Islamismo: diferenças entre revisões

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Desconhece-se de onde deriva a palavra sufismo (em [[Língua árabe|árabe]]: ''tasawwuf''). O termo poderá provir de ''sūf'', "[[lã]]", o que se encontra relacionado com o facto de os primeiros sufis vestirem roupas feitas com o material, imitando os [[asceta]]s [[Cristianismo|cristãos]] da [[Síria]] e da [[Palestina (região)|Palestina]]. Outra teoria procura relacionar sufismo com a palavra árabe ''safa'', que significa "pureza".<ref>Jamal J. Elias, ''Islamismo'', Lisboa, Edições 70, 2003, p. 53</ref>
 
O sufismo já existia como movimento no primeiro século do islão. Para os sufis, o próprio profeta [[Maomé]] seria um deles, já que levaria uma vida extremamente simples, tendo por hábito retirar-se de [[Meca]] para meditar numa [[caverna]], tendo estabelecido uma relação próxima com Deus. Um dos primeiros representantes do sufismo foi [[Haçane de Baçorá]] {{nwrap||642|728}}, que rejeitou o materialismo do mundo e criticou os soberanos omíadas. Saliente-se ainda deste período inicial uma mulher, Rabi'ah al-Adawiyah (? - 801), cujo amor por Deus leva-a a excluir o apego ao mundo. Desde os séculos XII e XIII, os sufis organizam-se em ordens ou irmandades (''tariqas''), que seguem os métodos de realização espiritual ensinados por determinados mestres (os [[Xeque (título)|xeque]]s ou ''pirs'')." As ordens sufis podem ser encontradas quer no sunismo, quer no xiismo. O sufismo foi por vezes entendido pelas autoridades ortodoxas muçulmanas como uma ameaça, tendo os seus líderes e adeptos sido alvo de perseguições. O sufismo tem sido igualmente criticado devido ao facto de alguns dos seus mestres terem alcançado um estatuto de santo, tendo sido erguidos santuários nos locais onde nasceram ou faleceram, que se tornaram locais de peregrinações.<ref>[[Mateus Soares de Azevedo]], ''Iniciação ao Islã e Sufismo'', Rio de Janeiro, Record, 2001, , pp. 57-85</ref>
 
=== Fundamentalismo e radicalismo ===