Kim Jong-il: diferenças entre revisões

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==Vida==
Segundo um relatório soviético, Kim nasceu com o nome de Yuri Irsenovich Kim, em 1941, na vila de [[Vyatskoye]], no sul de [[Krai de Khabarovsk]], filho de [[Kim Il-sung]], na época um líder de guerrilha contra a [[Ocupação japonesa da Coreia|ocupação japonesa]], e Kim Jong-suk, uma ativista e também guerrilheira. Muitos dados de sua infância e adolescência não são sabidos ao certo e muita informação que circula vêm da propaganda estatal da Coreia do Norte. O governo oficial de [[Pyongyang]] diz que, na verdade, Kim nasceu na [[Montanha Baekdu]], em 1942. Em setembro de 1948, seu pai, [[Kim Il-sung]], foi empossado como líder supremo da Coreia do Norte pelo governo da [[União Soviética]]. Na sua infância, foi educado na Escola Revolucionária Mangyongdae e depois se formou na [[Universidade Kim Il-sung]]. É dito que recebeu educação em inglês na [[Universidade de Malta]] no começo da década de 1970.<ref name="profile">{{citecitar newsjornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1907197.stm|titletítulo=Profile: Kim Jong-il|publisherpublicado=BBC News|datedata=16 de janeiro de 2009|accessdateacessodata=28 de dezembro de 2011}}</ref>
 
Em 1974, seu pai e ditador do país, [[Kim Il-sung]], o apontou formalmente como seu sucessor. Em 1980, após alguns trabalhos burocráticos de governo e em embaixadas pela Europa, Kim Jong-il assumiu o controle do partido no 6ª Congresso do [[Partido dos Trabalhadores da Coreia|PTC]]. Dois anos depois, foi tornado público seu apontamento como herdeiro aparente do cargo de Líder Supremo. Em julho de 1994, Il-sung faleceu e Kim Jong-il oficialmente ocupou a posição de comandante-em-chefe da Coreia do Norte.<ref name="profile" />
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Kim Jong-il era oficialmente designado "''Líder Supremo''" (e também chamado "Querido Líder", "Comandante Supremo" e "Nosso Pai"), e a referência à sua figura estava presente em quase todas as esferas da vida cotidiana norte-coreana, promovida por um ferrenho [[culto à personalidade]] que não admitia [[oposição (política)|oposição]]. Por esse motivo, Kim Jong-il era reconhecido por muitos estrangeiros como o [[Chefe de Estado|chefe de estado]] mais [[Totalitarismo|totalitário]] do planeta.
 
Durante o governo de Kim Jong-il, a Coreia do Norte sofreu com retrações e instabilidade econômica, geradas pelas sanções internacionais, má gestão e corrupção. [[Grande fome na Coreia do Norte|Fome]] se tornou um problema crônico e os índices de pobreza, que já eram altos, alcançaram novos patamares. Assim como no governo do seu pai, a situação de [[Direitos humanos na Coreia do Norte|direitos humanos]] era precária e Kim não tolerava oposição ao seu regime, caçando dissidentes dentro e fora dos territórios nacionais, com expurgos no partido e exército sendo comuns. Kim ficava pessoalmente envolvido no engajamento de [[terrorismo de Estado]] por parte do seu governo e continuou e fortaleceu a política de ''[[Songun]]'' ("exército primeiro"), que destinava como prioridade boa parte dos já poucos recursos do país para as forças armadas, em detrimento de outros setores. O governo de Kim viu algumas tentativas de reforma econômica para tentar sanar a difícil situação que a Coreia do Norte passava, incluindo a reabertura da [[Região Industrial de Kaesong]] em 2003. Boa parte dessas reformas não trouxeram resultados, e o país continuou empobrecido e atrasado, além de ser reconhecido como um [[Estado pária|pária internacional]], isolado e jogado no ostracismo. Ainda assim, o regime conseguia se segurar financeiramente, principalmente pela corrupção e pelo pequeno, porém vital, apoio vindo da China e da Rússia.<ref>Kleiner, Jürgen (2001). ''Korea, a Century of Change. River Edge: World Scientific''. ISBN 978-981-279-995-1.</ref><ref>{{citecitar newsjornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/8279830.stm|publisherpublicado=BBC News|titletítulo=N Korea constitution bolsters Kim|accessdateacessodata=7 de maio de 2010|firstprimeiro =Jill|lastúltimo =McGivering}}</ref>
 
Para tentar proteger seu país e seu governo, Kim Jong-il deu ênfase ao [[programa nuclear norte-coreano]], o que levou a mais sanções econômicas, isolamento e ameaças das potências estrangeiras. Segundo analistas em política internacional, o programa de armas nucleares de Kim tinha como objetivo reassegurar a posição da Coreia do Norte na mesa de negociações numa possível negociação de [[Reunificação da Coreia|reunificação das Coreias]], enquanto também lhe dava um meio para extorquir dinheiro e ajuda humanitária dos países vizinhos.<ref>[https://www.foreignaffairs.com/articles/north-korea/2017-05-23/atoms-pyongyang "Atoms for Pyongyang"], Foreign Affairs, 14 de junho de 2017.</ref>
 
Em [[junho]] de [[2009]], noticiou-se que o líder da Coreia do Norte nomeara seu filho mais novo, o general [[Kim Jong-un]], para lhe suceder, o que faria da Coreia do Norte um regime de controle hereditário. Os dois, a partir de 2011, passaram a ser vistos juntos em eventos de governo e paradas militares.<ref>{{citecitar web|lastúltimo =Laurence|firstprimeiro =Jeremy|url=https://www.reuters.com/article/2011/09/09/us-korea-north-parade-idUSTRE7881UC20110909|titletítulo=North Korea military parade shows leader's succession on course|agencyagência=Reuters|datedata=9 de setembro de 2011|accessdateacessodata=19 de abril de 2013}}</ref>
 
==Morte==
A saúde de Kim Jong-il estaria deteriorada desde 2008. Ele teria sido diagnosticado, em 2003, com [[Diabetes mellitus|diabetes]] e com outros problemas, especialmente neurológicos. Em agosto de 2008, tereia colapsado por conta de uma [[hemorragia intracerebral]].<ref>[http://www.japantoday.com/category/kuchikomi/view/north-koreas-kim-died-in-2003-and-was-replaced-by-lookalike-says-waseda-profesor "N Korea's Kim died in 2003; replaced by lookalike, says Waseda professor"], ''Japan Today'', 24 de agosto de 2008.</ref> Isso o forçou a cortar suas aparições públicas ao mínimo possível. Em 2010, foi reportado que ele sofria de [[epilepsia]].<ref>{{citecitar newsjornal|url=https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/8166248/WikiLeaks-US-referred-to-Mahmoud-Ahmadinejad-as-Hitler.html|titletítulo=WikiLeaks: US referred to Ahmadinejad as 'Hitler'|workobra=The Daily Telegraph|accessdateacessodata=30 de dezembro de 2010|locationlocal=Londres|firstprimeiro =Peter|lastúltimo =Hutchison}}</ref>
 
A morte de Kim Jong-il foi anunciada publicamente pela imprensa estatal da Coreia do Norte em 19 de dezembro de 2011. Teria ocorrido em [[17 de dezembro]]. Fontes oficiais atribuíram o falecimento à "fadiga" do Líder Supremo e à "dedicação de sua vida ao povo". A agência de notícias sul-coreana [[Yonhap]], com base em informações obtidas na Coreia do Norte, divulgou que Kim Jong-il morrera de [[ataque cardíaco]] durante uma viagem.<ref>{{Citar web|título = North Korean leader Kim Jong Il dead after heart attack, state media reports - CNN.com|URL = http://www.cnn.com/2011/12/18/world/asia/north-korea-leader-dead/index.html|obra = CNN|acessadoem = 2015-11-24}}</ref> Kim Jong-il havia sofrido uma [[apoplexia]] em 2008.
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== Ver também ==
* [[História da Coreia do Norte]]
* [[Anexo:Lista de presidentes da Coreia do Norte|Lista de presidentes da Coreia do Norte]]
* [[Política da Coreia do Norte]]
* [[Relações entre Brasil e Coreia do Norte]]