Cornélio Penna: diferenças entre revisões

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{{DISPLAYTITLE:Cornélio Penna}}
{{Info/Biografia
| nome = Cornélio Penna
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| morte_data = {{nowrap|{{morte|lang=pt|12|2|1958|20|2|1896}}}}
| morte_local = [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]]
| residência =
| residência = [[Petrópolis]], [[Itabira]], [[Pindamonhangaba]], [[Campinas]], [[São Paulo]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]]
| nacionalidade = {{BRAb}} [[Brasileiro]]
| ocupação = [[Escritor]], pintor, gravador e desenhista
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| prémios = [[Prêmio Carmem Dolores Barbosa]] (1955)
}}'''Cornélio de Oliveira Penna''' ([[Petrópolis]], [[20 de fevereiro]] de [[1896]] - [[Rio de Janeiro]], [[12 de fevereiro]] de [[1958]]) foi um romancista, pintor, gravador e desenhista [[Brasil|brasileiro]]. Participou da Segunda Fase do [[Modernismo no Brasil]] e abriucriou espaçoo pararealismo apsicológico chamada geração intimista de escritores brasileiros, a exemplo de [[Clarice Lispector]] e [[Lúcio Cardoso]]brasileiro.
}}
[[Ficheiro:Cornélio ao lado do quadro da menina morta.jpg|miniaturadaimagem|Cornélio ao lado do quadro da menina morta]]
'''Cornélio de Oliveira Penna''' ([[Petrópolis]], [[20 de fevereiro]] de [[1896]] - [[Rio de Janeiro]], [[12 de fevereiro]] de [[1958]]) foi um romancista, pintor, gravador e desenhista [[Brasil|brasileiro]]. Participou da Segunda Fase do [[Modernismo no Brasil]] e abriu espaço para a chamada geração intimista de escritores brasileiros, a exemplo de [[Clarice Lispector]] e [[Lúcio Cardoso]].
 
Cornélio Penna iniciou seus estudos em [[Campinas]], formando-se em [[Direito]] em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] em [[1919]] e, no ano seguinte, deu início a sua carreira artística na cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]]. Lá realizou sua primeira exposição pessoal, em [[1920]], tendo trabalhado como pintor, gravador, ilustrador, jornalista e desenhista em jornais ou de forma independente. Na [[década de 1930]] abandona as artes plásticas em favor da literatura, à qual passa a dedicar-se integralmente. Embora o autor tenha vivido mais tempo no Rio de Janeiro, ele sempre destacou em entrevistas e na sua literatura, a importância de ter passado a infância em [[Itabira|Itabira do Mato Dentro]], [[Minas Gerais]], região da sua família paterna.
 
O autor, durante sua produção literária, integra o grupo dos escritores católicos, juntamente com outros escritores, a exemplo de [[Lúcio Cardoso]], [[Adonias Filho]], [[Jorge de Lima]], [[Otávio de Faria|Octávio de Faria]], dentre outros. Como na mesma época também havia uma série de publicações dos [[Romance de 30|romances regionalistas do Nordeste]], a partir da década de 1930, os escritores ditos intimistas ficaram à margem do cânone literário nacional. Parte da crítica costumava apontar que tais escritores não tinham nas suas obras preocupações acerca das questões sociais ou históricos do país. Leitura unilateral, facilmente aclarada com uma análise mais minuciosa.<ref>{{citar web|url=https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/5743/1/LUIZ_EDUARDO_SILVA_ANDRADE.pdf|titulo=Dissertação - Luiz Eduardo da Silva Andrade|data=2013|acessodata=16/12/2017|publicado=Luiz Eduardo da Silva Andrade|ultimo=ANDRADE|primeiro=Luiz Eduardo|arquivourl=https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/5743/1/LUIZ_EDUARDO_SILVA_ANDRADE.pdf}}</ref>
 
Escreveu quatro romances na linha psicológica de ficção brasileira (1935-1954): os romances ''[[Fronteira (Cornélio Pena)|Fronteira]]'' (1935), ''[[Dois romances de Nico Horta]]'' (1939), ''[[Repouso (Cornélio Pena)|Repouso]]'' (1948) e ''[[A Menina Morta|A menina morta]]'' (1954). ''A menina morta'' é considerado um dos melhores romances já escritos no Brasil. Suas histórias são caracterizadas pelos capítulos curtos e pela criação de uma atmosfera de estranheza. É um dos poucos autores que à sua época teve preocupação de recuperar literário e memorialisticamente o drama da [[Escravidão no Brasil|escravidão]] sem o fetichismo comum aos estudiosos do tema, a exemplo de [[Gilberto Freyre]].
 
Com sua morte, deixa inacabado ''[[Alma Branca]]''.
 
"A obra corneliana tem como ponto comum o retorno ao passado. Envolvidos em mistérios, os romances cornelianos são reflexivos no que concerne à reconstituição da memória histórica e subjetiva das personagens. Numa escrita marcada por fortes traços intimistas, o mundo de Cornélio Penna é opaco, sugerindo uma profundidade na leitura que muitas vezes é mostrada com uma máscara de superficialidades"[https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/5743/1/LUIZ_EDUARDO_SILVA_ANDRADE.pdf].
[[Ficheiro:Filme Fronteira.jpg|miniaturadaimagem|Cartaz do filme Fronteira]]
[[Ficheiro:A menina morta.jpg|miniaturadaimagem]]
 
==Adaptação para cinema==
O romanceRomance ''Fronteira'' de Cornélio Penna foi adaptado para o cinema pelo diretor mineiro Rafael Conde e ganhou o prêmio da [[Academia Brasileira de Letras]] (roteiro adaptado de obra literária).
[[Ficheiro:Cornélio Penna.jpg|miniaturadaimagem]]
<br />
 
== Biografia ==
Cornélio Penna nasceu em Petrópolis em 1886, quinto filho do casal Manuel Camilo de Oliveira Penna, médico, e D. Francisca de Paula Marcondes de Oliveira Penna. Foi morar em Itabira do Mato Dentro, MG, quando tinha um ano de idade e seu pai se transferiu, com toda a família, para lá. Dr. Manuel Camilo, filho do respeitado Coronel João Camilo de Oliveira e de Maria Rosa de Oliveira Pena, irmã do presidente [[Afonso Pena]], nasceu na imponente Fazenda do Girau. Retornava, assim, o filho ilustre da cidade para montar sua clínica.[http://parameusalunos.blogspot.com/2012/07/cornelio-penna-um-escritor-dissonante.html]<ref>{{citar livro|url=http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=198341|título=Por uma contextualização sócio-histórica de A Menina Morta, de Cornélio Penna|ultimo=MESSEDER|primeiro=Luciana|editora=UERJ|ano=2006|local=Rio de Janeiro|páginas=|acessodata=}}</ref>
 
Um ano depois de ir para Itabira, seu pai faleceu subitamente. Em seguida mais duas perdas significativas da avó e tia maternas. Com isso, mudou-se com a família para [[Pindamonhangaba]], onde permaneceram por um curtíssimo tempo, pois, ainda no ano de [[1901]], a família seguiu para Campinas, cidade em que o escritor passou sua infância e adolescência, na qual também ocorreu outro episódio dramático: a perda da visão direita enquanto brincava com um canhão.[http://parameusalunos.blogspot.com/2012/07/cornelio-penna-um-escritor-dissonante.html]
 
A figura da mãe é importante na formação do imaginário que estaria presente na sua literatura: "Tendo casado em Paris, seguira para Itabira do Mato Dentro, e, depois de oito anos de felicidade, meu pai morrera subitamente. Desorientada, tentou refugiar-se junto de minha avó, que ficara em [[Honório Bicalho]], onde estava a mineração de ouro de minha família materna, e, na estação, soube que ela falecera na véspera. Quis então ir para junto da irmã mais velha e sua madrinha, em São Paulo, mas esta também morreu no mesmo mês... e assim se fechara sobre ela uma lousa inviolável de renúncia e de tristeza, que nunca podemos vencer, durante tantos anos de sobrevivência (Condé, 1953,''apud'' Adonias Filho, 1958, p. XXVI)" <ref>{{citar livro|título=Romances Completos|ultimo=PENNA|primeiro=Cornélio|editora=José Aguilar|ano=1958|local=Rio de Janeiro|páginas=XXVI|acessodata=}}</ref>
 
Formou-se em Direito, em Campinas, e em 1926, após tornar-se funcionário público, dividiu seu tempo entre as artes e a carreira como 3º Oficial do Ministério da Justiça. "No ano seguinte, mudou-se para a casa de sua tia materna, Zeferina Hermeto Carneiro Leão, na [[Botafogo (bairro do Rio de Janeiro)|Praia de Botafogo]], onde permaneceu até o ano de [[1941]]. Viúva de Dr. Henrique Carneiro Leão, o [[Barão de Paraná]], Zeferina foi uma figura bastante querida pelo escritor (Cornélio a chamava de vice-mãe) e uma grande incentivadora da carreira artística do sobrinho.
 
Em [[1929]], foi aceito por unanimidade como membro da [[Sociedade Brasileira de Belas Artes|Sociedade Brasileira de Belas-Artes]] e, em junho do mesmo ano, escreveu sua “Declaração de insolvência” que, publicada no jornal ''A Ordem'', Rio de Janeiro, comunicava o término de sua carreira de pintor".[http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=198341]
[[Ficheiro:Cornélio Penna e Maria Odília.jpg|miniaturadaimagem]]
Com a morte da tia Zeferina, herdou uma herança que o permitiu, no ano de 1941, pedir demissão do emprego no [[Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasil)|Ministério da Justiça]] e seguir para São Paulo, com a finalidade de cuidar da mãe doente. Lá permaneceu até a morte de D. Francisca, em 1943, e, no mesmo ano, então com 47 anos, conheceu e casou-se com Maria Odília de Queiroz Matoso. A partir do momento que não mais precisava do emprego, retirou-se da vida pública e passou a dedicar-se integralmente ao ofício de escritor.[http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=198341]
 
Faleceu em 1958, ano da publicação de sua obra completa, ''Romances completos'', pela editora José Aguilar. Com isso, há uma disseminação de artigos, homenagens e críticas sobre o autor e sua obra. Renomados críticos da época, a exemplo de [[Marques Rebelo]], [[Augusto Frederico Schmidt]], [[Manuel Bandeira]], [[Fausto Cunha]], [[Adonias Filho]], [[Renard Perez]], [[Walmir Ayala]], [[Afrânio Coutinho]], [[Lêdo Ivo|Ledo Ivo]], [[Mário de Andrade]], dentre outros, publicaram ensaios sobre o autor e a obra.[http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=198341]
 
Somente em 1976, com a publicação de ''A perversão do trapezista,'' por [[Luiz Costa Lima]], que teremos o primeiro livro analisando sistematicamente a obra corneliana. Recentemente esse livro foi republicado pela [[Editora UFMG]] com o título ''O romance em Cornélio Penna''.
 
==Referências==
* [http://www.resumolivro.com/cornelio-pena.htm Resumo de Livros]
 
* [http://www.algosobre.com.br/biografias/cornelio-pena.html Algosobre]
* [https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/5743/1/LUIZ_EDUARDO_SILVA_ANDRADE.pdf O medo à espreita: ''A menina morta'', de Cornélio Penna]
 
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[[Categoria:Gravadores do Brasil]]
[[Categoria:Pintores do Rio de Janeiro]]
<references />
[[Categoria:Escritores]]
[[Categoria:Literatura]]
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