Marlene Dietrich: diferenças entre revisões

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Dietrich manteve grande popularidade ao longo de sua longa carreira no show business, por continuamente reinventar-se, profissionalmente. Em 1920, em Berlim, ela atuou nos palcos e em filmes mudos. Seu desempenho como Lola-Lola em [[O Anjo Azul]] (1930), dirigido por [[Josef von Sternberg]], lhe trouxe fama internacional, resultando em um contrato com a [[Paramount Pictures]]. Dietrich estrelou em filmes de Hollywood tais como [[Marrocos (filme)|Marrocos]] (1930), [[Shanghai Express|O Expresso de Xangai]] (1932) e [[Desejo (filme)|Desejo]] (1936). Com muito sucesso, ela moldou uma persona glamurosa e exótica, indo ao super-estrelato e tornando-se uma das atrizes mais bem pagas de sua época.
 
A artista também é notável em sua colaboração humanitária durante a [[Segunda Guerra Mundial]], abrigando exilados e ajudando-os financeiramente. Por essa luta, ela recebeu honras nos [[Estados Unidos]], [[França]], [[Bélgica]] e [[Israel]]. Embora ainda fizesse filmes ocasionalmente após a guerra, Dietrich passou a maior parte dos anos 50 e 70 com uma turnnêturnê mundial, onde cantava canções de seus filmes e discos.
 
Em 1999, o [[American Film Institute]], nomeou Dietrich a nona maior estrela feminina do cinema clássico de [[Hollywood]].<ref name="afi">{{citar jornal|título=AFI's 50 Greatest American Screen Legends |url=http://www.afi.com/100years/stars.aspx |obra=[[American Film Institute]] |acessodata=30 de Agosto de 2014}}</ref>
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=== Primeiros anos ===
Marie Magdalene Dietrich nasceu em 27 de dezembro 1901 no Leberstrasse 65, na Rote Insel em Schöneberg, agora um bairro de Berlim, Alemanha. Ela era a mais jovem de duas filhas (a irmã Elisabeth era um ano mais velha) de Wilhelmina Elisabeth Josephine (nascida Felsing) e Louis Erich Otto Dietrich, que se casaram em dezembro de 1898. A mãe de Dietrich era de uma família bem-sucedida em Berlim, dona de um joalheiriajoalheria e relojoaria, e seu pai era um tenente da polícia que morreu em 1907.{{sfn|Bach|2011|p=19}} Seu melhor amigo Eduard von Losch, um aristocrata e primeiro tenente nos Granadeiros, cortejou Wilhelmina e se casou com ela em 1916, mas ele morreu logo depois de ferimentos sofridos durante a [[Primeira Guerra Mundial]]. Eduard von Losch nunca adotou oficialmente as meninas Dietrich, por isso o sobrenome de Marlene Dietrich nunca foi Von Losch, como por vezes tem sido reivindicado.<ref>{{citar web|url=http://ourqueerhistory.com/marlene-dietrich-german-american-actress-and-singer/|título=Marlene Dietrich (German-American actress and singer)|obra=Our Queer History}}</ref> A família dela apelidou-a de "Lena" e "Lene" (pronuncia-Lay-neh). Com cerca de 11 anos de idade, ela contraiu seus dois primeiros nomes para formar o nome "Marlene".
 
=== Carreira na Alemanha: teatro e cinema ===
Dietrich frequentou a Escola das Meninas Auguste-Viktoria entre 1907-1917 {{sfn|Bach|1992|p=20}} e se formou na Victoria-Luise-Schule (hoje Goethe-Gymnasium Berlin-Wilmersdorf) em 1918.{{sfn|Bach|1992|p=26}} Ela estudou violino{{sfn|Bach|1992|p=32}} e se interessou pelo teatro e poesia quando adolescente. Seu sonho, que era de se tornar umuma violinista de concerto, foramfoi reduzidosreduzido quando ela machucou o pulso,{{sfn|Bach|1992|p=39}} mas em 1922 ela teve seu primeiro emprego, tocando violino em uma orquestra que acompanhava os filmes mudos, em um cinema em Berlim. No entanto, ela foi demitida depois de apenas quatro semanas.{{sfn|Bach|1992|p=42}}
 
Suas primeiras aparições de palco profissionais, foram como corista, em turnê com Guido Thielscher-Kabarett, no estilo [[vaudeville]], e com Rudolf Nelson em [[teatro de revista]] de Berlim.{{sfn|Bach|1992|p=44}} Em 1922, Dietrich fez teste, sem sucesso, para o diretor teatral e empresário Max Reinhardt;{{sfn|Bach|1992|p=49}} no entanto, ela logo se viu trabalhando em teatros como corista e em pequenos papéis de dramas, mas sem atrair grandes atenções. Ela fez sua estreia no cinema, em um pequeno papel, no filme “The Little Napoleon” (1923).{{sfn|Bach|1992|p=491}} 
 
Ela conheceu seu futuro marido, Rudolf Sieber, no set de outro filme feito naquele ano, “Tragödie der Liebe”.{{sfn|Bach|2011|p=62}} Dietrich e Sieber se casaram em uma cerimônia civil em Berlim em 17 de maio de 1923. A sua única filha, Maria Elisabeth Sieber, nasceu em 13 de dezembro de 1924.{{sfn|Bach|1992|p=65}}
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Em 1929, Dietrich conseguiu o papel de Lola-Lola, uma cantora de cabaré sexy, que provoca a decadência de um professor, até então respeitado, que se apaixona por ela, na produção da UFA “Der Blaue Engel“ (IN: The Blue Angel; PT: O Anjo Azul) (1930). Josef Von Sternberg dirigiu o filme e, posteriormente, assumiu o crédito por ter "descoberto" Marlene Dietrich. O filme também é notável por ter introduzido a canção assinatura de Dietrich, "Falling in Love Again", que ela gravou para [[Electrola]] e mais tarde fez mais gravações na década de 1930 para [[Polydor]] e [[Decca Records]].<ref name="BLU1">{{imdb title|0020697|The Blue Angel|description=(1930)}}</ref>
 
Em 1930, com a força de [[O Anjo Azul|“Der Blaue Engel”]] que foi sucesso internacional, e com o incentivo e promoção de Josef Von Sternberg, Dietrich se mudou para o Estados Unidos sob contrato com a Paramount Pictures. O estúdio procurou comercializar Dietrich como uma resposta alemã a super estrela sueca [[Greta Garbo]], da rival, Metro-Goldwyn-Mayer. Sternberg acolheu-a com presentes, incluindo um verde Rolls-Royce Phantom II. O carro mais tarde apareceu em seu primeiro filme americano “Morocco” (PT: Marrocos).<ref>{{citar web|título=The Ex-Marlene Dietrich, Multiple Best in Show Winning 1930 Rolls-Royce Phantom|url=http://www.bonhams.com/auctions/22530/lot/170/|publicado=Bonhams}}</ref>
 
Marlene Dietrich atuou em seis filmes dirigidos por von Sternberg na Paramount entre 1930 e 1935. Os dois trabalharam para criar a imagem glamurosa e de ''femme fatale'' da artista. Ele a encorajou a perder peso e a treinou intensivamente como atriz e ela, por sua vez, estava disposta a confiar nele e seguir sua direção, por vezes imperiosa, e a que uma série de outros artistas resistiam. 
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Enquanto ela estava em Londres, funcionários do [[Partido Nazista]] se aproximaram e ofereceram seus contratos lucrativos; ela deveria concordar em voltar para a Alemanha como a estrela de cinema mais importante no Terceiro Reich. Ela recusou suas ofertas e tornou-se cidadã dos Estados Unidos em 1937.<ref name="Helm">{{citar jornal|último =Helm|primeiro =Toby|título=Film star felt ashamed of Belsen link|url=http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/1344765/Film-star-felt-ashamed-of-Belsen-link.html|acessodata=18 de maio de 2013|jornal=The Daily Telegraph|data=24 de junho de 2000}}</ref>
 
Ela voltou para a Paramount para fazer “Anjo” (1937),<ref>{{imdb title|0028575| Angel |description=(1937)}}</ref>, uma comédia romântica dirigida por Ernst Lubitsch; a recepção ao filme foi desfavorável, levando a Paramount a rescindir o contrato de Dietrich. Quando projetos de filmes em outros estúdios rarearam, Dietrich e sua família partiram para umuma feriadotemporada prolongadoprolongada na Europa.
 
Em 1939, com o incentivo de Josef von Sternberg, ela aceitou a oferta do produtor Joe Pasternak (apesar do baixo reduzido e personagem totalmente diferente de tudo que ela estava acostumada a fazer) para estrelar a comédia “Destry Rides Again”,<ref>{{imdb title|0031225|Destry Rides Again |description=(1939)}}</ref> contracenando com [[James Stewart]]. Anteriormente Pasternak tinha tentado assinar um contrato para Marlene Dietrich na [[Universal Studios]] após o lançamento de “The Blue Angel”. O papel picante renovou sua carreira e uma canção que ela introduziu no filme (The Boys in the Backroom), se tornou um sucesso, quando ela gravou para a Decca. Ela interpretou tipos semelhantes em “Sete Pecadores” (1940)<ref>{{imdb title|0033038|Seven Sinners |description=(1940)}}</ref> e “The Spoilers” (1942),<ref>{{imdb title|0035369|The Spoilers |description=(1942)}}</ref> ambos ao lado de [[John Wayne]].
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Ela costumava executar a primeira parte de seu show com um de seus vestidos e casaco de peles, mudando para a cartola e fraque na segunda metade do espetáculo.{{sfn|Bach|1992|p=394}} Isto permitiu-lhe cantar canções geralmente associados com cantores, como "One for My Baby" e "I've Grown Accustomed to Her Face".{{sfn|Bach|1992|p=395}}
"Ela ... transcende em sua matéria," disse [[Peter Bogdanovich]].{{sfn|Morley|1978|p=69}}
Francis Wyndham fez uma avaliação mais crítica do fenômeno Dietrich em concertos. Ele escreveu em 1964: "O que ela faz não é difícil, nem descontraído, mas só o fato de fazê-lo, enche os espectadores de admiração ... É preciso duas coisas para fazer o truque de mágica: o truque de mãos do ilusionista e o desejo do fantoche de ser enganado. Para esses elementos necessários (a sua própria competência técnica e sentimentalismo de sua audiência) Marlene Dietrich adiciona uma terceira força misteriosa de sua crença em sua própria magia. Aqueles que se veem incapazes de compartilhar essa crença tendem a culpar a si mesmos, em vez dela."{{sfn|O'Connor|1991|p=133}} Seu uso de roupas que esculpiam o corpo, ''facelifts'' não-cirúrgicos e temporários, maquiagem e perucas, combinados com iluminação de palco muito bem cuidada, ajudou a preservar a imagem glamourosa de Dietrich enquanto ela envelheceu.
[[Ficheiro:Marlene Dietrich op Schiphol voor optreden in Kuhrhaus (portretjes), Bestanddeelnr 914-0356.jpg|miniaturadaimagem|186px|Marlene Dietrich em visita a [[Israel]], [[1962]].]]
O retorno de Dietrich para a Alemanha Ocidental em 1960, para uma turnê de concertos, foi recebida com uma recepção mista, apesar da imprensa ser consistentemente negativa, protestos ruidoso por alemães que achavam que ela havia traído sua terra natal, e duas ameaças de bomba, sua performance atraiu enormes multidões. Durante suas apresentações no teatro Berlim Titania Palast, manifestantes gritavam: "Marlene Go Home!".{{sfn|Bach|1992|p=401}} Por outro lado, Dietrich foi recebida calorosamente por outros alemães, incluindo o prefeito de Berlim, [[Willy Brandt]], que era, assim como Dietrich, um adversário dos nazistas e tinham vivido no exílio durante a guerra.{{sfn|Bach|1992|p=401}} A turnê foi um triunfo artístico, mas um fracasso financeiro.{{sfn|Bach|1992|p=401}} Ela ficou emocionalmente esgotada pela hostilidade que ela encontrou e jurou nunca mais visitar sua terra natal novamente. A Alemanha Oriental, no entanto, recebeu-a bem.<ref>{{citar jornal|url=https://news.google.com/newspapers?nid=1946&dat=19660307&id=Ie4tAAAAIBAJ&sjid=nZ8FAAAAIBAJ&pg=5373,1354064&hl=en|título=A Candid Portrait of Marlene Dietrich|obra=[[The Montreal Gazette]]|autor =Chesnoff, Richard Z.|data=7 de março de 1966}}</ref> Ela também visitou Israel na mesma época, foi bem recebida; e cantou algumas canções em alemão durante seus shows, incluindo, uma versão alemã do hino antiguerra de Pete Seeger "Where Have All the Flowers Gone", quebrando assim o tabu não-oficial contra o uso do idioma alemão em Israel.{{sfn|Bach|1992|p=406}} Ela se tornaria a primeira mulher e alemã a receber o "Israeli Medallion of Valor" em 1965, "em reconhecimento a sua adesão corajosa de princípio histórico e consistente, de amizade com o povo judeu". ''Dietrich in London'', um álbum ao vivo, foi gravado durante a temporada de 1964 no Queen's Theatre.{{sfn|Bach|1992|p=526}}
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A última aparição de Dietrich em foi um filme foi uma participação especial em “Just a Gigolo” (1979), estrelado por [[David Bowie]] e dirigido por [[David Hemmings]], no qual ela cantou a canção título.
 
Ela tornou-se alcoólatra, dependente de analgésicos, e acabou retirando-se para seu apartamento na 12, Avenue Montaigne, em Paris. Ela passou os últimos 11 anos de sua vida em sua maioria acamada, permitindo que somente um seleto grupo, incluindo familiares e empregados a entrar no apartamento. Sua autobiografia, Nehmt nur mein Leben ( Just My Life), foi publicada em 1979.<ref>{{citar web|título=Nehmt nur mein Leben ... : Reflexionen / Marlene Dietrich.|url=https://lccn.loc.gov/79374253|website=Library of Congress Online Catalogue|acessodata=11 de outubro de 2016}}</ref> 
 
Em 1982, Dietrich concordou em participar de um documentário sobre sua vida, “Marlene” (1984), mas recusou ser filmada. Ao diretor do filme, [[Maximilian Schell]], foi permitido apenas gravar sua voz. Ele usou entrevistas com ela como base para o filme, definido como uma colagem de trechos de filmes de sua carreira. O filme ganhou vários prêmios de cinema europeu e recebeu uma nomeação de Oscar para Melhor Documentário em 1984. A revista Newsweek nomeou-o "um filme único, talvez o mais fascinante documentário já feito sobre uma grande estrela de cinema".<ref>{{citar web|título=''Marlene'' |url=http://www.atlasfilm.com/00000198640aab305/03227898d60a6720a/03227899d50c45007.htm |acessodata=26 de janeiro de 2009 |obra=Atlas International |deadurl=yes |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090105225841/http://www.atlasfilm.com/00000198640aab305/03227898d60a6720a/03227899d50c45007.htm |arquivodata=5 de janeiro de 2009}}</ref> 
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Em 7 de maio de 1992, Dietrich morreu de insuficiência renal em seu apartamento em Paris, aos 90 anos. Sua cerimônia de funeral foi realizada em La Madeleine, em Paris, uma igreja católica-romana (apesar de Dietrich ter sido ateia) em 14 de Maio de 1992.<ref name="Dietrich">"I have given up belief in a God." {{citar livro|último =Allen Smith |primeiro =Warren |título=Celebrities in Hell: A Guide to Hollywood's Atheists, Agnostics, Skeptics, Free Thinkers, and More |publicado=Barricade Books Inc. |ano=2002 |isbn=1-56980-214-9 |página=130}}</ref>
 
O funeral de Dietrich teve a participação de aproximadamente 1.500 rezadeiras na própria igreja - incluindo vários embaixadores da Alemanha, da Rússia, dos EUA, [[Reino Unido]] e outros países, com milhares] de pessoas ao lado de fora do local. Seu caixão fechado descansou sob o altar coberto pela bandeira francesa e adornado com um simples buquê de flores silvestres brancas e rosas do presidente francês, [[François Mitterrand]]. Três medalhas, incluindo Legião de Honra da França e a Medalha da Liberdade dos Estados Unidos, foram exibidas ao pé do caixão, em estilo militar, para uma cerimônia que simbolizava o sentimento de Dietrich em sua luta pessoal contra Nazismo. Sua filha colocou um crucifixo de madeira, de St. Christopher. O sacerdote que realizou a cerimônia comentou: "Todo mundo conhecia a sua vida como uma artista do cinema e da música, e todo mundo sabia de seus momentos difíceis ... Ela viveu como um soldado e gostaria de ser enterrada como um soldado ".<ref name="mes.stparchive.com">{{citar web|título=Obituary of Maria Magdalene "Marlene" Dietrich |url=http://mes.stparchive.com/Archive/MES/MES05221992P08.php |publicado=The Message Newsjournal |acessodata=9 de junho de 2013 }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.apimages.com/OneUp.aspx?st=det&ids=marlene%20dietrich%20funeral&showact=details&sort=date&sh=10&kwstyle=or&adte=1303743881&pagez=60&cfasstyle=AND&rids=30f4a65c0d6448329a84ce8138d4c21d&dbm=PY2000&page=1&xslt=1&mediatype=Photo#content |título=Marlene Dietrich Funeral |publicado=[[Associated Press]] Images |acessodata=2 de dezembro de 2012}}</ref> Por uma coincidência do destino a foto dela foi usada no cartaz do Festival de Cannes do mesmo ano, que estava colada por toda Paris.<ref>{{citar web|título=15 Most Inspiring Cannes Film Festival Posters |url=http://www.pastemagazine.com/blogs/lists/2013/04/this-may-brings-the-66th.html |acessodata=12 de setembro de 2015 }}</ref>
 
Após a queda do Muro de Berlim, Dietrich instruiu em seu testamento que era para ser sepultada em sua cidade natal, Berlim, perto de sua família; em 16 de maio seu corpo foi levado lá para cumprir o seu desejo.<ref>{{findagrave|1991}}</ref><ref name="The Message Newsjournal">{{citar web|título=Obituary for Marlene Magdelene Dietrich |url=http://mes.stparchive.com/Archive/MES/MES05221992P08.php |publicado=The Message Newsjournal |acessodata=9 de junho de 2013}}</ref> Dietrich foi enterrada no Städtischer Friedhof III, Berlim-Schöneberg, ao lado do túmulo de sua mãe, Josefine von Losch, e perto da casa onde ela nasceu.<ref name="mes.stparchive.com" />
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Ela foi casada uma vez, com o assistente do diretor de Rudolf Sieber, que mais tarde tornou-se assistente de direção da Paramount Pictures na França, responsável pela dublagem em língua estrangeira. A única filha de Dietrich, Maria Elisabeth Sieber, nasceu em Berlim, em 13 de dezembro de 1924. Ela viria a se tornar uma atriz, trabalhando principalmente na televisão, conhecida como Maria Riva. Quando Maria deu à luz um filho (John, um famoso designer de produção) em 1948, Dietrich foi apelidada de "avó mais glamourosa do mundo". Após a morte de Dietrich, Riva publicou uma biografia de sua mãe, intitulado Marlene Dietrich (1992).<ref>[http://www.goodreads.com/book/show/1394714.Marlene_Dietrich_by_Her_Daughter "Marlene Dietrich by Her Daughter"]. ''Goodreads''. Consultado em 19 de março de 2015.</ref>
 
Ao longo de sua carreira Dietrich teve uma sequência interminável de amantes, alguns duraram décadassdécadas outros tiveram curta duração; eles foram quase todos conhecidos por seu marido, a quem ela tinha o hábito de passar as cartas de amor de seus homens, às vezes com comentários mordazes.{{sfn|Riva|1994|p=344}} Quando Dietrich filmava Marrocos (1930), ela encontrou tempo para ter um caso com [[Gary Cooper]], apesar da presença constante no set da atriz mexicana, e temperamental [[Lupe Vélez]], com quem Cooper estava tendo um romance.<ref>{{citar web|url=http://www.historyonfilm.com/actors/gary-cooper.htm |título=History on Film: Actors: Gary Cooper |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150525110212/http://www.historyonfilm.com/actors/gary-cooper.htm |arquivodata=25 de maio de 2015 }}</ref> Vélez disse uma vez: "Se eu tivesse a oportunidade de fazê-lo, eu iria arrancar os olhos de Marlene Dietrich".<ref>{{citar periódico|obra=Revista [[Vanidades]] de México |volume=46 |número=12 |título=Marlene Dietrich |publicado=Editorial Televisa S.A. de C.V|ano=2006|página= 141|issn= 1665-7519}}</ref> Durante as filmagens de “Destry Rides Again”, Dietrich começou um romance com o co-star James Stewart, que terminou depois das filmagens. Em 1938, Dietrich conheceu e começou um relacionamento com o escritor Erich Maria Remarque, e em 1941, o ator francês e herói militar Jean Gabin. Seu relacionamento terminou em meados de 1940. Ela também teve um caso com a escritora cubano-americana [[Mercedes de Acosta]], que era amante de Greta Garbo.
[[Ficheiro:Edith Piaf e Marlene Dietrich, 1959.tif|esquerda|miniaturadaimagem|186px|Marlene Dietrich e sua amiga [[Edith Piaf]] em 1959.]]
''Sewing circle'' era uma frase usada por Dietrich<ref name="freeman">{{citar jornal|último =Freeman |primeiro =David |título=Closet Hollywood: A gossip columnist discloses some secrets about movie idols |url=https://www.nytimes.com/books/01/01/07/reviews/010107.07freemat.html |acessodata=18 de abril de 2011 |jornal=[[The New York Times]] |data=7 de janeiro de 2001 }}</ref> para descrever relacionamentos entre lésbicas e bissexuais enrustidas.<ref>{{citar livro|último =Madsen |primeiro =Axel |título=The Sewing Circle: Sappho's Leading Ladies |ano=2002 |publicado=Kensington Books |local=New York |isbn=978-0-7582-0101-0 |página=3 |url=https://books.google.com/books?id=QwxFfhiFcAAC&lpg=PA3&dq=%22sewing%20circles%22%20lesbian&pg=PA3#v=onepage&q&f=false }}</ref> Na suposta "Marlene's Sewing Circle" são mencionados nomes de amigas como [[Ann Warner]] (a esposa de [[Jack L. Warner]], um dos donos dos estúdios Warner), [[Lili Damita]] (uma velha amiga de Marlene de Berlim e esposa de [[Errol Flynn]]), [[Claudette Colbert]],<ref>{{citar livro|último1 =Moser |primeiro1 =Margaret |título=Movie Stars Do the Dumbest Things |data=2011 |publicado=Macmillan |isbn=9781429978378 |página=73 }}</ref> and [[Dolores del Río]] (que Dietrich considerava a mais bela mulher em Hollywood).{{sfn|Bach|1992|p=240}}{{sfn|Riva|1994|pp=489, 675}} A cantora francesa [[Edith Piaf]] foi também uma das amigas mais próximas quando Marlene ia para Paris, nos anos 50 e sempre houve boatos da relação das duas.{{sfn|Bach|1992|pp=316, 380}} Sua última grande paixão, foi o ator Yul Brynner, com quem ela teve um caso que durou mais de uma década.
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A família de Dietrich a induziu a seguir o [[Luteranismo]], mas ela perdeu a fé devido a experiências de Battlefront durante seu tempo com o exército dos Estados Unidos."Eu perdi minha fé durante a guerra e não posso acreditar que todos aqueles que perdi, estão todos lá em cima, voando ao nosso redor ou sentado em mesas". Ela disse uma vez: "Se Deus existe, ele precisa de rever seu plano.”<ref>{{citar web|url=http://www.michaelnugent.com/resources/famous-atheists/dead-atheists-society |título=Dead Atheists Society |publicado=Michaelnugent.com |data=15 de setembro de 2010 |acessodata=27 de setembro de 2010}}</ref>
 
No entanto, de acordo com a sua filha, Maria Riva, Dietrich sempre viajou com uma mochila contendo muitos medalhões religiosos (por exemplo, o St. Christopher.), mostrando-lhe o desejo de manter sua fé. Além disso, durante seus anos reclusos em Paris, Dietrich fortemente abraçou o catolicismo romano.<ref>{{citar web|url=http://freethoughtalmanac.com/?p=7586 |título=December 27: Marlene Dietrich (1901) |obra=Freethought Almanac |último =Meyer |primeiro =Ronald Bruce}}</ref> Em 14 de maio de 1992, sua cerimônia fúnebre foi realizada em sua igreja parisiense favorita, La Madeleine.<ref name="Dietrich" />
 
Dietrich era fluente em três línguas – a de sua terra natal, Alemão, Inglês e Francês.
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A luxuosa fabricante de canetas [[Montblanc (marca)|MontBlanc]], produziu uma edição limitada, chamada "Marlene Dietrich", uma caneta para comemorar a vida de Dietrich. É banhada a platina e tem um profundo azul safira incrustado.
 
Para alguns alemães, Dietrich permaneceu uma figura controversa porque se alinhou com os inimigos da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1996, depois de algum debate, foi decidido não nomear com seu nome uma rua em Berlim-Schöneberg, sua cidade natal. No entanto, em 8 de novembro de 1997, o centro Marlene-Dietrich-Platz foi apresentado em Berlim para honrá-la. A comemoração lê: ''Berliner Weltstar des Films und des Chansons. Einsatz für und Freiheit Demokratie, für Berlin und Deutschland'' ("Estrela mundial de Berlim de cinema e música. Dedicação para a liberdade e a democracia, para Berlim e a Alemanha").<ref>{{citar web|url=http://www.germanhollywood.com/dietrich_2.html |título=The German-Hollywood Connection: Dietrich's Street |arquivourl=https://web.archive.org/web/20081222215555/http://www.germanhollywood.com/dietrich_2.html |arquivodata=22 de dezembro de 2008}}</ref>
 
Dietrich foi feitotornou-se cidadã honorária de Berlim em 16 de Maio de 2002.
 
O Governo dos EUA concedeu Dietrich a Medalha da Liberdade por seu trabalho de guerra. Dietrich citou dizendo que esta honra era o motivo de maior orgulho de sua vida. Eles também concederam-lhe a Medalha Entretenimento Operação. O Governo francês fez dela uma Chevalier (promovido mais tarde aos Commandeur) da ''Légion d'honneur e um Commandeur dos Ordre des Arts et des Lettres''. Seus outros prêmios incluem o Medallion of Honor do Estado de Israel, a Fundação Moda da América prêmio e um Chevalier de l 'Ordre de Leopold (Bélgica). <ref>{{citar web|título=The Legendary, Lovely Marlene|url=http://www.marlenedietrich.org.uk/id3.html|obra=marlenedietrich.org.uk|acessodata=18 de maio de 2013}}</ref>
 
Em 2000, um filme biográfico alemão “Marlene” foi feito, dirigido por Joseph Vilsmaier e estrelado por Katja Flint como Dietrich.<ref>{{citar livro|título=The Cosmopolitan Screen: German Cinema and the Global Imaginary, 1945 to the present |editor-nome1 =Stephan K |editor-sobrenome1 =Schindler, |editor-nome2 =Lutz Peter |editor-sobrenome2 =Koepnick |capítulo=An Icon between the Fronts |primeiro =Eric |último =Rentschler |ano=2007 |página=207 |url=https://books.google.com/?id=deyeWxI1jtEC&pg=PA207 |publicado=University of Michigan Press |isbn=978-0-472-06966-8 }}</ref>