Geddel Vieira Lima: diferenças entre revisões

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}}
'''Geddel Quadros Vieira Lima''' ([[Salvador (Bahia)|Salvador]], {{dtlink|lang=br|18|3|1959}}) é um [[administrador de empresas]], [[pecuarista]], [[cacauicultor]] e [[político]] brasileiro, filiado ao [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB). Ex-[[deputado federal]] eleito cinco vezes consecutivas pelo [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]] da [[Bahia]], foi [[Lista de ministros da Integração Nacional do Brasil|ministro da Integração Nacional]] do [[governo Lula]],<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=3 de julho de 2017|titulo=Geddel, 2008: Quem estiver podre que se exploda, pague seu preço|url=http://veja.abril.com.br/blog/reveja/geddel-2008-quem-estiver-podre-que-se-exploda-pague-seu-preco/|jornal=VEJA.com|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> vice-presidente de pessoa jurídica da [[Caixa Econômica Federal]], no [[governo Dilma]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Salomão|primeiro=Lucas|ultimo2=Netto|primeiro2=Vladimir|ultimo3=Parreira|primeiro3=Marcelo|data=13/01/2017|titulo=Geddel e Cunha facilitavam crédito da Caixa em troca de propina, diz PF|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/geddel-e-cunha-facilitavam-credito-da-caixa-em-troca-de-propina-diz-pf.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|via=}}</ref> e [[Secretaria de Governo do Brasil|ministro de Governo]] no [[Palácio do Planalto]] sob a gestão [[Michel Temer]], tendo sido demitido aos seis meses no [[governo Michel Temer|governo]], após virem a público denúncias de [[corrupção]] feitas por outro ministro de Temer, [[Marcelo Calero]].<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/valor/2007/03/16/ult1913u66192.jhtm|titulo=Geddel toma posse e promete diálogo sobre projeto de transposição do Rio São Francisco|data=16/03/2007|acessodata=2017-11-23|obra=noticias.uol.com.br|publicado=UOL|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=25 de novembro de 2016|titulo=Veja repercussão política do pedido de demissão de Geddel Vieira Lima|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/veja-repercussao-politica-do-pedido-de-demissao-de-geddel-vieira-lima.html|jornal=G1|volume=|via=}}</ref>
 
Foi [[prisão preventiva|preso preventivamente]] no dia 3 de julho de 2017, na [[Operação Greenfield]],<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=3/07/2017|titulo=Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso por suspeita de atrapalhar investigações|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/geddel-vieira-lima-e-preso.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> solto no mesmo mês para cumprimento em [[prisão domiciliar]],<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Richter|primeiro=André|data=12/07/2017|titulo=Justiça concede prisão domiciliar ao ex-ministro Geddel Vieira Lima|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/justica-concede-prisao-domiciliar-ao-ex-ministro-geddel-vieira-lima|jornal=Agência Brasil|lingua=pt-br|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> e preso novamente em setembro de 2017, após a apreensão de mais de 51 milhões de reais em espécie em um apartamento ligado a Geddel.<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Bomfim|primeiro=Camila|data=8/9/2017|titulo=Ex-ministro Geddel Vieira Lima volta para a prisão em regime fechado após apreensão de R$ 51 milhões|url=https://g1.globo.com/bahia/noticia/mpf-pede-prisao-preventiva-de-geddel-vieira-lima.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> É irmão do [[deputado federal]] [[Lúcio Vieira Lima]].
 
== Biografia ==
[[Imagem:Geddel Adolescente 001.jpg|thumb|esquerda|180px|Geddel quando adolescente.]]
 
Geddel é filho de Afrísio de Sousa Vieira Lima (m. 10 de outubro de 2016<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=11/01/2016|titulo=Morre Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel e Lúcio Vieira Lima|url=http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1738491-morre-afrisio-vieira-lima-pai-de-geddel-e-lucio-vieira-lima|jornal=Portal A TARDE|lingua=pt-br|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref>) e de Marluce Quadros Vieira Lima, da família [[Quadros]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=gVW-qf1UHEcC&pg=PA113&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false|título=Quadros: Sua alma e sua gente nos caminhos da história|ultimo=Quadros|primeiro=Maria De Fátima Batista|editora=Editora E-papers|lingua=pt|isbn=9788576502333}}</ref> Seu pai foi vereador de [[Itaquara]] (BA) entre 1963 e 1967, deputado estadual entre 1971 e 1975, deputado federal pela Bahia entre 1975 e 1987 e secretário de Segurança Pública do governo da Bahia na gestão de [[Nilo Coelho]] (1987-1991).<ref name=":2">{{Citar web|url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/geddel-quadros-vieira-lima|titulo=Geddel Quadros Vieira Lima|data=|acessodata=2017-11-23|obra=CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|publicado=FGV|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-br}}</ref>
 
Na adolescência, na década de 1970, estudou com o cantor e compositor [[Renato Russo]]<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=zONY5xGk0EEC&pg=PT129&redir_esc=y|título=Renato Russo: O filho da Revolução|ultimo=Marcelo|primeiro=Carlos|data=2013-06-03|editora=Agir|lingua=pt-BR|isbn=9788522011681}}</ref> no [[Colégio Marista de Brasília]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=22/11/2016|titulo=Apelidado de Suíno, Geddel era desafeto de Renato Russo na escola|url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/apelidado-de-suino-geddel-era-desafeto-de-renato-russo-na-escola/|jornal=Congresso em Foco|lingua=pt-BR|volume=|via=}}</ref>
 
Em 1978, iniciou o curso de [[Administração de empresas]] na [[Universidade de Brasília]] (UnB), concluindo três anos depois.<ref name=":2" /><ref name=":3">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2016-11-25|titulo=Veja a trajetória política de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/geddel-vieira-lima-pmdb-ex-ministro-do-governo-temer.html|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref>
 
Em 1979, tornou-se assistente parlamentar da Câmara dos Deputados até 1981. Dois anos depois foi nomeado diretor do Banco do Estado da Bahia S.A. (Baneb), exercendo o cargo até 1984. Entre 1988 e 1989, foi assessor da Casa Civil da Prefeitura Municipal de Salvador. Em seguida foi nomeado presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Bahia (EMATER-BA), função que desempenhou até 1990.<ref name=":2" />
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== Atuação parlamentar ==
Foi eleito deputado federal pela Bahia para a legislatura 1991 a 1995, tendo sido reeleito por mais quatro vezes.<ref name=":3" /> No Congresso, foi líder da bancada do seu partido, reconduzido ao cargo por três vezes. Foi também presidente da Comissão de Finanças e Tributação, além de primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.<ref name=":3" /> Nesta função, fez da Câmara a primeira casa legislativa do Brasil a publicar suas contas na Internet, num sistema de transparência que permite o acesso irrestrito a todas as despesas dos deputados, gastos com viagens e processos de licitação.<ref>{{Citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/32589.html|titulo=Contas da Câmara estão disponíveis na Internet|data=17/06/2003|acessodata=2017-11-24|obra=www2.camara.leg.br|publicado=Portal da Câmara dos Deputados|ultimo=Elaine Lôbo|primeiro=Liz|lingua=pt-br}}</ref>
 
=== Anões do orçamento ===
Geddel é citado no escândalo envolvendo os chamados "[[Anões do orçamento]]", descoberto em 1993, em que parlamentares manipulavam emendas orçamentárias com a criação de entidades sociais fantasmas ou participação de empreiteiras no desvio de verbas.<ref name=":3" /> O esquema era comandado pelo deputado baiano João Alves, que ficou conhecido por referir ter ganhado 56 vezes na loteria apenas em 1993. Geddel era apoiado político de João Alves e cuidou da liberação de várias emendas para ele. Foi acusado também de ter recebido verba de empreiteiras.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Favero|primeiro=Daniel|data=18 de novembro de 2013|titulo=Lembre do escândalo dos Anões do Orçamento que completa 20 anos|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lembre-do-escandalo-dos-anoes-do-orcamento-que-completa-20-anos,3f1376212bd42410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html|jornal=Terra|lingua=pt-BR|volume=|via=}}</ref><ref name=":3" />
 
Na época foi também citada a suposta participação de seu pai, Afrísio Vieira Lima, através de uma gravação em que há indícios de seu envolvimento, o que não ficou comprovado. Geddel foi à defesa de seu pai e acusou João Alves, líder do esquema, de tramar contra ele.<ref name=":3" />
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=== Grampos de Otto Alencar ===
Em 2002 foi vítima, junto com outros parlamentares, do [[Escândalo dos Grampos]], no qual várias personalidades tiveram seus celulares grampeados ilegalmente em uma operação comandada pelo governador interino à época, [[Otto Alencar]]. Em 2011, Geddel denunciou à [[Polícia Federal]] que novamente seria vítima de grampo comandando pelo então Vice-governador Otto Alencar.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Décimo|primeiro=Tiago|data=17 de outubro de 2011|titulo=Geddel Vieira Lima e seu irmão dizem ser vítimas de escuta ilegal|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,geddel-vieira-lima-e-seu-irmao-dizem-ser-vitimas-de-escuta-ilegal,786648|jornal=Estadão|lingua=pt-BR|volume=|via=}}</ref>
 
== Ministro da Integração Nacional ==
Apesar de ter sido crítico ferrenho do primeiro governo Lula, em 2007 Geddel foi convidado para comandar o [[Ministério da Integração Nacional]] durante o 2º mandato. Geddel tomou posse no dia 16 de março<ref>{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=16/03/2007|titulo=Lula empossa Geddel Vieira Lima como ministro da Integração Nacional|url=http://atarde.uol.com.br/politica/noticia.jsf;jsessionid=54D6AC6B98F9FD50505CB001631E000A.jbosstosh1?id=737515|jornal=A TARDE online|volume=|arquivourl=http://archive.is/5bUc|arquivodata=29 de julho de 2012|via=}}</ref> e ocupou a função durante três anos, até 30 de março de 2010, quando se desincompatibilizou para disputar eleições a governador da Bahia.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=31 de março de 2010|titulo=Geddel deixa Integração por governo da BA; secretário assume|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/geddel-deixa-integracao-por-governo-da-ba-secretario-assume,4c8a63fc8940b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html|jornal=Terra|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref>
 
Como ministro, Geddel viabilizou obras de infraestrutura paradas há anos, como os projetos de irrigação Baixio de Irecê e Salitre, em [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], ambas na Bahia.
 
Geddel esteve à frente do ministério também em questões relativas ao Programa Produzir,<ref>{{citar web|url=http://www.mi.gov.br/programas/programasregionais/index.asp?area=spr_produzir|titulo=Programa de Organização Produtiva de Comunidades - PRODUZIR|data=|acessodata=23 de novembro de 2017|publicado=Ministério da Integração Nacional|ultimo=|primeiro=|arquivourl=http://archive.is/4kC2|arquivodata=5 de agosto de 2012}}</ref>, iniciativa de desenvolvimento sustentável que organiza comunidades interioranas para estimular sua capacidade empreendedora e contribuir com o aumento de renda através da produção e venda de produtos artesanais. No mesmo período, foram construídas 4 mil cisternas para armazenamento de água no interior do Nordeste, além de várias barragens, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país. Na Bahia, houve também a concessão de incentivos fiscais a 304 empresas que se instalaram no interior do estado.
 
Foi o principal responsável pela reeleição de [[João Henrique Carneiro]] à [[Eleição municipal de Salvador em 2008|prefeitura de Salvador, em 2008]].<ref>{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=18/10/08|titulo=Na Bahia, Geddel Vieira Lima nega ser novo ACM|url=https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2008/na-bahia-geddel-vieira-lima-nega-ser-novo-acm-5001222?versao=amp|jornal=O Globo|volume=|arquivourl=http://archive.is/IXGwR|arquivodata=25 de novembro de 2016|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://eleicoes.uol.com.br/2008/ultnot/salvador/2008/10/26/ult6011u167.jhtm|titulo=Wagner afirma que quer manter a aliança com Geddel Vieira Lima|data=26/10/2008|acessodata=2017-11-24|obra=eleicoes.uol.com.br|publicado=UOL Eleições 2008|ultimo=Martinez|primeiro=Manuela}}</ref>
 
=== Denúncia de favorecimento ===
De acordo com uma reportagem do jornal [[O Globo]], uma auditoria realizada pelo [[Tribunal de Contas da União]] (TCU), afirmou que durante a gestão de Geddel Vieira Lima a frente do Ministro da Integração Social, o Estado da Bahia foi favorecido em relação à liberação de verbas destinadas a ações de prevenção a catástrofes. Entre 2004 e 2009, a Bahia recebeu R$133,2 milhões, equivalente a 37,25 por cento do total de recursos liberados no período para ações de prevenção a desastres.<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1560779-5606,00-TCU+MOSTRA+DESEQUILIBRIO+NA+DISTRIBUICAO+DE+VERBA+DE+PREVENCAO+A+DESASTRE.html|titulo=TCU mostra desequilíbrio na distribuição de verba de prevenção a desastre|data=7/4/10|acessodata=2017-11-24|obra=g1.globo.com|publicado=G1|ultimo=Carneiro|primeiro=Fausto|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=3 de janeiro de 2012|titulo=Sob Geddel, BA foi privilegiada|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,sob-geddel-ba-foi-privilegiada-imp-,817901|jornal=O Estado de S. Paulo|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=24 de novembro de 2017|via=}}</ref> Neste período, conseguiu liberar quase R$ 255 milhões para obras em 137 cidades da Bahia, principalmente na área de saneamento e abastecimento de água.
 
== Eleições 2010 ==
{{Artigo principal|Eleições estaduais na Bahia em 2010}}
Após se desincompatibilizar do cargo de ministro em 30 de março de 2010, Geddel se lançou como [[Eleições estaduais na Bahia em 2010|candidato ao Governo da Bahia nas eleições de 2010]] pelo PMDB com a coligação "A Bahia Tem Pressa". Neste pleito, Geddel interagiu bastante com os internautas por meio de seu site campanha e do seu ''[[Twitter]]''.<ref>{{citar periódico|ultimo=Villela|primeiro=Danielle|data=13/07/2010|titulo=Primeira semana de campanha é morna na Internet|url=http://www.atardeonline.com.br/eleicoes2010/noticias/noticia.jsf?id=4735590|jornal=A TARDE online|volume=|arquivourl=http://archive.is/JAQj|arquivodata=19 de julho de 2012|via=}}</ref> Apesar do despejo de dinheiro público do Ministério em obras eleitoreiras na Bahia,<ref name=":3" />, Geddel terminou a eleição em 3º lugar, com um milhão e trinta e oito de votos (15,5 por cento dos votos válidos).<ref>{{citar web|url=http://eleicoes.terra.com.br/apuracao/2010/1turno/bahia/#/governador/|título=Apuração dos votos: Bahia - 2010|data=4 de outubro de 2010|acessodata=7 de janeiro de 2012|publicado=TSE|ultimo=|primeiro=|autor=}}</ref>
 
Geddel não conseguiu a neutralidade do então presidente Luís Inácio Lula da Silva nas eleições para governador da Bahia em 2010, tendo sua candidatura derrotada por [[Jaques Wagner]] (PT-BA).<ref>{{Citar web|url=https://eleicoes.uol.com.br/2010/bahia/ultimas-noticias/2010/10/03/com-apoio-exclusivo-de-lula-na-bahia-jaques-wagner-e-reeleito-governador.jhtm|titulo=Com apoio "exclusivo" de Lula na Bahia, Jaques Wagner é reeleito governador|data=3/10/2010|acessodata=2017-11-24|obra=eleicoes.uol.com.br|publicado=UOL Eleições 2010|ultimo=|primeiro=}}</ref> Com o fracasso nas eleições foi nomeado vice-presidente de Pessoa Jurídica da [[Caixa Econômica Federal]], entre 2011 e 2013.<ref>{{Citar web|url=http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-12-27/geddel-vieira-lima-e-exonerado-da-vice-presidencia-da-caixa-pedido|titulo=Geddel Vieira Lima é exonerado da vice-presidência da Caixa a pedido|data=27/12/2013|acessodata=2017-11-24|obra=memoria.ebc.com.br|publicado=EBC|ultimo=Lima|primeiro=Daniel|lingua=pt-br}}</ref><ref name=":3" />
 
Em 2011, fez uma aliança com [[ACM Neto]], neto de seu histórico rival político, contra Jaques Wagner nas eleições municipais do ano seguinte.<ref name=":3" /> ACM Neto venceu com 53,51% dos votos válidos, derrotando o candidato de Wagner, o petista [[Nelson Pelegrino]].<ref name=":3" />
 
Pediu exoneração à presidente [[Dilma Roussef|Dilma Rousseff]]f via [[Twitter]], para concorrer na eleição de 2014.<ref name=":3" />
 
== Eleições 2014 ==
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Em maio de 2016, o então presidente interino [[Michel Temer]] convidou Geddel para o posto de Ministro-chefe da Secretaria de Governo, a fim de coordenar o relacionamento do presidente com o Congresso, movimentos e partidos, assim como o gerenciamento de crises institucionais.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=2016-05-12|titulo=Geddel Vieira Lima (PMDB), ministro da Secretaria de Governo de Temer|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/geddel-vieira-lima-pmdb-ministro-da-secretaria-de-governo-de-temer.html|jornal=G1|volume=|via=}}</ref>
 
Durante manobras no congresso para [[anistia]]r os políticos envolvidos com [[caixa dois]], em setembro de 2016, afirmou em uma entrevista para a TV Globo, que caixa dois não é crime e que quem fez isso no passado não deveria ser punido.<ref name=":4">{{Citar periódico|ultimo=Netto|primeiro=Vladimir|data=2016-09-22|titulo=Temer desautoriza ministro sobre projeto que previa anistiar o caixa 2|url=http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2016/09/temer-desautoriza-ministro-sobre-projeto-que-previa-anistiar-o-caixa-2.html|jornal=Jornal da Globo|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> O presidente Temer que estava em viagem em [[Nova Iorque]], prontamente respondeu que era uma opinião personalíssima de Geddel, não do governo.<ref name=":4" />
 
Em novembro de 2016, esteve envolvido na saída do então [[Ministério da Cultura (Brasil)|Ministro da Cultura]], [[Marcelo Calero]]. Calero afirmou à [[Polícia Federal]] que teria sido pressionado por Geddel, [[Michel Temer|Temer]] e outros membros do governo para rever decisão do [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|Iphan]] negando licença para um empreendimento imobiliário na Bahia, onde Geddel adquiriu um apartamento.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Matais|primeiro=Andreza|data=24 de novembro de 2016|titulo=Veja a íntegra do depoimento do ex-ministro Marcelo Calero à PF|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/veja-a-integra-do-depoimento-do-ex-ministro-marcelo-calero-a-pf/|jornal=Coluna do Estadão|lingua=pt-br|volume=|acessodata=24 de novembro de 2017|via=}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1833696-fora-do-governo-calero-acusa-geddel-de-pressiona-lo-para-liberar-obra.shtml?mobile|titulo=Fora do governo, Calero acusa Geddel de pressioná-lo para liberar obra|data=19/11/2016|acessodata=2017-11-24|obra=m.folha.uol.com.br|publicado=Folha de S.Paulo|ultimo=Gama|primeiro=Paulo|editor-sobrenome=Nery|editor-nome=Natuza|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Satriano|primeiro=Nicolás|data=19 de novembro de 2016|titulo='Não desejo isso para ninguém', diz Calero sobre pressão de Geddel|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/nao-desejo-isso-para-ninguem-diz-calero-sobre-pressao-de-geddel.html|jornal=Política|volume=|via=}}</ref> Ele negou a acusação.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Uribe|primeiro=Gustavo|data=19 de novembro de 2016|titulo=Geddel reconhece que tratou de projeto com Calero, mas nega pressão|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1833732-geddel-reconhece-que-tratou-de-projeto-com-calero-mas-nega-pressao.shtml|jornal=Folha de S.Paulo|volume=|via=}}</ref>
 
Envolveu-se em uma polêmica, depois de comprar um apartamento em Salvador a ser erguido na Ladeira da Barra, erguido ao lado de sítios históricos como o Cemitério dos Ingleses, o [[Forte de São Diogo]] e a [[Igreja de Santo Antônio da Barra]].<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Pitombo|primeiro=João Pedro|data=19 de novembro de 2016|titulo=Por apartamento de R$ 2,6 mi, Geddel brigou com banqueiro e vereadores|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/11/1833719-por-apartamento-de-r-26-milhoes-geddel-brigou-com-banqueiro-e-vereadores.shtml|jornal=Folha de S.Paulo|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> Segundo o último parecer do Iphan, Le Vue deveria ter no máximo 13 andares, em vez dos 30 planejados.<ref name=":5" /> Em 2014 o prédio obteve parecer contrário do Escritório Técnico de Licenciamento e Fiscalização, composto por técnicos do [[Iphan]], do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia e da Secretaria Municipal de Urbanismo.<ref name=":5" /> Meses depois, este órgão colegiado foi extinto pelo então presidente do Iphan na Bahia, Carlos Amorim.<ref name=":5" /> A obra teve o aval da prefeitura, comandada por um aliado de Geddel, o prefeito [[ACM Neto]], com base em um parecer individual do então coordenador-técnico do Iphan, Bruno Tavares.<ref name=":5" /> Em 2015, Geddel acusou os vereadores de Salvador de estarem sendo assediados pelo banqueiro Marcos Mariani para serem contra um empreendimento imobiliário.<ref name=":5" /> No início de 2016 a então presidente nacional do Iphan, Jurema Machado, emitiu parecer no qual conclui que o empreendimento é incompatível para a região e na mesma época, o [[Instituto dos Arquitetos do Brasil]] entrou com uma ação civil pública pedindo a revisão do parecer que autorizou a obra.<ref name=":5" />
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=== Cui Bono ===
Em janeiro de 2017, foi alvo de operação da [[Polícia Federal]] batizada de "[[Operação Cui Bono?|Cui Bono?]]".<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fabrini|primeiro=Fábio|data=13 de janeiro de 2017|titulo=‘Cui Bono?’ aponta também para deputado do PMDB irmão de Geddel|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/cui-bono-mira-tambem-deputado-do-pmdb-irmao-de-geddel/|jornal=Fausto Macedo|lingua=pt-br|volume=|acessodata=24 de novembro de 2017|via=}}</ref> Segundo a PF, o nome da operação é uma referência a uma expressão em [[latim]] que significa "a quem beneficia?”. A operação é um desdobramento da [[Operação Catilinárias]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=13/01/2017|titulo=Ação da PF contra fraude na Caixa tem Geddel como um dos alvos|url=https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/pf-faz-operacao-contra-fraude-em-liberacao-de-credito-na-caixa.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=24 de novembro de 2017|via=}}</ref>
 
Em 5 de setembro de 2017, a PF por determinação judicial prendeu em um apartamento em [[Salvador (Bahia)|Salvador]], oito malas e quatro caixas de dinheiro, durante a [[Operação Tesouro Perdido]].<ref>{{citar web|url=http://odia.ig.com.br/brasil/2017-09-06/pf-contabiliza-r-51-milhoes-no-bunker-de-geddel.html|publicado=iG|obra=O Dia|data=6 de setembro de 2017|acessodata=7 de setembro de 2017|título=PF contabiliza R$ 51 milhões no 'bunker de Geddel'}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/pf-acha-bunker-onde-geddel-escondia-propina/|publicado=Estadão|data=5 de setembro de 2017|acessodata=7 de setembro de 2017|título=PF acha bunker onde Geddel escondia propina|autor=Andreza Matias e Marcelo de Moraes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/politica/policia-federal-encontra-local-onde-geddel-escondia-propina/|publicado=Abril|obra=VEJA|data=6 de setembro de 2017|acessodata=7 de setembro de 2017|título=Polícia Federal encontra local onde Geddel escondia propina}}</ref><ref name=":7">{{Citar periódico|ultimo=Amaral|primeiro=Iracema|data=2017-9-5|titulo=PF apreende malas e caixas com R$ 22,5 milhões em apartamento ligado a Geddel|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/09/05/interna_politica,897936/pf-apreende-malas-e-caixas-com-r-22-5-milhoes-em-apartamento-ligado.shtml|jornal=Estado de Minas|lingua=pt-BR|volume=|via=}}</ref> Segundo as investigações o dinheiro fora desviado do fundo [[FI-FGTS]].<ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/transporte-de-valores-ilicitos/|publicado=O Antagonista|data=5 de setembro de 2017|acessodata=5 de setembro de 2017|título=Geddel: as caixas e malas de dinheiro roubado}}</ref><ref name=":8">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=5/09/2017|titulo=Polícia Federal encontra dinheiro em apartamento que seria utilizado por Geddel|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/policia-federal-encontra-dinheiro-em-apartamento-supostamente-utilizado-por-geddel.ghtml|jornal=G1|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref> Durante as investigações, surgiu a suspeita de que Geddel estaria escondendo provas de atos ilícitos no apartamento no bairro da Graça, área nobre de Salvador.<ref name=":7" /><ref name=":8" /><ref>{{citar web|url=http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1915941-pf-encontra-bunker-em-salvador-e-vincula-a-ex-ministro-geddel.shtml|publicado=Uol|obra=Folha de S.Paulo|data=5 de setembro de 2017|acessodata=5 de setembro de 2017|título=PF encontra malas de dinheiro em imóvel que seria ligado a Geddel}}</ref> Em razão da grande quantidade de dinheiro, mesmo sendo contabilizado em máquinas, a PF levou 14 horas para conta-lo.<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/pf-levou-14-horas-para-contar-os-51-milhoes-achados-em-bunker-que-seria-de-geddel-21791443|publicado=Globo|obra=O Globo|data=6 de setembro de 2017|acessodata=6 de setembro de 2017|título=PF levou 14 horas para contar os R$ 51 milhões achados em 'bunker' que seria de Geddel}}</ref> Ao fim da contagem totalizou mais de 51 milhões de reais.<ref>{{citar web|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/05/politica/1504623466_872533.html|publicado=El Pais|data=6 de setembro de 2017|acessodata=6 de setembro de 2017|título=Dinheiro encontrado em malas no ‘bunker’ de Geddel Vieira soma 51 milhões de reais|autor=Afonso Benites}}</ref><ref name=":9">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|data=6 de setembro de 2017|titulo=PF termina de contar dinheiro do ‘bunker’ de Geddel: R$51 milhões|url=http://veja.abril.com.br/politica/pf-termina-de-contar-dinheiro-do-bunker-de-geddel-r51-milhoes/|jornal=VEJA.com|lingua=pt-BR|volume=|acessodata=23 de novembro de 2017|via=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/09/06/interna_politica,898187/pf-contabiliza-r-51-milhoes-do-bunker-de-geddel.shtml|publicado=Estado de Minas|acessodata=6 de setembro de 2017|título=PF contabiliza R$ 51 milhões do 'bunker de Geddel'}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/geddel-guardava-51-milhoes/|publicado=O Antagonista|data=6 de setembro de 2017|acessodata=6 de setembro de 2017|título=GEDDEL GUARDAVA 51 MILHÕES|autor=Mario Sabino, Diogo Mainardi, Claudio Dantas e Felipe Moura}}</ref> Foi a maior apreensão de dinheiro vivo da história do país.<ref name=":9" /><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/acabou-a-contagem-r-51-milhoes-no-bunker-de-geddel/|publicado=Estadão|data=6 de setembro de 2017|acessodata=6 de setembro de 2017|título=Acabou a contagem: R$ 51 milhões no bunker de Geddel|autor=Julia Affonso, Fausto Macedo, Fabio Serapião e Fabio Fabrini}}</ref><ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/pf-levou-14-horas-para-contar-os-51-milhoes-achados-em-bunker-que-seria-de-geddel-21791443|publicado=Globo.com|obra=O Globo|data=6 de setembro de 2017|acessodata=6 de setembro de 2017|título=PF levou 14 horas para contar os R$ 51 milhões achados em 'bunker' que seria de Geddel}}</ref>
 
Em janeiro de 2019, a procuradora-geral da república [[Raquel Dodge]] pediu 80 anos de prisão para Geddel por este caso, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, afirmando que o acusado possui "personalidade voltada para o crime".<ref>{{Citar web|url=https://oglobo.globo.com/brasil/raquel-dodge-pede-para-geddel-ser-condenado-80-anos-de-prisao-por-bunker-23358241|titulo=Raquel Dodge pede para Geddel ser condenado a 80 anos de prisão por 'bunker'|data=2019-01-09|acessodata=2019-01-09|obra=O Globo|lingua=pt-BR}}</ref>
 
=== Operação Greenfield e prisão ===
No dia 3 de julho de 2017, Geddel Vieira Lima foi preso pela [[Polícia Federal]] na Bahia. A prisão ocorreu em caráter preventivo a partir das delações do doleiro [[Lúcio Bolonha Funaro]], do empresário [[Joesley Batista]] e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, por supostamente agir para atrapalhar as investigações.<ref name="greenfiled"/>
 
De acordo com nota do Ministério Público Federal, o objetivo de Geddel seria evitar que o ex-presidente da Câmara, [[Eduardo Cunha]] (PMDB), e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o MPF. Para isso, o ex-ministro teria atuado para assegurar que ambos recebessem vantagens indevidas, além de "monitorar" o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.<ref name="greenfiled">{{Citar periódico|ultimo=Rossi|primeiro=Marina|data=2017-07-03|titulo=Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer, é preso pela Polícia Federal na Bahia|jornal=EL PAÍS|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/03/politica/1499110802_882652.html|idioma=pt-br}}</ref>
 
Em 12 julho de 2017, foi solto pela [[segunda instância]] da Justiça Federal em Brasília para cumprir pena em [[prisão domiciliar]]. A decisão foi proferida pelo desembargador Ney Bello, motivada por um pedido de liberdade feito pela defesa de Geddel.<ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/07/12/interna_politica,883325/justica-concede-prisao-domiciliar-ao-ex-ministro-geddel-vieira-lima.shtml|publicado=Estado de Minas|acessodata=8 de setembro de 2017|título=Justiça concede prisão domiciliar ao ex-ministro Geddel Vieira Lima}}</ref><ref name=":0" /><ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2017-07-12/geddel-vieira-lima.html|publicado=iG|obra=Último Segundo|data=12 de julho de 2017|acessodata=8 de setembro de 2017|título=Ex-ministro Geddel Vieira Lima ganha direito à prisão domiciliar}}</ref>