Usuário(a):Cignenoire/Testes/Charles Baudelaire: diferenças entre revisões

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Antes mesmo de ouvir as composições de Wagner, Baudelaire estudou resenhas e ensaios sobre ele e pontuou suas impressões. Mais tarde, Baudelaire os colocou em sua análise não-técnica sobre Wagner: "Richard Wagner et Tannhäuser à Paris".<ref name = "yhkyza">Hyslop (1980), p. 68.</ref> A reação baudelairiana à música era apaixonada e psicológica. Ele afirmava: "A música me engolfa (possui) tal com o mar."<ref name = "yhkyza"/> Depois de prestigiar a três concertos de Wagner em Paris em 1860, Baudelaire escreveu ao compositor: "Eu tive um sentimento de orgulho e alegria em compreender, em ser possuído, em ser arrebatado, um prazer verdadeiramente sensual similar àquele de flutuar no ar."<ref>Hyslop (1980), p. 69</ref> Os escritos de Baudelaire deram estrutura à elevação de Wagner e ao culto [[Wagnerismo]] que percorreria toda a Europa nas próximos décadas.
 
== ''AsEstilo flores do mal''poético ==
{{quote|Quem dentre nós já não terá sonhado, em dias de ambição, com a maravilha de uma prosa poética? Deveria ser musical, mas sem ritmo ou rima; bastante flexível e resistente para se adaptar às emoções líricas da alma, às ondulações do devaneio, aos choques da consciência. Esse ideal, que se pode tornar ideia fixa, se apossará sobretudo, daquele que, nas cidades gigantescas, está afeito à trama de suas inúmeras relações entrecortantes.|Dedicação em ''[[Le Spleen de Paris]]}}
 
Baudelaire é um dos maiores inovadores da [[literatura francesa]]. Sua poesia é influenciada pelos poetas românticos franceses do início do século XIX, embora sua atenção aos aspectos formais do verso o conecte mais à obra de seus contemporâneos "parnasianos". Quanto ao tema e tom, em seus trabalhos, vemos a rejeição à crença na supremacia da natureza e da bondade fundamental do homem tipicamente adotada pelos românticos e expressa por eles na voz retórica, efusiva e pública em favor de uma nova sensibilidade urbana, uma consciência da complexidade moral individual, um interesse no vício (ligado à [[Decadentismo|decadência]]) e refinados prazeres sensuais e estéticos, e o uso de assuntos urbanos, como a cidade, a multidão, os transeuntes individuais, todos expressos em versos ordenados, às vezes através de uma voz cínica e irônica. Formalmente, o uso do som para criar a atmosfera, de "símbolos" (imagens que assumem uma função expandida dentro do poema), traçam um movimento que considera o poema como um objeto auto-referencial, uma ideia desenvolvida pelos Simbolistas [[Paul Verlaine|Verlaine]] e [[Stéphane Mallarmé|Mallarmé]], que reconhecem Baudelaire como um pioneiro neste sentido.
 
[[Imagem:Charles Baudelaire.jpg|thumb|Retrato de Baudelaire tirado por [[Félix Nadar|Nadar]].]]
 
Algumas características de seu trabalho recebem regularmente muita discussão crítica como o papel da mulher, a direção teológica da sua obra, a alegada defesa do "satanismo", sua experiência de estados mentais induzidos por drogas, a figura do dândi, sua postura em relação à democracia e suas implicações para com o indivíduo; respostas às incertezas espirituais da época, suas críticas à burguesia e sua defesa da música moderna e da pintura (por exemplo, Richard Wagner, Delacroix). Ele fez de Paris o tema da poesia moderna. <ref>{{cite book|last1=Haine|first1=Scott|title=The History of France|publisher=Greenwood Press|isbn=0-313-30328-2|pages=112|edition=1st}}</ref>
 
Além de ser, evidentemente, o prenunciador de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é tido pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. O termo ''modernidade'' (''modernité''), cunhado por Charles Baudelaire, designado a experiência indescritível e efêmera da vida na metrópole e na cidade, e também a responsabilidade que a arte possui de capturar essa experiência e de expressá-la em muitas formas distintas, evocativa e original<ref>"By modernity I mean the transitory, the fugitive, the contingent which make up one half of art, the other being the eternal and the immutable." Charles Baudelaire, "The Painter of Modern Life" in The Painter of Modern Life and Other Essays, edited and translated by Jonathan Mayne. London: Phaidon Press, 13.</ref>.
Isto se deve ao fato de que, através da percepção do real, chegava sempre a um correlato [[objetividade (filosofia)|objetivo]] para o [[sentimento]] que desejasse expressar, tal qual [[T. S. Eliot]] define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de ''[[As Flores do Mal]]'', onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
 
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo, o poeta, sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela [[metrópole]] sobre a sensibilidade.<ref>{{citar web |url=http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/317/1/ACTAS-Literatura%20e%20História259-268.pdf.pdf |publicado=Repositorioaberto.univ-ab.pt |formato=PDF |obra=Atas do Colóquio - Literatura e História. Universidade Aberta. Portugal. 2002 |autor=Coelho, Maria Paula Mendes |título=Da história do símbolo ao simbolismo na história}}</ref>
 
Era, como os [[modernismo|modernista]]s que vieram após ele, um [[realismo|realista]] que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela [[subjetividade]] exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: "É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o [[objeto]] e o [[sujeito]], o mundo exterior ao artista e o próprio artista." É através, naturalmente, dos [[sentido]]s, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da [[poesia moderna]].<ref>[http://pensaroupensar.wordpress.com/category/uncategorized/page/13/ Gay, Peter. ''Modernism''. Nova Iorque/Londres: W.W. Norton & Company Inc.; 2008. p. 40. in Vogt, Carlos. O Modernismo de Lévi-Strauss. 10/10/2009]</ref>
 
Baudelaire foi um participante ativo do seio artística de seu tempo. Como crítico e ensaísta, ele escreveu extensivamente e perceptivelmente sobre temas da cultura francesa. Ele era sincero com amigos e inimigos, raramente adotava a abordagem diplomática e, às vezes, respondia com truculência verbal, o que muitas vezes prejudicava tudo o que ele representava.<ref>Richardson 1994, p. 268.</ref> Sua lista de amigos era numerosa e incluía:[[Gustave Courbet]], [[Honoré Daumier]], [[Franz Liszt]], [[Champfleury]], [[Victor Hugo]], [[Gustave Flaubert]], e [[Balzac]].
 
== Obras ==
* ''Salon de [[1845]]''
* ''Salon de [[1846]]''
* '''''La Fanfarlo''''' ([[1847]])
* ''Du vin et du haschisch'' ([[1851]])
* ''Fusées'' ([[1851]])
* ''L'Art romantique'' ([[1852]]) publicada em 1869.
* ''Morale du joujou'' ([[1853]])
* ''Exposition universelle'' ([[1855]])
* ''Les Fleurs du mal'' / '''''[[As flores do mal]]''''' ([[1857]])
* ''Le Poème du haschich'' ([[1858]])
* ''Salon de ([[1859]])''
* ''Les Paradis artificiels'' / '''''[[Paraísos Artificiais]]''''' ([[1860]])
* ''La Chevelure'' ([[1861]])
* ''Réflexions sur quelques-uns de mes contemporains'' ([[1861]])
* ''Richard Wagner et Tannhäuser à Paris'' ([[1861]])
* ''Petits poèmes en prose'' ou ''Le Spleen de Paris'' / '''''[[Le Spleen de Paris|Pequenos poemas em prosa]]''''' ([[1862]])
* ''Le Peintre de la vie moderne'' / ''O Pintor da vida moderna'' ([[1863]])
* ''L'œuvre et la vie d'Eugène Delacroix'' ([[1863]])
* ''Mon cœur mis à nu'' ([[1864]])
* ''Les Épaves ([[1866]])''
* ''Curiosités esthétiques'' /
''Curiosidades estéticas'' ([[1868]])
* ''[[Le Spleen de Paris|Pequenos poemas em prosa]]'', 1869
* ''Journaux intimes'' ([[1851]]-[[1862]])
* ''Oeuvres Posthumes et Correspondance Générale'', 1887–1907
* ''Fusées'', 1897
* ''Mon Coeur Mis à Nu'', 1897
* ''Oeuvres Complètes'', 1922–53 (19 vols.)
* ''Mirror of Art'', 1955
* ''The Essence of Laughter'', 1956
* ''Curiosités Esthétiques'', 1962
* ''The Painter of Modern Life and Other Essays'', 1964
* ''Baudelaire as a Literary Critic'', 1964
* ''Arts in Paris 1845–1862'', 1965
* ''Selected Writings on Art and Artist'', 1972
* ''Selected Letters of Charles Baudelaire'', 1986
* ''Twenty Prose Poems'', 1988
* ''Critique d'art; Critique musicale'', 1992
 
=== As flores do mal ===
{{AP|As flores do mal}}
 
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Baudelaire, seu editor e a gráfica foram processados por ofensa contra a moral pública. Eles foram multados, mas Baudelaire não foi preso.<ref>Richardson 1994, p. 248</ref> Seis poemas foram suprimidos, porém reeditados mais tarde como ''Les Épaves''. Outra edição de ''Les Fleurs du mal'', sem estes poemas, mas com consideráveis adições, reapareceu em 1861. Muitos literatos notáveis uniram-se a Baudelaire e condenaram a sentença. [[Victor Hugo]] escreveu para ele: "As suas ''flores do mal'' brilham e deslumbram como estrelas... Eu aplaudo seu espírito vigoroso com todas as minhas forças."<ref name = "yvjown">Richardson 1994, p. 250.</ref> Baudelaire não recorreu do julgamento, porém, sua multa foi reduzida. Quase 100 anos depois, em 11 de maio de 1949, Baudelaire foi inocentado, a sentença revertida oficialmente e os seis poemas proibidos reintegrados na França.<ref name = "yvjown"/>
 
== Arte poética ==
{{quote|Quem dentre nós já não terá sonhado, em dias de ambição, com a maravilha de uma prosa poética? Deveria ser musical, mas sem ritmo ou rima; bastante flexível e resistente para se adaptar às emoções líricas da alma, às ondulações do devaneio, aos choques da consciência. Esse ideal, que se pode tornar ideia fixa, se apossará sobretudo, daquele que, nas cidades gigantescas, está afeito à trama de suas inúmeras relações entrecortantes.|Dedicação em ''[[Le Spleen de Paris]]}}
 
Baudelaire é um dos maiores inovadores da [[literatura francesa]]. Sua poesia é influenciada pelos poetas românticos franceses do início do século XIX, embora sua atenção aos aspectos formais do verso o conecte mais à obra de seus contemporâneos "parnasianos". Quanto ao tema e tom, em seus trabalhos, vemos a rejeição à crença na supremacia da natureza e da bondade fundamental do homem tipicamente adotada pelos românticos e expressa por eles na voz retórica, efusiva e pública em favor de uma nova sensibilidade urbana, uma consciência da complexidade moral individual, um interesse no vício (ligado à [[Decadentismo|decadência]]) e refinados prazeres sensuais e estéticos, e o uso de assuntos urbanos, como a cidade, a multidão, os transeuntes individuais, todos expressos em versos ordenados, às vezes através de uma voz cínica e irônica. Formalmente, o uso do som para criar a atmosfera, de "símbolos" (imagens que assumem uma função expandida dentro do poema), traçam um movimento que considera o poema como um objeto auto-referencial, uma ideia desenvolvida pelos Simbolistas [[Paul Verlaine|Verlaine]] e [[Stéphane Mallarmé|Mallarmé]], que reconhecem Baudelaire como um pioneiro neste sentido.
 
[[Imagem:Charles Baudelaire.jpg|thumb|Retrato de Baudelaire tirado por [[Félix Nadar|Nadar]].]]
 
Algumas características de seu trabalho recebem regularmente muita discussão crítica como o papel da mulher, a direção teológica da sua obra, a alegada defesa do "satanismo", sua experiência de estados mentais induzidos por drogas, a figura do dândi, sua postura em relação à democracia e suas implicações para com o indivíduo; respostas às incertezas espirituais da época, suas críticas à burguesia e sua defesa da música moderna e da pintura (por exemplo, Richard Wagner, Delacroix). Ele fez de Paris o tema da poesia moderna. <ref>{{cite book|last1=Haine|first1=Scott|title=The History of France|publisher=Greenwood Press|isbn=0-313-30328-2|pages=112|edition=1st}}</ref>
 
Além de ser, evidentemente, o prenunciador de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é tido pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. O termo ''modernidade'' (''modernité''), cunhado por Charles Baudelaire, designado a experiência indescritível e efêmera da vida na metrópole e na cidade, e também a responsabilidade que a arte possui de capturar essa experiência e de expressá-la em muitas formas distintas, evocativa e original<ref>"By modernity I mean the transitory, the fugitive, the contingent which make up one half of art, the other being the eternal and the immutable." Charles Baudelaire, "The Painter of Modern Life" in The Painter of Modern Life and Other Essays, edited and translated by Jonathan Mayne. London: Phaidon Press, 13.</ref>.
Isto se deve ao fato de que, através da percepção do real, chegava sempre a um correlato [[objetividade (filosofia)|objetivo]] para o [[sentimento]] que desejasse expressar, tal qual [[T. S. Eliot]] define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de ''[[As Flores do Mal]]'', onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
 
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo, o poeta, sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela [[metrópole]] sobre a sensibilidade.<ref>{{citar web |url=http://repositorioaberto.univ-ab.pt/bitstream/10400.2/317/1/ACTAS-Literatura%20e%20História259-268.pdf.pdf |publicado=Repositorioaberto.univ-ab.pt |formato=PDF |obra=Atas do Colóquio - Literatura e História. Universidade Aberta. Portugal. 2002 |autor=Coelho, Maria Paula Mendes |título=Da história do símbolo ao simbolismo na história}}</ref>
 
Era, como os [[modernismo|modernista]]s que vieram após ele, um [[realismo|realista]] que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela [[subjetividade]] exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: "É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o [[objeto]] e o [[sujeito]], o mundo exterior ao artista e o próprio artista." É através, naturalmente, dos [[sentido]]s, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da [[poesia moderna]].<ref>[http://pensaroupensar.wordpress.com/category/uncategorized/page/13/ Gay, Peter. ''Modernism''. Nova Iorque/Londres: W.W. Norton & Company Inc.; 2008. p. 40. in Vogt, Carlos. O Modernismo de Lévi-Strauss. 10/10/2009]</ref>
 
Baudelaire foi um participante ativo do seio artística de seu tempo. Como crítico e ensaísta, ele escreveu extensivamente e perceptivelmente sobre temas da cultura francesa. Ele era sincero com amigos e inimigos, raramente adotava a abordagem diplomática e, às vezes, respondia com truculência verbal, o que muitas vezes prejudicava tudo o que ele representava.<ref>Richardson 1994, p. 268.</ref> Sua lista de amigos era numerosa e incluía:[[Gustave Courbet]], [[Honoré Daumier]], [[Franz Liszt]], [[Champfleury]], [[Victor Hugo]], [[Gustave Flaubert]], e [[Balzac]].
 
==Filosofia==
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chamou-o em uma carta de 'rei dos poetas, um verdadeiro Deus'.<ref>Rimbaud, Arthur: ''Oeuvres complètes'', p. 253, NRF/Gallimard, 1972.</ref> Em 1895, [[Stéphane Mallarmé]] publicou um soneto em homenagem à memória de Baudelaire, 'Le Tombeau de Charles Baudelaire'. [[Marcel Proust]], em um ensaio publicado no ano de 1922, afirmou que o poeta, juntamento com [[Alfred de Vigny]], foi um dos mais 'importantes poetas do século dezenove'.<ref>''Concerning Baudelaire'' in Proust, Marcel: ''Against Sainte-Beuve and Other Essays'', p. 286, trans. John Sturrock, Penguin, 1994.</ref>
 
No universo literário anglófono, [[Edmund Wilson]] creditou Baudelaire como sendo provedor de um ímpeto inicial para o desenvolvimento do movimento [[Simbolismo|simbolista]].<ref>Wilson, Edmund: ''Axel's Castle'', p. 20, Fontana, 1962 (originally published 1931).</ref> Em 1930, [[T. S. Eliot]], while assertingafirmou thatque Baudelaire hadainda notnão yetrecebeu received a "justdevida appreciationapreciação" evenate inmesmo Francena França, claimedassegurado-lhe thato thetitulo poet hadde "great geniusgênio" ande assertedque thatos hisseus "technicalversos masterysão whichum canestudo hardlypara beos overpraisedfuturos ...poetas, hasnão madesomente hispara verseos anfalantes inexhaustiblede studylíngua for later poets, not only in his own languagefrancesa.".<ref>'Baudelaire', in Eliot, T. S.: ''Selected Essays'', pp. 422 and 425, Faber & Faber, 1961.</ref> In a lecture delivered in French on "Edgar Allan Poe and France" (Edgar Poe et la France) in Aix-en-Provence in April 1948, Eliot stated that "I am an English poet of American origin who learnt his art under the aegis of Baudelaire and the Baudelairian lineage of poets."<ref>Eliot, T.S.: Typescript, Hayward Bequest [held at King's College Archives, University of Cambridge]; subsequently adapted for the lecture later published as ''From Poe to Valéry'', The Hudson Review Vol. 2, No. 3 (Autumn, 1949), pp. 327-342 </ref> Eliot also alluded to Baudelaire's poetry directly in his own poetry. For example, he quoted the last line of Baudelaire's 'Au Lecteur' in the last line of Section I of 'The Waste Land.'{{citation needed|data=Julho de 2017}}
 
At the same time that Eliot was affirming Baudelaire's importance from a broadly conservative and explicitly Christian viewpoint,<ref>cf. Eliot, 'Religion in Literature', in Eliot, op. cit., p. 388.</ref> [[Left-wing politics|left-wing]] critics such as Wilson and [[Walter Benjamin]] were able to do so from a dramatically different perspective. Benjamin translated Baudelaire's ''Tableaux Parisiens'' into German and published a major essay on translation<ref>'The Task of the Translator', in Benjamin, Walter: ''Selected Writings Vol. 1: 1913–1926'', pp. 253–263, Belknap/Harvard, 1996.</ref> as the foreword.
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*1842 - Retorna à [[França]]. Ligação com [[Jeanne Duval]], uma jovem mulher que ele conhece no teatro ''Porte Saint-Antoine''. Conhece Félix Tournachon, fotógrafo conhecido como [[Félix Nadar|Nadar]], de quem fica muito amigo. Baudelaire atinge a maioridade e recebe a herança deixada por seu pai no valor de 75 mil francos. Passa a morar na Ilha de [[Ilha de Saint-Louis|Saint-Louis]], em [[Paris]].
*1843 - Estreia numa coletânea literária chamada [[Vers]]. Muda-se para o Hotel Pimodan, conhece muitas pessoas ligadas às artes, como poetas, pintores e ''marchands''. É nesse hotel que Baudelaire reencontra o poeta [[Théophile Gautier]], sua futura paixão Apolonie Sabatier, e Fernand Boissard, pintor morto prematuramente. É aí que instala o famoso ''[[Club des Haschischins]]'', que inspirará Baudelaire a escrever a primeira parte dos ''[[Paraísos Artificiais]]''.
 
== Obra ==
* ''Salon de [[1845]]''
* ''Salon de [[1846]]''
* '''''La Fanfarlo''''' ([[1847]])
* ''Du vin et du haschisch'' ([[1851]])
* ''Fusées'' ([[1851]])
* ''L'Art romantique'' ([[1852]]) publicada em 1869.
* ''Morale du joujou'' ([[1853]])
* ''Exposition universelle'' ([[1855]])
* ''Les Fleurs du mal'' / '''''[[As flores do mal]]''''' ([[1857]])
* ''Le Poème du haschich'' ([[1858]])
* ''Salon de ([[1859]])''
* ''Les Paradis artificiels'' / '''''[[Paraísos Artificiais]]''''' ([[1860]])
* ''La Chevelure'' ([[1861]])
* ''Réflexions sur quelques-uns de mes contemporains'' ([[1861]])
* ''Richard Wagner et Tannhäuser à Paris'' ([[1861]])
* ''Petits poèmes en prose'' ou ''Le Spleen de Paris'' / '''''[[Le Spleen de Paris|Pequenos poemas em prosa]]''''' ([[1862]])
* ''Le Peintre de la vie moderne'' / ''O Pintor da vida moderna'' ([[1863]])
* ''L'œuvre et la vie d'Eugène Delacroix'' ([[1863]])
* ''Mon cœur mis à nu'' ([[1864]])
* ''Les Épaves ([[1866]])''
* ''Curiosités esthétiques'' /
''Curiosidades estéticas'' ([[1868]])
* ''[[Le Spleen de Paris|Pequenos poemas em prosa]]'', 1869
* ''Journaux intimes'' ([[1851]]-[[1862]])
* ''Oeuvres Posthumes et Correspondance Générale'', 1887–1907
* ''Fusées'', 1897
* ''Mon Coeur Mis à Nu'', 1897
* ''Oeuvres Complètes'', 1922–53 (19 vols.)
* ''Mirror of Art'', 1955
* ''The Essence of Laughter'', 1956
* ''Curiosités Esthétiques'', 1962
* ''The Painter of Modern Life and Other Essays'', 1964
* ''Baudelaire as a Literary Critic'', 1964
* ''Arts in Paris 1845–1862'', 1965
* ''Selected Writings on Art and Artist'', 1972
* ''Selected Letters of Charles Baudelaire'', 1986
* ''Twenty Prose Poems'', 1988
* ''Critique d'art; Critique musicale'', 1992
 
==Galeria==