Apoplexia pituitária: diferenças entre revisões

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Outras doenças que se inserem no diagnóstico diferencial podem incluir a [[encefalopatia hipertensiva]], [[cisto]] ou [[abscesso]] cerebral, [[estenose]] da [[artéria basilar]], [[encefalite]], [[neurite óptica]], [[arterite temporal]], [[trombose do seio cavernoso]], enxaqueca oftalmoplégica e a presença duma [[hemorragia intra-cerebral]].<ref>{{citar publicação|autor=Chang CV, Felicio AC, Toscanini AC, Teixeira MJ, Cunha-Neto MB|título=Pituitary tumor apoplexy|revista=Arq Neuropsiquiatr|ano=2009|pmid=19547836|língua=inglês}}</ref>
 
==Tratamento==
A primeira prioridade, quando é suspeita ou confirmada a apoplexia pituitária, é a estabilização do [[sistema circulatório]] . O défice de [[cortisol]] pode provocar hipotensão grave. Dependendo da gravidade da doença, pode ser necessário recorrer a uma [[unidade de terapia intensiva]].
 
O tratamento da insuficiência adrenal aguda requer administração intravenosa da solução salina ou soluções de [[dextrose]], com volumes superiores a dois litros para um adulto. Isto é seguido pela administração de [[hidrocortisona]], que é um medicamento substituto do cortisol, por via intravenosa ou intramuscular. A [[dexametasona]] tem propriedades semelhantes, mas o seu uso não é recomendado, a menos que seja necessário reduzir o [[edema cerebral]] ao redor da zona da hemorragia. Alguns pacientes não requerem a administração imediata de cortisol: neste caso, os níveis hemáticos de cortisol são determinados pelas 9:00 da manhã, pois os níveis variam ao longo do dia. Um nível abaixo de 550 nmol/l indica a necessidade de administração do medicamento.
 
A decisão de descomprimir a glândula pituitária é complexa e depende principalmente da gravidade da perda visual e distorção no campo visual. Se a acuidade visual for muito reduzida, se existem deficiências importantes no campo visual ou o nível de consciência diminui constantemente, as directrizes recomendam [[cirurgia|intervenção cirúrgica]]. Na maioria dos casos, as intervenções na glândula pituitária são realizadas através de [[cirurgia transesfenoidal]]. Neste processo, os instrumentos cirúrgicos são passados através do [[nariz]] para o [[osso esfenóide]] que é perfurado para dar acesso à cavidade que contém a glândula pituitária. A cirurgia é geralmente a melhor estratégia para melhorar a capacidade visual. A probabilidade de sucesso é maior se a cirurgia for realizada dentro de uma semana do início dos sintomas.
 
Os pacientes com perda relativamente baixa do campo de visão podem ser controlados de forma moderada, com a observação cuidada do [[acordar|nível de consciência]], do campo visual e com monitoramento constante dos resultados dos [[exame de sangue|exames de sangue]] de rotina. Em caso de deterioração, ou se a melhora prevista não ocorrer, pode ser indicada cirurgia. Se ocorrer apoplexia num tumor produtor de [[prolactina]], pode ser necessário tratamento com [[Agonista de dopamina|agonistas dopaminérgicos]].
 
No fim do tratamento, os pacientes são inseridos num programa de ''[[follow-up]]'' contínuo. Se alguns tecidos cancerígenas permanecerem após a cirurgia, pode ter que ser indicada um nova cirurgia ou [[radioterapia]] com uma "[[Gamma Knife]]".
 
{{Referências}}