Partido Liberal (1831): diferenças entre revisões

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Sua [[ideologia]] propunha a defesa dos interesses dos senhores rurais e das [[classe média|camadas médias urbanas]] sem compromissos diretos com a [[escravidão]]. Com base de apoio nas [[províncias]] do [[Centro-sul]] do país, tinha como grande rival o [[Partido Conservador (Brasil Império)|Partido Conservador]], o qual defendia a manutenção da dominação política das elites escravocratas rurais.
 
Já em 1862 surge a [[Liga Progressista]], cujos principais líderes foram [[Pedro de Araújo Lima]], [[José Tomás Nabuco de Araújo Filho|Nabuco de Araújo]], [[Pedro de Araújo Lima]] e [[Zacarias de Góis|Zacarias de Goís]]. A Liga Progressista, porém, teve vida curta ([[1862]]-[[1868]]). Progressistas e liberais históricos se uniram formando o novo Partido Liberal em [[1868]]. Já os liberais radicais fundaram o Partido Republicano em [[1870]]. O novo Partido Liberal passou a defender um programa político que não se restringia à questão da centralização do poder, defendendo temas como a [[abolição da escravatura]] e [[eleições diretas]].
 
O Partido Liberal diferia do Partido Conservador quanto ao método ou ao modo de lidar com a realidade social. Os conservadores apostavam num poder central forte, enquanto os liberais defendiam a autonomia das províncias e valorizavam a representação nacional ([[deputados]] eleitos). Embora a diferença de posição entre conservadores e liberais não fosse grande nem irreconciliável, ambos adotavam processos absolutamente iguais, usando da máquina administrativa de acordo com suas necessidades eleitoralistas. A ponto de o Imperador [[D. Pedro II do Brasil]] registrar em suas notas particulares que "a nossa principal necessidade política é a liberdade de eleição"e também dar comidas aos pobres sem defesa.