Lugar de fala: diferenças entre revisões

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== Críticas ==
De acordo com as regras do debate, o conceito de "lugar de fala" seria uma forma de falácia [[Argumentum ad hominem|''ad hominem'']], pois a posição social ou os sentimentos pessoais dos sujeitos não tornam automaticamente seus argumentos verdadeiros ou falsos, válidos ou inválidos. Ou seja, imaginar que a posição social ocupada por um sujeito ou suas características físicas ou psicológicas tornariam os argumentos do mesmo válidos ou inválidos, verdadeiros ou falsos seria um claro exemplo de falácia ad hominem.
No Direito, lugar de fala é percebido conceitualmente como um resgate aos argumentos [[Argumentum ad hominem|''ad hominem'']], tidos como falácias. Significa dizer que, quando os movimentos sociais posicionam-se contrários aos discursos sobre a opressão não enunciados pelos próprios oprimidos, de certa maneira eles atacam diretamente a pessoa do discurso, colocando em dúvida o caráter do enunciador, a validade da argumentação, ou seja, retomando e legitimando a noção de argumento “ad hominem abusivo”.<ref name=":3">{{citar livro|título=Argumentar|ultimo=HEGENBERG|primeiro=Leônidas|editora=E-papers|ano=2009|local=Rio de Janeiro|páginas=400p}}</ref>
 
"Ataca-se pessoa que apresentou um argumento e não o argumento que apresentou. A falácia ''ad hominem'' assume muitas formas. Ataca, por exemplo, o carácter, a nacionalidade, a raça ou a religião da pessoa. Em outros casos, a falácia sugere que a pessoa, por ter algo tem algo a ganhar com o argumento, é movida pelo interesse. A pessoa pode ainda ser atacada por associação ou pelas suas companhias.
 
Há três formas maiores da falácia ''ad hominem'':
 
# ''Ad hominem'' (abusivo): em vez de atacar uma afirmação, o argumento ataca pessoa que a proferiu.
# ''Ad hominem'' (circunstancial): em vez de atacar uma afirmação, o autor aponta para a relação entre a pessoa que a fez e as suas circunstâncias.
# ''Tu quoque'': esta forma de ataque à pessoa consiste em fazer notar que a pessoa não pratica o que diz."<ref>{{citar web|url=https://criticanarede.com/subject.html|titulo=Fugir ao assunto|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=Stephen Downes|primeiro=}}</ref>
 
No Direito, lugar de fala é percebido conceitualmente como um resgate aos argumentos [[Argumentum ad hominem|''ad hominem'']], tidos como falácias. Significa dizer que, quando os movimentos sociais posicionam-se contrários aos discursos sobre a opressão não enunciados pelos próprios oprimidos, de certa maneira eles atacam diretamente a pessoa doque está proferindo proposições sobre o assunto em discursoquestão, colocando em dúvida o caráter do enunciador, a validade da argumentação, ou seja, retomando e legitimando a noção de argumento “ad hominem abusivo”.<ref name=":3">{{citar livro|título=Argumentar|ultimo=HEGENBERG|primeiro=Leônidas|editora=E-papers|ano=2009|local=Rio de Janeiro|páginas=400p}}</ref>
 
Segundo o [[filósofo]] [[Pablo Ortellado]], "(…) o lugar de fala indiretamente reforça na [[Esquerda (política)|esquerda]] os argumentos “[[Argumentum ad hominem|''ad hominem'']]”, interrompendo uma tradição progressista de racionalismo esclarecido. Os argumentos “''ad hominem''” são falácias condenadas desde a antiguidade clássica porque desqualificam quem fala para não precisar discutir o teor do que diz o adversário. Quando o movimento social condena discursos sobre a opressão que não são enunciados pelos próprios oprimidos, de certa maneira ele resgata e legitima uma modalidade de argumento ''ad hominem''."<ref name="nexo">{{citar periódico|último=MOREIRA |primeiro=Matheus|último2=DIAS |primeiro2=Tatiana|data=16/01/2017|titulo=O que é ‘lugar de fala’ e como ele é utilizado no debate público|url=https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/01/15/O-que-%C3%A9-%E2%80%98lugar-de-fala%E2%80%99-e-como-ele-%C3%A9-aplicado-no-debate-p%C3%BAblico|acessodata=15/12/2018}}</ref>