Osama bin Laden: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiqueta: Possível mudança indevida de nacionalidade
evite essas alterações de grafia nao consensuais; no artigo da Al-Qaeda "aportuguesado" foi questionado e rejeitado
Etiqueta: Possível mudança indevida de nacionalidade
Linha 11:
|morte_data = {{nowrap|{{morte|2|5|2011|10|3|1957|lang=ptbr}}}}<ref name=g1>{{citar web |url = http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/obama-confirma-morte-de-osama-bin-laden.html |titulo = Obama confirma morte de Osama bin Laden|data=2 de maio de 2011 |publicado = G1}}</ref><ref name=nyt>{{citar web |url = http://www.nytimes.com/2011/05/02/world/02osama-bin-laden-obituary.html |título = The Most Wanted Face of Terrorism|data=2 de maio de 2011 |publicado = The New York Times}}</ref>
|morte_local = [[Abbottabad]], [[Paquistão]]
|conhecido_por = Fundador e ex-líder da [[AlcaidaAl-Qaeda]]
|cônjuge = [[Najwa Ghanhem]] <small>(1974–antes de 2001)</small><br />Khadijah Sharif <small>(1983–década de 1990)</small><br />Khairiah Sabar <small>(1985–2011)</small><br />Siham Sabar <small>(1987–2011)</small><br />Amal Ahmed al-Sadah <small>(2000–2011)</small>
|filhos = 20 a 26
|religião = [[Islã]] ([[Uaabismo]]/[[Salafismo]])
|lealdade = [[Imagem:Flag of Jihad.svg|borda|22px]] [[Maktab al-Khidamat]] <small>(1984–1988) </small><br />[[Imagem:Flag of Jihad.svg|borda|22px]] [[AlcaidaAl-Qaeda]] <small>(1988–2011)</small>
|tempo de serviço= 1984–2011
|patente = General [[Emir]]
Linha 21:
* [[Guerra do Afeganistão (2001–presente)|Guerra do Afeganistão]]
}}
'''Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden''' ({{lang-ar|أسامة بن محمد بن عود بن لادن}}, [[Transliteração|transl.]] {{Unicode|''Usāmah Bin Muhammad bin 'Awæd bin Lādin''}}), mais conhecido como '''Osama bin Laden''' ou simplesmente '''bin Laden''' ([[Riade]], 10 de março de 1957 — [[Abbottabad]], 2 de maio de 2011 <ref group=nota>Dependendo do fuso horário, a data da sua morte pode também constar como tendo ocorrido a 1 de Maio. A data de 2 de Maio respeita o fuso horário do local onde se deu o óbito, no Paquistão.</ref>)<ref name=g1 /><ref name=nyt /> foi um dos membros [[Arábia Saudita|sauditas]] da próspera [[família bin Laden]], além de líder e fundador da [[AlcaidaAl-Qaeda]], organização [[Terrorismo|terrorista]] à qual são atribuídos vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados, dentre os quais os [[ataques de 11 de setembro de 2001]].
 
Filho de [[Muhammed bin Laden]], [[imigrante]] [[Iémen|iemenita]] pobre que se tornou o homem mais rico e poderoso da Arábia Saudita, depois do próprio [[Rei da Arábia Saudita|rei]], Osama bin Laden era o filho único de sua décima esposa, [[Hamida al-Attas]]; seus pais se divorciaram logo depois que ele nasceu (a mãe de Osama se casou com Muhammad al-Attas e o novo casal teve quatro filhos). Osama bin Laden também era referido pelos seguintes nomes: ''Usama Bin Muhammad Bin Ladin'', ''Shaykh Usama Bin Ladin'', ''The Prince'' ("O Príncipe"), ''The Emir'' ("O Emir"), ''Abu Abdallah'', ''Mujahid Shaykh'', ''[[Hajj]]'', ''The Director'' ("O Diretor").<ref>{{citar web|url=http://www.fbi.gov/wanted/terrorists/terbinladen.htm|publicado=Fbi.gov|titulo=Most Wanted Terrorists|ultimo=FBI|acessodata=12 de julho de 2009}}</ref>
 
Desde 2001, bin Laden e sua organização tinham sido os maiores alvos da [[Guerra ao Terrorismo]] dos oficiais estadunidenses e esteve entre os [[dez foragidos mais procurados pelo FBI]], encabeçando a lista. Acreditou-se que Bin Laden e seus companheiros da AlcaidaAl-Qaeda estavam escondidos próximos à costa do [[Afeganistão]] e das áreas tribais do [[Paquistão]]. Em 1 de maio de 2011, dez anos desde os [[atentados de 11 de setembro de 2001|atentados do 11 de setembro]], o Presidente [[Barack Obama]] anunciou pela televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar estadunidense em [[Abbottabad]].<ref>{{Citar periódico |url=http://www.guardian.co.uk/world/2011/may/02/osama-bin-laden-dead-obama |titulo=Osama bin Laden is dead, Obama announces |jornal=''The Guardian'' |data= 1 de maio de 2011}}</ref> Seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no mar.<ref name="bbcdead">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-us-canada-13256676|título=BBC News - Al-Qaeda leader Bin Laden 'dead' |língua=inglês|publicado=BBC.co.uk}}</ref>
== Biografia ==
=== Juventude ===
Em 1973, ainda jovem e inexperiente, entrou em contato com grupos islamitas. Após a [[Guerra do Afeganistão (1979-1989)|invasão soviética]] do [[Afeganistão]] em 1979, Osama, que era um amigo próximo do príncipe [[Turki al-Faisal]] (chefe dos serviços de inteligência da Arábia Saudita entre 1977 e 2001), e de [[Ahmed Badeeb]] (na época chefe de gabinete de serviços de inteligência da Arábia Saudita), tornou-se a principal liderança entre os cerca de 4.000 sauditas que lutaram no Afeganistão. Os sauditas foram apenas uma parte dos cerca de 100 mil combatentes estrangeiros, que foram financiados, armados e treinados pela CIA e Arábia Saudita para lutar ao lado dos fundamentalistas.<ref>[http://www.huffingtonpost.com/akbar-ganji/u-s-jihadists-relation-pa_b_5553529.html U. S. - Jihadists Relation, Part II: Waging Jihad to Defeat the Soviet Union], em inglês, acesso em 21 de setembro de 2014.</ref> Em 1984, Osama liderava uma organização denominada [[Maktab al-Khidamat]] (MAK), que arrecadava dinheiro, armas e combatentes para a guerra do Afeganistão. Em 1988, fundou a AlcaidaAl-Qaeda, juntamente com alguns ex-integrantes do MAK.<ref>[http://www.globalissues.org/article/474/bin-laden-comes-home-to-roost Bin Laden Comes Home To Roost], em inglês, acesso em 02 de outubro de 2014.</ref>
 
Existem controvérsias quanto à ligação dos estadunidenses com Bin Laden nesse confronto. Contudo, em entrevista em 2001, exibida no documentário ''[[Fahrenheit 9/11]]'', de [[Michael Moore]], o príncipe [[Bandar Bin Sultan]], embaixador saudita nos Estados Unidos na época, afirmou ter conhecido Osama Bin Laden na [[década de 1980|década de 80]], durante o citado conflito, quando o líder guerrilheiro veio lhe agradecer por toda a ajuda que a Arábia e os Estados Unidos estavam dando contra os soviéticos.
Linha 46:
=== Atentados de 7 de agosto de 1998 ===
{{Artigo principal|[[Atentados terroristas às embaixadas dos Estados Unidos na África]]}}
Em 7 de agosto de 1998 a AlcaidaAl-Qaeda utilizou carros-bomba para explodir duas embaixadas dos [[Estados Unidos]], uma no [[Quênia]] e outra na [[Tanzânia]], matando no total 256 pessoas e ferindo 5100 pessoas. Ao ser apontado no mesmo dia pelo governo dos Estados Unidos, e depois pelos governos do Quênia e Tanzânia, como o principal suspeito, Osama bin Laden tornou-se o terrorista mais procurado pelos Estados Unidos. Até esta data, era desconhecido no mundo.
 
=== Atentado de 12 de outubro de 2000 ===
Em 12 de outubro de 2000 a AlcaidaAl-Qaeda voltou a cena, perpetrando outro ataque de grande repercussão contra o navio da marinha estadunidense [[USS Cole]], que se encontrava atracado para reabastecimento no porto de [[Áden]], no [[Iêmen]]. O ataque provocou a morte de 17 militares estadunidenses, além dos dois terroristas suicidas.
 
=== Atentados de 11 de setembro de 2001 ===
{{Artigo principal|[[Atentados de 11 de setembro de 2001]]}}
Em 11 de setembro de 2001, aviões foram lançados contra as torres gêmeas em [[Nova Iorque]] e contra o [[O Pentágono|Pentágono]], em [[Washington, DC]], provocando a morte imediata de pelo menos 2754 pessoas, oriundas de 90 países distintos. Os atentados foram atribuídos à organização AlcaidaAl-Qaeda, que, até então, era pouco conhecida no mundo. Mas Bin Laden, apesar de manifestar sua aprovação aos atentados, negou seu envolvimento.<ref>{{citar web |url=http://www.nj.com/specialprojects/index.ssf?/specialprojects/huntevil/osamaa13.html|título=Bin Laden denies role in attacks, reporter says|publicado=[[Associated Press]] |data=13 de setembro de 2001}}</ref> Em comunicado distribuído por um dos seus assistentes, Abudl Samad, e divulgado pela ''[[Al Jazeera]]'', sobre os atentados, Osama bin Laden declara:
 
''"O governo dos EUA tem me acusado sistematicamente de estar por trás a cada vez que seus inimigos o atacam. Gostaria de assegurar ao mundo que eu não planejei os recentes ataques, que parecem ter sido planejados por gente que agiu por razões pessoais.'' (...) ''Vivo no Afeganistão. Sou um seguidor do 'comandante dos crentes''' [o mullah Omar], ''que não permite participar de atividades desse tipo"''.<ref>{{citar web |url=http://www.rainews24.rai.it/it/news.php?newsid=13311 |título=Attacco agli Usa: Parla bin Laden: "Non sono stato io" |publicado=[[Rai]]news |data=16 de setembro de 2001}}</ref><ref>{{citar web |url=http://archives.cnn.com/2001/US/09/16/inv.binladen.denial/ |título=Bin Laden says he wasn't behind attacks |língua=inglês|publicado=''[[CNN]]'' |data=16 de setembro de 2001}}</ref>
Linha 65:
Logo após os ataques, o governo do Afeganistão solicitou provas ao governo estadunidense sobre a autoria dos ataques, comprometendo-se a deter e entregar Bin Laden às autoridades estadunidenses, caso essas provas fossem apresentadas. O governo dos Estados Unidos nunca apresentou publicamente tais provas.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u30510.shtml|título=Taleban quer publicação de provas contra Bin Laden |publicado=''[[Folha de S.Paulo]]'' |data=6 de outubro de 2001}}</ref>
 
Em outubro de 2001, o [[George W. Bush|governo Bush]] lançou-se na chamada [[guerra contra o terrorismo]], e o Afeganistão foi escolhido como primeiro alvo dessa "cruzada contra o terror". À revelia das [[Nações Unidas]], [[Guerra do Afeganistão (2001–presente)|o país foi invadido]] pelos Estados Unidos e seus aliados, com o suposto objetivo de caçar Osama bin Laden e desmantelar a AlcaidaAl-Qaeda.
 
Em novembro de 2002, um novo texto atribuído a Osama bin Laden é publicado. Na chamada "Carta à América", são enumerados, entre os vários motivos para os ataques contra os EUA e seus aliados, o apoio dos EUA a Israel nos ataques contra os [[palestinos]], o apoio à Rússia na [[guerra da Chechênia]], a presença de bases militares estadunidenses na Arábia Saudita e a [[invasão do Iraque]]. ''"É surpreendente que mais de 1,5 milhão de crianças iraquianas tenham morrido, como resultado das suas sanções, e vocês não pareçam preocupados com isso. No entanto, quando morrem 3.000 do seu povo, o mundo inteiro se levanta e ainda não se recompôs,"'' diz a carta.<ref>{{Citar periódico |notas="It is a wonder that more than 1.5 million Iraqi children have died as a result of your sanctions, and you did not show concern. Yet when 3000 of your people died, the entire world rises and has not yet sat down."|url=http://www.guardian.co.uk/world/2002/nov/24/theobserver |titulo=Full text: bin Laden's 'letter to America' |jornal=[[The Guardian]] |data=24 de novembro de 2002}}</ref>
Linha 85:
Segundo a imprensa norte-americana, os Estados Unidos tinham evidências de que o chefe do [[ISI]], general Ahmad Shuja Pasha, sabia da presença de Bin Laden em Abbottabad.<ref>{{citar web|autor =Carlotta Gall |url=http://www.nytimes.com/2014/03/23/magazine/what-pakistan-knew-about-bin-laden.html?_r=1 |título=What Pakistan Knew About Bin Laden|website=http://www.nytimes.com |publicado=''[[The New York Times]]''}} 19 de março de 2014</ref> O exame de [[DNA]] do corpo, comparado com amostras da falecida irmã de Bin Laden, confirmou certo grau de parentesco.<ref>{{Citar periódico |titulo=Osama bin Laden Dead, U.S. Official Says |jornal=The New York Times|url=http://www.nytimes.com/2011/05/02/world/asia/osama-bin-laden-is-killed.html?hp}} 1° de maio de 2011</ref><ref name="abc death">{{citar web|url=http://abcnews.go.com/Blotter/osama-bin-laden-killed/story?id=13505703|título=Osama Bin Laden Killed by US Strike|língua=inglês|publicado=[[ABC News]]}} 1º de maio de 2011</ref>
 
Posteriormente, o presidente [[Barack Obama]] confirmou oficialmente a informação em discurso transmitido pela televisão e dirigido aos cidadãos norte-americanos.<ref name="abc death"/> Embora exames de DNA tenham demonstrado a possibilidade de o corpo pertencer a Osama Bin Laden, tais provas não são suficientes juridicamente. A inexistência de uma [[arcada dentária]], a falta de um corpo ou mesmo de fotografias do morto<ref>[http://news.yahoo.com/us-tells-court-bin-laden-photos-must-stay-221620289.html US tells court bin Laden photos must stay secret]. Por Richard Lardner. [[Associated Press]]/ Yahoo, 28 de setembro de 2011</ref> provocaram estranhamento e controvérsias sobre a finalidade da operação, no mínimo porque, para um fugitivo, é conveniente ser dado como morto. Porém, quatro dias após a morte de Bin Laden, a 6 de maio, a AlcaidaAl-Qaeda confirmou oficialmente a morte do seu líder pelas mãos dos americanos e jurou vingança.<ref name="revenge">{{citar jornal|primeiro1 =Paisley |último1 =Dodds |primeiro2 =Lolita C. |último2 =Baldor |url=http://www.foxnews.com/world/2011/05/06/al-qaida-confirms-osama-bin-ladens-death/ |título=Al-Qaida vows revenge for Osama bin Laden's death |agência=[[Associated Press]] |publicado=[[Fox News]]|data=6 de maio de 2011 |acessodata=25 de abril de 2014 }}</ref>
 
== Vídeos ==
Linha 126:
* '''2008'''
 
16 de maio - Bin Laden apelou à continuação da luta contra os Israelitas e os seus aliados e a que os muçulmanos não desistam do território palestiniano. Segundo notícia a Reuters, a mensagem de áudio, de dez minutos, foi difundida pela internet num site islamita, e é atribuída ao líder do grupo terrorista AlcaidaAl-Qaeda, «Nós vamos continuar, se [[Deus]] permitir, a luta contra os israelitas e os seus aliados, e não vamos abdicar de um simples centímetro da [[Estado da Palestina|Palestina]] enquanto existir um verdadeiro muçulmano na Terra», afirma bin Laden. Esta mensagem surgiu bem no dia em que se comemora os 60 anos de criação do [[Estado de Israel]], e em que o presidente dos [[Estados Unidos]] concluiu a sua visita ao país.
 
{{referências|col=2}}
{{notas}}