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Texto que está hoje na Wikipedia: '''O IRB Brasil RE (antigo Instituto de Resseguros do Brasil)''' é uma empresa privada que atua no mercado de [[Resseguro|ressegurosresseguro]]s, estando entre as 10 maiores resseguradoras do mundo em valor de mercado e líder na América Latina[[Instituto<ref>{{Citar web|titulo=IRB faz um ano de Ressegurosbolsa doe Brasil#cite%20notevira líder na América Latina|url=https://www.valor.com.br/financas/5785259/irb-faz-um-ano-de-bolsa-e-vira-lider-na-america-2latina|<sup>[1]obra=Valor Econômico|data=2018-08-29|acessodata=2019-02-14|lingua=pt-br}}</supref>]].
O '''IRB Brasil RE''' é uma empresa privada, líder em resseguros na América Latina e está entre os dez maiores resseguradores do mundo em valor de mercado: 28 bilhões (fevereiro/2019).
 
Criado em [[1939]] por [[Getúlio Vargas]], o IRB tinha o objetivo de concentrar nas empresas nacionais o [[resseguro]] do país, através da própria empresa e de sua política de [[retrocessão]], em que a maior parte do risco era repartido entre as [[seguradora]]s nacionais.
Texto que está hoje na Wikipedia: '''O IRB Brasil RE (antigo Instituto de Resseguros do Brasil)''' é uma empresa privada que atua no mercado de [[Resseguro|resseguros]], estando entre as 10 maiores resseguradoras do mundo em valor de mercado e líder na América Latina[[Instituto de Resseguros do Brasil#cite%20note-2|<sup>[1]</sup>]].
 
Manteve seu [[monopólio]] até [[2007]], quando através de [[Lei Complementar]] o Congresso Nacional reabriu o mercado ressegurador brasileiro, e o IRB passou a ser classificado como Ressegurador Local.
Mantém a liderança em nove das 11 linhas de negócios em que atua e é referência por seus resultados expressivos, solidez financeira e conhecimento técnico. Com 80 anos de experiência, tem sede no Rio de Janeiro e escritórios em São Paulo, Buenos Aires e Londres.
 
Em [[1º de outubro]] de [[2013]] foi transformada em empresa privada, tendo como principais acionistas os três maiores grupos financeiros brasileiros, além da União. Em 2017, foi realizada a abertura de capital no Novo Mercado da [[B3 (bolsa de valores)|Bovespa]] (atual [[B3 (bolsa de valores)|B3]]).
O IRB foi criado em [[1939]] por [[Getúlio Vargas]], com o objetivo de reter no país os riscos de empresas nacionais que antes eram transferidos para o exterior. Manteve seu [[monopólio]] até [[2007]], quando, através de [[Lei Complementar]], o Congresso Nacional reabriu o mercado ressegurador brasileiro. A regulação do mercado de resseguros foi assumida pela Susep e o IRB passou a ser classificado como ressegurador local. Após a abertura do mercado de resseguros, mesmo com o aumento da concorrência, com a entrada de novos players,, o IRB continuou crescendo ano após ano, e mantém-se líder de mercado até hoje..
 
O IRB Brasil RE tem sede no [[Rio de Janeiro]] e escritórios em [[São Paulo]], [[Buenos Aires]], [[Nova Iorque]] e [[Londres]].
Em [[1º de outubro]] de [[2013]], o IRB foi privatizado, o que permitiu a empresa ser mais competitiva e mais ágil nas suas decisões, bem como buscar melhor rentabilidade dos ativos para atingir sua meta de se tornar um dos maiores resseguradores globais nos próximos anos.
 
Em 2017, a empresa concluiu a oferta pública de ações (IPO) e movimentou R$ 2 bilhões com a venda de ações dos acionistas controladores. Após um ano de companhia aberta, as ações do IRB Brasil RE foram as que mais se valorizaram em 2018 entre as empresas que compõem o IBrX 100 – índice composto pelas 100 ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro e que a companhia passou a integrar em maio de 2018.
 
O ano de 2018 foi marcado pelo crescimento de 20,4% no total de prêmios emitidos pela Companhia, alcançando R$ 6.963,9 milhões. Já o lucro líquido avançou 31,8% em 2018, alcançando R$ 1.218,8 milhões. No começo desse mesmo ano, as ações do IRB valiam R$ 32,48 e fecharam 2018 em R$ 83,46, uma valorização de 157%.
 
==História==
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Em maio de 2018, o IRB Brasil RE recebeu classificação de risco A- (excelente), com perspectiva positiva. De acordo com comunicado divulgado pela A.M. Best, empresa especializada em avaliação de riscos do segmento de seguros, o resultado reflete o forte perfil de negócios no mercado de resseguros brasileiro, além do sólido desempenho financeiro e da capitalização da empresa ajustada aos riscos.<ref>{{Citar web|titulo=A.M. Best Revisa Perspectivas do IRB Brasil Resseguros S.A. para Positivas|url=https://www.terra.com.br/noticias/dino/am-best-revisa-perspectivas-do-irb-brasil-resseguros-sa-para-positivas,b7b14e43622c64e229b7a52f1105673fpf8u1ks6.html|obra=Terra|acessodata=2019-02-14|lingua=pt-BR}}</ref>
 
==A históriapressão dapela privatização do IRB==
Em [[1998]], o instituto foi transformadotornado em [[Sociedade anônima|sociedade anônima]], passando a ser chamado '''IRB-Brasil Resseguros S.A.''' Atendendoatendendo a um objetivo que buscava melhores condições de seguros e menores custos, o governo do presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] tentou privatizar o IRB, porém uma [[Ação direta de inconstitucionalidade|ação direta de inconstitucionalidade]] impetrada pelo [[Partido dos Trabalhadores]] (PT) fez com que os leilões fossem adiados. O próprio PT viria a promover o fim do monopólio, uma década depois.
 
O Congresso Nacional aprovou, em 21 de agosto, a Emenda 13 da Constituição Federal, que extinguiu o monopólio do resseguro no Brasil. A medida consta do artigo 192 (regulamentação do sistema financeiro), no inciso II da Constituição, e elimina a expressão "órgão oficial ressegurador". A emenda precisa ser regulamentada, por lei complementar, para que o mercado de resseguro possa operar livremente.
 
A medida provisória 1.578, editada em 18 de junho de 1997, transforma o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) em uma sociedade de ações, com uma diretoria executiva organizada de forma colegiada. As ações de classe A do IRB, pertencentes ao [[Instituto Nacional do Seguro Social]] (INSS), passam para as mãos do Tesouro Nacional.
 
Desde o dia 30 de junho de 1997, o Instituto de Resseguros do Brasil passa a denominar-se IRB-Brasil Resseguros S.A. (IRB-Brasil Re). A decisão é tomada na 1ª AssembleiaAssembléia Geral de Acionistas.
 
A nova denominação do IRB-Brasil Re é ratificada no art. 59 da Medida Provisória 1.549-36, de 6 de novembro de 1997, que trata da organização da Presidência da República e dos Ministérios. A partir desta, outras sete medidas são baixadas, mantendo a redação do artigo 59. Em 27 de maio de 1998, promulga-se a Lei 9.649, confirmando as MPs anteriores, sendo publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 28 de maio.
 
O Congresso Nacional aprova, no dia 13 daquele ano, a conversão da MP 1.578 na Lei 9.482, que dispõe sobre a administração do IRB-Brasil Re e a transferência das ações.
 
O Decreto 2.423, de 16 de dezembro de 1997, inclui a resseguradora no Programa Nacional de Desestatização (PND).
 
Em 9 de fevereiro de 1998 é publicado o Aviso de Licitação para a escolha dos dois consórcios responsáveis pela avaliação econômico-financeira do IRB -Brasil RERe.
 
===Cronograma de privatização===
O [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDES) divulgou o cronograma de privatização do IRBBrasilIRB-Brasil RERe em janeiro de 1999 com previsão para que o leilão fosse realizado em 14 de outubro do mesmo ano.
 
''';Adiamento do leilão'''
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou o adiamento do leilão. A decisão deveu-se à não aprovação da regulamentação do fim do monopólio do resseguro.
 
''';Transferência de atribuições'''
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou o adiamento do leilão. A decisão deveu-se à não aprovação da regulamentação do fim do monopólio do resseguro.
O governo remeteu ao Congresso Nacional, em setembro, projeto de lei ordinária que transferia para a [[Superintendência de Seguros Privados]] (Susep) as atribuições do IRBBrasilIRB-Brasil Re - órgão regulamentador de cosseguro, resseguro e retrocessão.
 
''';Aprovação da lei'''
'''Transferência de atribuições'''
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei ordinária, transferindo o controle do resseguro para a Susep. Em 14 de dezembro, o Senado Federal também aprovou o projeto de lei. O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou, em 20 de dezembro daquele ano, a Lei 9.932, transferindo a fiscalização e a normatização do setor de resseguro do IRB -Brasil RERe para a Susep. A medida é publicada no DOU do dia seguinte. Essa lei, contudo, foi julgada inconstitucional.
 
''';Regras para o mercado de resseguro'''
O governo remeteu ao Congresso Nacional, em setembro, projeto de lei ordinária que transferia para a [[Superintendência de Seguros Privados]] (Susep) as atribuições do IRBBrasil Re - órgão regulamentador de cosseguro, resseguro e retrocessão.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), em 14 de janeiro de 2000, define as regras básicas para o mercado aberto de resseguro. Mas os atos normativos baixados após a lei 9.932 permanecem sem valor legal enquanto se mantiver a decisão do STF. O leilão de privatização do IRBBrasilIRB-Brasil RERe é marcado para 25 de abril daquele ano.
 
''';Novo edital'''
'''Aprovação da lei'''
No dia 9 de março de 2000, o Conselho Nacional de Desestatização (CND) publica um novo edital e o preço mínimo de venda do IRBBrasilIRB-Brasil RERe é de 550 milhões de reais. Uma nova data é marcada: 25 de julho daquele ano.
 
O Conselho Nacional de Desestatização (CND) decide, a 18 de abril de 2000, adiar mais uma vez a venda do IRBBrasilIRB-Brasil RERe para reavaliação do preço da empresa - alterado por duas vezes. A Resolução n° 11 é de 20 de abril, publicada no DOU do dia 25 daquele mês.
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei ordinária, transferindo o controle do resseguro para a Susep. Em 14 de dezembro, o Senado Federal também aprovou o projeto de lei. O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sancionou, em 20 de dezembro daquele ano, a Lei 9.932, transferindo a fiscalização e a normatização do setor de resseguro do IRB Brasil RE para a Susep. A medida é publicada no DOU do dia seguinte. Essa lei, contudo, foi julgada inconstitucional.
 
O Tribunal de Contas da União (TCU) solicita informações complementares sobre as análises realizadas pelas consultorias contratadas.
'''Regras para o mercado de resseguro'''
 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), em 14 de janeiro de 2000, define as regras básicas para o mercado aberto de resseguro. Mas os atos normativos baixados após a lei 9.932 permanecem sem valor legal enquanto se mantiver a decisão do STF. O leilão de privatização do IRBBrasil RE é marcado para 25 de abril daquele ano.
 
'''Novo edital'''
 
No dia 9 de março de 2000, o Conselho Nacional de Desestatização (CND) publica um novo edital e o preço mínimo de venda do IRBBrasil RE é de 550 milhões de reais. Uma nova data é marcada: 25 de julho daquele ano.
 
O Conselho Nacional de Desestatização (CND) decide, a 18 de abril de 2000, adiar mais uma vez a venda do IRBBrasil RE para reavaliação do preço da empresa - alterado por duas vezes. A Resolução n° 11 é de 20 de abril, publicada no DOU do dia 25 daquele mês.
 
O Tribunal de Contas da União (TCU) solicita informações complementares sobre as análises realizadas pelas consultorias contratadas.
 
===Ação direta de inconstitucionalidade===
O Partido dos Trabalhadores (PT) ingressa com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no [[Supremo Tribunal Federal]] (STF). A ação é requerida pelo fato de que a transferência das funções regulatórias do IRBBrasilIRB-Brasil RERe para a Susep deve ser feita por meio de lei complementar e não por lei ordinária, por ser uma exigência constitucional.
 
O Supremo Tribunal Federal acata, a 20 de julho de 2000, a medida cautelar requerida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (2.223-7), adiando o leilão para venda do IRBBrasil RE. No mesmo dia, é publicada a resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND), suspendendo a venda da empresa.
 
O Supremo Tribunal Federal acata, a 20 de julho de 2000, a medida cautelar requerida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (2.223-7), adiando o leilão para venda do IRBBrasilIRB-Brasil RERe. No mesmo dia, é publicada a resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND), suspendendo a venda da empresa.
O [[Supremo Tribunal Federal]] coloca a Adin na pauta do dia 14 de setembro, mas, por falta de quórum, a matéria não é apreciada. O STF julga as ações apenas quando os 11 ministros estão presentes. A votação é transferida para os dias 20 e 21. No entanto, nem todos os ministros comparecem e, mais uma vez, não há julgamento.
 
O [[Supremo Tribunal Federal]] coloca a Adin na pauta do dia 14 de setembro, mas, por falta de quórum, a matéria não é apreciada. O STF julga as ações apenas quando os 11 ministros estão presentes. A votação é transferida para os dias 20 e 21. No entanto, nem todos os ministros comparecem e, mais uma vez, não há julgamento.
No dia 18 de outubro de 2001, quinze meses após o STF ter recebido a Adin, os ministros começam a julgar a ação, mas a sessão é suspensa por uma questão de ordem.
 
No dia 18 de outubro de 2001, quinze meses após o STF ter recebidorecebida a Adin, os ministros começam a julgar a ação, mas a sessão é suspensa por uma questão de ordem.
Em 22 de novembro de 2001, os ministros retornam ao tema que, logo após o pedido de vista da ministra Ellen Gracie, foi suspenso.
 
Em 22 de novembro de 2001, os ministros retornam ao tema que, logo após o pedido de vista da ministra Ellen Gracie, foi suspenso.
A 12 de junho de 2002, a Adin entra em discussão, mas não é julgada por falta de quórum. No dia seguinte, a ação retorna ao plenário, mas também não é votada.
 
No diaA 1712 de junho de 2002, oa STFAdin realizaentra sessãoem extraordinária,discussão mas, não é julgada por falta de quórum. No dia seguinte, a Adinação ficaretorna semao julgamento.plenário, mas também não é votada.
 
No dia 17 de junho, o STF realiza sessão extraordinária mas, por falta de quórum, a Adin fica sem julgamento.
O STF retoma, no dia 10 de outubro, o julgamento da Adin 2.223 e fica confirmado, por maioria dos votos, a [[liminar]] concedida em julho de 2000. Com a decisão, o IRBBrasil RE mantém sob sua responsabilidade as funções de regulação e fiscalização do mercado ressegurador brasileiro, além da competência de conceder autorizações para atuação no setor.
 
O STF retoma, no dia 10 de outubro, o julgamento da Adin 2.223 e fica confirmado, por maioria dos votos, a [[liminar]] concedida em julho de 2000. Com a decisão, o IRBBrasilIRB-Brasil RERe mantém sob sua responsabilidade as funções de regulação e fiscalização do mercado ressegurador brasileiro, além da competência de conceder autorizações para atuação no setor.
==A Abertura de Capital==
A oferta pública de ações (IPO) foi concluída no final de julho de 2017 e movimentou R$ 2 bilhões por meio da venda de ações dos acionistas controladores. Listada no Novo Mercado da B3, mais elevado segmento de governança corporativa, a ação opera pelo ticker IRBR3.
 
==A Abertura dedo CapitalMercado==
Após apenas um ano de companhia aberta, as ações do IRB Brasil RE foram as que mais se valorizaram em 2018 entre as empresas que compõem o IBrX 100 – índice composto pelas 100 ações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro e que a companhia passou a integrar em maio de 2018. 
No início de 2007 foi aprovada e sancionada a Lei Complementar 126, que abriu o mercado ressegurador brasileiro. A medida ainda necessitou de regulamentação pelo órgão regulador do setor, que passou a ser a Susep.
 
No novo cenário, o IRB passou a ser denominado um ressegurador local, e até o fim de 2007 ainda se mantinha como única empresa a poder atuar no setor. Com o "Modelo de Salvaguardas" o IRB ainda terá uma [[reserva de mercado]] para alguns ramos específicos, como Vida e Previdência, e do mercado como um todo, especialmente por ainda ser a única resseguradora local.
Precisaremos indicar a fonte para incluir novo texto.  
 
==Escândalo do IRB==