Heteronormatividade: diferenças entre revisões

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A heteronormatividade tem sido usada na exploração e crítica em [[norma social|normas]] tradicionais de [[sexo]], [[identidade de gênero]], [[papel social de gênero]] e [[sexualidade]], e das implicações sociais destas instituições. Ela é descritiva de um sistema [[dicotomia|dicotômico]] de categorização que vincula diretamente comportamento social e autoidentidade com a [[genitália]] do indivíduo. Isto significa (entre outras coisas) que, visto que existem conceitos estritamente definidos de virilidade e feminilidade, existem paralelamente comportamentos esperados tanto de homens quanto de mulheres.
 
Originalmente concebido para descrever as normas contra as quais os [[não-Não heterossexual|não- heterossexuais]] lutam, o termo rapidamente incorporou-se tanto no debate de [[Género (ciências sociais)|gênero]] quanto no de [[transgênero]]. Também é frequentemente usado em debates [[pós-moderno|pós-modernistas]] e [[feminismo|feministas]]. <!-- Citar exemplos --> Aqueles que usam este conceito frequentemente apontam para as dificuldades enfrentadas pelos que mantém um ponto de vista dicotômico da sexualidade, pela presença de exceções claras—de ''[[freemartin]]s'' (fêmeas estéreis) no mundo bovino a seres humanos [[intersexualidade|intersexuais]] com características sexuais de ambos os sexos. Estas exceções são tomadas como evidências diretas de que nem o sexo nem o gênero são conceitos que possam ser reduzidos a uma proposição de ou-este/ou-aquele.
 
Numa sociedade heteronormativa, a escolha binária entre macho e fêmea para [[identidade de gênero]] é encarada como conduzindo a uma falta de escolha possível quanto ao papel de gênero e identidade sexual de alguém. Também, incluídas nas normas estabelecidas pela sociedade para ambos os gêneros está o requisito de que os indivíduos deveriam sentir e expressar desejo somente por parceiros do sexo ''oposto''. Na obra de [[Eve Kosofsky Sedgwick|Eve Sedgwick]], por exemplo, este emparelhamento heteronormativo é visto como definindo exclusivamente a orientação sexual de alguém em termos do sexo e gênero da pessoa que ela escolhe para fazer sexo, ignorando outras preferências que se possa ter relativas ao sexo.<ref>[[Eve Kosofsky Sedgwick]], ''The Epistemology of the Closet''.</ref>