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[[File:Schnorr von Carolsfeld Bibel in Bildern 1860 010.png|thumb|250x250px|[[Adão]] e [[Eva]] numa pintura de [[Lucas Cranach]] (1513-15).]]
O '''pecado original''' é uma doutrina [[cristianismo|cristã]] que pretende explicar a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal através da [[queda do homem]]. <ref name="ODCC">Oxford Dictionary of the Christian Church (Oxford University Press 2005 ISBN 978-0-19-280290-3), article ''Original Sin''</ref> Tal doutrina não existe no [[Judaísmo]]<ref>[http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/Original_Sin.html Judaism's Rejection Of Original Sin]</ref> nem no [[Islamismo]].<ref>[http://www.religionfacts.com/islam/beliefs/human.htm Islamic Beliefs about Human Nature]</ref> Foi desenvolvida por [[Agostinho de Hipona|Santo Agostinho]], numa controvérsia com o monge [[Pelágio da Bretanha]].
 
A doutrina do pecado original se apoia em várias passagens das [[Escrituras]]: a [[Epístola aos Romanos|epístola de Paulo aos Romanos]] (5:12-21) e aos [[Primeira Epístola aos Coríntios|Coríntios]] (1 Co 15:22), e uma passagem do [[Salmo 51]]. Mas a primeira exposição sistemática sobre o pecado original - de cuja interpretação derivaram todas as controvérsias - é a de [[Agostinho de Hipona]], no [[século IV]] .<ref name="biblio">''[[Encyclopædia Universalis]]''. [http://www.universalis.fr/encyclopedie/peche-originel/ ''"Péché originel"'']</ref>. Foi também no século IV que se deu a conversão do [[Império Romano]] ao [[cristianismo]]. Segundo [[Le Goff]], o dogma do pecado original teria contribuído para aumentar o poder de controle da Igreja sobre a vida sexual, na [[Idade Média]]. <ref>LE GOFF, Jaques; FRUONG, Nicolas. ''Uma história do corpo na Idade Média''. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.</ref>
 
Segundo a doutrina, os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, [[Adão e Eva]], foram advertidos por [[Deus]] de que, se comessem do fruto da [[árvore do conhecimento do bem e do mal]], certamente morreriam. No entanto, instigados pela serpente, ambos comeram o fruto proibido, tendo Eva cedido primeiramente à tentação e posteriormente oferecido o fruto a Adão, que o aceitou. Ambos continuaram vivos, mas foram expulsos do [[Jardim do Éden]].
 
Existem polêmicas quanto ao significado real dessa narrativa, em como em que constituiria tal pecado. Algumas denominações cristãs recentes chegam mesmo a negar a sua existência. Na perspectiva cristã, contudo, a morte (imerecida) de Cristo é recorrentemente suposta como necessária para salvar os seres humanos desse "pecado de origem", que seria congênito e hereditário.
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O texto ainda lança uma espécie de enigma da transcendência: a árvore da vida com seu fruto, impedida ao homem pelas espadas flamejantes de querubins. Não se trata, evidentemente, de frutas nem árvores, mas de um simbolismo espiritual cujo significado vem desafiando a humanidade ao longo dos milênios: o desejo de viver eternamente.
 
== {{Ver também}} ==
* [[Pecado]]
* [[Baptismo]]