Usuário(a):Bruna Aparecida Balduino/Educação inclusiva para deficientes auditivos: diferenças entre revisões

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O tema '''Educação Inclusiva para deficientes auditivos''' merece atenção, uma vez que, as crianças e adolescentes com perda auditiva, necessitam de abordagens especializadas individuais e infraestrutura acadêmica para a concretização do processo inclusivo de ensino-aprendizagem com qualidade.
A [[Inclusão|'''inclusão''']]''',''' descrita pelo dicionário online<ref>{{Citar web|titulo=Consulte o significado / definição de inclusão no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo.|url=https://dicionario.priberam.org/inclusão|obra=dicionario.priberam.org|acessodata=2019-02-13|lingua=pt-br|primeiro=Priberam Informática|ultimo=S.A}}</ref> como ato ou efeito de incluir e acrescentar, trata-se de um sentido extenso que não se limita apenas à escola, mas, refere-se a todas as áreas que uma determinada pessoa, ou grupo,ocupam, seja no âmbito acadêmico, profissional, pessoal ou social<ref>{{Citar periódico|ultimo=Oliveira|primeiro=Ana Lucia Carvalho Santos|data=2008|titulo=Inclusão: direito de todos|url=http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1619|jornal=Inclusão Social|lingua=pt-BR|volume=3|numero=1|issn=1808-8678}}</ref>.
 
A [[Inclusão|'''inclusão''']]''',''' descrita pelo dicionário online<ref>{{Citar web|titulo=Consulte o significado / definição de inclusão no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo.|url=https://dicionario.priberam.org/inclusão|obra=dicionario.priberam.org|acessodata=2019-02-13|lingua=pt-br|primeiro=Priberam Informática|ultimo=S.A}}</ref> como ato ou efeito de incluir e acrescentar, trata-se de um sentido extenso que não se limita apenas à escola, mas, refere-se a todas as áreas que uma determinada pessoa, ou grupo,ocupam, seja no âmbito acadêmico, profissional, pessoal ou social<ref>{{Citar periódico|ultimo=Oliveira|primeiro=Ana Lucia Carvalho Santos|data=2008|titulo=Inclusão: direito de todos|url=http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1619|jornal=Inclusão Social|lingua=pt-BR|volume=3|numero=1|issn=1808-8678}}</ref>. Contudo, apresenta-se de forma mais clara no ambiente escolar.
Nos últimos anos, em especial a partir da criação da [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]] no ano de 1988<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, do surgimento do [[Estatuto da Criança e do Adolescente]], Lei Nº 8.069 em 1990<ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, e da [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional|Lei de Diretrizes e Bases da Educação]] (LDB) Lei Nº 9.394 - 1996<ref name=":2">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, a inclusão escolar de alunos com deficiência têm sido um assunto discutido e vivenciado em pesquisas, debates e, mesmo que parcialmente, nas escolas comuns de todo o país. Além destes documentos legais, o lançamento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva realizada, pelo [[Ministério da Educação|Ministério da Educação (MEC),]] em 2008<ref>{{citar periódico|ultimo=Brasil|primeiro=Ministério da Educação|data=jan./jun. 2008.|titulo=Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.|url=http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192|jornal=Inclusão: revista da educação especial,|volume=4|numero=1|acessodata=13/02/2019}}</ref>, ampliou o atendimento aos educandos com deficiência na rede pública de ensino e nas salas de aula comuns, reduzindo o número de matriculas de alunos com deficiência em escolas ou classes especiais, culminando em conquistas de direitos relativas ao campo da educação em decorrência da construção de leis que passaram a assegurar a pessoa com deficiência o direito à educação pública e gratuita preferencialmente, na rede regular de ensino e quando necessário à educação adaptada às suas necessidades educacionais especiais.
 
Nos últimos anos, em especial a partir da criação da [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]] no ano de 1988<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, do surgimento do [[Estatuto da Criança e do Adolescente]], Lei Nº 8.069 em 1990<ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, e da [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional|Lei de Diretrizes e Bases da Educação]] (LDB) Lei Nº 9.394 - 1996<ref name=":2">{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>, a inclusão escolar de alunos com deficiência auditiva têm sido um assunto discutido e vivenciado em pesquisas, debates e, mesmo que parcialmente, nas escolas comuns de todo o país. Além destes documentos legais, o lançamento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva realizada, pelo [[Ministério da Educação|Ministério da Educação (MEC),]] em 2008<ref>{{citar periódico|ultimo=Brasil|primeiro=Ministério da Educação|data=jan./jun. 2008.|titulo=Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.|url=http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192|jornal=Inclusão: revista da educação especial,|volume=4|numero=1|acessodata=13/02/2019}}</ref>, ampliou o atendimento aos educandos com deficiência auditiva na rede pública de ensino e nas salas de aula comuns, reduzindo o número de matriculas de alunos com deficiênciasurdos em escolas ou classes especiais, culminando em conquistas de direitos relativas ao campo da educação em decorrência da construção de leis que passaram a assegurar a pessoa com deficiência o direito à educação pública e gratuita preferencialmente, na rede regular de ensino e quando necessário à educação adaptada às suas necessidades educacionais especiais.
Embora no Brasil os ensinos de nível infantil, fundamental, médio e superior sejam assegurados pelas instituições Governamentais, Estaduais e Federais, com garantia de direito à todos, independentemente de raça, cor, classe social, poder aquisitivo ou deficiência, na prática, observa-se uma realidade diferente. Nem todos possuem o mesmo acesso a educação, ou, pelo menos, não com as garantias inclusivas conforme previsto em Lei<ref>{{Citar periódico|ultimo=BEZERRA|primeiro=GIOVANI FERREIRA|data=2017-06|titulo=A inclusão escolar de alunos com deficiência: uma leitura baseada em Pierre Bourdieu|url=http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782017226924|jornal=Revista Brasileira de Educação|volume=22|numero=69|paginas=475–497|doi=10.1590/s1413-24782017226924|issn=1413-2478}}</ref>.
 
Embora no Brasil os ensinos de nível infantil, fundamental, médio e superior sejam assegurados pelas instituições Governamentais, Estaduais e Federais, com garantia de direito à todos, independentemente de raça, cor, classe social, poder aquisitivo ou deficiência, na prática, observa-se uma realidade diferente. Nem todostodas as crianças com deficiência auditiva possuem o mesmo acesso a educação, ou, pelo menos, não com as garantias inclusivas conforme previsto em Lei<ref>{{Citar periódico|ultimo=BEZERRA|primeiro=GIOVANI FERREIRA|data=2017-06|titulo=A inclusão escolar de alunos com deficiência: uma leitura baseada em Pierre Bourdieu|url=http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782017226924|jornal=Revista Brasileira de Educação|volume=22|numero=69|paginas=475–497|doi=10.1590/s1413-24782017226924|issn=1413-2478}}</ref>.
Um exemplo desta realidade foi registrado no ano de 2018. De acordo com os dados disponibilizados pelo [[Censo Escolar]] da Educação Básica, divulgado pelo [[Ministério da Educação (MEC)]], houve um aumento nos índices de matrícula de pessoas com deficiência em classes regulares, o qual passou de 85,5% em 2013 para 90,9% em 2017. Apesar do crescimento consecutivo ao longo dos anos, grande parte das escolas ainda possuem infraestrutura insuficiente para o atendimento educacional especializado desta população. Somente 26,1% dos alunos matriculados nas creches, 25,1% nas pré-escolas, 29,8% no ensino fundamental e 46,7% no ensino médio, conseguem utilizar os serviços de inclusão com qualidade, acessibilidade, integralidade e equidade<ref>{{Citar web|titulo=censo escolar - Ministério da Educação|url=http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/32124?start=40|obra=portal.mec.gov.br|acessodata=2019-02-13}}</ref>.
 
AUm deficiênciaexemplo auditivadesta acometidarealidade nasfoi fasesregistrado infantilno e juvenil destaca-se entre as alterações que necessitamano de abordagens2017. especializadasDe individuais e infraestrutura acadêmica para a concretização do processo de ensino-aprendizagemacordo com qualidade.os Entretanto, conforme uma pesquisadados realizadadisponibilizados pela Folha de São Paulo em novembro de 2017<ref>{{Citar web|titulo=Redução de 'novos surdos' e evasão explicam tema da redação do Enem - 10/11/2017 - Educação|url=http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/11/1934293-reducao-de-novos-surdos-e-evasao-explicam-tema-da-redacao-do-enem.shtml|obra=Folha de S.Paulo|acessodata=2019-02-13}}</ref> o Brasil teve uma redução de 23% de alunos com deficiência auditiva matriculados no ensino regular entre os anos de 2011 a 2016. Estes dados revelam que o aprendizadoprocesso de inclusão e ensino-aprendizagem de alunos com deficiência auditiva ainda é um grande desafio que resulta em altos índices de desistências, reprovas, evasões escolares e sofrimento dos estudantes surdos. Ademais, esboçam um quadro que se estende desde à escassez de recursos, estrutura e apoio financeiro financeiro governamental, até o despreparo dos professores, à falta de conhecimento, contato, experiencia, comprometimento e capacitação, os currículos inapropriados e a ausência de interesse na busca de novos caminhos e estratégias específicas para lidar com o ensino-aprendizado desta população. Tal problemática gerou preocupações e culminou na escolha do tema para o [[Exame Nacional do Ensino Médio|Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM]] do ano de 2017, o qual abordou este assunto como proposta de redação evidenciando a importância de se refletir sobre os desafios que acarretam a inclusão e a formação educacional de surdos no Brasil.
 
Levando em conta que o ato de incluir isoladamente não garante a participação do aluno surdo no meio acadêmico, torna-se obrigação da comunidade escolar investir e desenvolver estratégias para a promoção da inclusão das crianças com deficiência auditiva, com vistas a ampliar o crescimento infantil nos aspectos linguístico, físico, psicológico, social, intelectual e cultural. Entre as estratégias cabíveis a esta comunidade, lista-se o desenvolvimento de projetos e palestras de conscientização do tema destinadas aos alunos, professores e pais, a oferta de cursos de extensão e capacitação voltada ao corpo docente, e contato com uma rede multidisciplinar composta por professores, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos responsáveis pelas trocas de informação e conhecimento acerca do desenvolvimento e aprendizado destes alunos. Caso necessário, torna-se fundamental, também, a presença de um interprete facilitador do aprendizado e acompanhamento do aluno surdo. A educação é a base para uma sociedade justa, se esta linha de raciocínio for rigorosamente seguida, certamente o país alcançará um ensino de qualidade à todos.