RMS Titanic: diferenças entre revisões

O ângulo do ''Titanic'' começou a aumentar rapidamente por volta dàsdas 2h15min já que a água estava entrando em partes anteriormente intactas através de escotilhas abertas.<ref>{{citar livro|autor=Barratt, Nick|título=Lost Voices From the Titanic: The Definitive Oral History|local=Londres|editora=Random House|ano=2010|página=131|isbn=978-1-84809-151-1 }}</ref> O aumento súbito do ângulo criou uma onda que varreu a parte dianteira do convés dos botes, jogando várias pessoas na água. Aqueles que estavam tentando lançar os botes desmontáveis A e B também foram levados pela onda junto com os barcos.<ref name=lynch >{{citar livro|autor=Lynch, Donald|título=Titanic: An Illustrated History|local=Nova Iorque|editora=Hyperion|ano=1998|páginas=117, 189|isbn=978-0-7868-6401-0 }}</ref> A popa do navio se ergueu no ar enquanto a proa ficou totalmente submersa, com sobreviventes afirmando terem ouvido um enorme estrondo vindo de dentro da embarcação. Após mais um minuto as luzes do ''Titanic'' piscaram e se apagaram completamente, deixando todos na escuridão.<ref>{{harvnb|Barczewski|2006|p=28}}</ref>

O navio estava sendo sujeito a forças opostas extremas – a proa inundada puxando-o para baixo enquanto o ar dentro da popa o mantinha na superfície – que se concentraram em uma das áreas mais fracas da superestrutura, a área perto da junta de expansão traseira. O navio se partiu em dois perto da terceira chaminé pouco depois das luzes terem se apagado. A proa permaneceu ligada com a popa pela quilha durante um curto período, puxando a segunda parte até um ângulo bem alto antes de se soltar, deixando a popa flutuando. Ela balançou enquanto vários compartimentos eram inundados até chegar a uma posição quase vertical, onde permaneceu por alguns momentos. O ''Titanic'' finalmente afundou por completo à aproximadamente às 2h20min, duas horas e quarenta minutos depois da colisão.<ref>{{harvnb|Halpern & Weeks|2011|p=119}}</ref>

Imediatamente em seguida, centenas de passageiros e tripulantes foram deixados para morrer no mar congelante, cercados por destroços que tinham se tinham desprendido do navio e passaram a ser usados como boias.<ref>{{harvnb|Butler|1998|p=139}}</ref> Algumas das pessoas morreram quase instantaneamente de um [[infarto agudo do miocárdio]] causado pelo repentino estresse no sistema cardiovascular. Outros progrediram pelos sintomas clássicos de [[hipotermia]]: primeiro tremores extremos pelo corpo, seguido pela diminuição e enfraquecimento dos batimentos cardíacos até aà perda de consciência e por fim a morte.<ref name=beca />

Aqueles nos botes ficaram horrorizados pelo som das pessoas gritando e pedindo ajuda; o terceiro oficial Pitman no bote n.º 5 mais tarde afirmaria que os gritos o traumatizaram pelo restante da vida.<ref> {{citar web|url=http://www.titanic-titanic.com/herbert_pitman.shtml|título=Third Officer Herbert John Pitman of the Titanic|publicado=Titanic-Titanic.com|acessodata=30 de julho de 2015 }} </ref> Muitos ocupantes debateram se deveriam voltar e resgatar os náufragos. Alguns botes que estavam perto do navio na hora do naufrágio conseguiram pegar algumas pessoas, como o n.º 4<ref>{{citar web|url=http://www.titanicinquiry.org/BOTInq/BOTInq05Ranger01.php|título=British Wreck Commissioner's Inquiry Day 5: Testimony of Thomas Ranger|obra=Titanic Inquiry Project|acessodata=8 de outubro de 2015 }}</ref> e o desmontável D. Em todos os outros, os sobreviventes decidiram contra o retorno, provavelmente pelo medo de que os náufragos emborcassem os barcos.<ref>{{harvnb|Bartlett|2011|pp=226–227}}</ref> O único a voltar foi o n.º 14 do quinto oficial Lowe, que transferiu os ocupantes de seu bote para outros dois e partiu em busca de sobreviventes, eventualmente resgatando cinco pessoas que tinham conseguido permanecer fora da água congelante.<ref>{{harvnb|Bartlett|2011|p=230}}</ref><ref>{{harvnb|Butler|1998|pp=144–145}}</ref>