Maria da Escócia: diferenças entre revisões

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O dia da execução, pois estava erada.
a data de sua morte
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=== Execução ===
[[imagem:Maria Stuart Execution.jpg|thumb|left|Ilustração da execução de Maria, c. 1613 por um artista dinamarquês]]
Maria soube em 87 de fevereiro de 1587 que seria executada na manhã do dia seguinte.{{sfn|Fraser|1994|p=531}}{{sfn|Guy|2004|p=498}}{{sfn|Weir|2008|p=508}} Ela passou suas últimas horas de vida rezando, distribuindo seus pertences dentre sua criadagem, escrevendo um testamento e uma carta para ser enviada ao rei da França.{{sfn|Fraser|1994|pp=533–534}}{{sfn|Guy|2004|p=500}} Um cadafalso preto foi erguido no grande salão de Fotheringhay. Ele tinha dois ou três degraus de altura e continha um bloco de execução, uma almofada para ela se ajoelhar e três banquinhos, um para ela e os outros dois para Talbot e Henrique Grey, 6.º Conde de Kent, as testemunhas de sua execução.{{sfn|Fraser|1994|p=537}}{{sfn|Guy|2004|p=4}} Os carrascos (um chamado Touro e seu assistente) se ajoelharam diante dela e pediram por perdão. Maria respondeu, "Eu os perdoo com todo meu coração, pois agora, espero, vocês darão final a todos os meus problemas".{{sfn|Guy|2004|p=7}}{{sfn|Lewis|1999|p=118}} Os carrascos e suas criadas Joana Kennedy e Isabel Curle ajudaram a rainha e tirar suas vestimentas externas, revelando uma [[anágua]] de [[veludo]] e um par de luvas de vermelho-marrom, as [[Cores litúrgicas na Igreja Católica Apostólica Romana|cores litúrgicas]] católicas do martírio,{{sfn|Fraser|1994|p=538}}{{sfn|Guy|2004|p=7}}{{sfn|Weir|2008|p=209}}{{sfn|Wormald|1988|p=187}} com um corpete de cetim preto e enfeites também pretos.<ref>{{citar livro|autor=Morris, John (ed.)|título=Letter Book of Amias Paulet|ano=1874|p=368–369}}</ref> Ao tirar as vestes ela sorriu e disse que "nunca tive tais noviços antes... nem nunca despi de minhas roupas diante tal companhia".{{sfn|Guy|2004|p=7}}{{sfn|Lewis|1999|pp=41, 119}} Maria foi vendada por Kennedy com um véu branco bordado em ouro, se ajoelhou na almofada na frente do bloco, posicionou sua cabeça e esticou seus braços. Suas últimas palavras foram "''In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum''" ("Em tuas mãos, ó Senhor, entrego meu espírito").{{sfn|Guy|2004|pp=7–8}}
 
Maria não foi decapitada com um golpe único. O primeiro golpe errou seu pescoço e atingiu-lhe a parte de trás da cabeça. O segundo golpe cortou-lhe o pescoço, exceto por um pequeno pedaço de [[tendão]], que o carrasco cortou com um machado. Em seguida ele levantou a cabeça e declarou: "''Deus salve a Rainha!''" Nesse momento as tranças ruivas do cabelo de Maria mostraram-se ser na verdade uma peruca e a sua cabeça caiu no chão, revelando que ela tinha um cabelo grisalho bem curto.{{sfn|Fraser|1994|p=539}}{{sfn|Guy|2004|p=8}} Afirma-se que um pequeno cachorro [[skye terrier]] estava escondido no meio das saias da rainha. Ele se recusou a ser tirado de perto de sua dona e estava coberto de sangue, sendo retirado à força e lavado.{{sfn|name=Fr540|Fraser|1994|p=540}}{{sfn|Guy|2004|p=9}} Itens supostamente carregados por Maria na execução são de proveniência duvidosa;{{sfn|Fraser|1994|p=540}} relatos contemporâneos afirmam que todas as suas roupas, o bloco e tudo que foi tocado por seu sangue foi queimado na lareira do grande salão para impedir caçadores de relíquias.<ref name=Fr540 />