Museu Nacional de Machado de Castro data de 1911. A abertura ao público aconteceu a 11 de Outubro de 1913, tendo António Augusto Gonçalves como primeiro diretor (1913-1928). Os objetivos iniciais do museu eram diversos dos atuais, destinando-se, nas palavras do diretor, a "''oferecer ao estudo público coleções e exemplares da evolução da história do trabalho nacional''", devendo ser ampliado com uma "''secção de artefactos modernos destinada à educação do gosto público e à aprendizagem das classes operárias''". Prescrevia-se ainda que o Museu da Sé, o primeiro museu de arte sacra aberto em Portugal (1884) e que a Lei de Separação do Estado das Igrejas nacionalizara um mês antes, passaria a constituir uma secção do Museu Machado de Castro.<ref name="Identidade">{{citar web|URL=http://museumachadocastro.pt/pt-PT/museu/ContentDetail.aspx?id=593 |título=Definição de uma Identidade|autor=|data=|publicado=Museu Nacional de Machado de Castro |acessodata=07-11-2014}}</ref>
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Ficheiro:ForumRomanoDeCoimbra1.jpg|Criptopórtico romano
Ficheiro:ForumRomanoDeCoimbra3.jpg|Criptopórtico romano
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A coleção arqueológica do museu não é muito vasta, provindo na sua maioria de pontos importantes da época romana na parte alta da cidade de Coimbra: muralha e necrópole, centro forense, quarteirão habitacional localizado no topo da colina (atual pátio da Universidade) e outro a oeste do Forum, escavações do criptopórtico, etc. A coleção foi constituída a partir de 1873 e inclui objetos em pedra, bronze, ferro e cerâmica.<ref name="roteiro" />
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A nível da escultura o Museu Nacional de Machado de Castro possui uma coleção de referência que abrange um longo período de tempo: do século XI ao século XVIII. "''O núcleo português é o mais importante e vasto, integrando, além de escultura de pedra – em maior número –, muitas obras de terracota e madeira. Abarca vários séculos e tendências artísticas, testemunhando a existência de uma tradição escultórica que converteu a região num dos maiores centros de produção do país''". Maioritariamente constituída por esculturas de temática religiosa, a coleção do MNMC inclui o núcleo mais representativo da produção escultórica de Coimbra dos séculos XIV a XVI, frequentemente em pedra de Ançã, destacando-se algumas das obras primas da escultura portuguesa da época, entre as quais ''Cristo Morto no Túmulo'' (proveniente do [[Mosteiro de Santa Clara-a-Velha]]) e o ''[[Cristo Negro (escultura)|Cristo Negro]]'' (proveniente do [[Mosteiro de Santa Cruz]]), ambas de autor desconhecido. <ref name="roteiro" />
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Entre os autores representados assinalem-se: [[Mestre Pero]] (o escultor do túmulo da [[Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal|Rainha Sta. Isabel]], [[Convento de Santa Clara-a-Nova]]); [[Gil Eanes (escultor)|Gil Eanes]]; [[João Afonso (escultor)|João Afonso]]; [[Diogo Pires, o Velho|Diogo Pires-o-Velho]]; [[Diogo Pires, o Moço|Diogo Pires-o-Moço]]; [[João de Ruão]]; [[Nicolau de Chanterene]] / [[Mestre dos Túmulos Reais]] ("''persiste alguma confusão entre a obra de Chanterenne e a do hipotético Mestre dos Túmulos Reais''"<ref>{{citar web|URL=http://www.museumachadocastro.pt/pt-PT/coleccoes/ContentDetail.aspx?id=615|título=Escultura|autor=|data=|publicado=Museu Nacional de Machado de Castro |acessodata=08-11-2014}}</ref>); [[Hodart]] (''Última Ceia'', em terracota). A coleção inclui também alguns exemplares de escultura flamenga importada (como o ''Retábulo da natividade'', séc. XVI) e de mestres radicados em Coimbra como [[Olivier de Gand]]. A produção do século XVII é representada por obras em madeira, incluindo o Retábulo de Nossa Senhora da Conceição, obra do escultor portuense [[Manuel da Rocha]] e um grupo de esculturas de [[Frei Cipriano da Cruz]] (destaque-se a sua ''Pietá'', 1685-1690), entre outras obras de artistas ainda não identificados. A escultura do século XVIII está representada por esculturas em pedra que [[Claude Laprade]] realizou para a [[Universidade de Coimbra]], figuras de [[presépio]] em terracota e esculturas em madeira atribuíveis à escola de Machado de Castro.<ref name="roteiro" />
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As pinturas portuguesas abarcam um importante arco cronológico. Do século XV datam a ''Senhora da Rosa'', de autor anónimo, e o políptico de [[Clara de Assis|Santa Clara]], obra de uma oficina de mestre identicamente anónimo que laborou para Coimbra e [[Aveiro]]. A produção da primeira metade do século XVI é representada por obras dos chamados Mestres de Ferreirim, nomeadamente pinturas do retábulo da [[capela-mor]] do Mosteiro de [[Santa Cruz de Coimbra]] de [[Cristóvão de Figueiredo]] e o ''Tríptico da aparição de Cristo à Virgem'', de [[Garcia Fernandes]]; entre outras peças, pinturas como ''Assunção da Virgem'', da oficina dos [[Mestre do Sardoal|Mestres do Sardoal]] (atualmente identificada com a oficina, sediada em [[Coimbra]], de Vicente Gil, continuada pelo seu filho Manuel Vicente e pelo neto Bernardo Manuel). A segunda metade do século XVI é representada, entre outras, por obras maneiristas realizadas para Conventos e Igrejas de [[Coimbra]] pela dupla [[Simão Rodrigues (pintor)|Simão Rodrigues]] e [[Domingos Vieira Serrão]]. A pintura do [[século XVII]] encontra-se representada por importantes pinturas de [[Josefa de Óbidos]], [[Bento Coelho da Silveira]] e Manuel Henriques. A colecção de pintura do [[século XVIII]] inclui obras de relevo de [[André Gonçalves (pintor)|André Gonçalves]] e [[Pedro Alexandrino de Carvalho]].<ref name="roteiro" />
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* Ourivesaria / Joalharia – O acervo inclui uma importante coleção de ourivesaria sacra dos séculos XII a XVIII, incluindo algumas das obras-primas da ourivesaria portuguesa, como o cálice de D. Gueda Mendes do século XII, o tesouro da [[Rainha Santa Isabel]], a Custódia manuelina da Sé de Coimbra (1527) e a Custódia do Sacramento (século XVIII). No que respeita à joalharia, o acervo é essencialmente constituído por peças dos séculos XVI a XVIII provenientes de casas religiosas onde deram entrada enquanto dote de [[noviça]], oferenda, doação régia ou legado.<ref name="roteiro" />
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* Têxteis / Mobiliário / Cerâmica – o MNMC possui importantes núcleos de têxteis de função religiosa ([[Veste litúrgica|paramentaria litúrgica]] dos séculos XVI-XIX), mas também um extenso núcleo de amostras de tecidos que inclui fragmentos raros datados dos séculos XIV e XV. Tapetes orientais e de Arraiolos, uma tapeçaria flamenga (''Vénus e Marte surpreendidos por Vulcano'') e diversas colchas completam o acervo. A coleção de mobiliário situa-se entre os {{séc
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