Luta armada contra a ditadura militar brasileira: diferenças entre revisões

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==Contexto==
{{História do Brasil}}
===As esquerdas e o impacto das revoluções cubana e chinesa===
 
Até 1964, a força hegemônica da esquerda no Brasil era o [[Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista|Partido Comunista Brasileiro]] (PCB), que, embora ilegal, viveu seu ápice durante o breve período democrático de 1945 a 1964. Nessa época, o partido contava com muitas adesões e as suas ideias influenciaram a luta política e sindical e parte das elites intelectuais. O programa do PCB, no entanto, era basicamente reformista, uma vez que visava a realização de uma [[revolução burguesa]] no Brasil. Os comunistas entendiam que a sociedade brasileira ainda apresentava características feudais no campo, o que impedia o desenvolvimento das forças produtivas capitalistas. Segundo a avaliação do PCB, o setores feudais contavam com o apoio dos imperialistas estrangeiros, que não teriam interesse no desenvolvimento autônomo da economia brasileira. Sendo assim, os comunistas propunham uma aliança com a burguesia nacional e outros setores progressistas da sociedade, para levar a cabo uma revolução democrático-burguesa, etapa necessária para a realização de uma futura [[revolução socialista]]. O programa dos comunistas tinha muitos pontos em comum com as propostas defendidas pelo [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB), do então presidente [[João Goulart]]. Na época, os dois grupos se empenharam na luta pela realização das chamadas [[reformas de base]].{{Sfn|Ridenti|1993|p=25-26}}