Roberto Gómez Bolaños: diferenças entre revisões

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Em 2012, Chespirito admitiu que, apesar do sucesso, havia [[bullying]] em seus programas. Segundo seu filho [[Roberto Gómez Fernández]], na época em que os programas foram feitos a comédia costumava fazer piadas com as características físicas das pessoas, por exemplo. Mas isso mudou, Chespirito está consciente das consequências que isso pode causar e não criaria hoje em dia personagens vítimas de [[bullying]].<ref>[https://amqueretaro.com/vivir-mas/gente/2012/11/15/ya-no-crearia-personajes-como-nono Ya no crearía personajes como ‘Ñoño’]</ref>
 
== Previsão errada ==
 
Em 2007, um bruxo mexicano chamado Antônio Vásquez Alba previu que Chespirito iria morrer naquele ano. O bruxo disse ainda que, em 2007, [[Fidel Castro]] também iria morrer e que o cantor mexicano [[Luís Miguel]] iria se separar de sua esposa e brigar pela guarda do filho.<ref>[http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,AA1413047-7084,00-FIDEL+E+CHAVES+MORREM+ESTE+ANO+DIZ+BRUXO+MEXICANO.html FIDEL E "CHAVES" MORREM ESTE ANO, DIZ BRUXO MEXICANO]</ref> Nenhuma das previsões se confirmou. Na época, Chespirito não comentou essa previsão, mas chegou a dizer que ainda pretendia viver muitos anos.<ref>[https://www.vecindadch.com/noticias/todavia-voy-a-vivir-muchos-anos-chespirito/ “Todaví­a voy a vivir muchos años” Chespirito]</ref>
 
== Política ==
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Em 2000, Roberto declarou apoio a [[Vicente Fox]] como candidato a Presidente do [[México]]. Na época, isso causou surpresa, porque até então Roberto era considerado antipolítico.
 
Em 2006, Roberto gravou anúncios em que apoiava o conservador Partido de Ação Nacional (PAN). Muitos criticaram o apoio ao partido.<ref>[http://www.colidernews.net/site/cnoticia-id-34906#.WuxKUk-G-M8 /11/2017 Hoje completa 3 anos sem o eterno Roberto Gómez Bolaños criador do "Chaves"]</ref><ref>[http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2014/11/bolanos-da-infancia-estilo-chaves-aos-milhoes-de-seguidores-no-twitter.html Bolaños: da infância ao estilo Chaves aos milhões de seguidores no twitter]</ref>
 
Em 2007, Roberto participou de campanhas contra o [[aborto]] no [[México]], quando havia um projeto no Congresso para descriminalizar o aborto no país. Em um vídeo exibido na televisão, Bolaños se posicionou contra o aborto e lembrou que sua mãe foi orientada a abortá-lo quando ela estava grávida, mas ela se recusou e graças à isso ele estava vivo. O vídeo teve repercussão no [[México]].<ref>[http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI1527798-EI8140,00-Mensagem+de+Chaves+contra+aborto+causa+criticas.html Mensagem de "Chaves" contra aborto causa críticas]</ref>
 
Em 2012, Roberto apoiou a candidata Josefina Vásquez Mota, do PAN, para Presidente do [[México]], mas Josefina não foi eleita.<ref>[https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/29/cultura/1417230830_749319.html Chaves, do amor ao ódio em sua terra]</ref>
 
==Desentendimentos com o elenco de Chaves==
Em sua carreira, Roberto Gómez Bolaños teve desentendimentos com dois atores do elenco de ''Chaves'': [[Carlos Villagrán]], que interpretou o personagem Quico; e [[María Antonieta de las Nieves]], que interpretou a Chiquinha.
 
Os desentendimentos com Villagrán começaram ainda durante as gravações do seriado na década de 1970. Carlos estava fazendo muito sucesso com o Quico na época e, no final de 1978, ele deixou de fazer parte do elenco. A saída causou certa polêmica porque foram dadas versões diferentes para ela. Villagrán disse para a imprensa que Chespirito e os outros atores do elenco sentiam inveja dele, porque o Quico fazia mais sucesso entre os fãs do seriado do que o próprio Chaves; e que por isso Chespirito e os outros teriam tentado diminuir o personagem e depois o tiraram do programa. Já Chespirito, assim como os outros atores, disse que Carlos saiu por vontade própria, porque queria seguir carreira solo com o Quico. Eles também disseram que Carlos era indisciplinado, se deixou levar pela popularidade do Quico e queria ser a estrela do programa, o que causou muitos problemas ao grupo - e fez com que quase todos ficassem brigados com Villagrán. Depois da saída, Carlos pretendia continuar se apresentando como Quico no [[México]] e fazer um programa na [[Televisa]], mas se recusou a colocar o nome de Bolaños como criador do Quico nos créditos. Carlos alegou para isso que ele seria o criador do Quico e não Bolaños. Chespirito não aceitou e, tendo os direitos autorais sobre os personagem Quico, não autorizou Villagrán a fazer o programa. Roberto falou em entrevistassua biografia que, depois disso, Villagrán o processou pelos direitos autorais do Quico, mas perdeu a disputa na Justiça rapidamente porque Roberto tinha um documento assinado pelo próprio Carlos em que este reconhecia Roberto como o criador do personagem.<ref>[https://elcomercio.pe/tvmas/farandula/carlos-villagran-acepto-peru-chespirito-creo-quico-308527 Carlos Villagrán aceptó en el Perú que Chespirito creó a Quico]</ref> Carlos disse que tinha sido forçado a assinar o documento e continuou querendo se apresentar como Quico sem reconhecer o direito autoral de Bolaños, o que levou o presidente da [[Televisa]], [[Emilio Azcárraga Milmo]], a ordenar que nenhuma emissora do [[México]] contratasse Villagrán. Para poder continuar se apresentando, Villagrán registrou o Quico em seu nome com outra grafia, "Kiko", como se fosse outro personagem; e foi para a [[Venezuela]] realizar seu programa solo.<ref>[http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2014/11/28/querido-no-mundo-bolanos-colecionou-polemicas-durante-a-carreira.htm Querido no mundo, Bolaños colecionou polêmicas durante a carreira]</ref> Quando Azcárraga soube que Carlos tinha ido fazer o Quico na [[Venezuela]], sugeriu a Roberto que processasse Villagrán para impedi-lo de usar o Quico definitivamente, mas Roberto preferiu não fazer isso e deixou Villagrán seguir com o personagem. Posteriormente, Villagrán contestou publicamente o direito autoral de Bolaños sobre o personagem Quico e alegou que era mais dono do personagem por tê-lo interpretado e lhe dado algumas características, como os bordões e o traje de marinheiro.<ref>[http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2016/12/07/bolanos-se-achava-genio-porque-sabia-fazer-roteiros-diz-carlos-villagran.amp.htm "Bolaños se achava gênio porque sabia fazer roteiros", diz Carlos Villagrán]</ref> Carlos ainda fez várias declarações criticando Bolaños e o chamando de invejoso e egoísta. Em 2008, Villagrán disse que Chespirito e outros atores do elenco teriam estado envolvidos com narcotraficantes colombianos, o que causou polêmica e foi negado pelo próprio Roberto.<ref>{{citar web |url= https://peru.com/actualidad/sabias-que/chespirito-recuerda-cuando-fue-acusado-actuar-narcos-noticia-305182|titulo= ''Chespirito: Recuerda cuando Kiko lo acusó de actuar para 'narcos'''|autor=<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data= 30 de novembro de 2014|obra= |publicado= ''Perú.com''|acessodata= 15 de junho de 2018}}</ref> Boatos diziam que Chespirito e Carlos Villagrán teriam brigado também por causa da atriz [[Florinda Meza]], que antes de se envolver com Chespirito, chegou a namorar Villagrán. Tais boatos nunca foram confirmados, mas Villagrán chegou a acusar a atriz de influenciar Chespirito para que ele reduzisse o espaço do Quico na série.<ref>[http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/quico-vai-a-velorio-de-chaves-e-abraca-dona-florinda-apos-35-anos-5710 Quico vai a velório de Chaves e abraça Dona Florinda após 35 anos]</ref> Por causa desses desentendimentos, Chespirito e Carlos Villagrán ficaram anos sem se falar e só voltaram a se reencontrar na homenagem da [[Televisa]] aos 30 anos da série, em [[2000]]. Eles chegaram a fazer as pazes nesse reencontro mas, apenas uma semana depois, Villagrán deu outra declaração falando mal de Roberto em uma entrevista na [[Argentina]], o que deixou Bolaños magoado. Depois disso, os dois nunca mais se falaram.
 
Após o fim do [[Programa Chespirito]] em [[1995]], [[María Antonieta de las Nieves]] quis continuar se apresentando como Chiquinha em outros projetos. Para poder fazer isso, ela pensou, inicialmente, em registrar a Chiquinha no nome dela com outra grafia, "La Chilis", assim como fizera Carlos Villagrán para poder usar o Quico. Mas, ao chegar no Instituto Nacional de Direitos do Autor para fazer o registro, Maria descobriu que Roberto não havia renovado o registro dele da Chiquinha. Ela então fez um novo registro, colocando a Chiquinha, com o mesmo nome do seriado, no nome dela e assim passando a ser dona dos direitos autorais da personagem. Maria fez o registro sem falar com Chespirito antes ou lhe pedir autorização para usar a Chiquinha. Cinco anos depois, em [[2000]], [[Roberto Gómez Fernández]] assumiu os negócios do pai e, ao querer botar em ordem os registros de todos os personagens dele, descobriu que Maria havia registrado a Chiquinha no nome dela. Fernández procurou Maria Antonieta e lhe pediu que devolvesse a Chiquinha para Bolaños, mas ela recusou. Foram feitas negociações, mas Maria insistiu em não devolver a personagem para Bolaños. Por isso, em [[2002]], Chespirito iniciou um processo judicial pelos direitos autorais da personagem Chiquinha. Maria teve um pré-infarto quando soube do processo, mas logo se recuperou. Chespirito e seus advogados acusaram Maria de agir com má fé, por ter registrado a personagem criada por Bolaños no nome dela e sem autorização. Maria, por sua vez, alegou que ela teria criado a Chiquinha e não Bolaños; e que portanto podia sim registrar a Chiquinha no nome dela. Segundo Maria, Chespirito criou apenas o nome da personagem, mas toda a caracterização da Chiquinha teria sido criada por ela e antes mesmo do programa ser feito. Já Bolaños disse que a própria Maria assinou um documento, na década de 1970, em que reconhecia que a autoria da Chiquinha era dele. Ele também admitiu que não renovou o registro da Chiquinha, mas alegou que o Instituto de Direitos do Autor não lhe avisou de que era preciso renovar. Antes amigos, Chespirito e Maria Antonieta se distanciaram e passaram a trocar acusações pela imprensa. Em [[2003]], a Justiça, em primeira instância, deu vitória para Maria Antonieta pois considerou que, como o registro de Roberto estava vencido, Maria podia sim registrar a Chiquinha no nome dela e seguir fazendo uso da personagem, já que ela renovou o registro em 2000. Chespirito recorreu da decisão e o processo continuou. Em [[2005]], Maria Antonieta declarou que tanto ela como Chespirito iriam poder usar o nome da personagem Chiquinha e que a briga tinha chegado ao fim.<ref>[http://archivo.eluniversal.com.mx/notas/264642.html Termina pleito entre la Chilindrina y Chespirito]</ref> O que aconteceu foi que a decisão de primeira instância se manteve, e com isso Maria ficou com os direitos sobre a Chiquinha por tê-la registrado, mas disse que sempre iria autorizar Bolaños a usar a Chiquinha, sem mesmo cobrar por isso, desde que ele pedisse antes - para evitar qualquer problema com as empresas. Mas Chespirito não concordou em perder os direitos autorais sobre a Chiquinha e ter que pedir autorização para usar uma personagem que ele criou. Por este motivo, em 2006, a Chiquinha ficou ausente da [[Chaves em Desenho Animado|série animada do Chaves]]. Maria não gostou da ausência da Chiquinha no desenho e acusou [[Roberto Gómez Fernández]], filho de Bolaños e produtor do desenho, de boicotá-la. Assim, a ausência da Chiquinha na série animada reascendeu a briga entre Chespirito e Maria Antonieta. Em 2010, a imprensa mexicana divulgou que Chespirito teria iniciado um novo processo pelos direitos autorais da Chiquinha, mas Roberto Gómez Fernández negou a informação.<ref>[https://diversao.terra.com.br/tv/filho-de-chaves-desmente-briga-judicial-com-chiquinha,874a078553a7a310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html Filho de "Chaves" desmente briga judicial com "Chiquinha"]</ref> Porém, em [[2013]], Maria declarou que tinha vencido o processo contra Bolaños. Roberto Gómez Fernández negou, dizendo que ainda não havia uma decisão judicial definitiva e avisou que iria continuar com o processo.<ref>[http://veja.abril.com.br/entretenimento/chaves-atriz-diz-ter-ganho-direitos-sobre-chiquinha/ ‘Chaves’: atriz diz ter ganho direitos sobre ‘Chiquinha’]</ref> Assim, o processo seguiu. Em entrevistas, Bolaños falou que, na verdade, ele não processou Maria Antonieta e sim o Instituto Nacional de Direitos do Autor, onde Maria registrou a Chiquinha no nome dela, por ter permitido que isso acontecesse e por não reconhecer o direito autoral dele sobre a personagem. [[Florinda Meza]] e parentes de Bolaños relataram que o processo causou muita decepção a Chespirito e que ele se decepcionou mais com esse conflito do que o com Carlos Villagrán. Após a morte de Roberto em 2014, o processo foi encerrado e, como já havia sido decidido anteriormente, Maria ficou com os direitos da personagem. Assim como Villagrán, Maria alegou que, por ter interpretado a personagem, ela seria a dona da Chiquinha.